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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ

CAMPUS TOLEDO
Centro de Engenharias e Ciências Exatas
Curso de Engenharia Química

SUPERFÍCIES EQUIPOTENCIAIS

Disciplina Física Geral e Experimental II


Prof. Dr. Fernando Rodolfo Espinoza Quiñones

Ana Carolina Furman


Igor Henrique Pacheco
João Vitor Pessini
Maria Eduarda Serrano Pires
(Reenviar alterações e correções do relatório para o e-mail
anafurman2@gmail.com)

ANO LETIVO 2019


19/09/2019
RESUMO

O principal objetivo do presente trabalho foi mostrar a forma de


representar linhas de campo elétrico criadas a partir de pares de eletrodos sob
diferença de potencial elétricos. Os campos elétricos criados permitem encontrar
superfícies equipotenciais, além da relação entre a superfície e as linhas de
campo elétrico, evidenciando a dependência do formato das superfícies com o
dos eletrodos. Para isso, utilizou-se uma cuba acrílica na qual havia fixado um
papel milimetrado, eletrodos, solução de NaCl para conduzir corrente elétrica,
uma fonte, uma chave liga-desliga, um voltímetro e fios com pino banana e
jacaré. Inicialmente foram utilizados dois eletrodos cilíndricos colocados em
pontos simétricos na cuba e foram encontrados pontos que possuíam o mesmo
potencial. Esse procedimento foi realizado para dois potenciais diferentes. Da
mesma forma foram encontrados pontos para uma configuração com eletrodos
em forma de barras paralelas, e por fim para um sistema composto dos eletrodos
de barras paralelas com um anel metálico entre elas. A partir dos pontos
encontrados foram feitos ajustes a fim de encontrar equações que descrevessem
as superfícies equipotenciais para os dois primeiros sistemas, sendo que para o
primeiro sistema encontrou-se equações de círculos e para a segunda equação
de reta. Para o terceiro sistema, a curva obtida se assemelhou a uma reta com
circunferência central. Além disso, foram estimados e representados
graficamente para alguns pontos as linhas de campo elétrico. Os resultados
obtidos estão conforme o esperado.
1. INTRODUÇÃO

São chamadas superfícies equipotenciais as superfícies de um campo


elétrico no qual todos os pontos apresentam mesmo potencial elétrico. Em
decorrência disso suas linhas de força são sempre perpendiculares a sua
superfície (Figura 1).

Figura 1: Superfície equipotencial.

A força elétrica durante o deslocamento de uma carga elétrica puntiforme


sobre uma superfície equipotencial é nula. Ademais, as superfícies
equipotenciais são perpendiculares às linhas de campo elétrico e,
consequentemente, perpendiculares ao vetor campo elétrico. No caso particular
do campo de uma carga puntiforme Q, a simetria sugere as superfícies
equipotenciais como superfícies esféricas concêntricas com a carga Q e as
linhas de força de campo são radiais com o centro da carga (FERREIRA, 2014).
Quando um corpo está submetido ao campo gravitacional, ele possui uma
determinada energia potencial, chamada de energia potencial gravitacional, o
que representa a capacidade que o corpo terá de realizar trabalho. Isso ocorre
porque o campo gravitacional é um campo conservativo. De mesmo modo, um
campo elétrico também é conservativo, sendo possível associar uma energia
potencial a um campo elétrico, que será denominada energia potencial
eletrostática (ESPINOZA-QUIÑONES).
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 CAMPO ELÉTRICO E LINHAS DE CAMPO

O campo elétrico é uma realidade física que tem origem em cargas


elétricas, da mesma forma que a gravidade é uma manifestação da massa dos
corpos. Assim como a massa gera em torno de si um campo de vetores que atrai
outros corpos, as cargas elétricas criam em torno de si campos vetoriais que
atraem ou repelem outras cargas, formando um campo elétrico. Já a força
elétrica é originada pela interação de uma carga elétrica com outras cargas
elétricas, podendo ser de repulsão ou atração conforme os sinais destas.
Para representar os campos elétricos de uma maneira simples utiliza-se
as linhas de campo, as quais são linhas imaginárias, paralelas ao vetor campo
elétrico em todos os pontos. Esta representação torna possível a visualização da
direção e do sentido do campo elétrico em cada ponto do espaço, permitindo
também a comparação da intensidade do campo elétrico em duas regiões do
espaço distintas. Quando representa-se um campo elétrico através das linhas de
campo, a densidade de linhas deve ser proporcional à intensidade do campo
elétrico, ou seja, nos locais onde o campo elétrico é mais intenso, as linhas
devem estar mais próximas umas das outras. Ademais, as linhas nunca podem
se cruzar pois nesse caso não seria possível a determinação do vetor campo
elétrico nesse ponto.

