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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

FACULDADE DE ENGENHARIAS, ARQUITETURA E


URBANISMO E GEOGRAFIA - FAENG
CURSO DE GRADUAÇÃO EM TÉCNOLOGIA DE
SANEAMENTO AMBIENTAL

REAPROVEITAMENTO DA ÁGUA USADA NOS PROCESSOS DE PREPARAÇÃO


DO CONCRETO NAS OBRAS

Maika Pâmela Rodrigues Cunha

Campo Grande / MS
2016
Curso de graduação em Tecnologia de Saneamento
Ambiental / UFMS

REAPROVEITAMENTO DA ÁGUA USADA NOS PROCESSOS DE PREPARAÇÃO


DO CONCRETO NAS OBRAS

Maika P.R. Cunha

Trabalho desenvolvido durante a disciplina Trabalho


de Conclusão de Curso como parte da avaliação do
Curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental da
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Orientador: Prof. Mestre Ariel Ortiz

Campo Grande / MS
Setembro de 2016
Curso de Graduação em Tecnologia de Saneamento
Ambiental / UFMS

REAPROVEITAMENTO DA ÁGUA USADA NOS PROCESSOS DE PREPARAÇÃO


DO CONCRETO NAS OBRAS

Maika P.R. Cunha

Trabalho de conclusão de curso de graduação em Tecnologia em Saneamento Ambiental da


Universidade Federal do Mato Grosso do Sul como requisito parcial para a obtenção do título
de Tecnóloga em Saneamento Ambiental.

Aprovado em: ____ de _______ de _____.

__________________________________________
Prof. Me. Ariel Ortiz
Orientador – FAENG/UFMS

__________________________________________
Prof. Dr. Keila Roberta Ferreira de Oliveira
Banca Examinadora – FAENG/UFMS

__________________________________________
Prof. Dr. Marjolly Priscilla Bais Shinzato
Banca Examinadora – FAENG/UFMS

Campo Grande / MS
Setembro de 2016
DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho aos meus amigos que tanto me deram forças para eu voltar a
estudar como também aos que disseram: “Para que voltar a estudar”, pois esses
também de alguma forma me deram mais garra para concluir essa etapa em minha
vida.
AGRADECIMENTOS

À Deus por sempre ter iluminado meus passos nessa caminhada de volta para casa
que tantas vezes tentei, mas que dessa vez consegui ir até o final graças ao
amadurecimento que ele me concedeu.
À minha mãe Suely Rodrigues Correa que me incentivou e sempre me disse para
estudar.
Aos meus Avós paternos Neuraci Alves Rodrigues e Julio Correa e avós maternos
Maria Correa Guedes e Davi Francisco Guedes que tanto me ajudaram nos
momentos de dificuldades que mesmo não tento muito estudos sabiam a
importância dele em nossas vidas.
À minha irmã Stephanie Rodrigues Cunha, pelo incentivo e motivação.
À Raquel Sasdelli que tanto me incentivou e me aguentou no início dessa jornada.
Aos meus amigos Cristiane Varanis, Domingos Texeira Neto e Elys Regina Souza
que estavam sempre prontos a me darem uma palavra de incentivo.
A meu, mais novo amigo que fiz nessa caminhada Gustavo Delboni que cada vez
que pensava em desistir dizia: “Gorda está acabando”.
Ao meu orientador Professor Mestre Ariel Ortiz pelo o auxílio no decorrer do curso e
pela confiança e orientação prestada nesse trabalho.
À Professora Doutora Marjolly Priscilla Bais Shinzato que tanto ajudou para clarear
as minhas ideias.
À Professora Doutora Keila Roberta Ferreira de Oliveira pela orientação.
Aos meus colegas de trabalho Willian Caldeira, Patrícia Borges, Eliane, Jackson
Fernandes que sempre me ajudaram para que eu conseguisse estudar.
Aos meus Patrões Robson Martins e Renata Martins que me deram essa
oportunidade de serviço mesmo sabendo de minhas limitações.
Aos meus amigos Ana Arruda, Jaqueline Lopes, Elenice Domingos, Joseane
Varanis, Silvia Wainberg, Henrique Wainberg, Fabiane Beatriz Vieira, Joana Lobo,
Nelsiane Domingos, Fabio de Souza, Clara Wainberg, Michele Guilherme, pela
motivação e pelos momentos felizes que tornaram o caminho mais leve.
Folha de Anotações
RESUMO

