Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Ácida e Alcalina
1
Nas comunidades humanas, a estética é muito valorizada. Em razão disso, apesar de
não apresentarem importância maior para a sobrevivência do indivíduo, os cabelos têm
valor indiscutível como ornamento pessoal. Em algumas culturas, o aspecto dos cabelos
assinala diferenças sociais ou profissionais; já em outras, atende a exigências religiosas
ou até mesmo a posicionamentos políticos. Compondo a moldura do rosto, os cabelos
sinalizam formas de encarar a vida e, muitas vezes, importantes mudanças do
comportamento pessoal. Cortá-los, penteá-los, pintá-los de acordo com os próprios
desejos são maneiras que cada um tem de demarcar sua individualidade. Contribuindo
para uma imagem clássica ou radical, os cabelos são repletos de significados associados
a conceitos de ousadia, juventude, liberdade, sedução e poder. Constituem-se na
característica mais marcante e variável dos seres humanos, tornando-se ingredientes
fundamentais da identidade pessoal.
Na década de 1940, chega ao Brasil a moda do pente quente, processo ainda mecânico, que
sofre um abalo na década de 1969 com a filosofia hippie, era o tempo do black power, de Jackson
Five, em que a espontaneidade e o orgulho do cabelo dominava o cenário. Correndo na
contramão, a empresa Relaxer lança o Lye Relaxer, alisamento com hidróxido de potássio.
Na década de 1980 surgi o tioglicolato de amônio usado para enrolar os cabelos.Todavia, no final
da década, começaram a aparecer algumas técnicas de alisamento.
O processo químico para alisar ou cachear o cabelo era o mesmo. A diferença é que o cabelo
era enrolado ou esticado durante o processo, e partir deste momento surge a touca de gesso,
uma mistura de farinha de trigo com tioglicolato de amônio. Nos últimos anos, surge a febre da
cabeleira lisa e chapada, além da popularização da prancha, e com isso a onda do alisamento
japonês (que também é chamado de escova definitiva) a base de tioglicolato.
Desde então as técnicas e produtos para alisar os cabelos, vem evoluindo, sempre com a
preocupação de preservar ao máximo as fibras capilares.
2
Transformação Capilar
O Sistema HLB
3
HLB baixo ( abaixo de 9,0 ) e um hidrofílico tem um número de HLB alto acima de (
acima de 11,0 ). Quando dois ou mais emulsionantes são combinados, o HLB da
mistura pode ser facilmente calculado.
Por exemplo, para se obter o HLB de uma mistura contendo 70% de um
emulsionante X( HLB = 15,0 ) e 30% de outro emulsionante Y ( HLB = 4,3 ) o
cálculo é feito da seguinte forma :
X 70%x15,0 = 10,5
Y 30%x 4,3 = 1,3
11,8
O sistema HLB permite uma excelente indicação do comportamento do emulsionante
ou da mistura de emulsionantes, ou seja, se produzira uma emulsão óleo em água
(O/W), água em óleo (W/O) ou atuara como solubilizante para óleos. Na preparação
de emulsões especificas, o HLB de um emulsionante ou mistura de emulsionantes é
também uma boa indicação da eficiência de outros que tenham constituição química
semelhante.
Classificando-se vários tipos químicos de emulsionantes de acordo com suas
estruturas, cada classe ou família química cobre um segmento da faixa de HLB. A
eficiência de cada uma é particular e bem definida, já que o sistema HLB não é uma
indicação da eficiência relativa de uma classe de emulsionante sobre outra. A
eficiência de classe parece estar mais relacionada com a estrutura química e como a
estrutura química do emulsionante está relacionada com a estrutura do material a
emulsionar.
