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INFORMATIVO TÉCNICO

STRING BOX – QUANDO USAR?

Introdução

Os geradores de energia solar fotovoltaica, comumente comercializados como


“kits” fotovoltaicos pelo mercado, são compostos por uma série de
equipamentos e dispositivos, dentre eles, módulos fotovoltaicos, inversores,
seccionadores, DPS, cabos, dentre outros.

Existem uma série de fabricantes e modelos de inversores, e, em alguns desses


modelos, certos dispositivos já estão incorporados em seu interior. Dessa
forma, uma série de profissionais/empresas tem entendido que pelo fato
desses dispositivos virem no interior dos equipamentos, não é necessário o
uso de string box nesses “kits”.

Este informativo analisa a veracidade desta conclusão à luz dos regulamentos


técnicos, normas técnicas nacionais e internacionais.

Metodologia para desenvolvimento da análise

A Norma Regulamentadora 10 - Nr 10 Segurança em Instalações e Serviços em


Eletricidade, emitida pelo Ministério do Trabalho, determina que:

10.1- OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO

10.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos e condições mínimas


objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a
garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam
em instalações elétricas e serviços com eletricidade.

10.1.2 Esta NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo


as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações
elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, observando-se as normas
técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão
destas, as normas internacionais cabíveis.

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Temos que o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8078/90 – CDC), determina
em seu Artigo 39, Inciso VIII:

Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:
(Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)

(...)

VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as


normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não
existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada
pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro);

Em observância a NR-10 e ao CDC, essa análise utilizará os regulamentos


técnicos, as normas técnicas da ABNT vigentes, e em sua ausência, as normas
internacionais, nesta sequência.

Análise Técnica

Para que possamos definir quando a string box é necessária ou não,


precisamos saber o que é uma string box.

O termo string box está em inglês, a terminologia técnica nacional chama de


CAIXA DE JUNÇÃO.

Consultando a ABNT NBR 10899 Energia Solar fotovoltaica — Terminologia,


válida a partir de 04/12/2013 define que:

3.12
caixa de junção
invólucro no qual subarranjos fotovoltaicos, séries fotovoltaicas ou módulos fotovoltaicos
são conectados em paralelo, e que aloja dispositivos de proteção e/ou seccionamento

Pela definição, podemos concluir que a pergunta ou a afirmação não precisa


ou precisa de string box não se sustenta. O questionamento deve ser se algum
dispositivo de proteção e/ou seccionamento é necessário ou se um eventual
paralelismo deve ser realizado.

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A análise então se dará sobre a necessidade ou não desses dispositivos.

Analisaremos essa necessidade em função das normas ABNT e das normas


internacionais.

As instalações elétricas na parte de CC de um sistema fotovoltaico são


abrangidas pela ABNT NBR 5410. No entanto, as peculiaridades de um arranjo
fotovoltaico dificultam o atendimento completo da ABNT NBR 5410, sendo
necessário a consulta de outras normas. A ABNT preparou uma norma a ABNT
NBR - 16690 Instalações elétricas de arranjos fotovoltaicos — Requisitos de
projeto, que retornou de consulta pública e os votos da consulta estão sendo
analisados pela comissão, sendo no momento, a ABNT NBR 16690 um projeto
de norma.

Este projeto de norma se baseou na IEC 62548, cuja última revisão está em
vigor desde outubro de 2016.

Comparando o projeto com a IEC 62548 verifica-se que as mudanças são


pequenas e pontuais. Para ter uma análise conservadora, nos pontos em que
o projeto de norma ABNT NBR 16690 é mais exigente que a IEC 62548
optamos por adotar as maiores exigências.

A ABNT NBR 5410 encontra-se no momento em revisão sem prazo para


conclusão. A versão vigente da NBR 5410 entrou em vigor em 2005, baseado
nas normas IEC da série 60364. Naquela ocasião não havia preocupações
nessa série sobre instalações fotovoltaicas, entretanto, atualmente, existe na
série 60364 uma norma especifica para FV, que é a IEC 60364-7-712 – Low
Voltage electrical Installations – Part 7-712: Requirements for special
installations or locations – Solar photovoltaic (PV) power supply systems, cuja
última versão é de 04/2017, e será adotada em nossas análises.

1. Seccionador

A fim de garantir o trabalho seguro, a NR-10 determina que o trabalho deve


ser feito preferencialmente com o circuito desenergizado. A NR-10 definirá

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que para um circuito ser considerado desenergizado é necessário que, no
mínimo, sejam realizados as seguintes etapas, na seqüencia descrita a seguir.

10.5 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DESENERGIZADAS

10.5.1 Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para


trabalho, mediante os procedimentos apropriados, obedecida a sequencia abaixo:

a) seccionamento;
b) impedimento de reenergização;
c) constatação da ausência de tensão;
d) instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos
circuitos;
e) proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada (Anexo II) (Alteração
dada pela Portaria MTPS 508/2016)
f) instalação da sinalização de impedimento de reenergização.

Dessa forma, precisamos garantir que, exista um meio de seccionar o inversor,


para permitir a manutenção do mesmo.

