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BATALHA QUÍMICA COMO NOVA METODOLOGIA PARA APRENDIZAGEM


DE VIDRARIAS: UMA AÇÃO DO PIBID QUÍMICA

Walknéia Geycielle da Silva1; Tatiana Karla Paiva Sizenando Rufino2, Saara Lídia Costa Lima3, Leonardo
Alcântara Alves4
1,2,4
IFRN – Campus Apodi; 3Supervisora PIBID- Escola Estadual Sebastião Gurgel- Caraúbas RN
ÁREA TEMÁTICA: Ciências exatas e da terra.

RESUMO

Atualmente, existe uma necessidade de inovação das metodologias utilizadas dentro da sala
de aula, tanto por parte dos alunos do ensino médio, como dos demais níveis. Assim, não cabe
mais aulas monótonas, característica do ensino tradicional. O professor deve sempre propor
aulas diferentes de modo a fazer o aluno participar efetivamente do processo. Com isso, este
trabalho teve como objetivo elaborar uma metodologia diferente para o ensino da química,
aplicada aos alunos do ensino médio em sala de aula. O método apresentou-se como
ferramenta para atrair a atenção dos alunos pelo conteúdo abordado e foi produzido na forma
de jogo, em que, e ao mesmo tempo tornasse a aula prazerosa e mais divertida. Desde então,
utilizou-se a plataforma digital, onde foi produzido e aplicado em sala de aula um jogo
didático chamado “Batalha Química”. Sendo possível observar um aumento no desempenho e
interesse dos alunos com relação a adquirir mais conhecimentos sobre o assunto abordado.

PALAVRAS-CHAVE: Jogo didático, Ensino Médio, Ensino de Química, Jogos digitais.

ABSTRACT

Currently, there is a need for innovation in the methodologies used within the classroom by
both high school students and other levels. Thus, no longer monotonous classes, characteristic
of traditional teaching. The teacher should always propose different classes in order to make
the student effectively participate in the process. Thus, this work aimed to develop a different
methodology for teaching chemistry, applied to high school students in the classroom. The
method was presented as a tool to attract students' attention for the content approached and
was produced in the form of a game, in which, at the same time, make the class more
enjoyable and fun. Since then, the digital platform has been used, where a didactic game
called “Chemical Battle” was produced and applied in the classroom. It is possible to observe
an increase in the students' performance and interest in acquiring more knowledge about the
subject.
KEYWORDS: Educational game, High school, Teaching chemistry, Digital games.
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1 INTRODUÇÃO

Alguns alunos do Ensino Médio consideram a disciplina de química como uma


matéria nada interessante. No entanto, com os avanços tecnológicos disponíveis nos dias
atuais, foram desenvolvidos vários métodos e práticas pedagógicas que despertam o interesse
dos alunos pela disciplina, envolvendo-os em atividades práticas, com melhores rendimentos
e tornando as aulas mais atrativas. Segundo Salvadego e Laburú (2011, p.216), “cabe ao
professor a responsabilidade de preparar, mediar e oportunizar a aprendizagem do aluno
auxiliando-o a aprender por meio do estabelecimento de inter-relações entre teoria e prática”.
Já de acordo com Soares (2015, p.43), “o jogo é qualquer atividade lúdica que tenha regras
claras e explícitas, estabelecidas na sociedade, de uso comum, tradicionalmente aceita, sejam
de competição ou de cooperação”. Em outras palavras, o professor precisa refletir sobre como
e o que ensinar, estabelecendo quais áreas da disciplina pode ser utilizada uma metodologia,
conciliando as aulas práticas e teóricas, e assim ajudando ao aluno a obter um melhor
desempenho e assimilação dos conteúdos.
Nesta linha de discussão, a proposta estudada nesse contexto refere-se à elaboração de
um jogo didático sobre o conteúdo de vidrarias, para que os alunos pudessem assimilar o
conteúdo, compreendendo as respectivas funções de cada vidraria, bem como as regras
básicas para serem manuseadas. Ao se tratar de vidrarias, assunto abordado no jogo didático,
grande parte dos equipamentos utilizados em um laboratório são feitos de vidro, plástico ou
metal, em diversos modelos e formatos. Alguns deles precisam de energia elétrica para ser
utilizados, porém, grande parte não. Mas, de uma forma geral, todos possuem regras básicas
para serem manuseados corretamente, pois a conservação dos equipamentos do laboratório é
essencial para obtenção de resultados mais qualificados. Portanto, este trabalho teve como
objetivo ajudar a contribuir no processo de assimilação dos conceitos e atividades trabalhadas
de maneira concreta.