Óleo/Água Água/Óleo
Ácido láurico 16 1
Ácido Linoleico 17
Manteiga de Cacau 6
Óleo de Milho 10
Óleo de algodão 5a6
Óleo de Amendoim Hidrogenado 6a7
Monoestearato de Glicerol 13
Banha 5
Óleo de Peixe 12
Parafina 10
Óleo de Palma 10
Óleo de Colza 6
Óleo de Soja 6
Óleo Mineral 12 5
Álcool Cetilico 15
Álcool Estearilico 15
Ácido Isoestearico 15 a16
Ácido Estearico 15 6
Lanolina 10 8
Vaselina 12 5
Cera de Abelha 12 4
Esse método para cálculo do HLB requerido é bastante útil para emulsões fluidas,
mas não é pratico para emulsões espessas, tipo creme, nestes casos, usa-se uma
5
quantidade adicional de emulsionantes de baixo HLB,para se obter o espessamento
da emulsão
Dados obtidos de analises químicas dos emulcionantes são usualmente, uma base
melhor para a determinação do número de HLB. Por exemplo, os números de HLB da
maioria dos ésteres de ácidos graxos reagidos com polióis podem ser calculados pela
formula:
HLB = 20(1-S/A)
Onde
S = Índice de saponificação do éster
A = Índice de acidez do ácido graxo empregado
Exemplo :
S = 45,5 ( média )
A = 276 ( para o ácido láurico comercial )
Tixotropia
Tixotropia é a designação dada para o fenômeno no qual um colóide muda sua
viscosidade, seu estado de gel para sol ou sol para gel. Trata-se da propriedade de
um fluido não-newtoniano ou pseudoplástico que apresenta uma alteração
dependente do tempo em sua viscosidade. Quanto mais se submete tal fluido a
esforços de cisalhamento, mais diminui sua viscosidade. Em suma, um fluido
tixotrópico é aquele que demora um tempo finito para alcançar uma viscosidade de
equilíbrio quando ocorre uma mudança instantânea no ritmo do cisalhamento.
Apesar de não existir ainda uma definição universal, o termo se aplica às vezes
aos fluidos pseudoplásticos que não mostram uma relação viscosidade/tempo. É
6
importante levar em consideração a diferença entre um fluido tixotrópico e um
pseudoplástico. O primeiro mostra uma diminuição de viscosidade ao longo do tempo
a uma velocidade de corte constante, ao passo que o segundo apresenta esta mesma
diminuição ao aumentar-se a velocidade de corte. Os fluidos que exibem a
propriedade oposta, ou seja, em que a agitação ao longo do tempo provoca a
solidificação, são chamados reopéticos ou anti-tixotrópicos, e são muito mais raros.
Alguns fluidos com consistência de gel ou colóide são considerados materiais
tixotrópicos, pois mostram forma estável em repouso e se tornam fluidos quando
agitados
Sol e Gel
Sol é uma dispersão de partículas coloidais (dimensão entre 1 e 100 nm) estável
em um fluido, enquanto gel é um sistema formado pela estrutura rígida de partículas
coloidais (gel coloidal) ou de cadeias poliméricas (gel polimérico) que imobiliza a fase
líquida nos seus interstícios.
COLOIDE
Em química, coloides (ou sistemas coloidais ou ainda dispersões coloidais) são
sistemas nos quais um ou mais componentes apresentam pelo menos uma de suas
dimensões dentro do intervalo de 1nm a 1µm. Coloquialmente, diz-se que as
dispersões coloidais são dispersões intermediárias entre as soluções verdadeiras e os
sistemas heterogêneos, em casos onde as partículas dispersas são maiores do que as
moléculas mas não suficientemente grandes para se depositar pela ação da
gravidade.
VISCOSIDADE
É a propriedade física que caracteriza a resistência de um fluido ao escoamento, a
uma dada temperatura.
Define-se pela lei de Newton da viscosidade:
Pressão laminar de um fluido entre duas placas. Atrito entre o fluido e a superfície
móvel causa a torsão do fluido. A força necessária para essa ação é a medida da
viscosidade do fluido.Onde a constante é o coeficiente de viscosidade, viscosidade
absoluta ou viscosidade dinâmica. Muitos fluidos, como a água ou a maioria dos
gases, satisfazem os critérios de Newton e por isso são conhecidos como fluidos
newtonianos.Os fluidos não newtonianos têm um comportamento mais complexo e
não linear.
Viscosidade é a propriedade associada a resistência que o fluido oferece a
deformação por cisalhamento. De outra maneira pode-se dizer que a viscosidade
7
corresponde ao atrito interno nos fluidos devido basicamente a interações
intermoleculares, sendo em geral função da temperatura. É comumente percebida
como a "grossura", ou resistência ao despejamento. Viscosidade descreve a
resistência interna para fluir de um fluido e deve ser pensada como a medida do
atrito do fluido. Assim, a água é "fina", tendo uma baixa viscosidade, enquanto óleo
vegetal é "grosso", tendo uma alta viscosidade.
Viscosidade cinemática
Unidades
No SI, a unidade da viscosidade cinemática ν é m²/s[2]. No sistema CGS é utilizada
a unidade Stokes (St), sendo um Stokes igual a 10−4 m²/s [3] e dada a magnitude do
seu valor é preferível utilizar a forma centistokes.
