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HIPERTENSÃO

ARTERIAL
Gerência geral: Adamir Ferreira
Capa: Renata Santiago Albuquerque
Preparação, diagramação
e revisão: Decápole/Bruno Castro

Editora Canção Nova


Rua João Paulo II, s/n – Alto da Bela Vista
12 630-000 Cachoeira Paulista – SP
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Todos os direitos reservados.

ISBN: 978-85-5339-176-9

© EDITORA CANÇÃO NOVA


Cachoeira Paulista, SP, Brasil, 2019
DR. ROQUE MARCOS SAVIOLI
DRA. GISELA SAVIOLI

HIPERTENSÃO
ARTERIAL
Sumário

Apresentação.......................................................... 9
Mais tecnologia, menos comunicação.... 13
Introdução.............................................................. 17
Definições............................................................... 21
Como medir a pressão arterial........................... 23
Como saber se tenho hipertensão?................... 29
Hipertensão do Jaleco Branco............................ 35
Hipertensão mascarada........................................ 39
Hipertensão Sistólica........................................... 41
Hipertensão e Gravidez....................................... 43
Hipertensão na raça negra.................................. 45
Curiosidade................................................... 47
Hipertensão em crianças e adolescentes.......... 49
Hipertensão nas mulheres................................... 51
Por que tenho pressão alta?................................. 55
Hipertensão Arterial Secundária....................... 59
A assassina silenciosa............................................ 63
Terapia Integrativa................................................ 69
Controle do peso corporal.................................. 71
Controle do sal da sua dieta............................... 75
Diferença entre Sal e Sódio....................... 76
Receita do Sal de Ervas............................... 81
Chocolate Amargo e Hipertensão..................... 85
O cacau na saúde humana......................... 87
Nitratos e nitritos Inorgânicos........................... 89
Legumes, verduras e frutas.................................. 91
A microbiota intestinal e a hipertensão arterial... 93
Magnésio, vitamina D, coenzima Q10, vinho
tinto, fibras, oleaginosas e alho.......................... 95
Exercícios físicos e hipertensão.......................... 97
Atividade física: bem-estar para o corpo,
alma e espírito – Cau Saad........................ 98
Sono e Hipertensão.............................................. 113
Meditação e Hipertensão.................................... 123
E a meditação?.............................................. 125
Referências bibliográficas.................................... 131
Apresentação

C erto dia, durante uma aula a que assistia,


para me atualizar nos processos bioquímicos
envolvidos na depressão, bem como a sua relação
com o sistema cardiovascular, assustei-me quando
o protagonista do evento, Henry Okigawa, cha-
mou-me e disse:
– Tenho o prazer de receber hoje o Dr. Roque
Savioli, um “médico clássico”, que veio junto com
sua esposa Dra. Gisela para assistir a minha aula.
Confesso que não gostei dessa rotulação,
mas ao terminar a aula, comecei a refletir sobe
o ocorrido e realmente percebi, o quanto nós,
médicos e profissionais da saúde que estão dentro9
das academias, somos reducionistas.
Somos praticamente obrigados a viver sob a
égide de protocolos e diretrizes, ou seja, estamos
realmente engessados e impedidos de praticar
aquilo que mais prezo: a arte de curar.
Acho importante que tenhamos uma série
de regras para nos guiarmos no tratamento das
pessoas, mas não podemos jamais esquecer que
tratamos de seres humanos que sofrem com os
augúrios de uma doença, e não simplesmente
com a doença em si.
Saindo daquela aula, dei razão ao Henri e
comecei a ver o que poderia fazer para deixar
de ser um médico clássico, embora as minhas
investidas no campo da espiritualidade já me di-
ferenciassem um pouco do reducionismo clássico
da medicina moderna.
Comecei a investigar aquilo que anterior-
mente chamavam de medicina alternativa, ou
ainda, medicina complementar. Vi várias técnicas,
algumas absolutamente fora de qualquer propósito
científico, verdadeiras fontes de ilusões, as quais
ouso até chamar de charlatanismo. Vi técnicas
calcadas em vários tipos de espiritualidade, vi
técnicas com substrato científico discutível, mas
vi também, técnicas que poderiam ser utilizadas
na minha vida profissional, para que pudesse sair
desse engessamento profissional em que vivia.

