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Relatoria sobre a Sessão Temática 02 - Educação das Relações Étnico-

Raciais e Ações Afirmativas no Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do


dia 25 de Setembro de 2019 no III COPENE Sudeste

Rômulo Henrique Possatte Martins

Participar de uma fração desse III COPENE Sudeste foi uma aula, melhor, foi
uma vivência excepcional em duas horas e meia. Acompanhei 5 trabalhos em
que cada um tangenciou pontos importantes pra construção de uma educação
antirracista.

O primeiro trabalho foi da Maria Raquel Fernandes, uma estudante de história


do 4º período da UFV, que trouxe uma pontinha do seu trabalho de iniciação
científica e lá renomeou-o como "Racismo: um bicho de sete cabeças na sala
de aula", ela citou pontos importantes, a maioria da população tem ciência que
o racismo existe e é atuante nas vidas negras, mas seu debate é sempre
ocultado e dificultado em muitos meios; tirando de autores como Micea Eliade,
Abdias do Nascimento e Luiz Alberto Gonçalves, ela traçou a relação de mito e
entes sobrenaturais, a compreensão existente que os portugueses são
descritos como um rio principal e o negro e o indígena seriam afluentes, a
estrutura do silenciamento que trás a omissão de lutas dos escraviados,
supressão de outras formas de combate a discriminação, o modo que se
celebra o dia da consciência negra e o silêncio do professor em situações
racistas na escola; relação cíclica entre a democracia racial e silenciamento, e
como é difícil quebrá-la, mas há formas, por exemplo, usando mídias didáticas
e o currículo escolar; e a crítica ao modo que a lei 10.639/03 é aplicada nas
escola.

O segundo foi a apresentação do Eduardo Silva Araujo, daqui da UFES,


descrevendo "Diálogos sobre as relações étnico-raciais na educação no
município de Serra - ES". E mesmo eu sabendo que Serra é um município de
maior concentração da população negra, não conhecia muitas das estatísticas
apresentadas por ele.

Então a explanação que Serra possui 139 unidades de ensino, com 63 mil
alunos matriculados, tendo uma população de 67% declarados como negros e
que isso é fruto, também, de um fluxo do sul da Bahia para lá, foram
novidades.
O trabalho dele na coordenação de questões raciais foi realmente maravilhoso,
conseguiram distribuir 120 mil exemplares de material didático para toda a
comunidade escola, de alunos a pais desses alunos, uma triste realidade após
esse projeto foi ver estatísticas que mostram que o preconceito religioso
impediu o acesso de muitas pessoas ao material. Outro ponto triste foi ver que
a representatividade negra para as próprias crianças não existem e ela só são
representadas em trabalhos sobre a escravidão.
A Lucileia Souza Baptista é uma mulher excepcional, que criou o Projeto
Abayoni - Encontro Precioso para levar literatura e contato com a
ancestralidade negra para muitas crianças. Ela que é assistente social, e
apresenta esse projeto sem cobrar nada, e a ideia de realização dele foi porque
a filha dela estudou em uma escola particular de classe média-alta e sofria com
o racismo dos outros estudantes, então ela montou o projeto e foi trabalhar na
escola da filha. Disso, ela toca esse projeto junto ao grupo de literatura UJIMA
na região do Rio de Janeiro onde ela reside. E também citou sobre como o
preconceito religioso impede uma maior adesão ao projeto.
Uma observação que tive da apresentação dela é que os filhos dela se
chamam Dandara e Martin. O trabalho apresentado por ela consistia em
"Contação de Histórias Negras como caminho para aplicação da lei 10.639/03".

O penúltimo trabalho, de Joana de Angelis, professora de educação física que


apresentou-o no congresso, e Julia de Freitas é "Racismo e Educação: onde
moram nossos racismos" em que ela trás um apanhado de conceitos como o
racismo epistemológico, estrutural, institucional, a invisibilidade da questão
racial, a naturalização do racismo ao silenciar a voz do aluno, e ainda diz:
"Diferença é natural. Desigualdade é o juízo da superioridade." retirado de
Silvério (2003). Trás que na base do racismo epistêmico constrói-se escolas e
formam-se professores para que assim se crie o racismo institucional.

E por último, Gisele Rose da Silva me apresenta "Azoilda Loretto da Trindade:


um caminho rumo à construção existencial de identidades negras", em que ela
relaciona a biografia e bibliografia de Azoilda com a educação antirracista e a
relação do humanismo, existencialismo e identidade negra com o toque de
afetividade que era a marca de autora pesquisada.
Azoilda Loretto da Trindade e Gisele Rose da Silva me apresentaram juntas,
mas separadas, uma das frases mais marcantes da minha vida:
"A invisibilidade é a morte em vida"

E ao final, o coordenador da sessão temática, Jorge Luís Rodrigues dos Santos


da SEEDUC/RJ exemplificou ao vivo o que a professora Débora Araujo disse
na primeira aula: a rede de afetividade, foi algo brilhante de se presenciar, a
medida que ele orientava as pessoas que apresentaram seus trabalhos a
recorrerem em diversos âmbitos para que seus trabalhos dessem cada vez
mais certos e fossem cada vez mais valorizados e vistos.

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