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CERS – Direito Constitucional
Aula 8 – PRIMEIRA FASE XXVII
Profª. Flavia Bahia

Controle de Constitucionalidade

INTRODUÇÃO

A Constituição escrita de um país não representa uma simples lei, de força cogente, dotada de impessoalidade e
abstração, é a própria face do Estado, o coração do ordenamento jurídico, cujas bases jurídicas fundamentam a
validade das demais normas produzidas no Estado.

Com isso, todos os atos estatais que contrariem diretamente ou indiretamente os dispositivos constitucionais devem
ser objeto de fiscalização, cujo desiderato maior é retirar-lhes de circulação com a sua declaração de invalidade,
em nome da supremacia constitucional.

A Constituição não pode se submeter aos caprichos dos poderes constituídos e nem ao império dos fatos e das
circunstâncias, portanto, protegê-la em face dos eventuais abusos é defender o próprio Estado, a unidade do orde-
namento jurídico e os direitos fundamentais do seu povo.

PRINCÍPIOS INFORMADORES

 Princípio da Rigidez Constitucional

A Constituição rígida é aquela que só pode ser alterada por um processo legislativo mais solene e dificultoso do que
o existente para a elaboração das demais normas jurídicas e encontra seu núcleo no art. 60 da CF/88. Dessa rigidez
é possível se observar a existência de uma verdadeira hierarquia entre as normas jurídicas, tendo em vista que as
normas infraconstitucionais não podem alterar o texto da Constituição, justamente porque buscam fundamento jurí-
dico de validade em seus postulados.

Com isso, é possível se observar uma clara distinção entre a obra do Constituinte e a do Legislador, tendo em vista
que a segunda encontra o seu parâmetro de validade na primeira e não pode com isso ignorá-la, contrariando os
seus fundamentos.

 Princípio da Supremacia Constitucional

A supremacia material, de essência, ou conteúdo, está presente em qualquer tipo de ordenamento constitucional,
flexível ou rígido, tendo em vista que a Constituição é a lei fundamental de um país e deve ser protegida para a
própria manutenção das instituições. Entretanto, a supremacia formal, de estereótipo, a posição no topo da hierar-
quia das leis, está relacionada intimamente à rigidez constitucional, sendo um princípio importante para nortear a
realização da fiscalização de constitucionalidade das normas infraconstitucionais.

 Princípio da Presunção de Constitucionalidade das Leis

A “lei”, produto do poder político estatal, goza de presunção relativa de que é constitucional, ou seja, de que respei-
tou completamente à Constituição nos seus aspectos formais e materiais, até que venha a ser declarada inconsti-
tucional.

De acordo com a orientação jurisprudencial, as únicas normas que gozam de presunção absoluta de constituciona-
lidade no Brasil (e com isso não podem sofrer declaração de inconstitucionalidade) são as constitucionais originá-
rias, nascidas do Poder Constituinte Originário.

Sobre esse tema, claras são as palavras de Jorge Miranda: No interior da mesma Constituição originária, obra do
mesmo poder constituinte (originário) não divisamos como possam surgir normas inconstitucionais. Nem vemos
como órgãos de fiscalização instituídos por esse poder seriam competentes para apreciar e não aplicar, com base
na Constituição, qualquer das suas normas. É um princípio de identidade ou de não contradição que o impede. Pode

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haver inconstitucionalidade por oposição entre normas constitucionais preexistentes e normas constitucionais su-
pervenientes, na medida em que a validade destas decorre daquelas; não por oposição entre normas feitas ao
mesmo tempo pela mesma autoridade jurídica. Pode haver inconstitucionalidade da revisão constitucional, porque
a revisão funda-se, formal e materialmente, na Constituição; não pode haver inconstitucionalidade da Constituição.

No julgamento da ADI 815, o STF ainda afirmou que não adota a posição do jurista alemão Otto Bachof, para quem
as normas constitucionais originárias poderiam ser declaradas inconstitucionais por violação ao direito natural.

CONCEITO

Controlar a constitucionalidade das leis consiste na verificação de sua compatibilidade material e formal para com
a Constituição Federal. É pelo controle de constitucionalidade que se avalia se o conteúdo, a essência da norma
(compatibilidade material) e/ou se o processo legislativo realizado para a sua elaboração (compatibilidade formal)
estão de acordo com o que determina a Constituição.

TIPOS DE INCONSTITUCIONALIDADE

Podemos relacionar várias manifestações de inconstitucionalidades abaixo organizadas em grupos:

• inconstitucionalidade material (ou nomoestática);


• inconstitucionalidade formal (ou nomodinâmica);
• inconstitucionalidade total;
• inconstitucionalidade parcial;
• inconstitucionalidade originária;
• inconstitucionalidade superveniente;
• inconstitucionalidade por ação;
• inconstitucionalidade por omissão.

MANIFESTAÇÕES DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

O controle de constitucionalidade pode ser observado sob diversos aspectos, a seguir analisados.

Com Relação ao Momento

a) Preventivo (ou a priori): quando exercido sobre a norma durante o seu processo de elaboração com o intuito de
evitar que entre em vigor norma violadora da Constituição. O objeto do controle é o “projeto de lei” ou a “proposta
de emenda”.
b) Repressivo (ou a posteriori): quando exercido sobre a norma pronta, acabada, e visa à paralisação de sua eficá-
cia. Seu objeto, por conseguinte, é a “lei” ou a “emenda”, já promulgadas.