2.2 POTENCIAL ELÉTRICO E SUPERFÍCIE EQUIPOTENCIAL

Quando coloca-se uma carga em um campo elétrico, esta sofre a ação da


força elétrica, que é capaz de realizar trabalho sob a carga, ou seja, movimentá-
la. Isto significa que ocorre armazenamento de energia, chamada de energia
potencial eletrostática.
A energia potencial eletrostática pode ser escrita em termos do trabalho
por unidade de carga, onde o trabalho da força elétrica por unidade de carga
(campo elétrico) gera a variação de potencial eletrostático:
𝑃
∆𝑈
∆𝑉 = ⃗⃗⃗
= − ∫ 𝐸⃗ ∙ 𝑑𝑙 (01)
𝑞 𝑟𝑒𝑓

Que na forma diferencial fica:


𝑑𝑉 = −𝐸⃗ ∙ ⃗⃗⃗ ⃗ 𝑉 ∙ ⃗⃗⃗
𝑑𝑙 = ∇ 𝑑𝑙 (02)
Havendo, portanto, uma equivalência entre a função potencial elétrico e o
vetor campo elétrico:
𝐸⃗ = −∇
⃗𝑉 (03)
Se em todos os pontos do espaço no entorno dos eletrodos eletricamente
carregados o diferencial 𝑑𝑉 for igual a 0, encontra-se uma condição de
ortogonalidade entre as linhas de campo elétrico que atravessam qualquer
superfície equipotencial em diferentes pontos dela.
⃗ 𝑉 ∙ ⃗⃗⃗
∇ 𝑑𝑙 = 0 (04)
Com isso, as superfícies equipotenciais devem ter linhas de campo que
lhes sejam sempre perpendiculares.
Uma forma simples de mostrar que as linhas de campo são
perpendiculares às superfícies equipotenciais nos pontos de intersecção, é
considerar o trabalho realizado pela força elétrica no transporte de uma carga q,
seguindo um percurso totalmente contido numa superfície equipotencial, de um
campo elétrico uniforme. Nesta condição, mover a carga q ao longo da superfície
equipotencial implica que o campo elétrico realize trabalho nulo. Sabendo que o
trabalho de uma força constante é:
𝑊 = 𝐹 ∙ 𝑑 = |𝐹 ||𝑑 |cos⁡(𝜃) (05)
Infere-se que para o trabalho realizado ser nulo, o ângulo deve ser de 90⁰.
3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. Materiais

Para a realização experimento utilizou-se uma fonte de tensão alternada de


23 Volts, um voltímetro analógico com escala de 0 a 30 V, uma chave liga-
desliga, fios com terminais pino banana e de jacaré para a montagem do circuito
elétrico e um fio com ponta de prova. Com o auxílio de uma cuba, de formato
retangular e fundo raso, de acrílico e com papel milimetrado em sua base, sendo
a mesma utilizada para a inserção da solução salina, a qual foi utilizada como
meio condutor. Para o preparo da solução utilizou-se 100g de sal em 500mL.
Dentro da cuba, inseriu-se um par de eletrodos metálicos afastados entre si em
140 mm dentro da cuba de acrílico.

3.2. Montagem

Com os fios de terminais pino banana, realizou-se a conexão em paralelo


entre as saídas de tensão alternada e os dois eletrodos de Al. Para abrir e fechar
o circuito foi utilizada uma chave liga-desliga conectada em série à uma das
entradas da fonte. Para obtenção da medição da tensão de um ponto dentro da
solução salina, conectou-se um dos eletrodos a uma das entradas do voltímetro
(ponto de potencial zero). Na outra entrada do voltímetro, inseriu-se um fio com
ponta de prova (sensor de potencial elétrico).
Previamente de iniciar a prática, foi preciso a realização de testes
preliminares para a certificação de que o sistema estava funcionando
normalmente. Verificou-se a chave liga-desliga estava aberta, bem como se os
eletrodos acusavam as tensões esperadas, sendo um acusador de tensão zero
e outro de tensão máxima. Foi necessário analisar ao decorrer de toda a prática
se a solução ainda estava conduzindo corrente elétrica, caso contrário era
necessária a sua troca.
3.3. Procedimento

