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Linha do Tempo da Filosofia – Pré-


socráticos
Postado em Filosofia Antiga

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A Tradição Mitológica Grega


No estudo da filosofia dos Pré-socráticos, é muito importante compreender a forma
mitológica de pensar do grego antigo. Esta mentalidade, que se consolidou com as obras de
Homero e Hesíodo, ainda estará muito presente entre os filósofos pré-socráticos. Apesar do
surgimento das primeiras explicações racionais, muitos pré-socráticos ainda recorriam
ao pensamento mítico. Por este motivo, de forma poética e enigmática, o primeiro filósofo
(Tales de Mileto) declarou: “Tudo está cheio de Deuses”.

▪ Período anterior aos Pré-socráticos e ao surgimento da filosofia


▪ O Surgimento do universo coincide com o surgimento dos deuses
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▪ Os mitos narram a história do surgimento do mundo, dos deuses e do homem


▪ O mito fornecia aos antigos uma explicação para a realidade
▪ Principais representantes da tradição mitológica grega:
▪ Homero
▪ Hesíodo
▪ Homero foi uma das personalidades mais importantes da civilização grega
▪ A suas obras, Ilíada e Odisséia, narram a guerra de Tróia; na qual participam
grandes heróis gregos, como Aquiles, Ulisses e Ajax, entre outros. Os épicos
de Homero tornaram-se uma referência fundamental para o homem grego,
principalmente, na elaboração de suas crenças religiosas, de seus valores e de
seu modo de conduta.
▪ São obras fundadoras da literatuda ocidental
▪ São consideradas, atualmente, umas das obras mais importantes da literatura
mundial
▪ Hesíodo é também autor de dois livros: A Teogonia e Os Trabalhos e os Dias
▪ A Teogonia narra o surgimento dos deuses e suas diversas gerações
▪ Os Trabalhos e os Dias mostra a vida camponesa e os seus valores
fundamentais. Hesíodo foi uma referência fundamental para os gregos e para a
religião.
▪ A mitologia, apesar de se preocupar com a origem, não soube perguntar pelo
princípio primeiro, ingênito, de todos os seres.
▪ A tradição mitológica estendeu sua influência por toda a história da civilização
grega, mesmo após o surgimento da filosofia, inspirando também a religião da
Roma Antiga antes do cristianismo (politeísmo romano, 27 a.C. – 380 d.C.)

Leia Também:
▪ Como a mitologia grega deu origem à democracia e ao pensamento racional
▪ O incrível poder dos mitos gregos

O Surgimento da Filosofia Grega


Primeiro período / Pré-socráticos
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▪ Início das explicações racionais acerca da realidade


▪ Mesmo com o surgimento da filosofia, há uma constante interação ente mito e
razão (logos)
▪ Esse primeiro período da filosofia grega é chamado de pré-socrático
▪ Os primeiros filósofos eram chamados de pré-socráticos ou filósofos da physis
(natureza)
▪ Período de passagem do mito ao logos (razão universal)
▪ Representou uma nova maneira de compreender o mundo
▪ Na filosofia grega há a presença de um método de explicação racional
▪ O mito permaneceu presente nas teorias de muitos pré-socráticos
▪ Interesse pelas questões cosmológicas
▪ Busca de uma explicação para a origem (arché) de todos os seres
▪ Esses filósofos produziram variadas explicações para os fenômenos da natureza
▪ Também chamados filósofos originários
▪ Não chegaram a elevar a reflexão sobre o homem e a conduta humana
▪ Tales de Mileto é considerado o primeiro filósofo
▪ Os filósofos escolhidos para esta linha do tempo foram: Tales de Mileto,
Anaximandro de Mileto, Anaxímedes de Mileto, Heráclito de Éfeso, Xenófanes de
Cólofon, Pitágoras de Samos, Parmênides de Eléia e Zenão de Eléia
▪ A grande maioria desses filósofos estabeleceu como princípio físico (Arché) da
natureza (Physis) elementos como água, fogo, terra, ar

Leia também

▪ Pré-socráticos: do mito ao logos ou a origem da filosofia

Tales de Mileto (625/558 a.C.)

▪ Segundo a tradição filosófica e historiográfica, Tales de Mileto é o primeiro


filósofo.
▪ Nasceu na colônia grega chamada Mileto, situada na Jônia (Ásia Menor)
▪ Cultivou principalmente a matemática e a astronomia
▪ Realizou algumas viagens, tendo chegado até o Egito
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▪ Como astrônomo, previu o eclipse de 28 de maio de 585 a.C.


▪ Mediu a altura das pirâmides a partir de suas sombras
▪ É considerado um dos sete sábios da Grécia
▪ Inaugurou a investigação filosófica com a pergunta: “qual é a origem de todos os
seres?”
▪ Tales concluiu que a água é a origem de todos os seres
▪ Também afirmou:
▪ “O mundo flutua sobre a água”
▪ “Tudo está cheio de deuses”
▪ Tales teria sido o primeiro a perguntar pelo princípio (arché) originário de todas
as coisas
▪ Procedeu por indução, ou seja, observou uma série de casos particulares e
generalizou as suas conclusões ao adotar a água como princípio.
▪ Quando Tales afirma que a água é o princípio, ele não está se referindo apenas ao
surgimento dos seres vivos, mas ao surgimento de todos os seres

Leia também:

▪ O tropeço de Tales de Mileto, o primeiro filósofo

Anaximandro de Mileto (610/547 a.C.)