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Assim conheci a medicina integrativa, uma forma
diferente de se abordar o paciente, pois enfoca o
ser humano com um todo: corpo, mente e espírito.
A filosofia da medicina integrativa não é nova.
Muito antes da existência de imagens de resso-
nância magnética e tomografia computadorizada,
Aristóteles (384-322 a. C.) era simplesmente capaz
de experimentar, observar e refletir sobre a condi-
ção humana. Ele foi um dos primeiros médicos
holísticos que acreditavam que cada pessoa era
uma combinação de propriedades físicas e espi-
rituais, sem separação entre mente e corpo. Esse
conceito persistiu até o século XVI, quando René
Descartes (1596-1650) fez o possível para separar
a mente do corpo, com o objetivo de proteger o
espírito da ciência. Ele acreditava que a mente e
o espírito deveriam ser o foco da Igreja, deixan-
do para a ciência o estudo do corpo físico. Essa
filosofia levou à “divisão cartesiana” da dualidade
mente-corpo.
Pouco tempo depois, John Locke (1632-
1704) e David Hume (1711-1776) iniciaram
o movimento reducionista que moldou nossa
ciência e sistema médico atuais. A ideia era que,
se pudéssemos reduzir os fenômenos naturais para

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uma maior simplicidade, poderíamos entender o
todo maior.
No início do século XX, a ciência aplicada
começou a transformar a medicina através do
desenvolvimento de tecnologias médicas. Em
1910, foi publicado o estudo Medical Education
in the United States and Canada – A Report to
the Carnegie Foundation for the Advancement of
Teaching, que ficou conhecido como o Relatório
Flexner (Flexner Report) e é considerado o grande
responsável pela mais importante reforma das
escolas médicas de todos os tempos nos Estados
Unidos, com profundas implicações para a for-
mação médica e para a medicina mundial.
Ele veio enfatizar a tríade que prevalece
até hoje nas academias de medicina do mundo
todo: pesquisa, educação e prática clínica. O re-
ducionismo e o método científico produziram
o conhecimento que encorajou o crescimento
dessas instituições. Esse modelo científico con-
duziu a uma maior compreensão das doenças e
ao desenvolvimento de ferramentas para ajudar a
combatê-las. A superespecialização da medicina
se tornou cada vez mais presente, de modo que
atualmente temos profissionais que concentram

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suas habilidades em segmentos do ser humano,
que se tornou cada vez mais fragmentado.

Mais tecnologia, menos comunicação

O tremendo sucesso da ciência médica no


século XX não foi sem custo. O total de gastos
com cuidados de saúde atingiu US$ 2,9 trilhões
em 2013, um valor que foi de 17,4% do produto
interno bruto (PIB), ou seja, US$ 9.255 mil por
residente dos EUA. Em dez anos (2003-2013),
os gastos com medicamentos nos Estados Unidos
aumentaram 66,4%, passando de US$ 180 bilhões
para US$ 271 bilhões. O sistema encoraja os
pacientes a acreditarem que as ferramentas são a
resposta para seus problemas físicos, não dando a
devida atenção à interação da mente, da comuni-
dade e do espírito. A tecnologia é o “bezerro dou-
rado” neste cenário. Tornamo-nos dependentes
da evolução tecnológica, dos sofisticados exames
diagnósticos, das técnicas terapêuticas inovadoras,
mas o grande avanço do conhecimento médico
levou a um grande distanciamento da relação mé-
dico-paciente, de modo que muitos profissionais