Para realização deste experimento foram utilizados três diferentes sistemas,


sendo um composto por dois eletrodos de formato cilíndrico, outro por dois
eletrodos em formato de barra e em paralelo e o último sistema foi montado com
dois eletrodos em formato de barras e com um anel circular no meio do sistema.
Repetiu-se para cada tipo diferente de sistema.
Para cada sistema inseriu-se os eletrodos em suas respectivas posições (-7
cm, 0) e (+7 cm, 0) dentro da cuba já com a solução eletrolítica. Manteu-se o
circuito aberto com a cave liga-desliga e com isso ligada a fonte de alimentação
do circuito (23 V AC). Os potenciais nos eletrodos foram medidos encostando a
ponta de prova neles e observando a leitura do voltímetro, com isso foi
identificado o eletrodo de potencial zero e o outro de máximo potencial
(aproximadamente 22 Volts). Com a inserção vertical da ponta de prova e em
contato com a solução, analisou-se como o potencial varia de acordo com o
deslocamento da ponta de prova entre os eletrodos.
Com isso, para cada sistema, foram analisados de 2 a 3 potenciais sendo
anotado as coordenadas em que os potenciais requeridos se localizavam. Foi
verificado que nos pontos da linha perpendicular e passando pelo centro de
coordenadas o potencial é a metade do potencial máximo. Esse valor foi anotado
juntamente com o conjunto de 10 pontos do mesmo potencial.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Superfícies equipotenciais para dois eletrodos cilíndricos

Na primeira parte do experimento foram colocados dois eletrodos cilíndricos


de diâmetro de aproximadamente 1,60 cm, com um erro de medida de 0,05 cm.
O centro de massa de cada eletrodo é localizado no centro do círculo que
representa suas “tampas”, assim o centro de massa de um eletrodo foi colocado
na posição 70 mm e o outro na posição -70 mm (posições relativas ao papel
milimetrado fixado à cuba retangular, na qual foram posicionados os eletrodos).
Dentro da cuba colocou-se o eletrólito, composto por uma solução aquosa de
NaCl, substância que se dissocia completamente no meio em que se encontra,
cuja função foi a de conduzir eletricidade, através dos íons em solução.
Após a fonte ser ligada, procurou-se através do fio conectado ao voltímetro
um potencial de 6 V, foram encontrados 10 pontos que continham este mesmo
valor de potencial. O mesmo foi feito para o potencial de 8 V. Os valores
encontrados estão relacionados na Tabela 1.

Tabela 1: Pontos de mesmo potencial para um sistema com dois eletrodos cilíndricos.
6V 8V

𝑿⁡(±𝟎, 𝟓𝒎𝒎) 𝒀⁡(±𝟎, 𝟓𝒎𝒎) 𝑿⁡(±𝟎, 𝟓𝒎𝒎) 𝒀⁡(±𝟎, 𝟓𝒎𝒎)

30 0 15 0

30 10 15 10

30 20 15 4

32 30 16 18

31 26 17 25

34 40 18 40

36 46 20 62

37 50 23 74

38 52 24 80

42 60 27 86
Por condição de simetria, duplicou-se o número de pontos coletados
invertendo o sinal da ordenada (𝑦𝑖 ) e mantendo o valor da abcissa (𝑥𝑖 ). Com
isso, plotou-se o gráfico (𝑋⁡𝑥⁡𝑌) mostrado na Figura 2, mantendo a mesma
escala para ambos os eixos. Ajustou-se a melhor curva (circunferência)
utilizando o programa GeoGebra.

Figura 2: Gráfico X vs Y para dois eletrodos cilíndricos.

As equações das superfícies equipotenciais de 6 e 8 V para abcissa


positiva são, respectivamente:
(𝑥 − 267,034)2 + 𝑦 2 = 56285,022
(𝑥 − 317,926)2 + 𝑦 2 = 91780,222
E para abcissa negativa são:
(𝑥 + 267,034)2 + 𝑦 2 = 56285,022
(𝑥 + 317,926)2 + 𝑦 2 = 91780,222
Para verificar as condições apresentadas na Fundamentação Teórica
para as linhas de campo elétrico, busca-se estimar os vetores deste pela
equação:

