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ETEBLU – Escola Teológica de Blumenau

Aluno: Luiz Henrique Barbosa de Souza

O TRÍPLICE OFÍCIO DE CRISTO

RESUMO

É simplesmente impossível falar sobre uma pessoa sem falar sobre suas

ações, escolhas e atitudes. Sendo assim, falar sobre Jesus é falar sobre sua obra. Os

Teólogos da reforma fizeram um bem muito grande para teologia em resgatar para

compreensão da igreja o triplo ofício ou obra de Cristo remetendo as três figuras

teocráticas do Velho Testamento: profeta, sacerdote e rei. Diferentemente do Antigo

Testamento em que eram necessário três pessoas para essas três funções, em Cristo

esses três ofícios são vivenciados e plenamente cumpridos uma única pessoa. A

proposta desse breve artigo é apresentá-los sob a perspectiva do respeitado teólogo

suíço Emil Brunner.

PALAVRAS-CHAVES: ofício-profeta-sacerdote-rei
QUEM FOI O TEÓLOGO HEIRICH EMIL BRUNNER?

Heinrich Emil Brunner nasceu em 23 de dezembro de 1889, em Winterthur, na

Suíça, onde esteve grande parte de sua vida. Estudou em Zurique, onde em 1908

formou-se. Depois se dedicou aos estudos teológicos, primeiro em Zurique, depois em

Berlim e Nova Iorque e finalmente retornou a Zurique, onde obteve o doutorado em

Teologia em 1913.

Seu pensamento teve maior repercussão no exterior, do que em sua terra

natal. Brunner foi um teólogo da Neo-Ortodoxia, que se levantou contra o Liberalismo

Teológico de sua época. A Neo-Ortodoxia buscou resgatar algumas ideias e temas da

Reforma Protestante reinterpretando-os à luz do conhecimento moderno. Em 49 anos

de produção literária, Brunner escreveu 396 livros e artigos eruditos para revistas. Com

base nessa produção literária que nós então passamos a discorrer sobre o tema

proposto.

INTRODUÇÃO

Durante mais ou menos 1300 anos após início da era cristã, o conceito dos

"ofícios de Cristo" foi praticamente esquecido pela igreja e da teologia cristã. Após o

século 16, os teólogos reformadores resgataram o entendimento de que além do papel

de Salvador que Cristo veio desempenhar na terra, ele também desempenhou e

desempenha até hoje três ofícios permanentes: como profeta porque é a voz máxima
da divindade; como sacerdote por que nos representa perante Deus e por nós ofereceu

a si mesmo como sacrifício; e como rei que tem estado assentado à destra da

majestade reinando sobre o universo e esperando que todas as coisas sejam

submetidas a si.

Algo interessante a ser destacado e que foi muito bem observado por

BRUNNER é o constante conflito entre esses ofícios na história de Israel o que era

para seguir em concordância e harmonia entre essas figuras na maior parte das vezes

houve rixas e desentendimentos entre eles. O profeta que por ver o sacerdote

negligenciando as suas obrigações o acusa por sua falta de temor e reverência.

Também O profeta em outras ocasiões repreende os reis, o qual em contrapartida em

muitas ocasiões manda matar os profetas. Isso é interessante destacar por que,

enquanto esses ofícios estão sob a responsabilidade humana eles são inconstantes e

falíveis. No entanto, quando esses ofícios são atribuídos e vistos em Cristo eles são

plenamente exercidos e, em uma harmonia e unidade admiravelmente bela.

Seguiremos, pois tratando de forma mais detalhada sobre o triplo “ofício” inerente a

Jesus Cristo.

1. A OBRA PROFÉTICA

Quando Jesus iniciou seu ministério ele inicia de uma forma tão ativa e

mostrando a que veio que as pessoas imediatamente chegavam à conclusão: "ele é um

profeta". É bem verdade que inicialmente Cristo iniciou o ministério ensinando as

escrituras nas sinagogas e também por aonde ia. Porém, a maneira como ele assim

fazia era que se destacava dos demais que também faziam a mesma coisa: a sua
autoridade na fala causava esse impacto aos ouvintes. Ele era um "rabi" mais que a

sua maneira de expor e impor as verdades divinas tinha um tom autoritativo que

lembrava os profetas do antigo testamento por isso, a associação que os homens

começaram a fazer a Ele.

