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- O estabelecimento enquanto objeto de negócios jurídicos. Pode ser de forma total ou parcial,
isto é, pode ser totalmente alienado ou parcialmente alienado (venda de bens aleatórios).
Também pode ser translativo ou constitutivo, o primeiro quando o negócio jurídico transfere a
titularidade (venda, doações e etc que mudam a titularidade do dono), enquanto o
constitutivo não transfere a propriedade integral do estabelecimento.
* Trespasse (compra e venda) é o negócio jurídico translativo (total ou parcial). De acordo com
o Art. 1146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos
anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor
primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos
vencidos, da publicação e, quanto aos outros da data do vencimento. Isso é, o comprador
assume as dívidas e responde por elas desde que tenham sido contabilizadas, enquanto o
vendedor permanece solidário pelo prazo de um ano. Torna-se válido a partir da averbação na
junta comercial.
- O alienante (vendedor), não havendo autorização do alienado (comprador), não pode fazer
concorrência ao alienado nos cinco anos subsequentes do trespasse. No caso de
arrendamento ou usufruto, o período é equivalente ao prazo do contrato.
Alienação
- Se ao alienante não restar bens para solver seu passivo, a alienação do estabelecimento só
pode ser feita após que todos os credores sejam pagos ou concordem com a alienação de
forma tácita ou explícita, dentro do prazo de 30 dias após a notificação da alienação. Caso não
notifique os credores e ainda sim proceda ao trespasse, o mesmo será ineficaz.
Responsabilidade Fiscal
- O alienado que adquire estabelecimento comercial, industrial, fundo de comércio e etc,
responderá aos débitos fiscais da mesma de duas formas:
I. Integralmente, se o alienante cessar as atividades de empresário.
II. Subsidiariamente, se o alienante continuar a praticar atividade empresarial.
Responsabilidade Trabalhista
- O Art.10 da CLT diz que, independentemente das mudanças jurídicas da empresa (quadro
societário, personalidade jurídica e etc) os empregados com direitos adquiridos não os
perderão, com isso, os sócios retirantes respondem subsidiariamente por questões
trabalhistas. Porém, se provado que houve fraude na alteração societária, o sócio retirante
responderá solidariamente.
-No caso de empresa sucessora e sucedida, as obrigações trabalhistas ficam por conta da
sucessora, mesmo os que se iniciaram na época da sucedida. A sucedida só responderá
solidariamente se houve fraude na transferência.