A água é um recurso natural finito que é essencial para a vida na terra, mas com o
grande desenvolvimento da sociedade cresce também a necessidade por bens de
consumo, serviço e obras de infraestrutura onde a água é um insumo primordial.
Levando em consideração as obras de infraestrutura dando ênfase no uso do
concreto onde é um processo que se utiliza água em abundância tanto na sua
fabricação quanto após seu uso na limpeza dos caminhões, bombas, mangotes e
betoneiras e é nessa limpeza que muitas vezes são realizadas nos canteiros de
obras sem nenhum tratamento é que vai ser priorizado nesse estudo. Começamos
pela a NBR 15.900:2009 que em dezembro de 2009 foi ampliada seus conceitos de
água de amassamento do concreto passando assim podendo recuperar a água
usada no processo para reutiliza-la no mesmo processo, sendo assim diminuindo o
consumo de água. Na grande maioria das obras além do concreto que é fornecido
por concreteiras que preparam esse concreto na usina das mesmas a também a
produção de massas e concretos nas próprias obras, sendo assim a base desse
estudo é que essa água que é utilizada para a limpeza dos equipamentos que são
utilizados na obras seja recuperada e reutilizada na obra para a fabricação de
massas e concretos gerando assim menos prejuízos ao meio ambiente e trazendo
economia para as construtoras.
ABSTRACT

Water is a finite natural resource that is essential to life on earth, but with the great
development of society also increases the need for consumer goods, service and
infrastructure works where water is a key input. Taking into account the infrastructure
projects with an emphasis on the concrete use which is a process that uses large
amounts of water both in its manufacture and after its use in the cleaning of trucks,
pumps, hoses and mixers and is that cleaning that are often held on construction
sites without any treatment is going to be prioritized in this study. We begin by the
NBR 15.900: 2009 in December 2009 was extended their mixing water concepts
through concrete so can recover the water used in the process to reuse it in the
same process, thus reducing water consumption. In most works beyond the concrete
that is provided by concrete producers preparing this concrete at the plant of the
same also to the production of pasta and concrete in their own works, so the basis of
this study is that the water used for cleaning equipment that are used in the works to
be recovered and reused in the work for the production of pasta and concrete thus
generating less damage to the environment and bringing savings for builders.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1-Localização da obra estudada (GOOGLE MAPS (2016)) _____________ 14


Figura 2 - Lavagem de caminhões _____________________________________ 16
Figura 3 - Lavagem de caminhões _____________________________________ 17
Figura 4 - Lavagem dos mangotes _____________________________________ 18
Figura 5 - Lavagem de mangotes ______________________________________ 18
Figura 6 - Dimensões da Caixa de Água _________________________________ 20
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - requisitos de águas de amassamento de concreto ________________ 13


Tabela 2 - Resultados das análises Físico-Químicas estabelecidas da ABNT NBR
15.900(2009) ______________________________________________________ 15
Tabela 3 - Resultados das outras análises realizadas ______________________ 16
Tabela 4 - Cálculo do diâmetro ________________________________________ 19
Tabela 5 - Dimensões da caixa de água fornecida pelo fabricante. ____________ 20
Tabela 6 - Resultado dos cálculos do Perímetro e da taxa de escoamento
longitudinal ________________________________________________________ 21
Tabela 7 - Resultados dos cálculos da nova área e taxa de escoamento superficial
_________________________________________________________________ 21
SUMÁRIO

