Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
RESUMO
*
Graduanda do curso de Fisioterapia pela Faculdade Cathedral de Ensino Superior de Boa Vista – RR
E-mail: sianearruda@hotmail.com
**
Graduando do curso de Fisioterapia pela Faculdade Cathedral de Ensino Superior de Boa Vista – RR
E-mail: wandeco_lima@hotmail.com
***
Professora e Orientadora da Faculdade Cathedral
E-mail: zizi-ponte@hotmail.com
Caderno de Ciências Biológicas e da Saúde Boa Vista, n. 03, 2013
www.cathedral.edu.br
diminuição do quadro doloroso ocasionado pela lesão. O trabalho estuda o caso de uma
paciente de 52 anos que foi diagnosticada clinicamente com Epicondilite. Constatou-se que a
utilização dos respectivos aparelhos obteve uma melhora subjetiva no quadro clínico, com
diminuição da dor e a volta das atividades de vida diária.
ABSTRACT
The Lateral Epicondylitis Elbow occurs by repetitive stress on the extensor muscles of the
forearm, and its mechanism of injury is also related to the overload. Although it is also known
as "tennis elbow", it affects practicing various sports that use upper limb as handball, squash,
and other sports pitch. Even those who do not play sports, some are subject to develop it,
especially when doing repetitive activities with the hand, wrist or elbow. Some examples are:
typing, carpentry, painting and more.
The Ultrasound is a therapeutic resource that generates sound waves able to propagate on the
biological tissue generating thermal and non-thermal effects. These tissue changes show the
effectiveness of this agent in consolidating ultrasound therapeutic proposals.
This study is based on observation of treatment using TENS and Ultrasound, seeking to show
its effectiveness in tissue regeneration, muscle strengthening and reduction of the pain caused
by the injury. The paper studies the case of a 52 year old who was clinically diagnosed with
epicondylitis. It was found that the use of their equipment obtained a subjective improvement
in symptoms, with decreased back pain and activities of daily living.
PALAVRAS-CHAVE
KEYWORDS
REFERENCIAL TEÓRICO
1
CIPRIANO JJ. Manual Fotográfico de Testes Neurológicos e Ortopédicos. São Paulo: Manole; 1999.
Apesar da epicondilite lateral também ser conhecida como “cotovelo de tenista”, ela
acomete praticante de diversos esportes que utilizam o membro superior como handball,
squash, esportes de arremesso entre outros. Mesmo aqueles que não praticam esporte alguns
estão sujeitos a desenvolver uma epicondilite do cotovelo, especialmente quando realizam
atividades repetitivas com a mão, punho ou cotovelo. Alguns exemplos são: digitação,
carpintaria, pintura e outras atividades manuais.
2
WHITH, Martha D. Exercícios na Agua. Ed. Manole, 1998.
3
GARCIA Jr, José Carlos. Tennis Elbow - Cotovelo de Tenista - Epicondilite Lateral Disponível em <
http://www.especialistadoombro.com.br/lesoes/2-lesoes-do-cotovelo/9-tennis-elbow---cotovelo-de-tenista---
epicondilite-lateral > Acesso em 05 Set. 2013
4
COHEN, Márcio; ROCHA MOTTA Filho, Geraldo Da. Epicondilite Lateral do Cotovelo, 2012. Disponível
em <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-36162012000400002&script=sci_arttext> Acesso em 05 set.
2013
Teste de Cozen: Com o paciente sentado, estabilizar o antebraço. Instruir o paciente a fechar
o punho e estendê-lo. A seguir, forçar o punho estendido para flexão contra resistência.
Os tendões que estendem o punho estão fixados no epicôndilo lateral, são eles: o extensor
radial curto do carpo, extensor dos dedos, extensor do dedo mínimo e extensor ulnar do carpo.
Se o próprio côndilo ou tendão estiverem inflamados, então ao forçar o punho estendido para
flexão, a irritação do epicôndilo lateral e seus tendões inseridos é reproduzida. Se for
provocada dor no epicôndilo lateral, deve-se suspeitar da sua inflamação ( epicondilite ).
