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Análise de
INVESTIMENTOS
C 837a Costa, Luiz Guilherme Tinoco Aboim; Pereira, Agnaldo Santos; Cos-
ta, Luiz Rodolfo Tinoco Aboim / Análise de Investimentos. /
Luiz Guilherme Tinoco Aboim Costa; Agnaldo Santos Pereira; Luiz
Rodolfo Tinoco Aboim Costa — Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2010.
432 p.
ISBN: 978-85-387-1384-5
CDD 658.15
Análise de Investimentos
globalizado, o gestor não tem mais a opção de
repassar aos preços de seus produtos e/ou ser-
viços os custos incorridos de alguma decisão in-
correta. À exceção dos monopólios e oligopólios,
na medida em que a alternativa de repasse dos
custos aos preços finais seja praticada, a veloci-
dade e a disponibilidade da informação, junta-
mente com o crescente nível de conscientização
dos consumidores, constrange imediatamente a
empresa através da queda das vendas.
Adicionalmente, as altas taxas de juros reais
praticadas pelo mercado, associadas às margens
de lucro extremamente reduzidas obtidas hoje
nos negócios e a redução do volume de crédito
disponível para o financiamento das operações,
tornam o domínio dos conceitos de avaliação de
toda e qualquer decisão refletida em um proje-
to de inversão de recursos, uma questão funda-
mental para o profissional de qualquer área de
atuação.
Como, do ponto de vista da decisão geren-
cial, os efeitos positivos e negativos que ocor-
rem o tempo inteiro nos ativos e passivos da
empresa podem ser considerados como proje-
tos de investimento, o correto dimensionamen-
to dos custos envolvidos e da rentabilidade a ser
obtida em uma alternativa qualquer de investi-
mentos, é de fundamental importância para a
empresa, podendo significar a diferença entre o
lucro e o prejuízo, o crescimento sustentado ou
a falência.
Tendo essas questões em mente, nosso ob-
jetivo ao escrever este livro foi apresentar, sob
o ponto de vista eminentemente prático, con-
ceitos e técnicas de cálculo dos custos e da ren-
tabilidade financeira existente em projetos de
investimento e a consequente variação no valor
da empresa a partir desses eventos. Para tanto,
os capítulos foram escritos com o objetivo de
Análise de Investimentos
aumentar o conhecimento do leitor de forma
conceitual e, principalmente, prática, à medida
que sua leitura se desenvolve.
Por ser uma das ferramentas de resolução
mais utilizada pelos profissionais atuantes na
área financeira, alguns exemplos existentes na
apostila contam com a resolução pela HP 12C.
Não é fundamental, no entanto, para o entendi-
mento dos conceitos apresentados, o domínio
da operação da calculadora. Por ser uma fer-
ramenta de auxílio, sua utilização em hipótese
alguma prescinde do conhecimento dos concei-
tos que serão apresentados.
Apresentamos, também, algumas metodo-
logias de determinação do retorno de uma al-
ternativa de investimentos com a utilização do
Excel®. É importante frisar que não é necessário
conhecimento profundo sobre sua utilização ou
sobre qualquer tipo de planilha eletrônica ou
calculadora financeira. O fundamental é o co-
nhecimento dos conceitos. Com eles podemos
utilizar qualquer ferramenta de auxílio para a
determinação do retorno e dos custos financei-
ros envolvidos em qualquer tipo de projeto.
Finalmente, cabe ressaltar que os conceitos e
técnicas apresentados foram fundamentados em
exemplos práticos, acompanhados de suas respec-
tivas resoluções, de forma a capacitar os leitores a
empregar essas técnicas de forma imediata. Incluí
mos também, ao final de cada matéria, textos que
permitem ao leitor aprofundar o conhecimento
obtido durante a leitura de cada capítulo.
Mercado financeiro
Introdução
Originalmente, todas as transações eram realizadas através da simples
troca de bens ou serviços, operação chamada de escambo. Com a evolução
e a complexidade das relações de troca, surgiu a moeda como instrumento
de precificação para a atividade de comprar e vender bens e serviços. A cria-
ção da moeda como ferramenta de valoração, não eliminou a existência de
pessoas com superávit em seus fluxos de caixa e pessoas com déficit.
Como, então, juntar essas pessoas de forma que todos pudessem equili-
brar seus fluxos de caixa através de empréstimos concedidos por aqueles em
posição de superávit e a captação de empréstimos por aqueles com déficit
em seu fluxo? Os instrumentos necessários para viabilizar a resposta a esta
questão geraram o Mercado Financeiro. Embora esses mercados sejam hoje
globalizados, espalhando-se por todos os países e englobando vários tipos
de operações, podemos defini-lo como o “local” onde vários tipos de transa-
ções são realizadas.
