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A Neuropsicopedagogia no Contexto

Escolar

AUSUBEL, David. Aprendizagem Significativa, ed. Moraes,


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FUNAYAMA, Carolina Araújo Rodrigues. Problemas de


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GIMENO SACRISTÁN, J. 2000.Currículo: uma reflexão sobre a


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Guia para o Planejamento do Professor Alfabetizado – VOL 3


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MALUF, Maria Irene. A dificuldade de aprendizagem vista pela


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VINCENT,GUY(org).1994. L’Éducation prisonniére de la forme


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Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 8.ed. São Paulo:
Ícone, 2001, p. 59-83 e p. 119-142.

José Roberto Teruel - Assistente Social, psicopedagogo,


Neuropsicopedagogo, Pós-graduado em Dependência Química &
Saúde Mental e Justiça Restaurativa.

Resumo: A Neuropsicopedagogia se constitui como novo


campo do conhecimento voltado a pensar e a agir sobre as
dificuldades de aprendizagem. Este artigo está fundamentado em
publicações da literatura bibliográfica de autores renomados que
convergem para o ensino da leitura e da escrita com crianças em
idade de aprendizagem escolar, sendo a escola o espaço
institucional propício para ser desenvolvida uma prática
Neuropsicopedagógica. Este artigo aborda a importância do
Neuropsicopedagogo na instituição escolar como auxiliar na
superação dos problemas de aprendizagem. O referencial teórico
adotado para argumentação e confrontação dos dados obtidos é
respaldado nas idéias de vários autores onde se enfatiza as
contribuições e as limitações ainda existentes na práxis
Neuropsicopedagógica. Não existe aprendizagem que não passe
pelo cérebro, compreendendo a ciência a neurociência e a
neuroaprendizagem; conhecer o funcionamento do Cérebro e do
Sistema Nervoso é fundamental para entender o processo da
aprendizagem. A plasticidade neural é maior nas regiões cerebrais
encarregadas da aprendizagem e as áreas do córtex cerebral são
simultaneamente ativadas durante esse processo; fatores
importantes que devem ser conhecidos pelos profissionais da
educação. Os professores terão mais sucesso na arte de ensinar
estudando como o cérebro aprende.
Palavras-chave: Neuroaprendizagem, Dificuldades de
Aprendizagem, Aprendizagem significativa, Córtex Cerebral.

1. Introdução

A Neuropsicopedagogia é um campo do conhecimento que


interage de modo coerente com outros conhecimentos e princípios
de diferentes partes das Ciências Humanas: Psicológicas,
Pedagógicas, Sociológicas, Antropológicas, entre outras,
desconstruindo o fracasso escolar, entendendo o erro apresentado
pelo indivíduo no processo de construção do seu conhecimento,
da aprendizagem significativa e suas interações como fator
importante no desenvolvimento das habilidades cognitivas.

Desta forma, o profissional da Neuropsicopedagogia assume


papel de importância na abordagem e solução do problema da
dificuldade de aprendizagem na fase de alfabetização. Como
aprender a ler é para a criança enfrentar novos desafios em relação
ao conhecimento linguístico, esta tarefa se torna complexa
exigindo um trabalho de equipe multidisciplinar cujo objetivo é
identificar quais as causa das dificuldades de aprendizagem onde
a etiologia da problemática pode ser fundamentada nos vários
tipos de transtornos biopsico e sociofamiliar.

As dificuldades existentes neste processo são esperadas,


pois a relação do sucesso na aprendizagem da leitura e das
habilidades intelectuais deve ser considerada. Crianças que
apresentam grandes habilidades intelectuais, com certeza terão
maiores facilidades para aprender a ler e escrever, ao
compararmos com as que têm menores habilidades.

Outro fator a ser considerado é a aprendizagem significativa


onde os novos conhecimentos que se adquirem relacionam-se com
o conhecimento prévio que o aluno possui, cabe ressaltar que este
é um processo dinâmico em que o novo conceito formado passa a
ser um novo conhecimento que pode servir de futuro ancoradouro
para novas aprendizagens (AUSUBEL et al., 1980; MOREIRA,
1999a, 1999b).