Teste de Mill: Com o paciente sentado, instrui-lo a pronar o braço e flexionar o punho. A
seguir, orientá-lo a supinar o braço contra resistência.
5
NIRSCHL RP. Muscle and tendon trauma: tennis elbow tendinosis. In: Morrey BF. The elbow. Philadelphia:
Saunders; 2000. p. 523-35.
6
CIPRIANO JJ. Manual Fotográfico de Testes Neurológicos e Ortopédicos. São Paulo: Manole; 1999.
Eletroterapia
A eletroterapia tem íntima relação com a Fisioterapia sendo um dos principais recursos
utilizados nessa área. Sua definição depende do enfoque ou como a descreves ou é
relacionada. Cabe entender que o termo Eletroterapia é proveniente da corrente elétrica onde
podemos utilizá-la de forma direta ou indireta transformando-a em outro tipo de agente físico
como o ultrassom, laser, radiofrequência e o TENS. “o uso de corrente elétrica de baixa
intensidade, como forma direta ou previamente transformada a fim de estimular diferentes
sistemas orgânicos com distintos objetivos” AGNE (2011)7.
7
AGNE, Jones Eduardo Eu Sei Eletroterapia Ed. Santa Maria, 2011
Caderno de Ciências Biológicas e da Saúde Boa Vista, n. 03, 2013
www.cathedral.edu.br
dor. KITCHEN (2003)8 diz que em circunstâncias normais, o cérebro gera sensações por meio
do processamento de informações nocivas que estão chegando através das fibras A e C. Pra
que essa informação nociva atinja o cérebro ela precisa passar por uma “comporta de dor”
localizada nos níveis inferiores do sistema nervoso central. A comporta é formada por
sinapses excitatórias e inibitórias que regulam o fluxo das informações neurais. A comporta
da dor pode ser fechada pela ativação de macanorreceptores quando se “esfrega a pele”,
gerando atividade nos aferentes Aβ de diâmetro largo, inibindo a transmissão da informação
nociva em curso, por consequência ocorrendo redução na sensação de dor.
8
KITCHEN, Sheila. Eletroterapia: Prática baseada em evidências 11º edição Ed. Manole (2003)
9
KITCHEN, Sheila. Eletroterapia: Prática baseada em evidências 11º edição Ed. Manole (2003)
Burst: Consiste na modulação de frequências mais elevadas para outras mais baixas
com o objetivo de diminuir a impedância cutânea tornando os estímulos mais eficazes
e confortáveis. Os princípios do Burst são de correntes de média frequência ocorrendo
modulação de média para baixa frequência. Com esses princípios conseguem-se
melhores resultados e mais conforto.
Efeitos Biológicos
Ultrassom
10
MACHADO, Clauton M. Eletrotermoterapia Prática. 3º ed. Ed. Pancast 2003
Para KITCHEN (2003)11, existem dois mecanismos físicos que causam efeitos nas
células e tecidos do corpo humano causados pelo Ultrassom: Efeitos térmicos e Efeitos não-
térmicos.
11
KITCHEN, Sheila. Eletroterapia: Prática baseada em evidências 11º edição Ed. Manole (2003)
12
KITCHEN, Sheila. Eletroterapia: Prática baseada em evidências 11º edição Ed. Manole (2003)
13
AGNE, Jones Eduardo Eu Sei Eletroterapia Ed. Santa Maria, 2011
Caderno de Ciências Biológicas e da Saúde Boa Vista, n. 03, 2013
www.cathedral.edu.br
conhecimento. Algumas dessas alterações estão relacionadas
especificamente com o efeito mecânico e outros com o feito térmico,
entretanto alguns deles ocorrem pela ação simultânea e nesse sentido é
possível identificar o principal efeito responsável pela alteração fisiológica.
Ainda segundo AGNE (2012)12, o Ultrassom produz efeitos de grande importância como:
Efeito Regenerador
14
AGNE, Jones Eduardo Eu Sei Eletroterapia Ed. Santa Maria, 2011.