▪ Considerado o segundo filósofo da Grécia


▪ Foi discípulo de Tales e compôs o tratado Sobre a Natureza
▪ Dedicou-se às atividades políticas e ao cultivo da astronomia, da geografia e
damatemática
▪ Rejeitou a água como sendo o elemento primordial de todas as coisas
▪ Para Anaximandro, o princípio de todos os seres é o ápeiron
▪ Ápeiron pode ser traduzido como o indeterminado ou ilimitado
▪ O ápeiron é uma substância que não está fixada em nenhum elemento palpável da
natureza
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▪ Ápeiron é uma espécie de massa ou elemento informe, anterior às distinções


entre os contrários, como o frio e o quente, e os elementos determinados, como a
terra e a água
▪ Este princípio é inesgotável e gera infinitos mundos que existem e que um dia
perecerão e serão substituídos por outros
▪ Segue a tendência iniciado por Tales de atribuir um elemento físico à origem dos seres
(tendência de todos os pré-socráticos)

Anaxímenes de Mileto (585/525 a.C.)

▪ Foi discípulo de Anaximandro e o último filósofo da escola de Mileto


▪ Escreveu um livro intitulado Sobre a Natureza, do qual restaram três fragmentos
▪ Discordou de Tales e Anaximandro, com relação ao princípio que deu origem a
todos os seres
▪ Voltou a identificar o princípio com um elemento determinado: o ar (pneuma),
invisível e infinito
▪ Escolheu o ar em função da sua importância para a manutenção da vida e, pela
facilidade em explicar a passagem do uno para o múltiplo
▪ A cosmologia de Anaxímenes afirmava que a terra e os demais planetas eram
planos
▪ O princípio que anima o homem e o dirige – a sua alma – também é ar, da mesma
natureza do princípio primeiro de tudo
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Heráclito de Éfeso (540/480 a.C.)

▪ Era chamado de de “o obscuro” em função de seu estilo aforístico, paradoxal e


metafórico
▪ Um dos pensadores mais importantes da filosofia pré-socrática
▪ Escreveu um livro intitulado, Sobre a Natureza, depositado no templo de Artemis
▪ Para Heráclito, o princípio de tudo é o lógos-pyr (ou lógos-fogo), que é um
princípio divino
▪ O fogo foi escolhido por representar o dinamismo e o movimento que está
presente em todo o universo
▪ Inovou ao identificar o princípio com o lógos, ou seja, com o pensamento, a razão
universal que governa tudo
▪ A natureza é um cosmo, um todo ordenado, porque na sua origem encontra-se
uma razão que confere dinamismo, medida, proporção e regularidade.
▪ A condição para a existência do mundo é a presença de pares de opostos que
podem se combinar e dar origem à multiplicidade dos seres
▪ Afirmou que “O deus é dia-noite, inverno-verão, guerra-paz, saciedade-fome,
todos os contrários. Passa por mudanças, do mesmo modo que o fogo”
▪ A marca emblemática do seu pensamento é a concepção de que tudo está em
constante fluxo ou devir
▪ O Cosmo é visto como um rio que está fluindo continuamente e no qual não se
pode entrar duas vezes (“o mesmo homem nunca se banha no mesmo rio, outras
são as águas, e outro é o homem”)

Leia também:

▪ Heráclito: Physis, Logos e Alétheia


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Xenófanes de Cólofon (577/470 a.C.)

▪ Dedicou-se a viajar pela magna Grécia e a ganhar a vida como poeta rapsodo
▪ Escreveu um poema filosófico intitulado Sobre a Natureza (este título se repete
entre os pré-socráticos)
▪ Criticou a concepção antropomórfica dos deuses da religião pública
tradicional, fixada por Homero e Hesíodo
▪ Afirmou “Homero e Hesíodo atribuíram aos deuses tudo quanto entre os homens
é vergonhoso e censurável, roubos, adultérios e mentiras recíprocas”
▪ Constatou as múltiplas diferenças entre os deuses de diversas regiões pelas quais
passou
▪ Percebeu a tendência dos homens em atribuir aos deuses características e
comportamentos que são típicos da etnia e da cultura da qual fazem parte
▪ Afirmou: “Os mortais imaginam que os deuses têm vestuário, fala e corpos iguais
aos seus”
▪ Sugeriu uma teologia monoteísta ao afirmar a existência de um deus único: “Um
só deus, o maior entre os deuses e os homens, em nada semelhante aos mortais”
▪ Às vezes coloca a água como princípio e outras vezes a água e a
terra para explicar somente o nascimento dos seres terrestres e não o surgimento
de todos os seres
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Pitágoras de Samos (570/495 a.C.)

