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De investigação em SP a julgamento no TRF-4: entenda o caminho do

caso tríplex

Por iG São Paulo | 24/01/2018 05:30


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Caso que vai a julgamento no Tribunal Regional Federal da 4ª Região começou com um inquérito do
Ministério Público de São Paulo; entenda

Ouça: Entenda caminho do caso tríplex que pode tirar Lula das eleições - Política
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Divulgação/Instituto Lula
Juiz Sérgio Moro condenou ex-presidente Lula por crimes de corrupção e lavagem no caso tríplex da Lava Jato

Antes chegar nas mãos do juiz federal Sérgio Moro, o caso envolvendo o tríplex do Guarujá, no litoral de
São Paulo foi alvo de uma denuncia do Ministério Público estadual de São Paulo . A Promotoria acusou o
ex-presidente por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no início de 2016.

O MP-SP a rmava que o petista escondeu a posse do imóvel e que este teria passado por reformas feitas
por uma empreiteira, a OAS, para Lula. Na época, também foram denunciados a mulher do ex-presidente,
Marisa Letícia, e um de seus lhos, Fábio Luís Lula da Silva, além de outras 13 pessoas.

A denúncia do Ministério Público de São Paulo não estava diretamente ligada à Operação Lava Jato - /
apesar de os investigadores desta operação também estarem averiguando o caso do tríplex.

No entanto, em março de 2016 a Justiça de São Paulo decidiu remeter a denúncia contra o ex-presidente
para a Justiça Federal. A decisão foi da juíza Maria Priscila Ernandes Veiga Oliveira que a rmou que os
fatos da denúncia do Ministério Público de São Paulo já eram tratados na Operação Lava Jato, na qual
Moro é o juiz responsável pelas investigações.

“Fugindo” de Moro
Na mesma época em que o caso do tríplex foi enviado para Moro, o ex-presidente resolveu aceitar o
cargo de ministro da Casa Civil no governo da então presidente Dilma Rousseff, o que evitaria que o juiz
federal julgasse o petista. A nomeação do ex-presidente, no entanto, virou um grande impasse judicial
que cou pendente no STF.

Mesmo assim, a denúncia do tríplex chegou a ser enviada a Corte, junto a outras denuncias contra o
petista. Porém, em maio, Dilma foi afastada do cargo – após a votação do impeachment na Câmara – o
que a levou Dilma a exonerar todos os ministros – incluindo o ex-presidente.

A defesa do petista tentou manter as investigações no STF, mas a Corte decidiu devolver os inquéritos
para Moro.

Alguns meses depois, o Ministério Público Federal denunciou o petista por corrupção passiva e lavagem
de dinheiro e o acusa de ter comandado o esquema de corrupção na Petrobras.

Na denúncia, os procuradores federais pediam à Justiça que o ex-presidente devolvesse R$ 87,6 milhões,
que teriam sido, segundo a acusação, desviados de contratos da construtora OAS com a Petrobras e
revertidos em propinas. Parte do valor, sustentaram os procuradores, estaria relacionado ao caso do
tríplex no Guarujá.

Dias depois, a  denúncia do MPF foi aceita por Moro e fez Lula se tornar réu pela primeira vez na
Operação Lava Jato.

Ligação de Lula com o tríplex


Em 2010, a Promotoria abriu um inquérito para apurar suspeitas de desvios envolvendo a Cooperativa
Habitacional dos Bancários (Bancoop), entidade ligada ao PT. A investigação se estendeu a alguns de seus
empreendimentos, entre eles o condomínio no Guarujá. O Solaris foi construído pela Bancoop, mas, em
2009, com a falência da cooperativa, foi assumido pela construtora OAS, que concluiu a obra.

A ligação do ex-presidente com o Solaris vem de 2005, quando a então primeira-dama Marisa Letícia
adquiriu a opção de compra de uma unidade do condomínio. Para a Promotoria e para o Ministério
Público Federal, a OAS, envolvida no esquema de corrupção na Petrobrás, em troca de favorecimento em
contratos da estatal, repassou propina a Lula por meio de um apartamento – o triplex 164-A. O ex-
presidente nega ser o proprietário do apartamento e diz ter desistido do negócio após visitar o imóvel
pronto, em 2014.

O triplex resultou na primeira condenação do petista na Lava Jato, por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro. Em julho do ano passado, Moro o sentenciou a 9 anos e 6 meses de prisão pelo recebimento de
R$ 2,2 milhões em propina da OAS por meio do imóvel.