𝜕𝑉(𝑥, 𝑦) 𝜕𝑉(𝑥, 𝑦)
𝐸⃗ = ( ; )
𝜕𝑥 𝜕𝑦
Para uma pequena variação dos parâmetros é possível aproximar a
equação a:
∆𝑉 ∆𝑉
𝐸⃗ ≈ ( ; )
∆𝑥 ∆𝑦
Com isso é possível calcular o vetor campo elétrico a partir de um
potencial e de um ponto (𝑥, 𝑦).⁡Assim, estimou-se o campo elétrico para os
potenciais de 6 e 8 V, considerando que estas sejam pequenas variações de
potencial de modo a ser possível utilizar a equação aproximada para o campo
elétrico. Os valores de x e y, para esta estimativa, foram medidos a partir de onde
estava o centro de massa do 1º eletrodo (potencial mínimo). Os valores obtidos
estão relacionados na Tabela 2 e na Tabela 3, para os potenciais de 6 e 8 V,
respectivamente.

Tabela 2: Campo Elétrico para os pontos da superfície equipotencial V=6 V.

Distância ao eletrodo
Ponto (m) ∆𝑽 (V) ⃗ (N/C)
𝑬
(0,07; 0) – (x,y) (m)

(0,030; 0) (0,040; 0) (150,00 𝑖̂⁡; 0 𝑗̂)

(0,030; 0,010) (0,040; -0,010) (150,00 𝑖̂; - 600 𝑖̂)

(0,030; 0,020) (0,04; -0,020) (150,00 𝑖̂; - 300,00 𝑖̂)

(0,032; 0,030) (0,038; -0,030) 6V (157,89 𝑖̂; - 220,00 𝑖̂)

(0,031; 0,026) (0,039; -0,026) (153,85 𝑖̂; - 230,77 𝑖̂)

(0,034; 0,040) (0,036; -0,040) (166,67 𝑖̂; - 150,00 𝑖̂)

(0,036; 0,046) (0,034; -0,046) (176,47 𝑖̂; - 130,44 𝑖̂)

(0,037; 0,050) (0,033; -0,050) (181,82 𝑖̂; - 120,00 𝑖̂)

(0,038; 0,052) (0,032; -0,052) (187,50 𝑖̂; - 115,39 𝑖̂)

(0,042; 0,060) (0,028; -0,060) (214,29 𝑖̂; - 100,00 𝑖̂)


Tabela 3: Campo Elétrico para os pontos da superfície equipotencial V=8 V.

Distância ao eletrodo
Ponto (m) ∆𝑽 (V) ⃗ (N/C)
𝑬
(0,07; 0) – (x,y) (m)

(0,015; 0) (0,055; 0) (145,45 𝑖̂; 0 𝑗̂)

(0,015; 0,010) (0,055; -0,010) (145,45 𝑖̂; -800,00 𝑖̂)

(0,015; 0,004) (0,055; -0,004) (145,45 𝑖̂; -2000,00 𝑖̂)

(0,016; 0,018) (0,054; -0,018) 8V (148,15 𝑖̂; - 444,44 𝑖̂)

(0,017; 0,025) (0,053; -0,025) (150,94 𝑖̂; -320,00𝑖̂)

(0,018; 0,040) (0,052; -0,040) (153,85 𝑖̂; -200,00 𝑖̂)

(0,020; 0,062) (0,050; -0,062) (160,00 𝑖̂; -129,03 𝑖̂)

(0,023; 0,074) (0,047; -0,074) (170,21 𝑖̂; -108,11 𝑖̂)

(0,024; 0,080) (0,046; -0,080) (173,91 𝑖̂; -100,00 𝑖̂)

(0,027; 0,086) (0,043; -0,086) (186,05 𝑖̂; -93,02 𝑖̂)

Em ambas as diferenças de potencial observa-se que o campo elétrico é


mais intenso quanto mais próximo do eletrodo está o ponto.
É conhecido através da literatura que as linhas de campo elétrico devem
ser perpendiculares às superfícies. Alguns vetores campo elétrico foram
traçados com o programa GeoGebra em alguns pontos nas superfícies obtidas
para cada potencial, com o intuito de mostrar sua perpendicularidade em relação
aos pontos obtidos, o que pode ser visualizado na Figura 3.
Figura 3: Vetores campo elétrico nas superfícies (cilindros).

Com isso, infere-se que ao redor de toda a superfície equipotencial


existem linhas de campo elétrico perpendiculares a esta, como mostra a Figura
3, onde a direção das linhas está representada pelos vetores em vermelho. Além
disso, as superfícies encontradas possuem exatamente a forma esperada
(circunferência), considerando essa condição de perpendicularidade e o formato
dos eletrodos, o que pôde ser comprovado graficamente.