▪ Um dos filósofos mais fascinantes da filosofia pré-socrática


▪ Sua vida foi envolvida lendas e mitos, sendo difícil definir seus elementos
históricos
▪ Fundou uma comunidade filosófico-religiosa que atingiu enorme poder
político (os pitagóricos)
▪ Os pitagóricos cultivavam uma vida de contemplação, voltada para o
conhecimento, a busca da verdade e a realização espiritual
▪ Acreditavam na preexistência, imortalidade e transmigração da alma
(metempsicose); cultivavam as práticas ascéticas purificadoras, como a abstenção
de comer carne e de matar animais
▪ Cultivavam as ciências (matemática e astronomia) e também a música
▪ O estudo não constituía um fim em si mesmo, mas um meio para se realizar
a purificação da alma e a sua libertação
▪ É difícil distinguir Pitágoras dos pitagóricos em função da inexistência de escritos
do próprio Pitágoras
▪ Pitágoras manteve a busca do princípio (arché) para explicar o surgimento dos
seres, mas deixou de identificá-lo com um elemento da natureza (fogo, terra, água
e ar)
▪ De acordo com a tradição pitagórica, o princípio de todos os seres é o número
(aritmós)
▪ Pitágoras (ou os pitagóricos) concebia o número como um ser, uma realidade
objetiva e independente, e não como o produto de uma abstração da razão
▪ Percebeu que o comportamento regular de determinados fenômenos pode ser
interpretado em termos numéricos ou quantitativos, por isso escolheu o número
como princípio de todos os seres
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Parmênides de Eléia (530/460 a.C.)

▪ Introduziu uma revolução no pensamento grego, deslocando o foco de


investigação da cosmologia para a ontologia (reflexão sobre o ser), desviando da
tendência dos pré-socráticos
▪ A filosofia de Parmênides não deixa lugar algum para a cosmologia tais como os
seus predecessores haviam construído
▪ Parmênides não acredita em qualquer crença no mundo que nos é revelado pelos
sentidos
▪ Sua doutrina influenciou toda a especulação posterior, principalmente o
platonismo
▪ Descreve alegoricamente em seus poemas uma viagem ao palácio de uma deusa
que o instruirá acerca de uma verdade que não é possuída pelo comum dos
mortais
▪ Essa revelação é descrita com uma passagem da noite para a luz, que representa
a descoberta da razão acerca do ser
▪ Parmênides tenta demonstrar que o ser, aquilo que é, não se apresenta
verdadeiramente tal como aparece aos sentidos, mas somente ao pensamento
▪ O ser em movimento, múltiplo, que nasce e perece (a realidade), é uma ilusão
(onão-ser). O ser tal como verdadeiramente é, tal como se apresenta ao
pensamento, não nasce e nem perece; é imóvel, eterno, imutável e uno (o ser)
▪ A expressão, que sintetiza toda a sua perspectiva ontológica é: “O ser é, o não-ser
não é”
▪ Parmênides estabelece dois caminhos para a investigação filosófica: o caminho da
verdade e o caminho do erro
▪ O caminho do erro investiga aquilo que não é (a ilusão, o não-ser). O caminho da
verdade investiga aquilo que é (o ser), aquilo que se apresenta ao pensamento
através da luz da razão
▪ Esta perspectiva irá abrir espaço para o surgimento do segundo período da
filosofia, que irá buscar na pura investigação racional os fundamentos da
realidade
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Complete seus estudos sobre os pré-socráticos com os filósofos pluralistas Empédocles,


Anaxágoras e os atomistas, que tentaram conciliar as doutrinas de Parmênides com as
doutrinas cosmológicas. Os pluralistas receberam este nome devido ao fato de afirmarem
que o fundamento de todos os seres não residia apenas em um elemento (como a água,
por exemplo) mas na combinação de vários elementos (fogo, água, terra, ar), partículas
minúsculas ou átomos. O termo “átomos” surgiu neste primeiro período da filosofia
antiga.

Leia também

▪ Parmênides: O Ser e o não-ser

Autor: Alfredo Carneiro


Editor do netmundi.org

Referências Externas

▪ Escola Jônica: Tales de Mileto, Anaximenes de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito


de Éfeso;
▪ Escola Itálica: Pitágoras de Samos, Filolau de Crotona e Árquitas de Tarento;
▪ Escola Eleática: Xenófanes, Parmênides de Eleia, Zenão de Eleia e Melisso de Samos.
▪ Escola da Pluralidade: Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de Clazômena, Leucipo de
Abdera e Demócrito de Abdera.
▪ Escola eclética: Diógenes de Apolônia, Arquelau de Atenas.

Referências Bibliográficas

▪ DUMONT, J. P. Elementos de história da filosofia antiga. Brasília: EdUnB, 2005


▪ ELIADE, M. Mito e Realidade. 4. ed. São Paulo. Ed. Perspectiva, 1994
▪ HADOT, P. O que é a Filosofia antiga? São Paulo: Lisboa, 1999.
▪ KIRK G. S. Os Filósofos pré-socráticos. 4. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1994
▪ REALE, G. História da filosofia antiga. São Paulo: Loyola, 1993

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