1 . INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 11
2 . OBJETIVO ....................................................................................................................... 13
3 . METODOLOGIA .............................................................................................................. 14
3.1 . VISITA DE CAMPO ...................................................................................................... 14
3.2 . CARACTERIZAÇÃO DO EFLUENTE ....................................................................... 14
4 . CANTEIRO DE OBRA .................................................................................................... 16
4.1 . SISTEMA DE TRATAMENTO .................................................................................... 18
4.1.1 . CALCULO DA DO VAZÃO MÁXIMA ( 𝑄𝑚𝑎𝑥) ...................................................... 19
4.1.2 . CALCULO DA ÁREA PARA O DECANTADOR (𝐴𝐶𝐷) ....................................... 19
4.1.2 . CÁLCULO DO DIÂMETRO DO DECANTADOR (𝐷𝐷𝑃 ) .................................... 19
4.1.3 . CÁLCULO DO PERÍMETRO DO DECANTADOR (𝑃𝐷𝑃 ) E EM SEGUIDA A
TAXA DE ESCOAMENTO LONGITUDINAL (𝑞𝐿 ) ........................................................... 20
4.1.4 . VERIFICAÇÃO DA TAXA DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL (𝑞𝐴)................. 21
4.1.5 . TEMPO DE DETENÇÃO HIDRÁULICOS (𝜃𝐻) .................................................... 22
5 . ECONOMIA PARA EMPRESA ..................................................................................... 22
6 . CONCLUSÃO ................................................................................................................... 23
REFERÊNCIAS BIOGRÁFICAS ........................................................................................ 24
11

1 . INTRODUÇÃO

Em termos de leis como classificar a água, pela Lei 9.433 (1997) da Política
Nacional de Recursos Hídricos estabelece nos seus fundamentos que a água é um
bem de domínio público e é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico,
por ser primordial a sobrevivência humana. ISAIA (2009) destaca o crescimento
populacional acompanhado do avanço tecnológico das últimas décadas como
fatores responsáveis pela crescente demanda por bens de consumo, serviços e
obras de infraestrutura básica, nos quais a água é um produto indispensável. A água
é essencial para existência de vida e indispensável ao desenvolvimento econômico
e social. Mesmo que ainda seja abundante no planeta, já apresenta
comprometimento de sua quantidade e qualidade, fazendo com que haja uma
crescente preocupação em relação a sua preservação e também a conservação do
meio ambiente, conduzindo assim, à criação de uma legislação mais rigorosa e
eficiente, visando proteger os recursos ambientais (MEDEIROS et al., 2005).

Apenas 6% do total do fluxo global de materiais, aproximadamente 500 bilhões de


toneladas por ano, efetivamente são transformados em bens de consumo, portanto a
maior parte das matérias primas retorna ao meio ambiente em forma de sólidos,
líquidos e gases poluentes (METHA; MONTEIRO (apud, HAWKEN et. al. (2014)).

De acordo com IBRACON (2009), o concreto é o segundo material mais consumido


em âmbito mundial, perdendo apenas para água. Em 2010 a produção mundial
anual da indústria do concreto foi cerca de 33 bilhões de toneladas, consumindo 3,7
bilhões de toneladas de clínquer de cimento Portland, 27 bilhões de toneladas de
agregados, além de 2,7 bilhões de toneladas de água e uma pequena quantidade de
aditivos químicos (METHA; MONTEIRO, 2014).

Cardoso (2002) analisa o ciclo da água na empresa de serviço de concretagem e


enfatiza “O concreto carreado da lavagem dos caminhões-betoneiras se cair na rede
de drenagem pode prejudicar o sistema pluvial, além de trazer consequências sérias
para o meio ambiente de modo geral”.

A Resolução CONAMA 430 dispõe sobre as condições de lançamento de efluentes


e determina no Art. 2° que a disposição de efluente no solo, mesmo que tratados,
não está sujeita aos parâmetros e padrões de lançamentos dispostos nesta
Resolução, não podendo, todavia, causar poluição ou contaminação das águas
superficiais ou subterrâneas.

Preocupados com a crescente demanda de água e com isso podendo haver a


escassez dos recursos hídricos no futuro a norma técnica ABNT NBR 13.969 (1997)
-Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos
efluentes líquidos - Projeto, construção e operação, que mostra alternativas para
minimizar o problema através do reuso da água. A lei nº 9.433 de 8 de janeiro de
1997, em seu Capitulo II, Artigo 20, Inciso 1, estabelece, entre os objetivos da
Política Nacional de Recursos Hídricos, a necessidade de “assegurar à atual e às
12

futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade


adequados aos respectivos usos”.