O ofício profético de Jesus Cristo se diferenciava dos profetas do antigo

testamento. Estes profetizavam fundamentados constantemente em uma alegação de

quê "assim disse o SENHOR”, e por conta disso as pessoas precisariam ouvi-los. Já

com respeito a Jesus, o Cristo, diferentemente destes Jesus não utilizava esse "jargão

profético” (assim diz o Senhor), mas, reivindicava implicitamente sobre si em conter

uma autoridade própria para transmitir verdades espirituais e divinas quando em muitas

ocasiões nos evangelhos dizia: "eu vos digo "ou" em verdade vos digo”. Esse fator

determinante diferenciava o ministério profético de Jesus dos profetas que vieram

antes dele.

Conforme BRUNNER ressalta “a obra profética de Jesus”, entretanto, não

termina com seu próprio ensino desde o começo ele aponta para além do ensino, para

si mesmo, para sua pessoa, para o "Emanuel", para que ele que Deus está presente

em pessoa, e onde Deus estabelece a comunhão consigo mesmo. Isso significa dizer

que o aspecto profético em Jesus não acaba ou não se limita apenas ao ministério que

ele exerceu quanto o homem enquanto viveu nas regiões da Judeia e da Galileia. Ele

permanece como "A" figura profética permanente e final sobre o ser de Deus ponto se

a humanidade deseja ouvir sobre Deus, quem ele é, seus valores, seus propósitos,

terão em Jesus de Nazaré a voz mais confiável e plena sobre o Divino.


Isso também implica que todas as vozes proféticas que vieram antes ou depois

de Jesus precisão confirmar e se harmonizar com que ele já veio revelar. Se qualquer

vulto profético, surge com uma mensagem ou a ligação diferente daquela que Cristo já

transmitiu humanidade não é merecedora de crédito porque, aprouve a Deus Pai, que

seu Filho tivesse a voz final como revelação de si mesmo à humanidade. Essa ideia é

visível em uma frase sua registrada no evangelho de João quando Jesus disse:

"Aquele que me ver, vê ao Pai" (Jo 14.9). Olhar e ouvir a Ele é um olhar e ouvir a Deus.

Ele é a Voz Plena do ser de Deus.

2. A OBRA SACERDOTAL

A obra sacerdotal de Cristo tem como o ponto culminante a sua morte na cruz.

Mas ela não começa no calvário. A vida inteira de Jesus é uma auto-entrega em favor

da humanidade caída. Desde os primórdios da Igreja primitiva eles sentiram a

necessidade de refletir sobre o que significava a morte de Cristo e, adquirir uma visão

que fosse positiva sobre o evento já que no momento em que ocorreu pareceu

terrivelmente negativo. O fato é que desde o primeiro dia da Páscoa eles passaram a

ver o significado positivo da cruz. E isso se deu a partir de um "despertamento" de

maneiras pelas quais eles viam estes acontecimentos; e segundo BRUNNER eles

utilizaram alguns métodos de interpretação.

O primeiro método de interpretação foi oferecido pelo culto sacrificial do Velho

testamento. Esse elemento peculiar do velho testamento, o sistema de sacrifícios era

algo muito presente para aquele judeus . E eles tinham em suas mentes de forma

muito clara que a iniquidade humana era “encoberta” através do derramamento de


sangue inocente, no caso deles eram utilizados os sangues dos animais. A partir do

momento em que a Igreja primitiva fez as ligações entre afirmações sobre Jesus como

sendo "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" puderam perceber que a cruz

passou a ter um significado de lugar de sacrifício para que a justiça de Deus fosse

satisfeita na punição do pecado .

Uma segunda maneira de conceber a interpretação da morte de Cristo na cruz

foi utilizada e extraída do lindo capítulo 53 do profeta Isaías, aonde aparece outro tipo

de sofrimento, não mais sacrificial, como no primeiro, mas o sofrimento “penal”. A ideia

de punição não pertencia como do sacrifício, à esfera do culto, mas sim da lei pública.