4.2 Superfícies equipotenciais para dois eletrodos paralelos

Após achar pontos de mesmo potencial contendo dois eletrodos


cilíndricos foi realizado o mesmo procedimento, porém utilizando um sistema de
eletrodos em forma de barras paralelas. Foram encontrados os pontos referentes
aos potenciais de 6, 8 e 10, os quais são apresentados pela Tabela 4.
Tabela 4: Pontos de mesmo potencial para um sistema com dois eletrodos paralelos.

Potencial 6 Potencial 8 Potencial 10

𝑿⁡(±𝟎, 𝟓𝒎𝒎) 𝒀⁡(±𝟎, 𝟓𝒎𝒎) 𝑿⁡(±𝟎, 𝟓𝒎𝒎) 𝒀⁡(±𝟎, 𝟓𝒎𝒎) 𝑿⁡(±𝟎, 𝟓𝒎𝒎) 𝒀⁡(±𝟎, 𝟓𝒎𝒎)

26 0 18 0 12 0

26 10 18 10 12 10

26 20 18 20 12 20

26 30 18 30 12 30

26 40 18 40 12 40

26 50 18 50 12 50

26 60 18 60 12 60

26 70 18 70 12 70

26 80 18 80 12 80

26 90 18 90 12 90

Seguinto os mesmos parametros utilizados na primeira etapa, tenso em


vista a simetria, duplicou-se o número de pontos coletados invertendo o sinal da
ordenada e mantendo o valor da abcissa. Dessa forma, foi possível plotar o
gráfico X vs Y apresentado na Figura 4, mantendo a mesma escala para ambos
os eixos. Sendo possível evidenciar o comportamento de retas esperado para o
gráfico, levando em consideração a condição de eletrodos em paralelo.

100

80

60

40

20

0
-30 -20 -10 0 10 20 30
-20

-40

-60

-80

-100

Figura 4: Gráfico X vs Y para dois eletrodos em paralelo.


Por meio do gráfico é possível identificar que as equações das superfícies
equipotenciais de 6, 8 e 10 Volts serão constantes, como pode ser explicitado
abaixo:

𝑃𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙⁡6⁡ → 𝑥 = 26
𝑃𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙⁡8⁡ → 𝑥 = 18
𝑃𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙⁡10⁡ → 𝑥 = 12

Como apresentado anteriormente, busca-se estimar os vetores por meio


da equação descrita abaixo:
𝜕𝑉(𝑥, 𝑦) 𝜕𝑉(𝑥, 𝑦)
𝐸⃗ = ( ; )
𝜕𝑥 𝜕𝑦
Sendo essa, possível de ser aproximada para a equação abaixo,
considerando uma pequena variação de parâmetros:
∆𝑉 ∆𝑉
𝐸⃗ ≈ ( ; )
∆𝑥 ∆𝑦
Torna-se possível então, efetuar a estimativa do vetor campo elétrico a
partir de um potencial requerido e uma coordenada cartesiana. Com isso, foram
escolhidos os pontos onde a diferença de potencial foi de 6 V para calcular o
campo, considerando que esta seja uma pequena variação de potencial de modo
a ser possível utilizar a equação aproximada para o campo elétrico. Os valores
de x e y, para esta estimativa, foram obtidos levando em consideração o centro
de massa do 1º eletrodo (potencial mínimo). Os valores medidos estão
apresentados na Tabela 5.
Tabela 5: Campo Elétrico para determinados pontos da superfície equipotencial V= 6 V de
eletrodos em formato de barra paralelos.

Distância ao eletrodo
Ponto (m) ∆𝑽 (V) ⃗ (N/C)
𝑬
(0,07; 0) – (x,y) (m)

(0,026; 0) (0,044; 0) (136,36 𝑖̂; 0 𝑗̂)

(0,026; 0,010) (0,044; -0,010) (136,36 𝑖̂; -600,00 𝑗̂)

(0,026; 0,020) (0,044; -0,020) (136,36 𝑖̂; -300,00 𝑗̂)

(0,026; 0,030) (0,044; -0,030) 6V (136,36 𝑖̂; -200,00 𝑗̂)

(0,026; 0,040) (0,044; -0,040) (136,36 𝑖̂; -150,00 𝑗̂)

(0,026; 0,050) (0,044; -0,050) (136,36 𝑖̂; -120,00 𝑗̂)