No âmbito da engenharia civil, o uso da água é de suma importância no


amassamento das misturas cimentíceas, sobretudo os concretos e argamassas. A
mistura dos materias é feita dentro de um caminhão betoneira que fará o transporte
do concreto até o seu local de uso. Para cada traço de concreto, entretanto, os
caminhões betoneiras devem ser lavados para evitar contaminação da nova mistura
assim como o acúmulo de incrustações na superfície interna do balão. Esse
processo de limpeza dos caminhões exige aproximadamente 500 litros de água por
caminhão e torna a água altamente básica, o que pode contaminar o solo ou afetar
organismos aquáticos, caso seu descarte seja efetuado sem tratamento prévio.
Neste contexto, foi adicionado em dezembro de 2009 à Norma Brasileira 15900,
intitulada “Água para Amassamento do Concreto”, da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), o anexo A – “Requisitos para Utilização de Água
Recuperada de Processos de Preparo do Concreto”, permitindo às empresas reuso
da água, sem comprometer a qualidade do produto final. Pensando em todas essas
transformações dos meios onde vivemos as leis e normas foram buscando outros
meios para serem aplicados visando diminuir esse grande consumo de água. No
objeto de estudo aqui vamos considerar o uso dessa água na construção civil e
dentro desse espaço vamos levar em consideração a água utilizada para lavagem
de caminhões, bombas, mangotes e ferramental utilizado no processo de
concretagem que atualmente na maioria das obras são lançados nos solos ou até
mesmo na de drenagem pluvial. Pensando no reuso dessa água pós tratamento
propomos utilizar a mesmo no próprio processo de fabricação de massas e
concretos que ocorrem na própria obra. A água recuperada deve passar por
avaliação físico-químicas, especificadas nessa norma, listada na Tabela 1.
13

Tabela 1 - requisitos de águas de amassamento de concreto

TIPO DE
PARÂMETRO REQUISITO
AVALIAÇÃO
Óleos e gorduras Não mais dos traços visíveis
Qualquer espuma deve desaparecer em 2
Detergente
min
Comparada com água potável ser amarelo
Cor
claro a incolor
Material sólido ≤ 50.000mg/L Preliminar
Odor Leve Odor de cimento
Ph ≥ 5,00
Após adição de NaOH ser mais clara ou
Materia orgânica
igual a da solução padrão
Açúcares ≤ 100mg/L
Fosfato ≤ 100mg/L de P₂O₅
Nitratos ≤ 500mg/L de NO₃⁻ Contminantes
Chumbo ≤ 100mg/L de Pb²⁺
Zinco ≤ 100mg/L de Zn²⁺
≤ 500mg/L para concreto pretendido ou
Cloretos graute ≤1.000 mg/L para concreto armado Cloretos
≤ 4.500 mg/L para concreto simples
Sulfatos ≤ 2.000 mg/L de SO₄²⁻ Sulfatos
Álcalis ≤ 1.500 mg/L de Na₂O Álcalis

2 . OBJETIVO

O objetivo desse trabalho é reinserir a água recuperada de processos de


concretagem que é descartado na obra para que seja usada na produção de
concretos e massas que vão ser produzidas no pátio no pátio das mesmas.
 Caracterizar o efluente das lavagens dos caminhões e acessórios da
concretagem, segundo prescrições da NBR 15.900 (ABNT, 2009);
 Propor uma medida de tratamento para ser instalado na obra;
14

3 . METODOLOGIA

3.1 . VISITA DE CAMPO

Este trabalho foi realizado na obra Terrace Tower da construtora Consbase Capital
do Mato Grosso do Sul (figura 1) na execução do piso do estacionamento que é de
concreto polido a empresa fornecedora do concreto é SERMIX, A execução da obra
foi realizada pela empresa Trado Tecnologia em Pisos.

Figura 1-Localização da obra estudada (GOOGLE MAPS (2016))

Com os dados levantados na obra observou que na lavagem dos caminhões


betoneiras e acessórios utilizados na concretagem (mangotes e caminhão bomba)
varia de acordo com o motorista do caminhão e os bombistas - que são
responsáveis pela lavagens- variando entre 250 a 500 litros.
Na obra em estudo não há uma área destinada a lavagens desses acessórios e dos
caminhões, sendo assim sendo realizado no próprio lugar de parada do caminhão e
acessórios estão sendo lugares que o próprio solo absorve e/ou vai para o sistema
de drenagem de água pluvial.

3.2 . CARACTERIZAÇÃO DO EFLUENTE

Para caracterização do efluente da lavagem nesse trabalho vai ser utilizado um


estudo que foi realizado na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul por uma
acadêmica de Engenharia Ambiental.