Sentença de Moro
Conforme entendeu o juiz na sentença proferida em julho do ano passado, a compra e reforma do imóvel
foram oferecidas pela construtora OAS ao ex-presidente e representaram vantagem indevida no valor de
/
R$ 2,4 milhões.

O juiz da Lava Jato em Curitiba considerou em sua decisão que os crimes aos quais Lula foi acusado de
cometer foram comprovados pelo "conjunto das provas documentais e das provas orais" colhidas durante
a instrução do processo.

Esse "conjunto de provas" inclui documentos apreendidos e/ou fornecidos por colaboradores, quebra de
sigilos telefônicos e telemáticos de investigados e perícia nos computadores da Bancoop (Cooperativa
Habitacional dos Bancários), responsável por lançar o Condomínio Solaris (inicialmente batizado de
Residencial Mar do Caribe) e que depois repassou o empreendimento à OAS.

A compra e reforma do tríplex, segundo entendeu o magistrado, deram-se como contrapartida à defesa
dos interesses da empreiteira em contratos rmados com a Petrobras para obras da Re naria Presidente
Getúlio Vargas, em Curitiba, e de Abreu e Lima, em Pernambuco.

O valor empenhado pela OAS na aquisição e implementação de melhorias no imóvel teria sido abatido de
uma "conta geral" de propinas da empreiteira com o Partido dos Trabalhadores. Essa versão foi
corroborada pelos relatos de reuniões ocorridas em 2014 entre o então presidente da OAS, Léo Pinheiro,
e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto para "de nir o abatimento dos custos do apartamento tríplex e
da reformas da conta geral de propinas".

Moro considerou que o petista desempenhava "papel relevante no esquema criminoso" na Petrobras e


que a corrupção era a "explicação única" para a OAS ter comprado e reformado o tríplex (reforma que
incluiu a instalação de um elevador privativo, aquisição de novos móveis para a cozinha e a instalação de
um novo deck para a piscina) para o petista.

"De nido que o apartamento 164-A, tríplex, era de fato do ex-presidente e que as reformas o
bene ciavam, não há no álibi do acusado Luiz Inácio Lula da Silva o apontamento de uma causa lícita para
a concessão a ele de tais benefícios materiais pela OAS, restando nos autos, como explicação única,
somente o acerto de corrupção decorrente em parte dos contratos com a Petrobras", escreveu Moro.

Leia também: Temer admite que julgamento de Lula 'talvez roube a cena' de Fórum na Suíça

A denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) também apontava que, além da compra e
reforma do apartamento no litoral paulista, o ex-presidente também foi bene ciado pela contratação de
empresa para armazenagem do acervo presidencial de Lula. O juiz Moro, no entanto, não observou
provas su cientes quanto a esse crime e inocentou o petista dessa acusação.

Defesa do petista
Os advogados que representam o ex-presidente alegam que o petista é inocente e que o juiz Sérgio
Moro cometeu "grosseiras violações" do direito de defesa de Lula, baseando sua sentença num
"arcabouço probatório inexistente". 

Para a defesa, o juiz de Curitiba "admitiu" que não há vínculo entre o dinheiro de corrupção na Petrobras
e a compra e reforma do tríplex ao responder a embargos de declaração alegando que "jamais a rmou, na
sentença ou em lugar algum, que os valores obtidos pela Construtora OAS nos contratos com a Petrobras
foram utilizados para pagamento da vantagem indevida para o ex-presidente".

O advogado Cristiano Zanin Martins disse ainda, em memorial enviado ao TRF-4, que a sentença de
Moro não tem relação direta com a denúncia oferecida pelo MPF. A tese é justi cada sob o argumento de
que o juiz condenou Lula pela "atribuição" ao apartamento tríplex, e não pela "propriedade" do imóvel – o
que, para a defesa, era o que acusava o MPF.
/
Para além das críticas ao magistrado (e aos procuradores da força-tarefa da Lava Jato), os advogados
também garantem que "não há qualquer ato que o apelante [Lula] tenha praticado na condição de
Presidente da República — e na esfera de atribuição do cargo — para bene ciar a Construtora OAS".

"A corrupção passiva, segundo o raciocínio adotado na sentença condenatória, seria comprovada pelo
recebimento da vantagem indevida, ou seja, não havendo causa lícita para esta vantagem, seria possível
presumir que fosse a contrapartida de um acerto de corrupção, em patente – e inconstitucional –
inversão do ônus da prova, sem a qual o magistrado sentenciante não poderia ter sustentado a
condenação pré-concebida", explana a defesa.