Quanto ao Órgão

a) Político: quando realizado por órgãos políticos como o Poder Legislativo e o Poder Executivo, em regra.
b) Jurisdicional: quando realizado apenas por quem presta jurisdição: só por juízes ou órgãos do Poder Judiciário.
Nesse ponto, é possível se observar com os exemplos a seguir apresentados, que o controle preventivo de consti-
tucionalidade no Brasil é, em regra geral, político (realizado por quem participa do processo legislativo) e que o
controle repressivo é também normalmente judicial (realizado pelo aplicador da lei). Senão vejamos:

• controle preventivo político realizado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) das Casas Legislativas. Todo
projeto de lei passa pela CCJ antes de chegar a plenário para deliberação. Esta Comissão tem por função verificar
a compatibilidade do projeto de lei para com a Constituição. Visa a corrigir ou a impedir a continuidade da tramitação
de um projeto viciado, realizando, portanto, um controle preventivo;
• controle preventivo político exercido sobre o veto aposto a um projeto de lei pelo presidente da República. Se a
motivação do veto for a indicação de uma inconstitucionalidade no projeto de lei, o presidente estará realizando um
controle preventivo de constitucionalidade.

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Entretanto, o STF vem permitindo controle preventivo judicial de constitucionalidade por meio de mandado de se-
gurança impetrado por parlamentar em face de um processo legislativo que contrarie a CRFB/88.
Ademais, apesar de o controle repressivo ser normalmente judicial e realizado por meio dos sistemas difuso e con-
centrado, a própria Constituição e a jurisprudência nos trazem exemplos de controle repressivo político, como nos
casos a seguir expostos:

• a disposição do art. 49, V, que permite ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
• o art. 62, § 5o c/c § 9o, que determina a análise dos pressupostos constitucionais da medida provisória por uma
comissão mista de deputados e senadores, antes que se inicie o processo de sua conversão em lei ordinária;
• o teor da Súmula no 473 do STF, que dispõe que a Administração Pública pode anular seus próprios atos, quando
eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los por motivo de conve-
niência ou oportunidade (...);
Também podemos citar como exemplo o controle realizado pelo Tribunal de Contas respaldado na Súmula no 347
do STF: O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos
atos do Poder Público.

Com Relação ao Órgão Judicial Competente para o Exercício

• difuso ou aberto: é aquele exercido por qualquer órgão jurisdicional. Todo e qualquer juiz exerce controle de cons-
titucionalidade difuso. É chamado de difuso porque seu exercício ocorre de forma dispersa entre os órgãos do Poder
Judiciário;
• concentrado, reservado ou fechado: é exercido por apenas um órgão jurisdicional. Chama-se concentrado porque
não está disponível ao exercício por qualquer juiz. Se o parâmetro para o controle é a Constituição Federal, apenas
o STF o exerce, caso o parâmetro seja a Constituição Estadual, apenas o TJ deverá realizá-lo.

Com Relação ao Modo de Exercício

• incidental (de exceção ou de defesa): o controle de constitucionalidade é incidental quando exercido no bojo da
solução de um conflito de interesses, onde o que mais importa para as partes na relação jurídica é a sua composição.
A discussão da inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo se desenvolverá perifericamente à questão prin-
cipal da causa. Por isso diz-se que este controle ocorre incidentalmente, sendo arguida como questão prejudicial
ao mérito;
• principal (de ação ou direta): o que se pretende desde logo, é o exame de validade de uma norma. O autor da
ação invocará o controle de constitucionalidade como a questão principal a ser decidida pelo Poder Judiciário. De-
senvolve-se, em ambiente federal, por meio das ações propostas originariamente perante o Supremo Tribunal Fe-
deral.

No Brasil, a fiscalização difusa é suscitada incidentalmente e a concentrada é provocada, normalmente, por via de
ação. Entretanto, de acordo com as lições de Clèmerson Merlin Clève, não há correspondência necessária entre a
via incidental e a fiscalização difusa, ou entre a via de ação e a fiscalização concentrada em outros sistemas de
controle de constitucionalidade. Na Áustria e na Alemanha, por exemplo, a questão de inconstitucionalidade susci-
tada por via incidental conduz a uma fiscalização concentrada pelas respectivas Cortes Constitucionais.

O PRINCÍPIO DA RESERVA DE PLENÁRIO (OU DO FULL BENCH)

De acordo com o art. 97 da CRFB/88, uma norma só pode ser declarada inconstitucional pela maioria absoluta dos
membros do tribunal ou de seu órgão especial. Eis o seu texto: “Somente pelo voto da maioria absoluta de seus
membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei
ou ato normativo do Poder Público”.

No CPC

Art. 948. Arguida, em controle difuso, a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder público, o relator,
após ouvir o Ministério Público e as partes, submeterá a questão à turma ou à câmara à qual competir o conheci-
mento do processo.

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Art. 949. Se a arguição for:

I - rejeitada, prosseguirá o julgamento;


II - acolhida, a questão será submetida ao plenário do tribunal ou ao seu órgão especial, onde houver.

Parágrafo único. Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário ou ao órgão especial a arguição
de inconstitucionalidade quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal
sobre a questão.

Súmula Vinculante 10
Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não
declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no
todo ou em parte.

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