A viscosidade absoluta tem como unidade Pa.s (N.s/m²) em unidades do SI[2]. Essa
unidade é normalmente expressa em mPa.s dado a sua magnitude. Outra forma
conveniente, a partir do sistema CGS é o Poise, sendo um Poise igual a 0,1 Pa.s[3] ou
seja, um centipoise (cP) é igual a 1 mPa.s
Caracterização
Embora o conceito de viscosidade clássica seja comumente usado para caracterizar
um material, ele pode ser inadequado para descrever o comportamento mecânico de
determinadas substâncias líquidas (fluidos não-Newtonianos), nos quais a viscosidade
aparente não é constante durante o escoamento. Estas substâncias são melhor
estudados através de suas propriedades reológicas que mostram as relações entre a
tensão aplicada nesta substância e a taxa de deformação sob diferentes condições de
escoamento. A obtenção destas propriedades reológicas é feita através de
viscômetros.
Oxido Redução
Variação:
Cl -1 para 0 – nox aumenta
Mn - +7 para +2 – nox diminui
8
Agente Oxidante
É a substância que age causando a oxidação de um elemento, pertencente a uma
substância reagente. O agente oxidante contém o elemento que ganha elétrons (sofre
redução)
Agente Redutor
É a substância que age causando a redução de um elemento, pertencente a uma
substância reagente. O agente redutor contém o elemento que perde
9
redor da gota. A elasticidade do filme também é importante para permitir a
recuperação após distúrbios locais;
3. Repulsão das duplas camadas elétricas: a repulsão entre as partículas
diminui os choques evitando a floculação. Quando agentes emulsificantes
iônicos são usados, a repulsão da dupla camada elétrica lateral pode prevenir a
formação de filmes compactos. O efeito de expansão dos filmes pode ser
minimizado usando uma mistura de um filme iônico com um não-iônico e/ou
aumentando a concentração eletrolítica na fase aquosa;
4. Volume pequeno da fase dispersa: favorece a formação de gotículas
pequenas
5. Gotículas pequenas: gotas grandes são menos estáveis devido a sua menor
razão de área/volume, que aumentam a tendência da gota crescer
6. Viscosidade alta: diminui as colisões retardando a floculação e sedimentação.
O tipo de emulsão formada quando dois líquidos imiscíveis são homogeneizados
depende dos volumes relativos das duas fases e da natureza do agente emulsificante.
Quanto maior for o volume da fase, maior é a probabilidade do líquido se tornar a
fase contínua. Sabões de metais alcalinos favorecem a formação de emulsões óleo em
água, enquanto que sabões de metais pesados favorecem a formação de emulsões
água em óleo. Além disso, a fase na qual o agente emulsificante é mais solúvel tende
a ser a fase contínua.
Estrutura Capilar
Os cabelos crescem descontinuamente, intercalando fases de repouso com fases de
crescimento. Portanto é possível encontrar fios em diferentes estágios de seus ciclos
na mesma cabeça.
Na fase de crescimento (anágena), que tem duração específica e variada em cada
individuo, os fios crescem em média de 10 a 20 cm ao ano.
As variações genéticas influem na textura, cor, curvatura, densidade e crescimento
do fio. Outros fatores que influenciam no crescimento dos cabelos são:
Hormonais
Nutricionais
Químicos
Psíquicos
Idade
10
As características dos cabelos
O cabelo(do latim capĭllus) é cada um dos pelos que crescem no couro cabeludo
(parte superior da cabeça do corpo humano).
Há em média 150.000 fios capilares em uma pessoa adulta e crescem em média 1
cm por mês e a perda normal está entre 50 e 100 fios diário. Diferenciam-se dos
pelos comuns pela sua elevadíssima concentração por área de pele e pelo
desenvolvimento em comprimento. Podem ser lisos, crespos, ondulados e de muitas
cores. Os cabelos não servem só como um aliado estético (dando forma e valorizando
o rosto) mas também funcionam como um isolante térmico, protegendo a cabeça das
radiações solares e da abrasão mecânica. Também podem ser um indicativo de
diversas doenças que se manifestam alterando sua estrutura.
Acima de tudo, o fio de cabelo é um pelo. Possui a mesma estrutura de todos os
pelos do corpo humano, porém tem suas particularidades. O cabelo é um fio
queratinizado que cresce na pele dos mamíferos. A haste do cabelo é a parte do fio
que emerge do couro cabeludo.