Para alcançar o objetivo proposto será realizado como instrumento um estudo de caso.
Esta se dará no cotidiano das clínicas de fisioterapias locais e levando em conta pacientes com
tendinopatia.
15
OLIVEIRA, Maria Marly de. Como fazer projetos, relatórios, monografias, dissertações e teses. 3. Ed. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2005.
16
FACHIN, Odilia. Fundamentos de Metodologia. São Paulo: Saraiva, 2001
17
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Cientifico:
Procedimentos Básicos, Pesquisa Bibliográfica, Projetos e Relatórios, Publicações e Trabalhos Científicos.
6. Ed. São Paulo: Atlas, 2001
18
YIN, Robert K. Case Study research: design and methods. Tradução e Sintese de Ricardo Lopes Pinto.
Disponivel em: http://www.eac.fea.usp.br/eac/observatorio/metodologia-estudo-caso.asp. Acesso em: 16 out.
2013.
Desta forma o público alvo são pessoas que utilizam os aparelhos de TENS e
Ultrassom e que são indispensáveis no confronto dos dados observados.
19
FACHIN, Odilia. Fundamentos de Metodologia. São Paulo: Saraiva, 2001
20
MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de Pesquisa. 4ª. Ed. São Paulo: Atlas,
1999.
Fonte: http://casoclinicofisioterapia.blogspot.com.br/21
RESULTADOS
21
CLARA. Maria, Caso Clínico de Tendinopatia do Glúteo Médio. 25 de Janeiro de 2012. Disponivel em
<http://casoclinicofisioterapia.blogspot.com.br/> Acesso em 13 nov. 2013.
DISCUSSÃO
Para KAHN (2001)22, o TENS é uma forma especializada de estimulação elétrica que
foi projetada para reduzir a dor, em contraste com outras formas de estimulação elétrica que
são usadas tanto para produzir contração muscular quanto para introduzir substâncias
químicas no corpo humano (iontoforese).
Por outro lado, AGNE (2011)23 disse que o TENS consiste na aplicação de eletrodos
sobre a pele intacta com o objetivo de estimular as fibras nervosas grossas. Esta ativação
desencadeia a nível central, os sistemas analgésicos descendentes de caráter inibitório sobre a
transmissão noceptiva conduzida pelas fibras, gerando desta forma a redução da dor.
AGNE (2011)21 também chama atenção quanto aos fundamentos da eletroanalgesia,
associando os estímulos elétricos gerados pelo equipamento os quais devem ter
correspondência com os princípios fisiológicos da dor.
Por sua vez, KITCHEN (2003)24, afirma que a TENS é uma técnica analgésica
simples e não invasiva usada extensivamente em locais de atendimento a saúde por
22
KAHN, Joseph. Princípios e Praticas De Eletroterapia 4º edição Ed. Santos (2001)
23
AGNE, Jones Eduardo Eu Sei Eletroterapia Ed. Santa Maria, 2011.
24
KITCHEN, Sheila. Eletroterapia: Prática baseada em evidências 11º edição Ed. Manole (2003)
25
KAHN, Joseph. Princípios e Praticas De Eletroterapia 4º edição Ed. Santos (2001)
26
MACHADO, Clauton M. Eletrotermoterapia Prática. 3º ed. Ed. Pancast 2003
27
KITCHEN, Sheila. Eletroterapia: Prática baseada em evidências 11º edição Ed. Manole (2003)
28
KAHN, Joseph. Princípios e Praticas De Eletroterapia 4º edição Ed. Santos (2001)
No estudo realizado pelo professor Dr. Rogério Teixeira da Silva (2010)30, sobre
Epicondilite Lateral (Tennis Elbow), relata que a reabilitação da epicondilite lateral ainda é
muito controversa, talvez pelo fato de se usar muitas técnicas ao mesmo tempo a fim de
recuperar o paciente o mais breve possível. As técnicas mais utilizadas para o tratamento são
o uso de US, ondas curtas, eletro-estimulação e gelo. Alguns trabalhos na literatura buscaram
comparar algumas técnicas de reabilitação enquanto outros fizeram estudos onde se
compararam alguma técnica com o placebo.