As análises para caracterização do efluente foram realizadas no LAQUA –


Laboratório de Qualidade Ambiental, na Universidade Federal de Mato Grosso do
sul, em Campo grande – MS.
A de teor de açúcar foi realizado pelo laboratório de Química da Universidade
Federal de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande – MS.
A análise de álcalis foi realizado por um laboratório particular habilitado para essa
determinação.
15

Todas as análises seguiram as prescrições da NBR 15.900 (2009).


A tabela 2 nos mostra os resultados das análises do efluente das lavagem já
comparando com requisitos pedidos na ABNT NBR 15.900(2009).

Tabela 2 - Resultados das análises Físico-Químicas estabelecidas da ABNT NBR 15.900(2009)

PARÂMETRO REQUISITO NBR 15.900 (ABNT,2009) RESULTADOS

Não mais dos


Óleos e gorduras Não mais dos traços visíveis
traços visíveis
Espuma
Qualquer espuma deve desaparecer em 2
Detergente desapareceu < 1
min
min
Comparada com água potável ser amarelo
Cor Acinzentada
claro a incolor
Material sólido ≤ 50.000mg/L 1.486 mg/L
Leve Odor de
Odor Leve Odor de cimento
cimento e cal
pH ≥ 5,00 12,34
Após adição de NaOH ser mais clara ou
Material orgânica Mais clara
igual a da solução padrão
Açúcares ≤ 100mg/L 0
Fosfato ≤ 100mg/L de P₂O₅ 0,08 mg/L de P₂O₅
Nitratos ≤ 500mg/L de NO₃⁻ 1,1 mg/L de NO₃⁻
Chumbo ≤ 100mg/L de Pb²⁺ 0,33 mg/L de Pb²⁺
Zinco ≤ 100mg/L de Zn²⁺ 0,1 mg/L de Zn²⁺
≤ 500mg/L para concreto pretendido ou
Cloretos graute ≤1.000 mg/L para concreto armado 257,4 mg/L de Cl⁻
≤ 4.500 mg/L para concreto simples
Sulfatos ≤ 2.000 mg/L de SO₄²⁻ 265 mg/L de SO₄²⁻
532 mg/L de
Álcalis ≤ 1.500 mg/L de Na₂O
Na₂O

Pelos os resultados obtidos nas análises estabelecidas pela norma técnica, a água
pode ser utilizada no amassamento de todos os tipos de concreto, para maior
caraterização da água foram realizadas outras análises.
16

Tabela 3 - Resultados das outras análises realizadas

PARÂMETRO REQUISITO RESULTADOS


Turbidez < 1 UNT - Padrão de Potabilidade 27 UNT
Salinidade - 1,80%
Condutividade ≤ 100 μS/cm - CETESB 3,4 μS/cm
1.0003 mg/L de
Alcalinidade Total -
CaCO₃
Alcalinidade 941,2 mg/L de
-
Hidróxido CaCO₃
≤ 500 mg/L de CaCO₃ - Padrão de 1.140,8 mg/L de
Dureza
Potabilidade CaCO₃
Cálcio - 416,83 mg/L de Ca
3,2 mg/L de OD a
Oxigênio Dissolvido 7,6 mg/L de OD a 25°C
26°C
DQO - 116,07 mg/L de O₂

Com as análises feitas e comprovado que a água recuperada pode ser reutilizada no
processo podemos agora elucidar sobre o caso de estudo em questão que é o
reaproveitamento dessa água recuperada na própria obra.

4 . CANTEIRO DE OBRA

No estudo vamos levantar a problemática quanta a lavagem dos caminhões e


equipamentos utilizados na concretagem dentro dos canteiros de obra, pois na
maioria dos canteiros de obras realizam essas lavagens no próprio solo o que traz
contaminante para o mesmo e podendo chegar a contaminar o lençol freático e em
alguns casos essa água é lançada no sistema de drenagem de água pluvial que
acarretam outros problemas para o meio.

Figura 2 - Lavagem de caminhões


17

Figura 3 - Lavagem de caminhões


18

Figura 4 - Lavagem dos mangotes

Figura 5 - Lavagem de mangotes

4.1 . SISTEMA DE TRATAMENTO

O sistema de tratamento que será indicado nesse trabalho visa a economia da


empresa quanto a recursos financeiros e também que tenha mobilidade por causa
do tipo da obra que depois do término o sistema tem que ser retirado sem causar
danos.