O fio de cabelo é composto basicamente por Carbono, Hidrogênio, Nitrogênio,
Oxigênio e Enxofre que unidos, formam uma proteína chamada queratina que
apresenta 85% da composição do cabelo, completado por 12% de água e 3% de
lipídios
Composição Química do Cabelo
Carbono 45%
Hidrogênio 7%
Oxigênio 28%
Nitrogênio 15%
Enxofre 5%
O fio de Cabelo se divide em três partes
Cutícula
Camada externa do fio de cabelo em torno do córtex cuja característica é ser
quimicamente resistente. Cada célula da cutícula contém uma membrana externa
fina, a epicutícula, que, é subdividida em três camadas principais: a exocutícula “A”, a
exocutícula “B” e a endocutícula. Por serem transparentes nos permite ver a cor do
fio do cabelo. A cutícula sofre agressões externas (sol, chuva, poluição) por ação
mecânica (escovar, pentear) e transformações químicas (relaxamento, permanente,
colorações, reflexos etc.) As cutículas são parcialmente sobrepostas sobre si, podendo
formar de cinco a dez camadas de placas. Essas placas, por sua vez, oferecem
excelente proteção ao córtex.
As proteínas do cabelo unem-se umas às outras por meio de ligações de
hidrogênio, pontes dissulfeto (S–S) e ligações iônicas, as quais são responsáveis pela
estabilidade estrutural, pela forma do cabelo e pela resistência mecânica dos fios
Córtex
Região intermediária onde há a transformação da estrutura do cabelo. Nesta região
encontramos as seguintes ligações químicas:
11
Ligação iônica
É um tipo de ligação química baseada na atração eletrostática de íons com cargas
opostas. Na formação da ligação iônica o metal doa elétron, devido a sua baixa
eletronegatividade formando um íon positivo ou cátion, ao não metal que acomoda
esse elétron na camada de valência tornando-se ânion. No sal de cozinha a ligação
química entre os íons sódio e cloreto é iônica. O átomo do não metal tem uma
configuração eletrônica semelhante à de um gás nobre, quase totalmente preenchida
de elétrons. A ligação Iônica é a mais forte das ligações primárias.
Ligação de Hidrogênio.
A ligação de hidrogênio ocorre entre um átomo de hidrogênio proveniente da
hidroxila (-OH) de um aminoácido e o átomo de oxigênio proveniente do grupo
carbonila (R2–C=O) de outro aminoácido. Quando o cabelo está molhado, estas
ligações são favorecidas, então podemos alterar sua forma.
O hidrogênio faz ligações covalentes (ligação química em que há compartilhamento
de elétrons) e ligações que não são químicas, apenas interações. A Ligação de
Hidrogênio é uma interação entre átomos de hidrogênio de uma molécula com
átomos de elementos altamente eletronegativos (oxigênio, flúor e nitrogênio) de
forma que o hidrogênio sirva como "elo" entre os átomos com os quais interage.
Pensava-se anteriormente que o elétron fosse compartilhado pelas moléculas da
interação, entretanto se fosse assim, seria uma ligação covalente. As Ligações de
Hidrogênio podem ser classificadas em intramolecular, que ocorrem na mesma
molécula, e intermolecular, que ocorrem entre moléculas vizinhas.
12
Ligação dissulfídica
peptídica
Formação de ponte dissulfeto entre dois aminoácidos cisteína, formando uma cistina.
A cistina por apresentar uma ligação forte entre dois elementos enxofres e possuir
dois grupamentos NH2 e dois grupamentos COOH, proporciona força e resistência
mecânica aos fios de cabelo. A redução das ligações dissulfídicas altera a estrutura e
as propriedades mecânicas dos fios de cabelo. Este é o fundamento do alisamento
químico e das ondulações permanentes
O grau de resistência, elasticidade e a cor do pelo dependem de sua estrutura. O
diâmetro do córtex é determinado em função do número de células presentes no
bulbo que podem se multiplicar. A fibra do pelo possui de 2 a 3 tipos de células do
córtex. Esses tipos de células são:
ORTHO CÓRTEX: tem baixa quantidade da substância enxofre (menos que 3%).
PARA CÓRTEX : tem uma alta quantidade da substância enxofre (cerca de 5%).