Mercado Monetário
Mercado de Crédito
Mercado de Câmbio
Mercado de Capitais
16
Mercado financeiro
o conceito de juros;
17
Mercado financeiro
18
Mercado financeiro
12. estabelecer normas a serem seguidas pelo Banco Central nas transa-
ções com títulos públicos;
19
Mercado financeiro
21
Mercado financeiro
A lei também atribui à CVM competência para apurar, julgar e punir ir-
regularidades eventualmente cometidas no mercado. Diante de qualquer
suspeita a CVM pode iniciar um inquérito administrativo, através do qual re-
colhe informações, toma depoimentos e reúne provas com vistas a identifi-
car claramente o responsável por práticas ilegais, oferecendo-lhe, a partir da
acusação, amplo direito de defesa.
22
Mercado financeiro
Órgãos auxiliares
Autoridades de apoio
Banco do Brasil
O Banco do Brasil é um conglomerado financeiro que atua como banco
múltiplo tradicional, embora opere, em muitos casos, como agente do go-
verno federal. É o principal executor da política oficial de crédito rural.
24
Mercado financeiro
Caixas econômicas
Têm por objetivo principal atuar no Sistema Brasileiro de Poupança e Em-
préstimo e no Sistema Financeiro da Habitação. Além disso, as caixas eco-
nômicas também atuam como bancos comerciais pois captam depósitos à
vista e realizam operações de crédito.
25
Mercado financeiro
Bancos de investimento
Os bancos de investimento são instituições que foram criadas com o obje-
tivo de suprir a necessidade de financiamentos de médio e longo prazo para
capital de giro e/ou de ativos fixos. Os bancos de investimentos não podem
manter contas-correntes. Seus recursos são captados através da emissão de
CDB’s, linhas de crédito do BNDES para repasse, recursos captados no exte-
rior para repasses internos, intermediação na colocação de títulos de dívidas
emitidos por empresas e venda de cotas de fundos de investimentos por eles
administrados.
26
Mercado financeiro
Por outro lado, a representação gráfica da oferta (SS) tem inclinação posi-
tiva já que, quanto maior a taxa de juros, maior será o incentivo dos financia-
dores em emprestar e, quanto menor a taxa de juros, menor será esse incen-
tivo (menor será a quantidade ofertada). No equilíbrio de mercado tem‑se
uma taxa de juros (io) e um volume de recursos transacionados (Vo).
SS
Taxa de juros
io
DD
SSo
i1
Taxa de juros
io DD1
DDo
27
Mercado financeiro
FC3 FCn
FC2
FC1
0
Períodos
1 2 3 n (unidades de tempo)
FC0
28
Mercado financeiro
Sabendo que:
29
Mercado financeiro
Montante (M)
Períodos
0 1 2 3 4 n (unidades de tempo)
Principal (P)
Relação fundamental: M= P + J
Taxa de juros
A taxa de juros é o coeficiente que determina o valor dos juros, isto é, a re-
muneração de uma unidade monetária durante um certo período de tempo.
Podemos calcular a taxa de juros i (“i” do inglês interest, que significa juros)
pela relação entre os juros (J) e o principal (P):
i = J / P = (M – P)/P = M/P – 1
Exemplos:
Solução:
30
Mercado financeiro
Solução:
i = J / P = R$1.200,00/R$20.000,00 = 6% ao ano.
Exemplos:
Por outro lado, uma taxa nominal é aquela para a qual a unidade tempo de
referência é diferente da unidade de tempo referente à capitalização.
Exemplos:
Solução:
Temos como taxa nominal a taxa de 28% ao ano e como taxa efetiva a taxa
dada pela relação entre 28% e 12 (número de meses no ano), ou seja,
31
Mercado financeiro
Solução:
Temos como taxa nominal a própria taxa de 16% ao ano e como taxa
efetiva a taxa de 4% ao trimestre (16%/4).
Regime de capitalização
É o nome dado ao processo de formação de capital ao longo do tempo.
32
Mercado financeiro
Principais Ativos
Ativos privados de renda variável
33
Mercado financeiro
34
Mercado financeiro
Atividades de aplicação
1. Um principal de R$12.000,00 é aplicado durante um mês e gera uma
remuneração de R$625,00. Qual foi a taxa de juros mensal cobrada na
operação?
35
Mercado financeiro
a) 3% ao mês.
b) 6% ao trimestre.
c) 12% ao semestre.
d) 120% ao ano.
e) 0,5% ao mês.
f) 0,04% ao dia.
Gabarito
1.
R$12.625,00 = R$12.000 . (1 + i)
i = R$12.625,00/R$12.000,00 – 1
i = 5,20%
2.
R$22.400,00 = R$20.000,00 . (1 + i)
i = R$22.400,00/R$20.000,00 – 1
i = 12,00%
3.
im = 0,32/12
im = 2,67 a.m.
36
Mercado financeiro
4.
a)
te = 0,28/12
te = 2,33 a.m.
b)
te = =0,18/3
te = 6% a.b.
c)
te = 0,22/4
te = 5,50 a.t.
d)
te = 0,194/2
te = 9,70% a.s.