Levando em consideração os dados levantados de uma média de 10 caminhões por


dia e que cada caminhão gasta de 200L a 300L de água para a lavagem.

O caminhão será lavado em uma grelha que será instalada no portão de saída da
obra que terá as dimensões de 1,0mx2,0m, que terá 2 metros quadrados. Essa água
que ali cair será encaminhada através de tubulações de 200mm para caixa de águas
que serão utilizadas como tanques de decantação.
19

Em conformidade com a ABNT NBR 12.216 (1992) em sistemas que possuem


vazões inferiores a 1.000 m³/dia, com tempo de funcionamento inferior a 18 h/dia,
podem dispor só de uma unidade de decantação.

4.1.1 . CALCULO DA DO VAZÃO MÁXIMA ( 𝑄𝑚𝑎𝑥 )

Levando em consideração a quantidade de caminhões a serem lavados e a


quantidade de água a ser utilizada por cada caminhão, chegou ao seguinte valor a
𝑄𝑚𝑎𝑥 = 3m³/dia.

4.1.2 . CALCULO DA ÁREA PARA O DECANTADOR (𝐴𝐶𝐷 )

A área do decantador foi estabelecida visando o menos espaço possível para que a
obra não sofra danos no seu arranjo físico já que é uma obra de grande mobilidade
de materiais modificando assim seu arranjo físico, sendo assim adotaremos uma
área de 6m².

4.1.2 . CÁLCULO DO DIÂMETRO DO DECANTADOR (𝐷𝐷𝑃 )

Para cálculo do diâmetro será utilizada a seguinte fórmula.

𝜋 . 𝐷𝐷𝑃 ²
𝐴𝐶𝐷 = (1)
4
OU
1
4 . 𝐴𝐶𝐷 2
𝐷𝐷𝑃 = ( )
𝜋
Tabela 4 - Cálculo do diâmetro

𝑨𝑪𝑫 (𝒎𝟐 ) 𝑫𝑫𝑷 (𝒎) 𝑫𝑫𝑷 𝒄𝒐𝒓𝒓𝒊𝒈𝒊𝒅𝒐(𝒎)


6 2,76 2,50

Como no projeto foi colocado que se utilizaria caixas d’água para realização do
tratamento, o diâmetro vai ser utilizado o diâmetro médio das caixas já que elas
possuem um tronco cônico. Nesse caso vai ser utilizada uma caixa com as seguintes
dimensões:
20

Tabela 5 - Dimensões da caixa de água fornecida pelo fabricante.

Litros A B C D E
6000 0,49 1,37 2,30 2,67 1,86

Figura 6 - Dimensões da Caixa de Água

4.1.3 . CÁLCULO DO PERÍMETRO DO DECANTADOR (𝑃𝐷𝑃 ) E EM SEGUIDA A


TAXA DE ESCOAMENTO LONGITUDINAL (𝑞𝐿 )

O perímetro de uma circunferência é o mesmo que medir seu comprimento, a taxa


escoamento longitudinal é fixado por norma em decantadores primários que o
valor limite é 𝑞𝐿 ≤ 720 (m³/m.dia).
Para esses cálculos usaremos as seguintes equações:
21

𝑃𝐷𝑃 = 𝜋 . 𝐷𝐷𝑃 (4)


E
𝑄𝑚𝑎𝑥
𝑞𝐿 = (3)
𝑃𝐷𝑃

Tabela 6 - Resultado dos cálculos do Perímetro e da taxa de escoamento longitudinal

𝑸𝒎𝒂𝒙 𝑫𝑫𝑷 (𝒎) 𝑷𝑫𝑷 𝒒𝑳


(𝒎𝟑 /𝒅𝒊𝒂) (𝒂𝒅𝒐𝒕𝒂𝒅𝒐) (𝒎) (𝒎³/𝒎. 𝒅𝒊𝒂)
3 2,50 7,85 0,38

4.1.4 . VERIFICAÇÃO DA TAXA DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL (𝑞𝐴 )