O conhecimento pré-existente na estrutura cognitiva do


aluno, Ausubel denominou subsunçor, ou seja, subsunçor é todo o
conhecimento prévio do aprendiz que pode servir de ancoragem
para uma nova informação relevante para o mesmo; desse modo,
existindo uma relação substantiva entre os dois temos a
aprendizagem significativa, sem dúvida alguma, um
procedimento pedagógico eficaz a ser utilizado em educação.
Alguns educadores defendem que os alunos devem aprender
significativamente.

O conhecimento de linguagem oral que a criança já trás


consigo é extremamente importante para seu aprendizado.
Pesquisas bibliográficas mostram que este conhecimento deve ser
aproveitado pelo educador como forma de interação verbal. O
aprendizado deve acontecer nos três espaços da criança: Escola,
família e sociedade.

Muitas vezes, se supõe, que os problemas socioeconômicos


da atualidade e a desestrutura familiar (separação/divórcio)
impede a presença ativa dos pais na escola aumentando assim o
índice de indisciplina, dificuldades educacionais e,
consequentemente a isso, a evasão escolar, problemas que
poderiam ser amenizados se a família interagisse mais na vida
escolar dos filhos.

Comete-se um erro grave quando se pensa que a


aprendizagem começa na idade escolar; a verdade é que antes de
entrar na escola a criança já desenvolve hipóteses e tem certo
conhecimento sobre o mundo, apresentando assim um conteúdo
significativo no contexto da aprendizagem.

Sabe-se que a influência familiar é fator determinante e


decisivo na aprendizagem dos alunos. Pais ausentes, que nunca se
interessam pelo dia-a-dia dos filhos, tanto no âmbito escolar como
sociofamiliar, expõe estas crianças a conviverem com sentimentos
de desvalorização e carência afetiva, gerando desconfiança,
insegurança, improdutividade e desinteresse, e consequentemente
deixando marcas profundas nestes alunos, que futuramente
encontrarão mais dificuldades no processo pedagógico da
aprendizagem escolar.

A responsabilidade que a sociedade coloca na escola vem


desencadeando a inversão de valores. Muitos pais acham que a
educação familiar não tem relação com a educação escolar,
quando na verdade é justamente o contrário, ou seja, a educação
escolar que é um complemento da educação adquirida na família.

2. Alfabetização Com Auxílio da NeuroPsicoPedagogia

O processo da alfabetização engloba o desenvolvimento de


um conjunto de competências que farão fluir o ler e escrever,
obedecendo a uma sequência pré-estabelecida por um currículo de
alfabetização, que direcionará o aprender a aprender
(metacognição).

Segundo Vygotsky, (1988), na etapa inicial da escolarização


o aluno está aprendendo a ler; a prioridade, a atenção e o esforço
se concentram em quebrar, decifrar o código alfabético, entender
o que significam os sinais gráficos, e que palavras querem
representar, esta é a etapa do aprender a ler. Na segunda etapa o
aluno já decodifica as palavras sem esforço e é capaz de lê-las com
fluência, ele vai ler para aprender: aprender o significado das
palavras, os conceitos transmitidos num determinado texto,
descobrindo novos horizontes. O professor possui papel ativo,
sendo capaz de desafiar o aluno para que este se sinta cada vez
mais hábil ao realizar uma tarefa considerada difícil.

Os educadores detêm o conhecimento, sendo preciso usar


diferentes estratégias (metodologias) para alcançar os objetivos
propostos, pois os educandos ao serem alfabetizados se
diferenciam no que se refere ao tempo e espaço.

2.1 O quê Fazer com Alunos que Parecem não


Aprender?