A definição de seccionamento é dada pela ABNT NBR IEC 60947-1:

2.1.19
seccionamento (função de)
função destinada a cortar a alimentação de toda ou de uma parte da instalação, pela
separação da instalação ou parte desta de toda alimentação de energia elétrica, por razões
de segurança

A NR-10 não determina como esse seccionamento deve ser realizado. Dessa
forma, usaremos a NBR 16690 a fim de determinar como deve ser feito esse
seccionamento.

A tabela 6 do projeto de norma ABNT NBR 16690 (análogo a tabela 6 da IEC


62548)transcrita a seguir, determina:

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Podemos ver que é OBRIGATÓRIO que o arranjo fotovoltaico possua um
dispositivo interruptor seccionador, para permitir o seccionamento do
inversor1.

Nosso objetivo é determinar se o dispositivo de seccionamento no interior do


inversor pode ser aceito ou se é necessário que haja um dispositivo externo.

O projeto de norma NBR ABNT 16690, define os locais onde o dispositivo


interruptor seccionador do arranjo pode estar localizado, conforme descrito a
seguir:

Para substituição de UCP completas, um dos seguintes meios de manobra deve ser
utilizado:

a) um dispositivo interruptor-seccionador adjacente e fisicamente separado; ou


b) um dispositivo interruptor-seccionador que esteja ligado mecanicamente à UCP e que
permita que a UCP seja removida sem riscos elétricos; ou

1
Interruptor seccionador: interruptor que, na posição aberta, atende aos requisitos de isolação especificados
para um seccionador
Seccionador: dispositivo de manobra mecânica que, na posição aberta, atende aos requisitos especificados
para a função de isolação
interruptor (mecânico): dispositivo de manobra mecânica capaz de estabelecer, conduzir e interromper
correntes em condições normais do circuito, que pode incluir condições especificadas de sobrecargas em
serviço, assim como conduzir por tempo determinado correntes em condições anormais especificadas do
circuito, como as de curto-circuito

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c) um dispositivo interruptor-seccionador localizado dentro da UCP, se a UCP incluir um
meio de isolamento que opere apenas quando o dispositivo interruptor-seccionador estiver
na posição aberta; ou seja, quando em manutenção, a UCP só pode ser aberta ou retirada
se o dispositivo interruptor-seccionador estiver na posição aberta; ou
d) um dispositivo interruptor-seccionador localizado dentro da UCP, se a UCP incluir um
meio de isolamento que só pode ser operado com uma ferramenta e estiver marcada com
um sinal de alerta facilmente visível ou texto indicando “Não desligar sob carga”.

Os principais modelos de inversores que possuem apenas uma entrada por


MPPT e possuem seccionamento interno, vão dispensar um interruptor
seccionador externo se atenderem a um dos itens anteriormente.

No entanto, modelos com mais de uma entrada por MPPT, conforme imagem
a seguir, possuem outras exigências.

Cada entrada do inversor, nesse tipo de topologia, é uma entrada de um


subarranjo, o que, pela tabela 6 do projeto de norma da ABNT NBR 16690,
exige, no mínimo, um dispositivo seccionador.

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Conectores tipo toque seguro são aceitos como seccionadores, por exemplo.

No entanto, o projeto de norma ABNT NBR 16690 vai definir que:

4.3.4.3 UCP com múltiplas entradas em corrente contínua conectadas internamente a um


barramento comum

Quando os múltiplos circuitos de entrada de uma UCP forem conectados em paralelo


internamente em um barramento em corrente contínua comum, cada setor do arranjo
fotovoltaico conectado a cada uma das entradas deve ser tratado, para os efeitos desta
Norma, como um subarranjo fotovoltaico e todos os setores combinados devem ser
tratados como um arranjo fotovoltaico completo.
Cada subarranjo fotovoltaico deve possuir um dispositivo interruptor-seccionador para
prover a isolação do inversor. Aplicam-se as disposições para múltiplos dispositivos
interruptores-seccionadores em 6.3.7, e um sinal de alerta, conforme 10.5.2, deve ser
fornecido.

Com isso, inversores com mais de uma entrada por MPPT, o dispositivo
interruptor seccionador “geral” do arranjo, no interior do inversor, não é o
suficiente para o atendimento as exigências normativas, sendo, nesse caso,
necessário um interruptor seccionador por entrada, que por definição, devem
estar instaladas no interior de uma string box.

2. Proteção contra sobrecorrente reversa

Para um sistema conectado à rede, onde não haja equipamento de


acondicionamento de energia, a proteção contra sobrecorrente reversa deve
ser realizada nos casos em que:

((𝑆A – 1) × 𝐼SC MOD) > 𝐼MOD MÁX. OCPR

Onde:
SA – número de séries em paralelo
Isc mod – Corrente de curto circuito do módulo em condições STC
Imod máx OCPR – Máxima corrente reversa que o módulo suporta

A proteção de sobrecorrente reversa é determinada da forma descrita. Para a


maioria dos módulos comerciais no mercado, cuja a máxima corrente reversa
é da ordem de 15ª, a partir da 3ª série em paralelo é necessário a proteção.