O homem por causa do pecado se tornou exposto à punição e ao castigo devido à sua

desobediência à lei santa de Deus. Mas em seu lugar, Jesus assume o papel do “servo

do Senhor”, que fielmente obedecem todos os preceitos divinos e mesmo assim se

unha disposição para sofrer a dura pena por amor daqueles que nele iriam crer.

Além dos dois primeiros pontos de vista citados acima havia um terceiro. Que

foi utilizado para interpretar a obra sacerdotal de Cristo: a ideia de um "compromisso",

"dívida escrita nas ordenanças que havia contra nós", uma figura tomada da lei civil. O

credor se quisesse podia rasgar o "compromisso" e, fazendo assim cancelar a dívida

que o outro tinha com ele. Essa compreensão é possível ser vista no entendimento

Paulino quando ao escrever a carta aos Colossenses 2. 14 ele faz uso desta figura

para ilustrar outro aspecto do que aconteceu na cruz. O próprio Cristo decide pagar a

conta para si e para o seu Pai, e pelo fato de ter realizado tal pagamento, com sua

própria vida e sangue, aquele que foi o verdadeiro "Criador" da dívida passa então a ter

a oportunidade de viver sem dever nada ao Criador.


A penúltima concepção que a Igreja primitiva teve sobre a obra sacerdotal de

Jesus na cruz foi relacionada à ideia de "redenção". Aqui a ideia de uma luta pelo

poder, entre Deus e as trevas que escravizam e corrompe o homem, do qual Deus se

interessa, através de Cristo te libertar os homens e transportá-los do reino das trevas

para o reino do filho do seu amor (Cl 1.13). Nesse processo o homem é objeto da luta

em que um senhor quer tomá-lo das mãos de outro Senhor, e para que isso

acontecesse deveria ver um pagamento. Esse pagamento foi realizado no monte

Caveira.

Por último, a uma quinta concepção que está relacionada com a interpretação

que a Igreja primitiva fazia baseada no velho testamento acerca da morte de Jesus:

sua morte é o verdadeiro sacrifício Pascal; da mesma forma que a velha dispensação

foi firmada através do sangue de Cordeiros o novo concerto é estabelecido pelo

sangue do cordeiro de Deus. Assim a velha dispensação é encerrada e dá-se início um

novo tempo. Agora o povo de Deus entenderia que o sangue nessa nova aliança passa

a ser muito mais do que um mero sinal como fora na velha, mas é o próprio meio pelo

qual os homens podem se relacionarem com Deus e desfrutar da sua comunhão.

Todas essas concepções, muito diferentes umas das outras estão

extensamente entrelaçadas no Novo Testamento. Em nosso pensamento cristão pode

até parecer difícil desembaraça-las umas das outras e diferenciá-las. Qual o importante

é essa variedade e conseguimos fazer essa distinção entre elas para que a gente

possa deslumbrar do tamanho da riqueza da obra sacerdotal que Jesus Cristo realizou

em favor daqueles que nele cressem. O alvo dessas concepções e ideias é único:
clarificar à luz da fé, o fato histórico da Cruz de Jesus Cristo, que no primeiro olhar

parecia ser algo completamente racional e obscuro.

3. A OBRA REAL

Com respeito a esse terceiro tópico é de causar surpresa que esse tema tenha

sido menos tratado no ensino da Igreja cristã ao longo dos séculos, pois a mensagem

do próprio senhor é a proclamação da vinda do "reino de Deus". Quando Jesus iniciou

seu ministério gritando: "arrependei-vos, porque o reino dos céus é chegado!”, A sua

mensagem literalmente se conecta com a mensagem de João Batista, que já vinha

anunciando e pregando a mesma coisa. O que Jesus vem fazer com essa mensagem é

transmitir um anseio que já vivia no espírito dos profetas do antigo testamento: o anseio

de que Deus governasse tudo e todos.