2 REFERENCIAL TEÓRICO
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Acreditando-se na tecnologia como ferramenta no combate às dificuldades enfrentadas
e como meio de melhorar o desempenho e participação dos alunos nas aulas de química, no
sentido de apoiar o professor para a realização de um bom trabalho e facilitando a maneira de
aprender e de ensinar, foi desenvolvida uma metodologia alternativa, pois grande parte das
aulas de hoje em dia ainda utilizam métodos tradicionais para realização das aulas práticas.
Tendo em vista que diante das transformações que vem ocorrendo na maneira de pensar, é
necessário que os professores encontrem maneiras diversificadas de propor os assuntos em
sala de aula.
No entanto, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) esclarecem que os
conteúdos de Ciências precisam ser abordados a partir de perspectivas interdisciplinares e,
indicam estratégias que possam contribuir para o processo de ensino aprendizagem, bem
como:
“[...] o estudo das Ciências Naturais de forma exclusivamente livresca, sem
interação direta com os fenômenos naturais ou tecnológicos, deixa enorme lacuna na
formação dos estudantes. Ao contrário, diferentes métodos ativos, despertam o
interesse dos estudantes pelos conteúdos e conferem sentidos à natureza e à ciência
que não são possíveis ao se estudar Ciências Naturais apenas em um livro”
(BRASIL, 1998, p. 27) (grifo nosso).

Desde então se observou que há uma grande necessidade de elaborar metodologias


alternativas para o ensino de química, isto é, objetos de aprendizagem que possam ser
utilizados para demonstrar os conteúdos trabalhados, pois, utilizando a experimentação na
resolução de problemas pode tornar a ação do educando mais ativa.
Segundo Cavalcanti et al. (2012, p.75), “o uso de jogos, quando equilibram as funções
educativa e lúdica, pode contribuir significativamente para um projeto pedagógico escolar que
busca a qualidade do ensino e a interação entre professor e aluno na troca mútua de produção
de conhecimentos”. Porém, Cunha (2012, p.95) aponta que há diferenças entre um jogo
educativo e um jogo didático,

“o primeiro envolve ações ativas e dinâmicas, permitindo amplas ações na esfera


corporal, cognitiva, afetiva e social do estudante, ações essas orientadas pelo
professor, podendo ocorrer em diversos locais. O segundo é aquele que está
diretamente relacionado ao ensino de conceitos e/ou conteúdos, organizado com
regras e atividades programadas e que mantém um equilíbrio entre a função lúdica e
a função educativa do jogo, sendo, em geral, realizado na sala de aula ou no
laboratório”.
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Um Jogo didático é tanto mais interativo quanto maior a capacidade de assimilação


e compreensão do aluno sobre o conteúdo. Menezes e Braga (2014, p.27), relatam que
“Um Objeto de Aprendizagem com alta interatividade possibilita a ação do aluno e o
estabelecimento de uma relação de reciprocidade.”, ou seja, quanto mais informações o
aluno apreender para si, melhor será o seu desempenho e sua interação. Vale lembrar que
a Batalha de Vidrarias apresenta o conteúdo abordado, como também desafia o aluno por
meio de perguntas a qual as respostas referem-se a cada uma das vidrarias mencionadas no
jogo, informando os erros e acertos.