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Para os subarranjos, sempre que tivermos mais de 2 no sistema, é necessário
a proteção também no subarranjo (redação dada pelo projeto de norma ABNT
NBR 16.690).

Dessa forma, a necessidade ou não de proteção contra sobrecorrente reversas


é dada pela tipologia da montagem do arranjo, e essa tipologia então que
determinará a necessidade ou não da string box.

Caso, após a análise do projeto, e necessidade de proteção for garantida por


eventuais fusíveis no interior do inversor, não será necessário novos fusíveis,
mas em muitos projetos, é possível que os fusíveis no interior do inversor não
sejam o suficientes.

3. Proteção contra sobretensão transitória (DPS)

As sobretensões transitórias são causadas por descargas atmosféricas diretas


e indiretas e por chaveamento da rede.

A fim de evitar que os dispositivos venham a se danificar em virtude de


sobretensões transitórias, utiliza-se os dispositivos de proteção contra surtos,
o DPS.

Para que possamos determinar se é necessário o uso ou não do DPS é


necessário que se faça uma análise de riscos, cuja a metodologia está descrita
na NBR 5419-2. Em virtude da complexidade da análise e por ela ser de
competência do especialista em PDA (proteção contra descargas
atmosféricas) e não do especialista em sistemas fotovoltaicos, dificilmente
essa análise é feita.
Em não existindo a análise, o uso do DPS é obrigatório, conforme prescrição
da EN 50539-12.

O Brasil é um país com um alto número de descargas atmosféricas e de alta


intensidade, valores esses muito superiores aos da Europa, por exemplo.
Em um sistema fotovoltaico, em que projetamos o sistema para uma vida útil
de 25 anos, esse tema passa a ter uma conotação muito importante do
sistema.
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Para o lado de CC de um arranjo fotovoltaico temos que é necessário um
conjunto de DPS próximo ao inversor (cada MPPT precisará do seu) e um
conjunto de DPS próximo aos módulos.

A escolha do DPS tem alguns parâmetros mínimos a serem considerados:


 Tensão nominal do sistema;
 Tensão residual do DPS;
 Corrente;
 Classe (I ou II);

Dentre essas características, vamos nos ater a classe do DPS.

Sempre que temos, de alguma forma, a corrente do raio envolvida, o DPS


precisará ser capaz de dissipar uma grande quantidade de energia. Nesses
casos, o DPS classe I é necessário. No entanto, após dissipar essa energia, o
DPS classe I ainda deixa passar uma tensão residual relativamente alta, sendo
necessário a instalação de um DPS classe II para limitar essa tensão residual.

Ou seja, precisamos coordenar os DPS para uma efetiva proteção.

Existem surtos onde a corrente direta do raio não está envolvida. Nesses
casos, apenas o DPS classe II é o suficiente para a adequada proteção.

Quem define se o DPS necessário é apenas o classe II ou se o classe I é


necessário não é o inversor, e sim o local da instalação.

Instalações onde exista SPDA na edificação, e o subsistema captor está


interligado as massas do sistema FV, por exemplo, é necessário o uso de DPS
classe I no lado de CC.

Os inversores que possuem em seu interior o DPS, se o DPS for da classe


correta para o local da instalação, não é necessário a instalação de um novo
DPS.

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No entanto, a maioria dos DPS no interior dos inversores são classe II. Nesses
casos, quando o local da instalação exigir o uso de DPS classe I, será necessário
que se coloque esse DPS externamente ao inversor, pois o DPS no interior do
inversor não tem condição de dissipar essa energia, e além do equipamento
estar desprotegido ainda temos o risco de incêndio ocasionado por uma
possível explosão do DPS.

Conclusão

O inversor é parte de um sistema maior, que por sua vez está instalado em
uma instalação elétrica ainda mais ampla. A definição do projeto e da
necessidade ou não de equipamentos de proteção e/ou seccionamento
externo ao inversor é realizada em função do modelo do inversor e do local a
ser realizada a instalação.

Essa análise e projeto é de responsabilidade legal, tanto cível quanto criminal,


do engenheiro responsável pelo projeto junto ao sistema CREA/Confea.

Autor

Vinicius Ayrão Franco


Engenheiro Industrial Eletricista/Técnico em Eletrotécnica
Crea: 1994-1-10648

Mini-currículo:
 Membro da comissão da ABNT do projeto de norma ABNT NBR 16.690 – Instalações
Elétricas de Baixa Tensão: Arranjos Fotovoltaicos;
 Relator da revisão da NBR 16.274: Sistemas Conectados à rede – Requisitos mínimos
para documentação, ensaios de comissionamento, inspeção e avaliação de
desempenho;
 Consultor em instalações elétricas de MT, BT e sistemas fotovoltaicos;
 Vencedor do prêmio Jornalismo Abracopel 2017, com a série de artigos sobre
segurança elétrica em sistemas fotovoltaicos;
 Idealizador e instrutor do curso de projetos elétricos fotovoltaicos, conforme NBR
16.690.

Esse texto só pode ser reproduzido na íntegra. 10/10

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