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01)
INTRODUÇÃO
Outros setores religiosos da sociedade são céticos quanto à Trindade, apregoando que Jesus
foi apenas um mero ser humano iluminado por Deus e o Espírito Santo é uma energia cósmica
impessoal que Deus utiliza para os Seus propósitos. Muitos acreditam que Deus se revelou de
três formas consecutivas: Primeiro Ele foi o Pai Criador, depois se transformou no Filho
Salvador, que por sua vez, se transformou no Espírito Santo Consolador.
Outros, por sua vez, postulam que a Trindade são três deuses e que o cristianismo, na
verdade, é uma religião politeísta. Desconhecedoras da doutrina trinitariana, muitas pessoas
questionam: “Como pode ser que Jesus seja Pai de si mesmo?”. Outros ainda blasfemam,
denominando a Trindade de “um monstro de três cabeças”. A doutrina da Trindade encontra
muita dificuldade de aceitação e compreensão da parte de muitas pessoas, até mesmo entre
muitos cristãos evangélicos.
Para se ter uma pequena noção do debate que esta doutrina proporciona, apresentaremos a
seguir alguns breves relatos contendo a opinião de inúmeros segmentos, iniciando pelo
ateísmo e passando por diversas denominações religiosas. Salientamos, no entanto, que não
iremos à princípio refutar enfática e detalhadamente nenhuma opinião que será apresentada, o
que será realizado durante as postagens que se seguirão. Salientamos também que as
considerações expressas nesta postagem podem não representar a opinião completa de cada
religião sobre o assunto, mas nos servem apenas como uma pequena noção da mesma.
Sendo assim, iniciaremos pelo ateísmo.
“Eis o dilema. Os cristãos sabem que, para Jesus ser o salvador da humanidade, ele tem que
ser Deus também. É a Bíblia que diz. Se ele não é Deus, então ele não pode ser o salvador.
Sua morte não teria sentido. Portanto, os cristãos inventaram a Santíssima Trindade para
explicar a divindade de Cristo. Ele é homem. Ele é Deus. Ele é ambos. Ele tem que ser, para
poder ser o salvador. Infelizmente, ele é, no melhor dos casos, indeciso. Às vezes ele diz que
ele e Deus são um só. Às vezes ele admite que Deus sabe de coisas que ele ignora e faz
coisas que ele não pode fazer. Os cristãos apelam para as coisas mais estranhas para provar o
dogma da Santíssima Trindade, inclusive declarar que ele é um ‘mistério’ e que ‘nós somos
muito limitados para entender’. A Bíblia é a palavra perfeita e infalível de Deus? A doutrina da
Santíssima Trindade que os cristãos criaram e as contradições em que ela implica gritam que
‘Não!’ Mas então como foi que o dogma veio a existir? As origens da doutrina da Santíssima
Trindade são chocantes. Como no caso da maioria das questões históricas relativas à
cristandade, houve muita fraude e derramamento de sangue. Muitas vidas foram perdidas
antes que o Trinitarianismo fosse enfim adotado. Como muitos cristãos sabem, a palavra
‘trindade’ não aparece na Bíblia. E não aparece porque é uma doutrina que evoluiu aos poucos
no início do cristianismo. Foi um processo manipulado, sangrento e mortal até que finalmente
se tornou uma doutrina ‘aceita’ da Igreja (...)”.
Um dos escritores ateus mais conhecidos foi o alemão Friedrich W. Nietzsche. Em sua obra “O
Anticristo (Ensaio de uma Crítica do Cristianismo)”, no capítulo 18, especificamente se
referindo à natureza de Deus, afirmou, entre outras coisas, que:
“(...) A concepção cristã de Deus – Deus o como protetor dos doentes, o Deus que tece teias
de aranha, o Deus na forma de espírito – é uma das concepções mais corruptas que jamais
apareceram no mundo: provavelmente representa o nível mais ínfero da declinante evolução
do tipo divino. Um Deus que se degenerou em uma contradição da vida (...)”.
Mais adiante nesta mesma obra, no capítulo 34, Nietzsche teceu seus comentários sobre a
Trindade, mais especificamente ao relacionamento entre a primeira e a segunda pessoa da
Divindade, Deus Pai e Deus Filho:
"(...) O conceito de ‘Filho de Deus’ não designa uma pessoa concreta na história, um indivíduo
isolado e definido, mas um fato ‘eterno’, um símbolo psicológico desvinculado da noção de
tempo. O mesmo é válido, no sentido mais elevado, para o Deus desse típico simbolista, para o
‘reino de Deus’ e para a ‘filiação divina’. Nada poderia ser mais acristão que as cruas noções
eclesiásticas de um Deus como pessoa, de um ‘reino de Deus’ vindouro, de um ‘reino dos
céus’ no além e de um ‘filho de Deus’ como segunda pessoa da Trindade. Isso tudo –
perdoem-me a expressão – é como soco no olho (e que olho!) do Evangelho: um desrespeito
aos símbolos elevado a um cinismo histórico mundial. Todavia é suficientemente óbvio o
significado dos símbolos ‘Pai’ e ‘Filho’ – não para todos, é claro –: a palavra ‘Filho’ expressa a
entrada em um sentimento de transformação de todas as coisas (beatitude); ‘Pai’ expressa
esse próprio sentimento – a sensação da eternidade e perfeição (...)”.
Cristo como o Filho de Deus Pai e Segunda Pessoa da Trindade é um "soco no olho do
Evangelho"? Difícil demais conseguir digerir tais acusações sem fundamento bíblico e tão
ausentes de conhecimento doutrinário. Mas, o ateísmo, portanto, por razões óbvias, possui
uma concepção de Deus completamente avessa à realidade, contrária à verdade revelada na
Bíblia.
Misericórdia! Agora foi para arrebentar. Somente o Espírito Santo é o verdadeiro Deus e
salvador da humanidade e Ele foi entregue por Jesus (que não é Deus) a Iavé por ocasião de
Sua morte? Complicado não é mesmo?
“O espiritismo e a divindade de Cristo. Este artigo visa refutar as idéias contidas no livro ‘Obras
Póstumas’, de Allan Kardec. Neste livro, há um capítulo chamado ‘Estudo sobre a natureza de
Cristo’. Numa abordagem ousada, já em seu início, tenta falar que a ‘controvérsia’ em torno da
natureza de Cristo ainda não se resolveu (!) e que isto foi responsável, durante os séculos, pela
origem de várias seitas. Nesta segunda parte temos que concordar, aliás, é algo digno das
seitas distorcerem a pessoa de Jesus. (...)”.
“(...) Aqui Kardec expõe todo seu socianismo (doutrina herética de Socino - séc. XVI - que
negava a Trindade e a divindade de Cristo) (...)”