MESO CÓRTEX : possui grande quantidade do aminoácido cistina
13
Medula
É a parte central do fio. Há fios de cabelos que não possuem medula, não modificando em
nada sua estrutura. O canal da medula pode estar vazio ou preenchido com queratina
esponjosa. Ainda não foi determinada a função desta região. Contudo estudos recentes
apontam para uma associação da medula com o primeiro instante da fase de germinação do fio
onde a medula serviria como um "direcionador" do novo fio em direção ao poro.
O pH do Cabelo
A camada hipolipídica que protege o cabelo, a pele e as unhas tem pH ácido com valores
que variam entre 4,2 e 5,8. Dessa forma, todos os produtos que entram em contato com o
corpo humano devem estar dentro desta faixa ou no máximo próximo a 7
A queratina é composta por vários aminoácidos e o principal deles encontrado em
maior concentração é a cisteína que contem alto teor de enxofre.
Reações de aminoácidos
Formação de sal:
14
Os aminoácidos reagem uns com os outros em uma reação típica de neutralização
ácido-base para formar um sal. A reação é simplesmente a transferência do H (íon
positivo) do ácido para a amina e a atração das cargas positivas e negativas. O grupo
ácido torna-se negativo e o nitrogênio da amina torna-se positivo por causa do íon
hidrogênio positivo. Por exemplo, no gráfico a baixo, glicina (gly) e alanina (ala)
podem interagir na forma zwitterion por uma atração da carga positiva (amina) da
alanina e negativa (ácido carboxílico) para formar o sal .
Tioglicolato de Amônia
Este ativo quebra as pontes de dissulfeto dos aminoácidos de cistina, o que gera a
formação de duas cisteínas para cada cistina. Por meio desse processo a queratina
incha, tornando-se maleável para ser alisada. No alisamento com o tioglicolato sua
concentração dependerá do pH da amônia, na maioria dos casos é utilizada uma
solução de 7,5 e 11% em pH entre 9 e 9,3, a concentração do tioglicolato deve ser
escolhida de acordo com a textura do cabelo e em função da adição da amônia.
Tem um odor muito desagradável e é o Alisante mais utilizado no Brasil, possui um
alisamento menos agressivo e um processo mais rápido, além de ser necessária a
neutralização, processo que se utiliza um oxidante para reconstruir as ligações de
dissulfeto que foram rompidas pela ação do tioglicolato, é possível utilizá-lo em baixa
concentração.
17
XAgua Desmineralizada 6,0000
Bicarbonato de Amonia 1,3000
XPerfume 0,4000
Polyquaternio-37(and)Proylene Glycol
Dicaprate Dicaprylate(and)PPG-1 Trideceth 6 0,5000
Poliquaternio 22 1,5000
HIDRÓXIDOS
Os alisantes a base de hidróxidos funcionam pelo processo de lantionização, onde
as ligações de dissulfeto são convertidas em ligações de lantionina e quando o
alisante é retirado dos fios o cabelo ainda possui pH elevado os cabelos uma vez
alisados com os hidróxidos não podem ser submetidos à nova aplicação, pois há risco
de queda capilar, esta deve ser feita apenas nos fios crescidos e é imprescindível que
a substância utilizada inicialmente seja sempre a mesma, e que se respeite o
intervalo de tempo estabelecido entre as aplicações. Todos os hidróxidos dividem a
mesma química por isto são compatíveis entre si.
Hidróxido de Sódio
O hidróxido de sódio (NaOH), conhecido também como soda cáustica, é
considerado um dos alisantes mais potentes utilizados em concentrações que variam
de 5 a 10 %, em pH alcalino de 09 a 14% causando o intumescimento da fibra e
permitindo a abertura da cutícula, promove os resultados mais agressivos, após o
alisamento aplica-se uma substância, xampu ou loção para acidificar o pH, já que os
ácidos neutralizam os álcalis interrompem assim o processo, neutralizando os íons de
hidrogênio restantes e diminuindo o pH do cabelo e do couro cabeludo, as ligações de
dissulfeto uma vez rompidas pelos hidróxidos não podem ser restauradas.
Perfume 0,50
Hidróxido de Guanidina
O alisante com guanidina utiliza dois ativos em sua composição: o hidróxido de
cálcio que é misturado com carbonato de guanidina formando daí o Hidróxido de
guanidina considerado o mais ameno, porém se ambos não forem misturados de
forma correta, ou seja, em proporções exatas o alisamento não ocorrerá, alisantes a
base de hidróxido de guanidina são indicados para couros cabeludos sensíveis.