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começaram a tratar resultados de exames e não
os seus detentores.
Para ajudar a reduzir os custos, nasceram os
órgãos gerenciadores do modelo de saúde. Aqui
no Brasil, as empresas de convênio médico, com
o intuito de reduzirem seus custos, tornaram cada
vez mais desgastante a relação médico paciente.
Em muitas situações, o médico é apenas um in-
termediário entre a empresa de saúde e o paciente,
sendo obrigado a seguir as regras determinadas
pelas empresas.
Este fato tornou médicos infelizes por perde-
rem a autonomia na prática de medicina, sentin-
do-se engessados por diretrizes e protocolos. Os
pacientes também se sentem infelizes, em parte,
porque acreditam que não estão recebendo a aten-
ção de que precisam, principalmente aqueles cujas
doenças não respondem bem aos tratamentos de
medicina especializada. Essa situação é observada
com frequência, visto que a incidência de doenças
crônicas e degenerativas está com grande preva-
lência, por conta do aumento da longevidade da
população brasileira. Doenças como cardiopatias,
diabetes, síndrome do intestino irritável, fadiga
crônica e síndromes de dor crônica são bastante

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comuns. Elas exigem avaliação e tratamento de
muito mais do que o enfoque em um único ór-
gão. Por outro lado, a segmentação da assistência
médica faz com que vários profissionais cuidem
do mesmo paciente, tornando a relação médico-
-paciente despersonalizada.
A deterioração do relacionamento médi-
co-paciente, o uso excessivo de tecnologia e a
incapacidade do sistema médico para tratar ade-
quadamente a doença crônica contribuíram para
aumentar o meu interesse pela medicina com-
plementar, atualmente denominada medicina
integrativa.
A medicina integrativa não abandona todo o
conhecimento cientifico acumulado, muito pelo
contrário, utiliza essas informações para o trata-
mento pontual do paciente, ou seja, o tratamento
medicamentoso, procedimentos cirúrgicos etc.
Isto é, tudo aquilo que o Henri disse que eu era,
naquela manhã de sábado: um médico clássico.
Além disso, ela abre a mente do profissional para
outras técnicas, que ao lado das clássicas, possam
ser utilizadas no tratamento dos pacientes.
Ser um médico integrativo é ter uma visão
integral do ser humano, entendendo-o na sua

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relação com mente – corpo – espírito e meio am-
biente. Essa integração pode ser feita através de
medicamentos, cirurgia, fitoterapia, psicologia,
nutrição, espiritualidade, meditação etc.
O objetivo da Série Mais Saúde foi enfo-
car as doenças mais frequentes e mais danosas à
nossa saúde, abordando a visão integrativa do ser
humano, ou seja, adotando um olhar multidisci-
plinar nessas patologias, através de informações
mais recentes da literatura da médica mundial.
Assim, a Série Mais Saúde, escrita a quatro mãos,
abordará aspectos nutricionais, de fitoterapia e
de atividade física, cujo capitulo contará com
a colaboração da nossa querida nora Cau Saad.
Não poderíamos deixar de analisar, no entanto,
como a espiritualidade e a religiosidade podem
ser importantes para a cura total do ser humano.
Às vezes conseguimos sanar uma doença pontual
de um paciente sem, no entanto, o curarmos
na sua integralidade. Este é o desafio desta série,
promover a cura total dos pacientes.
Aproveitem!

São Paulo, agosto de 2019

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Introdução

A série Mais Saúde é iniciada abordando uma


das doenças mais comuns em todo o mundo
e também uma das responsáveis por grande parte
das mortes no nosso planeta.
Cerca de 30% dos brasileiros sofrem de hi-
pertensão, mas o pior é que grande parte deles não
sabe da existência dessa doença, ou seja, passam
grande parte da vida expostos às complicações da
pressão alta, como o AVC, o infarto do miocárdio,
a doença renal e as doenças das artérias.
O grande problema dessa doença é ser silen-
ciosa, ou seja, não causa sintomas, correndo-se o
risco do primeiro sintoma já ser uma das com-
plicações. Além disso, pelo fato de não ocasionar
sintomas, a adesão medicamentosa é muito baixa,
o que também deixa os pacientes expostos ao
risco de complicações. Ressalte-se também, que