3 METODOLOGIA

Aplicou-se o jogo na turma do 2º ano do Ensino Médio na Escola Estadual Sebastião


Gurgel. Inicialmente, foram realizadas algumas pesquisas sobre o assunto abordado para a
produção do jogo, nomeado “Batalha Química”. Em seguida, elaborou-se o jogo,
selecionando as vidrarias mais utilizadas no laboratório de química para encaixar na tabela
confeccionada no Word. O jogo contém regras e algumas brincadeiras deixando-o mais
dinâmico, divertido e atrativo. Além dos nomes das vidrarias, possui também perguntas
extras, onde o grupo tem direito a responder ou passar para o próximo grupo. Para cada
acerto, soma-se um ponto e cada grupo possui três chances para pronunciar letras que estejam
na tabela. Após a terceira tentativa obtêm-se o direito a ditar a palavra. A tabela na vertical
possui números de 1 a 14 e na horizontal obtêm-se letras de A ao M, como mostra a Figura 1
a seguir:

Figura 1: Tabela com as vidrarias


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Fonte: próprio autor (2019)


Após a elaboração das regras juntamente com as perguntas, originou-se algumas
surpresas chamadas “bomba”, e alguns símbolos “#” e “&”.

REGRAS
- Cada grupo possui três tentativas para escolher uma letra e um número, após as tentativas o
grupo tem direito a um chute;
- Quando cair no quadrado branco passa a vez para o outro grupo;
- Quando completar um nome ganha 1 ponto;
- Ao responder à pergunta ganha 1 ponto;
- Se responder a bomba, ganha 1 ponto;
#1 - A equipe deve escolher um grupo, a qual vai ganhar 1 ponto;
#2 - A equipe deve escolher um grupo, a qual vai perder 1 ponto;
& - Escolher um grupo e fazer uma pergunta; (Só ganha ponto se o grupo responder a
pergunta corretamente);
Responder a bomba ganha um ponto;
Bomba 01: Qual a diferença entre o balão de fundo chato e o balão de fundo redondo?
Bomba 02: O tripé é utilizado junto a um suporte, que tem a finalidade de distribuir o calor
recebido pelo bico de Bunsen, qual o nome desse suporte?
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Bomba 03: Diferencie a pinça de madeira da pinça metálica?
Bomba 04: Quais os tipos de funil?
Bomba 05: A estufa costuma alcançar quantos graus?

QUESTÕES APLICADAS AO ACERTAREM OS NOMES DAS VIDRARIAS:


Balão - Quais os três tipos de balão?
Erlenmeyer – Qual a outra vidraria semelhante ao erlenmeyer?
Bécker – Qual a função do bécker?
Funil de bromo – Qual a função do funil de Bromo?
Condensador – Quais os tipos de condensador?
Bureta - Qual a função da bureta?
Cadinho - Qual a função do cadinho?
Pisseta – Qual função da pisseta?
Pinça – Quais os tipos de pinça?
Bico de Bunsen – Qual a função do bico de Bunsen?
Pipeta – Quais os tipos de pipeta?
Tubo de Ensaio – Qual a função do tubo de ensaio?
Estufa - Qual a função da estufa?
Garra – Qual a função da garra?
Proveta – Qual a função da proveta?
A avaliação do jogo foi realizada através da observação do grupo de alunos
participantes, sua interação em grupo, capacidade de responder os questionamentos e/ou
buscar as respostas, entre outros.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Através das observações realizadas, pode-se destacar que o jogo teve um ótimo
resultado, pois desde o início os alunos manifestaram bastante entusiasmo por se tratar de uma
atividade diferente. Durante sua aplicação os alunos mostraram ter um bom conhecimento
sobre o nome das vidrarias e sobre algumas perguntas realizadas referentes as mesmas. Além
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da atividade proporcionar uma competição saudável, pode-se observar a comunicação entre os
componentes dos grupos, assim, tornando o momento mais divertido e interativo para os
alunos. A Figura 2 e a Figura 3 mostram o momento da aplicação do jogo em sala de aula.

