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Para que seja possível a convivência em sociedade é necessária definir uma ordem, ou seja, um conjunto de
regras e padrões que orientem e disciplinem essa convivência.
Direito - conjunto de normas de conduta social, emanadas pelo Estado e garantidas pelo seu poder
(através da polícia e tribunais), que visa atingir a Justiça e a Segurança, sem esquecer a equidade.
- Ordem Religiosa
Tem por função regular as condutas humanas em relação a Deus e as sanções são de carácter
transcendente.
- Ordem Jurídica
É a ordem regulada pelo Direito. Ao contrário das outras normas, serve-se da coação como meio de
garantir e impor o cumprimento das suas normas.
- Relação entre as várias ordens sociais normativas
• Coincidência;
• Indiferença;
• Conflito.
Ordem Jurídica e Ordem Jurídica e Ordem Jurídica e
Ordem Moral Ordem Religiosa Ordem Trato Social
Coincidência A moral apoia as ordens Em algumas situações Não
jurídicas coincidem (casamento) há
Para a ordem jurídica A ordem jurídica cumpre as Usos sociais relativos à
Indiferença muitas regas morais são suas normas e “não quer moda ou à cortesia.
irrelevantes saber” das religiosas
Algumas ordens jurídicas Algumas ordens jurídicas A ordem jurídica torna
Conflito são contrárias às ordens são contrárias às ordens proibidos usos sociais que
morais religiosas acha prejudiciais.
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- Normas jurídicas
Norma jurídica é uma regra de conduto imperativa, geral e abstrata, imposta de forma coerciva pelo estado.
Estrutura:
- Previsão: a norma jurídica fixa padrões de conduta que regulam situações, casos concretos da vida
que se esperam que venha a acontecer (previsíveis).
- Estatuição: a norma jurídica impõe necessariamente uma conduta a adotar quando se verifique, no
caso concreto, a previsão.
- Sanção: a norma jurídica dispõe de meios de coação que fazem parte do sistema jurídico para impor
o cumprimento dos seus comandos.
Características:
- Coercibilidade: é a característica das normas jurídicas que indica que a ordem jurídica pode
recorrer à força para impor o cumprimento da norma;
- Imperatividade: não se limitam a aconselhar uma determinada conduta elas impõem uma
conduta, são um comando.
- Generalidade: as normas jurídicas são gerais porque se destinam à sociedade;
- Abstração: as normas jurídicas regulam um conjunto amplo de situações, não um conjunto
A ou B em particular.
Segurança
- Segurança no sentido de ordem e de paz social: o Direito destina-se a garantir a convivência entre
os homens prevenindo e solucionando os conflitos que surgem na vida.
- Segurança no sentido de certeza jurídica: exprime a aspiração a regras certas, isto é, suscetíveis de
serem conhecidas, uma vez que tal certeza corresponde a uma necessidade de previsibilidade e
estabilidade na vida jurídica (cada um possa prever as consequências jurídicas dos seus atos, saber o
que é permitido e proibido).
- Segurança no seu sentido mais amplo: pretende-se que o Direito proteja os direitos e liberdades
fundamentais dos cidadãos e os defenda das eventuais arbitrariedades dos poderes públicos ou
abusos do poder.
Equidade
É a justiça do caso concreto, ou seja, na aplicação da lei deve-se atender às condições de
cada caso. É um critério de divisão que pode ser usado quando o Juiz decide segundo a sua
consciência, funcionando como um recurso para a interpretação e integração das lacunas da lei (a
lei diz quando é permitido o uso da equidade).
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- Relação entre Justiça, Equidade e Segurança
A realização da justiça e da segurança apresenta grandes dificuldades, pois nem sempre é possível
compatibilizar ambos, o que leva a que o Direito umas vezes dê prevalência à justiça sobre a segurança e
outras vezes o inverso. Em qualquer destes casos, o sacrifício tem de ser parcial, o que significa que não se
pode afastar totalmente um desses valores.
- Direitos de 2.ª Geração são chamados Direitos sociais, económicos e culturais, sendo o reflexo da
socialização que se seguiu após a 2.ª Guerra Mundial e o papel intervencionista na sociedade. Traduzem-se
na exigência para o Estado disponibilizar certos bens sociais (água, luz, ensino, saúde, etc.) e a sua
efetivação depende do nível de desenvolvimento económico e social do Estado.
Direitos sociais do artigo 63.º ao 72.º (ex.: Direito ao ensino, Direito ao trabalho, Direito à saúde, etc.).
Direitos económicos do artigo 58.º ao 62.º (ex.: Direito ao trabalho, Direito à propriedade privada).
Direitos culturais do artigo 73.º ao 79.º (ex.: Direito à educação, Direito à cultura, etc.).
- Direitos de 3.ª Geração, são os Direitos de solidariedade artigo 66.º da CRP (ex.: Direito à paz, etc.)
- O Direito positivo é o conjunto de normas criadas pelo Homem, para regular as suas condutas nas
relações que estabelece em sociedade, normas essas que variam com os tempos. Então o Direito que
vigora é o Direito positivo (o nosso Ordenamento Jurídico é fruto do Direito positivo).
- O Direito natural é fundado na natureza humana e tem origem na vontade divina. Então para haver
Direito positivo tem de existir Direito natural.
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Direito Constitucional
Direito Administrativo
Direito Público Direito Financeiro Direito Fiscal
Direito Penal
Direito Processual Direito Processual Civil
Direito Processual Penal
Direito Processual do Trabalho
4. Elementos do Estado
Os poderes do Estado devem ser distribuídos por diferentes órgãos para evitar o abuso do poder. Funções
do Estado:
- Legislativo: poder de fazer as leis – Assembleia da Republica e Governo;
- Executivo: poder de executar as decisões tomadas – Administração Publica;
- Judicial: poder de “resolver” os conflitos entre os indivíduos – Tribunais;
- Politica: Governar – Presidente da Republica, Assembleia da República e Governo.
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6. Órgãos de soberania
- Fins do Estado
- Garantir a segurança
- Assegurar a realização da justiça;
- Promover o bem-estar económico e social.
- Órgãos de Soberania
- Presidente da Republica - Artigos: do 120.º ao 140.º da CRP;
- Assembleia da Republica - Artigos: do 147.º ao 181.º da CRP;
- Governo - Artigos: do 182.º ao 201.º da CRP;
- Tribunais – Artigos: do 221.º ao 234.º da CRP:
Características dos Juízes:
- Irresponsabilidade, os juízes não podem ser responsabilizados pelas suas decisões, salvo
nos termos da lei;
- Independência, os juízes são independentes e só devem obediência à lei e à sua
consciência;
- Inamovibilidade, os juízes são inamovíveis, ou seja, não podem ser suspensos, demitidos e
aposentados, salvo casos previstos na lei;
- Imparcialidade, os juízes não podem julgar causas em que tenham interesses e não devem
dar opinião pessoal.
Hierarquia dos Tribunais:
- 1ª Instância – Tribunal Judiciais ou de comarcas;
- 2ª Instância – Tribunais de Relação;
- Supremo Tribunal de Justiça.
Assembleia da República
Elaboração de um Governo
Autorização Legislativa
Decreto de Lei
Proposta
Conselho de Ministros
Aprovação
Decreto-lei
Referência ministerial
Publicação
Entrada em vigor