Em um estudo realizado por Taína Mota Mesquita (2010)31 sugere que a estimulação de um
processo inflamatório através de ondas de choque em doenças degenerativas dos tecidos
moles, como as tendinopatias degenerativas ou crônicas, pode ajudar a estimular a
regeneração do tendão.
29
AGNE, Jones Eduardo Eletrotermoterapia: Teoria e Pratica Ed. Orium. 2007.
30
DA SILVA, Rogerio Teixeira. Epicondilite Lateral em Atletas 2010. Disponível em <
http://www.neo.org.br/medicos/pdf/Artigo_Tennis_Elbow_RTS_site_SBME.pdf> Acesso em 04 nov. 2013.
31
MESQUITA, Taina Mota. Tratamento Conservador da Epicondilite Lateral. Goiania, janeiro de 2010.
Disponível em <http://www.slideshare.net/tainamesquita/tratamento-conservador-da-epicondilite-lateral>
Acesso em: 04 nov. 2013.
CONCLUSÃO
Por meio do estudo feito, foi possível mostrar a efetividade do tratamento voltado para
eletroterapia, utilizando o TENS e o Ultrassom, sendo possível avaliar os efeitos e benefícios
desses aparelhos em pacientes com epicondilite lateral do cotovelo. Os resultados mostraram
que houve melhora subjetiva relata pela paciente e observada pela escala de EVA (Escala
Visual Analógica) no quadro clínico da paciente, com diminuição da dor, ganho de ADM e
recuperação da força muscular, por consequência, a melhora da qualidade de vida e o retorno
às atividades de vida diária. Entretanto, sugerimos que sejam elaborados mais estudos
voltados para o tema abordado, a fim de comparar os fatos aqui apresentados.
REFERÊNCIAS
COHEN, Márcio; ROCHA MOTTA Filho, Geraldo Da. Epicondilite Lateral do Cotovelo,
2012. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-
36162012000400002&script=sci_arttext> Acesso em 05 set. 2013
32
OLSSON, Débora Cristina. Ultra-som terapêutico na cicatrização tecidual. 2008. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/cr/v38n4/a51v38n4.pdf>. Acesso 16 out. 2009.
Caderno de Ciências Biológicas e da Saúde Boa Vista, n. 03, 2013
www.cathedral.edu.br
DA SILVA, Rogerio Teixeira. Epicondilite Lateral em Atletas 2010. Disponível em <
http://www.neo.org.br/medicos/pdf/Artigo_Tennis_Elbow_RTS_site_SBME.pdf> Acesso em
04 nov. 2013.
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado
<http://www.portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/34793/epicondilite-lateral-do-
cotovelo#ixzz2eWTonfrS> Acesso em 04 de Set. 2013
GARCIA Jr, José Carlos. Tennis Elbow - Cotovelo de Tenista - Epicondilite Lateral
Disponível em < http://www.especialistadoombro.com.br/lesoes/2-lesoes-do-cotovelo/9-
tennis-elbow---cotovelo-de-tenista---epicondilite-lateral > Acesso em 05 Set. 2013
KITCHEN, Sheila. Eletroterapia: Prática baseada em evidências 11º edição Ed. Manole
(2003)
MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de Pesquisa. 4ª. Ed. São
Paulo: Atlas, 1999.
NIRSCHL RP. Muscle and tendon trauma: tennis elbow tendinosis. In: Morrey BF. The
elbow. Philadelphia: Saunders; 2000. p. 523-35.
YIN, Robert K. Case Study research: design and methods. Tradução e Sintese de Ricardo
Lopes Pinto. Disponivel em: http://www.eac.fea.usp.br/eac/observatorio/metodologia-estudo-
caso.asp. Acesso em: 16 out. 2013.
ANEXO I
APLICAÇÃO DO ULTRASSOM
Caderno de Ciências Biológicas e da Saúde Boa Vista, n. 03, 2013
www.cathedral.edu.br
Fonte: Imagem fotografada pelos próprios autores.