Autores renomados ensinam que vários aspectos merecem


ser considerados, mas um deles é fundamental: essas crianças
precisam de acompanhamento diferenciado e próximo. Mesmo
que contem com a ajuda dos colegas nas propostas em duplas, é
indispensável a intervenção direta e constante do professor. O
apoio será importante, em certos momentos, para incentivá-los a
continuar manifestando suas ideias. A relação que se estabelece
com a criança e com o que ela produz é fundamental para que ela
se sinta capaz de aprender. Em outros momentos, porém, cabem
intervenções mais explícitas para que fiquem atentas às
características do sistema de escrita.

A escola como modo de socialização específico e como lugar onde se


estabelecem as formas específicas de relações sociais; ao mesmo tempo que
transmite os saberes, os conhecimentos, está fundamentalmente ligada as
formas de exercício do poder. Isto não é somente verdade da escola: todo
modo de socialização, toda forma de relação social implica ao mesmo tempo
na apropriação de saberes (constituídos ou não como tais como saberes
objectivados, explícitos, sistematizados, codificados) e a aprendizagem de
relações de poder. (Vincent, 1994, p.14)
Ainda segundo Gimeno Sacristán (2000, p.211), (...) um método se caracteriza
pelas tarefas dominantes que propõe a professores e alunos. Um modelo de
ensino, quando se realiza dentro de um sistema educativo se concretiza numa
gama particular de tarefas que tem um significado determinado. Uma jornada
escolar ou qualquer período de horário diário é uma concatenação singular
de tarefas dos alunos e do professor.
Por essa óptica, afirma o autor, o número, a variedade e a
sequência de tarefas, bem como as peculiaridades na sua aplicação
e no sentido que elas assumem para professores e alunos, junto
com sua coerência dentro da filosofia educativa adaptada, definem
a singularidade metodológica que se pratica em classe.
2.2 Jogos Educativos

Por que utilizar jogos educativos no processo ensino


aprendizagem? Piaget e Vygotsky são unânimes em suas teorias
sobre a importância da utilização dos jogos no processo de ensino
aprendizagem.

Para Piaget ( 1978, p. 370 ) os jogos tem dupla função:

 Consolidam as estruturas já formadas (aprendizagens significativa)


 Dão prazer e/ou equilíbrio emocional à criança. Ele classifica os
jogos em várias fases de acordo com as estruturas mentais. As
crianças do Ensino Fundamental I (6 a 10 anos) se encontram nas
fases pré-operatório e operatório concreto, tornando-se
imprescindível o contato com o objeto de aprendizagem o que é
favorecido através da utilização de jogos.

Vygotsky (2001, p. 59-83 e p. 119-142), realça a influencia


do lúdico no desenvolvimento infantil, por meio deles as crianças
aprendem a agir, tem a curiosidade estimulada e adquirem
iniciativa e autoconfiança, proporcionando o desenvolvimento da
linguagem, do pensamento e da concentração.

O processo de compreensão da natureza alfabética do


sistema de escrita desenvolve nas crianças mecanismos de leitura
e de escrita de palavras. Apesar de muitas delas aprenderem esses
mecanismos com relativa facilidade, o desenvolvimento das
habilidades relacionadas à leitura e à escrita de palavras leva
tempo e requer treino por parte das crianças. Para isso, um
conjunto de atividades de leitura e escrita de palavras e frases deve
fazer parte do planejamento pedagógico das professoras desde o
primeiro ano do Ensino Fundamental.

3. A Contribuição dos Pais na Aprendizagem de Alunos


que Apresentaram Baixo Rendimento Escolar
Sabendo que as dificuldades de aprendizagem e de
comportamento vêm crescendo assustadoramente nas escolas,
muitos pesquisadores têm direcionado as suas pesquisas para este
tema, enfocando a importância da família na aprendizagem
escolar. Os resultados obtidos deixam claro que a família tem uma
influência muito grande no desempenho escolar dos filhos,
podendo intervir no sentido de motivar os alunos para
frequentarem a escola, bem como auxiliá-los no desenvolvimento
de suas competências e habilidades, através de um relacionamento
amigável com os colegas e professores.