Para a verificação da taxa de escoamento superficial iremos primeiro calcular uma


nova área do decantador pois adotamos o diâmetro para da caixa d’água que será
usada.
Para calcular usaremos novamente a fórmula (1).
𝜋 . 𝐷𝐷𝑃 ²
𝐴𝐶𝐷 = (1)
4
Calculada a nova área, calcularemos a taxa de escoamento superficial referida a
esse decantador. Usando a fórmula descrita abaixo.
𝑄𝑚𝑎𝑥
𝑞𝐴 =
𝐴𝐶𝐷

Tabela 7 - Resultados dos cálculos da nova área e taxa de escoamento superficial

𝑸𝒎𝒂𝒙 𝑫𝑫𝑷 𝒄𝒐𝒓𝒓𝒊𝒈𝒊𝒅𝒐(𝒎) 𝑨𝑪𝑫 (𝒎𝟐 ) 𝑞𝐴 (𝒎𝟑/𝒎𝟐. 𝒅𝒊𝒂)


(𝒎𝟑 /𝒅𝒊𝒂) 𝑵𝒐𝒗𝒐
3 2,50 4,91 0,61
22

4.1.5 . TEMPO DE DETENÇÃO HIDRÁULICOS (𝜃𝐻 )

Para realizarmos o cálculo de detenção hidráulico precisaremos do volume, esse


volume será dado pelo volume total da caixa de água que vai ser fornecido em m³.
Já vazão nesse calcula vai passar de m³/dia para m³/h.

𝑉
𝜃𝐻 =
𝑄

Tabela 8 - Tempo de Detenção

𝑄𝑚𝑎𝑥 𝑉 (𝑚3 ) 𝜃𝐻 (ℎ)


(𝑚3 /ℎ)
0,125 6 48

4.2 . PROJETO SISTEMA DE TRATAMENTO


5 . ECONOMIA PARA EMPRESA

A proposta desse trabalho trará uma economia para empresa em sua conta de água
além de trazer melhoria para meio ambiente solucionando um problema que vem
atrelado com o crescimento econômico e social das cidades.

A empresa hoje tem um consumo de 171 m³, como a obra estudada faz parte do
tarifário residencial acima de 50m³ é cobrado R$ 9,49 m³ e taxa de esgoto de R$
6,64. Sendo assim a empresa terá uma economia mensal de R$ 1.064,58 (hum mil e
sessenta e quatro reais e cinquenta e oito centavos) ao mês.

Levantando ainda que a maioria da água utilizada nessas lavagens não sai da obra
e sim dos reservatórios dos caminhões.

Com esse levantamento podemos ver que em uma obra que durará 2 anos e 6
meses a economia total será de R$ 31.937,40 (trinta e um mil e novecentos e trinta e
sete reais e quarenta centavos)
23

6 . CONCLUSÃO

Este trabalho traz grandes benefícios para empresa construtora Consbase e ao


meio ambiente levando que 66 mil litros de esgoto ao mês não mais será lançado no
esgoto, esgoto esse que traz grandes danos a rede coletora.
Com relação ao aproveitamento da água para amassamento, as amostras
estudadas mostram que a água é apta para essa utilização e para ser usada como
água de adensamento da sub base.
Nesse tratamento ocorrerá a sobra de sólidos do processo de decantação material
esse que poderá ser usado para preparos de sub bases.
24

REFERÊNCIAS BIOGRÁFICAS

Águas Guariroba. 2016. Disponível em: <http://www.aguasguariroba.com.br/tarifa-


atual/> Acesso em: 11 de setembro de 2016.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12.216: Projeto de
estação de tratamento de água. Rio de Janeiro, 1992.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13969: Tanques
sépticos – Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes
líquidos – Projeto, construção e operação. Rio de Janeiro, 1997.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15900: Água para
amassamento do concreto. Rio de Janeiro, 2009.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12209 - Projeto de
estações de tratamento de esgoto sanitário. Rio de janeiro, 2011.
Esgoto sanitário: coleta, transporte, tratamento e reuso agrícola. Coord. Ariovaldo
Nuvolari, São Paulo, Blucher, 2012.
METHA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M.. Concreto, estrutura, propriedades e
materiais. São Paulo: PINI, 1994. Página 268.
CONAMA. Resolução nº 430. Brasília, DF: 2011.
TCC- Análise De Água Recuperada De Processos De Preparação Do Concreto -
Elvina Inayá do Espirito Santo. Campo Grande, 2016.
25

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