Só que algo distingue Jesus dos profetas: ele não vem como mais uma voz

proclamando que Deus espera reinar sobre os homens, mas ele mesmo inaugura esse

novo tempo que está sendo aberto para toda a humanidade através da sua própria

pessoa. Na pessoa de Jesus a soberana autoridade de Deus está presente no modo

inteiramente novo, e por causa disso tornou-se impossível de ser evitado. Não somente

as suas palavras, mas também a sua pessoa, coloca o ser humano face a face com a

"decisão final" de Deus governar ou não a existência humana.

O reinado a que Jesus vem estabelecer não é pura e meramente para levar às

pessoas a obediência, mas antes de tudo, é um dom divino, pois é um reinado que vem

trazer uma presença do Cristo que é libertadora, restauradora, perdoador e que por

consequência gera comunhão aos seus súditos. Não é um reinado ou governo de um


tirano distante e que exige friamente a obediência, mais que, através do seu

constrangedor amor rompe a resistência no coração do homem para levá-lo a uma

nova esfera da existência.

Refletindo sobre este ofício de Cristo como rei é preciso admitir que, no curso

da história da igreja de sua teologia esse tema foi trazido para prática mui levemente.

Isso é causado em primeiro lugar, por uma distinção falsa que causa separação entre

fé e serviço. A verdadeira autoridade de Jesus é mostrada no fato de seres humanos

servirem a Deus e ao seu próximo em amor, pois se reconhece que o governo de Deus

espera isso. Nas palavras de BRUNNER "a cristandade tem falhado quanto a este

respeito, porque muito frequentemente os cristãos pensam que obediência a Jesus

Cristo refere-se somente a sua vida privada”. Alguém que pertença a Cristo pertence a

ele por inteiro isto é, em todas as áreas e partes de sua vida, quer seja pública que seja

particular.

Também quando se reflete pensa sobre o reinado de Jesus sobre as vidas

humanas é preciso reconhecer e compreender que mesmo sobre verdadeiros cristãos,

pertencentes ao corpo místico de Cristo, a igreja invisível, ainda sim, este reinar não é

perfeito. É imperfeito devido à parte humana no governo em que constantemente está

encontrando dificuldades e lutas contra o "eu carnal" e o mundo que tentam surrupiar o

domínio sobre a vida humana. Por isso ofício real de Jesus nas vidas humanas precisa

ser reconhecido como algo gradual, à medida que os crentes vão se aprofundando em

sua intimidade e submissão ao Senhor. A perfeita autoridade e domínio de Jesus Cristo

sobre nós, ainda é algo irrealizado, algo pelo qual desejamos e anelamos, e sabemos,

através da nossa esperança futura que chegará o tempo em que a autoridade de Cristo
sobre nossas vidas será perfeita, pois, livres do domínio das trevas e da tentação do

pecado, seremos semelhante a Ele, em perfeita submissão amorosa.

CONCLUSÃO

Podemos considerar que o artigo de BRUNNER aqui comentado e tratado nos

traz uma valiosa reavaliação e reconsideração de um dos aspectos mais importantes

da Soteriologia Objetivai que é a compreensão do Tríplice Ofício de Cristo, que no

passado, teve sua expressão e cumprimento, e que no tempo presente ainda

permanece com suas consequências e realidades que se seguem sobre a vida da

Igreja e dos crentes como individuo.

Refletir e compreender sobre a obra profética de Jesus, sua obra sacerdotal e

seu oficio real proporciona ao leitor e pesquisador um maior vislumbre da

grandiosidade da atuação de Cristo em prol, primeiramente de sua glória, e como

também, para o beneficio misericordioso concedido à humanidade.


i
diz respeito a obra de Cristo, em que vemos o que Deus fez por nós, independente da ação humana.

Bibliografia:

ALMEIDA, João Ferreira de. Bíblia Sagrada. 4°ed. Barueri: Sociedade Bíblica Brasileira.

BRUNNER, Emil. (2005). Antologia Teológica. 1st ed. São Paulo: Fonte Editorial LTDA., pp.403-418.

RUBENS, David. Emil Brunner. http://biblicoteologico.blogspot.com.br/2014/11/emil-brunner.html. Acesso


em: 06/10/19

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