Segundo vários autores, os pais precisam estar envolvidos


com os filhos e com a escola, tendo conhecimento das dificuldades
de aprendizagem enfrentadas pelas crianças para poder ajudá-las
visando um desenvolvimento global, onde esteja incluída e
educação escolar, a social e a formação intelectual do aluno.
FUNAYAMA (2005, p. 27-28) nos diz que existem pais que
infantilizam a criança e o problema, não se preocupando com as
dificuldades dos filhos.

SMITH; STRICK (2001, p. 17) nos dizem ser extremamente


importante que o pai de crianças com dificuldades de
aprendizagem se alie a escola, para que possam trabalhar um plano
de desenvolvimento apropriado, voltado para estes alunos, no
intuito de garantir as necessidades educacionais de seus filhos.
Acreditando que com o passar dos anos o problema se resolverá
automaticamente, esses pais só procuram ajuda especializada
quando a situação se agrava e o nível de conhecimento e
aprendizagem se apresentam muito abaixo do esperado, podendo
ser obrigados a repetir o ano letivo. Os pais precisam se
conscientizar, que se a criança tem dificuldades para realizar suas
tarefas, precisando da ajuda ou da confirmação de outras pessoas,
e se junto a isso apresentar algum problema de relacionamento
com os colegas, é necessário que procurem ajuda, para que sejam
analisados os motivos que levam a este comportamento e assim
evitar futuros problemas educacionais dos filhos.
Os filhos só seguirão as regras se entenderem o motivo
delas. Do mesmo modo, só respeitarão os limites que conhecerem.
Caso contrário, farão tudo a seu modo. Por meio de regras claras
e bem estabelecidas em casa, o filho saberá exatamente qual é a
forma correta de falar, de pensar, de raciocinar e de agir em cada
caso, isso dará a ele segurança e tranquilidade. Ter limites bem
definidos fará com que ele saiba até que ponto pode ir, e isso lhe
trará responsabilidade e caráter.

As autoras SMITH; STRICK (2001, p. 36) ainda nos dizem


que as crianças com dificuldades de aprendizagem, podem ser
brilhantes, criativas e talentosas em outras áreas, mas em nossa
sociedade, onde se valoriza muito o desempenho escolar, estas
crianças sentem-se fracassadas, principalmente se comparando
com as crianças que apresentam um melhor desenvolvimento
cognitivo, criando assim um bloqueio cada vez mais acentuado no
seu processo de aprendizagem. Paralelo à sociedade, que busca
cada vez mais o êxito profissional e a competência a qualquer
custo, a escola também segue esta concepção. Aqueles que não
conseguem responder às exigências da instituição podem sofrer
com um problema de aprendizagem. A busca incansável e
imediata pela perfeição leva à rotulação daqueles que não se
encaixam nos parâmetros impostos.

Para evitar que o aprendizado escolar se torne um paradoxo,


os pais têm a responsabilidade e o dever de traçar as regras e os
limites, em casa, no intuito de que seus filhos aprendam o respeito
e cresçam conhecendo valores éticos e morais. Assim, é preciso
entender: há uma grande diferença entre criança “ativa” e criança
“mal-educada”. Crianças precisam ter vivacidade, devem brincar,
perguntar e até mesmo fazer bagunça. O problema surge quando
essas atitudes passam dos limites, quando o filho não respeita
aquilo que os pais consideram o mais correto para ele. Os pais têm
o dever de educar os filhos. Isso significa, inicialmente, impor as
regras essenciais ao seu bom convívio em casa e, em seguida, na
sociedade como um todo. Estabelecer horários e agir de modo que
deixe claro para as crianças a existência de autoridade e de limites
dentro de casa, ajuda a desenvolver elementos fundamentais na
formação do caráter.