18
XAgua Desmineralizada 37,8700
Propileno glicol 4,0000
Polisorbato 60 0,6000
XUniox C 2,0000
BHT 0,1000
Super Solan Pastilhas 0,5000
Oleo Mineral 12,0000
Crodafos CES 1,0000
Vaselina Sólida 7,0000
Alcool Ceto Estearilico 2,0000
Alcool Ceto Estearilico Etox 20 M 0,3000
Lantionina
É um aminoácido não-proteinogenico com a fórmula química (HOOC-CH (NH2) -
CH2-S-CH2-CH (NH2) -COOH), que possui uma ligação de monossulfe
20
O ácido do neutralizante liberará íon H+. Esse íon reagirá com a hidroxila (ativo),
formará uma molécula de água e cessará a ação do produto. Em seguida, as pontes
dissulfeto precisarão ser refeitas para reestruturar o cabelo. No entanto, as ligações
de enxofre quebradas pelo hidróxido não serão mais reestabelecidas, uma vez que
houve a perda de enxofre por um dos aminoácidos que compunham essa ligação. A
lantionina, originada no lugar da cistina, irá realizar uma ligação química entre seu
carbono e o enxofre de outra cistina. Será formada então uma ligação entre um
enxofre e um carbono no lugar das pontes dissulfeto. Essa nova ligação química
formada é denominada ligação de lantionina.
Os hidróxidos, por apresentarem pH extremamente alcalino, mesmo após a
neutralização, dificultarão os cabelos a retornarem ao seu pH natural. Assim sendo,
será necessário utilizar um xampu de acidez balanceada ou uma loção neutralizante
para devolver o pH ácido dos cabelos.
Ácido Glioxílico
REFERÊNCIAS BILBIOGRAFICAS
22
1. BRASIL, Altair F.; GALDÓS, José Vergara. Atlas de anatomia o corpo e a saúde. Cotia: Editora
Vergara Brasil, 2004. Cap. 7, p. 20.
2. KUREBAIASHI, Keidi Alberto. Cosmecêutica Capilar. In: MAIO, Maurício de. Tratado de medicina
estética. São Paulo: Roca, 2011. Cap. 22, p. 367- 402.
3. MELLO, Marina dos Santos. A evolução dos tratamentos capilares para ondulações e alisamentos
permanentes. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, p.15-28, 2010.
4. MARQUES, André Luiz; FARIA José Lucas Pascoal de; CARVALHO, Karoline Alves de; PEREIRA,
Priscila Marques. Avaliação da toxidade de compostos químicos utilizados em alisantes capilares na
cidade de Itumbiara-GO. Disponível em: http://www.xveneq2010.unb.br/resumos/ pdf. Data de acesso
20 de maio. 2012.
5. BÁRBARA, Maria C. Santa; MIYAMARU, Ligia L. Resultados das análises de alisantes capilares. São
Paulo: Boletim Epidemiológico Paulista, v. 5, n. 54, p.10- 11, 2008.
6. GALEMBECK, Fernando; CSORDAS, Yara. Cosméticos: a química da beleza. Rio de Janeiro:
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Cap.4, p.7-10.
7. HALAL, John. Tricologia e a química cosmética capilar. 5ª ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
Cap.6 -14 -15, p.71- 273.
8. BARADEL, Cíntia. Alisamento capilar sem riscos para a saúde. Revista de Cosmetologia, 32ª edição.
Jan.2012. Disponível em: http:revistadecosmetologia.com /infoco_3.php. Data de acesso 20 de maio.
2012.
9. VARELA, Antonio Edson Martins. Um estudo sobre os princípios ativos dos produtos para alisamento
e relaxamento de cabelos oferecidos atualmente no mercado brasileiro. Balneário Camboriú:
Universidade do Vale do Itajaí, p.10-14, 2007.
10. RIBEIRO, Cristiana Lilian; BETTEGA, Ramos Janine. Riscos químicos em centros de beleza, Santa
Catarina. Univale, p.14, 2007.
11. NASCIMENTO, Rosiclea Cordeiro do; CARDOSO, Marcia Tronco; MARTINS, Joceline; AMARAL,
Carolina Amara do; COSTA, Rafael Alves. Os procedimentos capilares feitos com o uso de formol como
uma abordagem de crítica na
12. Nelson, D. L; Cox, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 5o ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
140-141 p.
23