A defesa também reforça que o tríplex 164-A do edifício Solaris não pertence a Lula, mas sim à OAS,e
que "o apartamento nunca esteve em nome do apelante e este (ou seus familiares) jamais o frequentou
ou possuiu as chaves do local". Agora, cabe ao TRF-4 decidir qual será os próximos passos do caso tríplex. 

Entenda o caminho do caso tríplex:

Condomínio Solaris, 
no Guarujá, é alvo 
da 22ª fase da 
Operação Lava Jato 

Lula e Marisa 
são intimados  JAN, 2016
no caso tríplex

Impasse na Justiça
sobre depoimento
 de Lula 

Defesa de Lula
recorre ao STF para
FEV, 2016
tentar barrar a
investigação

Lula envia explicações


sobre o caso tríplex

24ª fase da Operação 


Lava Jato mira Lula

Condução coercitiva 
e depoimento à PF

MP-SP denúncia
Lula por lavagem de
dinheiro e falsidade
ideológica  /
g

Juíza de SP
encaminha denúncia
ao juiz Moro
MAR, 2016
Lula aceita ser
ministro da Casa
Civil e denúncia vai
para o STF

ABR 2016

Apesar do impasse sobre a


posse, a investigação sobre
o tríplex ficou no STF
enquanto a Corte não
decidia sobre a nomeação
de Lula

Dilma é afastada e Lula


exonerado do cargo de
ministro da Casa Civil 

MAI, 2016
Defesa do ex-presidente
pede para que petista
seja julgado no STF

Investigação sobre o
tríplex volta para 
o juiz Moro

Defesa recorre para


JUN, 2016
manter inquérito 
no STF

Lula pede para Moro se


declarar "suspeito" para /
julgá-lo
julgá lo

Defesa do petista entra JUL, 2016


com recurso na ONU

PF indicia Lula por


corrupção e lavagem
de dinheiro 

AGO, 2016

MPF denúncia Lula e


Marisa na Lava Jato
pelo caso tríplex

Juiz Moro aceita a


denúncia e petista  SET, 2016
se torna réu 

Moro marca
audiência de
testemunhas de
OUT, 2016 acusação

Moro começa a ouvir


depoimentos da
acusação

Defesa de Lula pede


prisão de Moro

NOV, 2016
Defesa perde /
b
recursos para barrar
a investigação

Moro bate boca com


advogado de Lula

Ex-zelador diz que


DEZ, 2016 tríplex era de Lula

Marisa Letícia 
sofre AVC
JAN, 2017

Falecimento de
Marisa Letícia
FEV, 2017

Moro "inocenta" Marisa


Letícia e marca
interrogatório dos réus

MAR, 2017
STJ nega mais um
pedido de suspeição do
juiz Moro

Documento da defesa
aponta que Lula não vai
ao Guarujá desde 2011

STJ rejeita pedido de


produção de novas
provas contra Lula /
ABR 2017
p
ABR, 2017

Lula chama 87
testemunhas de defesa

Lula depõe no processo

Moro marca prazo para


alegações finais MAI, 2017

Procuradoria pede
prisão de Lula e multa
no caso tríplex

Lula tem pedidos de


JUN, 2017 suspensão do
processo negados

Juiz Moro condena Lula


a 9 anos e seis meses de
prisão no caso tríplex

Defesa de Lula entra


com recurso no TRF4
contra a condenação
JUL, 2017

Presidente do TRF4
elogia sentença de Moro
contra Lula
/
AGO, 2017 Recurso contra a
condenação de Lula
chega ao TRF4

Lula entrega 
defesa ao TRF4

SET, 2017

OUT, 2017
MPF pede aumento
da pena de Lula

Tribunal nega pedido


de absolvição
sumária de  NOV, 2017
Marisa Letícia

Relator conclui voto


sobre recurso de Lula

DEZ, 2017

Data do julgamento 
é marcada

Defesa pede que Lula


seja ouvido por tribunal
antes do julgamento

Tribunal nega pedido


da defesa para Lula
ser ouvido antes de
julgamento
/
“Não vamos aceitar a
Não vamos aceitar a
condenação de Lula
sem provas”, diz líder JAN, 2018
do PT no Senado

Link deste artigo: https://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2018-01-24/lula-caso-triplex.html

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