TIBA, (2002, p.183) nos diz que se houver uma parceria


entre família e escola, se as duas partes falarem a mesma
linguagem e apresentarem valores semelhantes a criança
aprenderá sem grandes conflitos. È importante ressaltar que o
papel que a família representa na educação da criança é fator
primordial na formação da auto-estima, e conseqüentemente na
aprendizagem do educando, oportunizando-lhes o crescimento
como sujeitos capazes de auxiliar na construção de uma sociedade
livre e democrática. Quando a família não demonstra interesse nos
filhos e na sua vida escolar, a criança não consegue progredir nos
estudos, portanto, as crianças aprendem a comportar-se em
sociedade ao conviver com outras pessoas, principalmente com os
próprios pais. A maioria dos comportamentos infantis é aprendida
por meio de imitação, da experimentação e da invenção.

A criança precisa receber regras claras e objetivas, que


premiam a boa conduta e disciplinam a má, sem gritos nem
agressões, apenas fazendo com que as regras sejam respeitadas.
Existe uma diferença entre castigo e disciplina. Castigo é punição,
agressão, enquanto disciplina é ensino. Educar é transmitir vida.
Fazer ameaças às crianças também não resolve, pois nem sempre
os pais as cumprem, o que acaba ocasionando perda de autoridade.
Assumir a autoridade não tem nada a ver com gritos ou uso de
violência. Não é esse o caminho para educar. É preciso ser firme
no momento de mostrar os limites às crianças, mas também ser
amoroso na hora certa para que elas saibam que as regras lhe estão
sendo impostas porque você as ama.

4. Neurociência: Compreendendo o Funcionamento do


Sistema Nervoso

A Neurociência busca compreender o funcionamento do


sistema nervoso, integrando suas diversas funções (movimento,
sensação, emoção, pensamento, entre outras). Sabe-se que o
sistema nervoso é plástico, ou seja, é capaz de se modificar sob a
ação de estímulos ambientais. Esse processo, denominado de
plasticidade do sistema nervoso, ocorre graças à formação de
novos circuitos neurais, à reconfiguração da árvore dendrítica e à
alteração na atividade sináptica de um determinado circuito ou
grupo de neurônios. É essa característica de constante
transformação do sistema nervoso que nos permite adquirir novas
habilidades psicomotriciais, cognitivas e emocionais, e
aperfeiçoar as já existentes.

O Sistema Nervoso Central é constituído pelo encéfalo e


pela medula espinhal, tem um papel fundamental no controle dos
sistemas do corpo. As principais partes do encéfalo são: cérebro,
tálamo, hipotálamo, mesencéfalo, ponte, cerebelo e a medula
oblonga. O cérebro é o centro de controle do sistema nervoso, é a
parte mais desenvolvida e a mais volumosa do encéfalo, ele recebe
aproximadamente 20% de todo o sangue que é bombeado pelo
coração. Apresenta duas substâncias diferentes: uma branca que
ocupa o centro e outra cinzenta, que forma o córtex cerebral. O
córtex cerebral está dividido em mais de 40 áreas funcionalmente
distintas, sendo que cada uma delas controla uma atividade
específica. O cérebro se divide em duas metades, o hemisfério
esquerdo e o hemisfério direito. O lobo frontal é o responsável
pela cognição, o aprendizado.

Segundo a Psicopedagoga Maria Irene Maluf em entrevista


a Direcional Educador: "O estudo das neurociências deveria ser
aplicado nos cursos de especialização de professores". Defende
que "não existe aprendizagem que não passe pelo cérebro, a
ciência a neurociência e a neuroaprendizagem, através de
neuroimagens, são elementos importantes para evitar o fracasso
escolar". Afirma que conhecer o funcionamento do cérebro e do
Sistema Nervoso é fundamental para entender o processo da
aprendizagem.
Maluf, (2005), destaca a necessidade de ajustes às
características etárias especificas dos alunos para atingir o sucesso
escolar. A plasticidade neural é maior nas regiões cerebrais
encarregadas da aprendizagem e as áreas do córtex cerebral são
simultaneamente ativadas durante a aprendizagem, fatores
importantes que devem ser conhecido pelos profissionais da
educação. Os professores terão mais sucesso na arte de ensinar
estudando como o cérebro aprende e utilizando estes
conhecimentos na educação (grifos da autora).