Figura 2: divisão dos grupos para o jogo

Fonte: próprio autor (2019)

Após dividir a turma em quatro grupos de dez pessoas foi citado as normas do jogo,
explicando sobre as regras e as perguntas a serem feitas.

Figura 3: aplicação do jogo

Fonte: próprio autor (2019)


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A cada letra descoberta foi notado o grande interesse dos alunos em forma a palavra
completa e, não só o grupo que estava com a vez, mas os outros também demonstravam saber
qual seria a palavra implícita na tabela. Outro ponto observado foi o domínio que eles
demonstraram obter com relação ao conceito sobre as vidrarias.
Desde então, pode-se complementar, segundo Medina e Medina (2013, pg.07) “que os
jogos educacionais podem ser usados como ferramentas que complementam a construção e
fixação de conceitos aprendidos em sala de aula, de forma diferenciada os jogos enriquecem e
transformam o ambiente, motivando os alunos a aprender de forma lúdica e concreta”.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O jogo “Batalha Química” foi criado para ajudar aos alunos a compreenderem melhor
a disciplina de química (mais especificamente sobre as vidrarias) de um modo mais prazeroso
tanto para os alunos quanto para o professor. Assim, mostrando aos alunos que é possível
aprender brincando, de maneira eficaz, utilizando métodos inovadores com a interação de
todos os presentes em sala.
Este tipo de jogo desperta desafios e discussões sobre inúmeras metodologias
disponíveis e aptas a serem aplicadas para um melhor desempenho dos alunos, sendo capazes
de levá-los a uma aula mais dinâmica, despertando um maior interesse no processo ensino-
aprendizagem e enriquecendo a construção do conhecimento. Ensinar brincando é muito mais
prazeroso e eficiente comparado a certos momentos em que é necessário extrair do aluno mais
atenção sobre a importância do conteúdo para o dia-a-dia, sem desmerecer a metodologia
tradicional, pois em algumas circunstancias ela é mais eficaz.
Por fim, cabe destacar que o jogo impactou significativamente na aquisição dos
conhecimentos sobre o assunto abordado, absorvendo comentários empolgantes dos alunos
sobre a metodologia utilizada de maneira reflexiva, interagindo e de maneira diversificada na
realização de uma aula simples, divertida e clara, criando um ambiente competitivo e
prazeroso.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SOARES, M. H. F. B.; O Lúdico em Química: Jogos e atividades aplicados ao ensino de


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Acesso em: 10 julho de 2019

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Perfil Químico: Debatendo ludicamente o conhecimento químico em nível superior de ensino.
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Acesso em: 10 julho de 2019

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Eneq 028- 2004.
Acesso em: 10 julho de 2019

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BRAGA, J. Objetos de Aprendizagem: Introdução e Fundamentos. Vol.1. EAD. 2014.


Acesso em: 10 julho de 2019

CUNHA, M.B. Jogos didáticos de Química. Santa Maria: Grafos, 2000.


Acesso em: 11 julho de 2019

DA SILVA, Airton Marques. Proposta para tornar o ensino de química mais atraente.
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Acesso em: 11 julho de 2019

CUNHA, M. C. Jogos no Ensino de Química: Considerações Teóricas para sua Utilização em


Sala de Aula. Química Nova na Escola, v.34, nº2, Maio, p. 92-98, 2012.
Acesso em: 11 julho de 2019

FIALHO, N. N. Jogos no ensino de Química e Biologia. 2ª Ed. – Curitiba: Ibpex, 2011


(coleção Metodologia do Ensino em Biologia e Química).
Acesso em: 11 julho de 2019

MEDINA, K. de S.; MEDINA R.D. A contribuição dos jogos didáticos para o ensino.
Universidade Federal de Santa Maria, Artigo de Especialização, 2013.
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Acesso em: 13 julho de 2019.

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