(0,026; 0,060) (0,044; -0,060) (136,36 𝑖̂; -100,00 𝑗̂)

(0,026; 0,070) (0,044; -0,070) (136,36 𝑖̂; -85,71 𝑗̂)

(0,026; 0,080) (0,044; -0,080) (136,36 𝑖̂; -75,00 𝑗̂)

(0,026; 0,090) (0,044; -0,090) (136,36 𝑖̂; -66,67 𝑗̂)

As mesmas estimativas do campo elétrico podem ser realizadas para os


potenciais de 8 e 10 V. Utilizando como pressuposto que as linhas de campo
elétrico são perpendiculares às superfícies, por meio das estimativas realizadas
foi possível obter alguns vetores campo elétrico que podem ser observados pela
Figura 5.

Figura 5: Vetores campo elétrico nas superfícies equipotenciais (placas paralelas).

A partir dos mesmos parametros seguidos para plotar o gráfico


apresentado pela Figura 4, considerando a simetria, duplicou-se o número de
pontos coletados invertendo o sinal da ordenada e mantendo o valor da abcissa.
Dessa forma, foi possível plotar o gráfico X vs Y apresentado na Figura 5,
mantendo a mesma escala para ambos os eixos. Evidenciou-se, portanto, o
comportamento perpendicular esperado, considerando a condição de eletrodos
em paralelo.

4.3 Superfícies equipotenciais para dois eletrodos paralelos e um


central

A última parte do experimento foi encontrar pontos do mesmo potencial para


uma configuração contendo os eletrodos em formato de barra paralelas com um
anel metálico no centro deste sistema. Para esta configuração os pontos
encontrados descrevem um círculo em pontos ao redor do anel e uma reta em
pontos mais afastados do anel. Assim, foram obtidos os pontos para a
configuração apresentados na Tabela 6, sendo esses medidos de um potencial
de 5 e 10 volts.
Tabela 6: Pontos de mesmo potencial para um sistema com dois eletrodos paralelos e um
anel metálico no centro do sistema.

Potencial 5V Potencial 10V

x y x y

60 0 40 0

55 20 29 18

55 35 24 28

52 50 19 14

50 70 12 61
47 85 9 71

45 90 9 80

61 19 9 90

52 43 34 6

51 52 30 15

Como a configuração em questão resulta em uma função descontinua,


visando o formato obtido (em algumas sequencias de pontos encontram-se
circunferências e ao centro, uma reta), não foi encontrada uma equação de
ajuste para os pontos. Devido à dificuldade de encontrar o ajuste, mas seu
formato poder ser facilmente observado a partir do gráfico pontual apresentado
pela Figura 6.

100

80

60

40

20

0
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
-20

-40

-60

-80

-100

Figura 6: Gráfico X vs Y para dois eletrodos em eletrodos em formato de barra


paralelas com um anel metálico no centro do sistema.

É possível observar com o gráfico que a curva se assemelha a uma reta


com uma circunferência central. A Figura 7 mostra a direção das linhas de
campo para esta configuração de eletrodos.

Figura 7: Vetores campo elétrico nas superfícies (placas paralelas com anel central).
5. CONCLUSÃO

A partir dos pontos encontrados, os quais possuíam o mesmo


potencial, conseguiu-se obter equações que representam superfícies
equipotenciais para cada configuração de eletrodos, com exceção da última
configuração, pois esta se tratava de uma composição das configurações
anteriores. Estas superfícies encontradas possuem o formato esperada, visto
que elas devem ser perpendiculares às linhas de campo elétrico, o que pôde ser
comprovado graficamente.
Os erros obtidos foram resultados do instrumento de medida, neste caso
o papel milimetrado, que possui um erro de 0,5 mm; além, é claro, dos
operadores, pois erros durante a aferição das distâncias e do potencial podem
ter ocorrido.
Também foi observado que o anel metálico quando introduzido no centro
do sistema também se tornou uma superfície equipotencial, pois seu potencial
permaneceu constante.
REFERÊNCIAS

FERREIRA, M. Campo elétrico. Revista de Ciência Elementar, volume 2, n⁰ 2,


2014.

ESPINOZA-QUIÑONES, Fernando Rodolfo. Roteiros de Laboratório de


eletricidade. Toledo.
FERREIRA, M. Potencial elétrico. Disponível em:
<http://wikiciencias.casadasciencias.org/wiki/index.php/Potencial_El%c3%a9ctri
co> Acesso 27 de outubro de 2018.

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