Maluf, (2005), defende que o sucesso escolar depende do


apoio familiar como sustentáculo biológico, social e emocional da
criança. O apoio aos professores e à escola é indispensável para
ajudar no desenvolvimento da capacidade de aprender e alcançar
a condição de autonomia, objetivo maior da educação.

Conhecer o funcionamento cerebral é fundamental para compreender como


se dá a aprendizagem de todas as pessoas, em todas as idades e situações,
especialmente na escola, frente à educação formal. Mas é importante
ressaltar que como a Neurociência cognitiva objetiva estudar e estabelecer
relações entre cérebro e cognição principalmente em áreas relevantes para a
educação, o diagnóstico precoce de transtornos de aprendizagem está entre
as prioridades da Neuroaprendizagem, o que revelará também melhores
métodos pedagógicos de desenvolver a aquisição de informações e
conhecimentos em crianças com transtornos e dificuldades do aprender, assim
como a identificação de seus estilos individuais de aprendizagem no contexto
escolar. Isso tudo deve-se primordialmente às descobertas neurocientíficas em
torno de como se desenvolvem a atenção, a memória, a linguagem, a emoção
e cognição, o que traz valiosas contribuições para se alcançar a educação.
(MALUF, 2005).
Diante desse complexo sistema neural é que a estrutura
pedagógica escolar deve apresentar seu conteúdo programático,
sua dinâmica de grupo com a classe e sua dinâmica individual com
alunos que apresentam diversidade cognitiva à maioria dos
alunos. A didática deve ser direcionada e seletiva procurando
compreender se a dificuldade de aprendizagem tem alguma
ligação com o ambiente sociofamiliar ou trata-se de um fator de
distúrbio neurológico.
5. Considerações Finais

Considerando a teoria e a dinâmica pedagógica apresentada


pelas obras literárias dos autores consultados, cresce a
necessidade de reconhecer a importância e incorporar o
conhecimento do funcionamento do sistema nervoso e seu
desenvolvimento, na prática pedagógica do educador. Analisar a
utilização dos recursos Neurocientíficos da Neuropsicopedagogia
como fator de identificação das dificuldades na aprendizagem
escolar, verificando junto aos professores e coordenadores a
estruturação pedagógica, material e metodológica, respeitando o
desenvolvimento e as diferenças cognitivas dos alunos.

Nessa perspectiva, as experiências, saberes e conhecimentos


construídos na educação infantil, supõe-se, sobretudo, servir de
parâmetro para as práticas e as intervenções pedagógicas que se
pretende construir no novo Ensino Fundamental. Uma questão a
ser considerada refere-se ao respeito a essa criança e a seu tempo
de vida. Segundo os autores consultados, a escolarização
obrigatória não pode dar excessiva centralidade aos conteúdos
pedagógicos em detrimento do sujeito e de suas formas de
socialização. Essa proposição ganha especial destaque,
principalmente se considerarmos as características das sociedades
contemporâneas onde a aprendizagem significativa (subsunçores)
propicia maior desenvolvimento cognitivo.

Por outro lado, não podemos perder de vista o direito desse


segmento da população ao conhecimento, em particular, o direito
de acesso à linguagem escrita. A criança é um sujeito que interage
com outros grupos sociais e com suas produções simbólicas, e a
linguagem escrita é uma dessas produções com as quais as
crianças têm, desde muito pequenas, uma familiaridade e uma
curiosidade para conhecer e dela se apropriar.

Entretanto, as famílias e os profissionais da educação sabem


que assegurar o aprendizado da leitura e da escrita tem sido um
dos maiores desafios para a escola, principalmente considerando
que a educação integral deve acontecer nos três espaços da
criança: escola, família e sociedade.

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