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a falta de medicamentos na rede publica é um
dos grandes responsáveis pela falta de adesão ao
tratamento.
Se por um lado os pacientes deixam de to-
mar os medicamentos prescritos, pelos motivos
citados, por outro há a falta de conscientização
e orientação com relação à mudança dos hábitos
de vida, que sabemos ser de grande valia para o
controle da hipertensão.
Recebo muitas vezes pacientes no consultório
tomando vários medicamentos anti-hipertensivos,
mas com seus níveis de pressão alterados. Ao ver
esses pacientes, noto que eles não foram orienta-
dos com relação à mudança da sua alimentação,
da necessidade da prática de exercícios físicos, da
necessidade de emagrecimento e mesmo de adotar
algumas medidas para reduzir o estresse.
Lembro-me muito bem de um paciente que
veio com uma prescrição enorme nas mãos, quei-
xando-se que, apesar de tomar os medicamentos
corretamente, mantinha níveis de pressão ainda
elevados. Ao perguntar o que ele tomava além
daquela lista de remédios, se usava algum suple-
mento alimentar, um chá, ou qualquer tipo de
medicamento natural, ele me disse:

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– Doutor, eu uso umas gotas de remédio para
desentupir meu nariz uma ou duas vezes ao dia.
Respondi:
– Aí está uma das razões da sua pressão não
estar controlada, pois esses medicamentos são à
base de sinefrina, um vasoconstritor que, ao ser
administrado, aumenta a pressão arterial.
Esse paciente dado como portador de uma
hipertensão resistente a medicamentos resolveu
sua hipertensão no momento que conseguiu se
libertar das gotas de vasoconstritor que pingava
nas narinas várias vezes ao dia.
Às vezes, os pacientes nos dizem que estão
fazendo uma dieta com muito pouco sal, mas ao
conversarmos com eles notamos que estão consu-
mindo uma quantidade exagerada de embutidos,
de laticínios ou alimentos processados, que têm
na sua composição quantidades consideráveis de
sal para conservação.
Sempre oriento os pacientes a lerem os ró-
tulos dos alimentos e bebidas que consomem,
desde a água mineral que tomam até o vidro de
azeitona que compram.
Por conta de tudo isso é que estamos lan-
çando este livro, iniciando a Série Mais Saúde,

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escrito a quatro mãos. Nestas páginas, Gisela e eu
compartilhamos informações calcadas em bases
científicas sobre como entender e manusear a
hipertensão arterial, além de fornecer sugestões
de receitas para que você possa controlar melhor
os seus níveis de pressão. Abordando aspectos
multidisciplinares (médicos, nutricionais, de fi-
toterapia e de educação física) e fazendo uma
integração entre corpo, psiquismo e espírito, pre-
tendemos que este livro seja um manual, um livro
de cabeceira, para que todos possam entender a
hipertensão arterial.
Boa leitura!

São Paulo, agosto de 2019

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Definições

H ipertensão arterial é um termo médico,


definido como aumento da pressão arterial
(PA). Durante a contração dos ventrículos (câmaras
do coração), grandes quantidades de sangue são
ejetadas em direção às artérias (vasos que saem do
coração), que têm como função levar esse fluido a
todas as partes do corpo. O sangue é lançado com
uma grande velocidade e, ao ser acomodado pelas
artérias, origina uma pressão, denominada pressão
máxima, ou pressão sistólica (PAS).
Após se dilatarem para receber o sangue, as
artérias exercem as suas propriedades elásticas e
voltam ao seu diâmetro inicial, fazendo com que o
sangue continue seu percurso em direção às peque-
nas artérias capilares, até chegarem às células. Nesse
momento, a pressão dentro dos vasos é denominada
pressão mínima ou pressão diastólica (PAD).

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