5.
a)
te = 0,03 . 12
b)
te = 0,06 . 4
c)
te = =0,12 . 2
d)
37
Mercado financeiro
e)
te = 0,005 . 12
te = 6,00% a.a. com capitalização mensal
f)
te = =0,0004 . 360
te = 14,40% a.a. com capitalização diária
6.
taxa efetiva mensal = 0,6 / 12
taxa efetiva mensal = 5,00% a.m.
Anexo 1
38
Mercado financeiro
Exemplo:
Exemplo:
11. Armazenar outro valor numa outra memória fixa (2 por exemplo): nú-
mero STO 2.
Exemplos:
2+3=5 2 Enter 3 +
3 x 4 = 12 3 Enter 4 x
15 ÷ 3 = 5 15 Enter 3 ÷
25 – 3 = 22 25 Enter 3 –
34 + 65 – 2 = 97 34 Enter 65 + 2 –
Exemplos:
32 = 9 3 ENTER 2 Yx
39
Mercado financeiro
Exemplo:
Exemplo:
17. Calcular a variação percentual entre dois valores: número Enter novo
número ∆%.
Exemplos:
18. Cálculo do número de dias exatos entre duas datas: função ∆ DYS
Exemplo:
19. Cálculo para determinar uma nova data a partir de uma soma ou sub-
tração em cima de uma data: função g DATE.
Exemplo:
40
Mercado financeiro
Referências
Mercado de Capitais – Bovespa. Disponível em: <www.bovespa.com.br/Pdf/
merccap.pdf>.
41
Regime de juros simples
Conceito
No regime de juros simples os juros de cada período incidem somente
sobre o valor do principal (capital inicialmente aplicado ou tomado em-
prestado) gerando, consequentemente, remunerações para o aplicador ou
custos para o tomador de recursos diretamente proporcionais ao principal e
ao prazo envolvidos na operação. Nesse regime não existe capitalização dos
valores, pois os juros não são incorporados ao principal para se calcular os
juros do período seguinte, ou seja, o capital cresce a uma taxa linear.
Dedução do montante
Para deduzirmos a fórmula do montante, no regime de juros simples,
temos:
M=P+J
ou seja,
M1 = P . (1 + i)
M2 = P . (1 + 2 i)
M3 = P . (1 + 3 i)
M4 = P . (1 + 4 i)
Generalizando, temos:
M = P . ( 1 + i n)
Onde: M = montante.
P = principal.
i = taxa de juros da operação.
n = prazo da operação.
M = P . (1 + i . n)
M3
M2 i.p
M1 i.p
P i.p = juros no período
1 2 3 ... períodos
O
44
Regime de juros simples
Y=a+b.X
Logo,
M = P + P. i . n.
Portanto:
M = P . ( 1 + i n)
Onde: M = montante
P = principal
i = taxa de juros da operação
n = prazo da operação
Exemplo:
Suponha que um investidor possua R$1.000,00 para aplicar por quatro meses
a uma taxa de 5% ao mês. Calcule o montante do primeiro ao quarto mês.
Solução:
J = R$1.000,00 . 5% = R$50,00.
45
Regime de juros simples
capital
R$1.200,00
R$1.000,00
4 período
Jt = P. i + P. i + P . i + .... + P . i
J=P.i.n
a taxa mensal é igual à taxa diária multiplicada por 30, ou ainda, a taxa
anual é igual à mensal multiplicada por 12 etc.
M = P + J (fórmula do montante)
J = P. i . n (juros)
M = P + (P . i . n) ou
M = P. (1 + i . n)
46
Regime de juros simples
i = (M / P) – 1
n
Explicitação do principal
Dado que Mn = P . (1 + i . n), podemos explicitar o principal conforme a
seguir:
P=M
(1 + i . n)
Explicitação do prazo
Dado que Mn = P . (1 + n . i), podemos explicitar o prazo conforme a
seguir:
n = (M / P) – 1
i
Onde: M = montante.
P = principal.
i = taxa de juros da operação.
n = prazo da operação.
Taxas proporcionais
Duas ou mais taxas de juros são ditas proporcionais quando correspon-
dem a valores iguais numa mesma unidade de tempo. No regime de juros
47
Regime de juros simples
Exemplos:
Solução:
J1 = J2
P . i1 . n1 = P . i2 . n2
i1 . n1 = i2 . n2
i1 = n2/n1 . i2
Solução:
Solução:
Considerando-se o ano civil, que tem 365 (ou 366) dias e cada mês com
seu número real de dias. Nessa convenção são obtidos os juros exatos.
Exemplo:
Solução:
5. Pressionar (f INT) para mostrar os juros na base anual com 360 dias.
49
Regime de juros simples
5. Pressionar (f INT) para mostrar os juros na base anual com 360 dias.
Exemplos:
Solução:
M = P (1 + i. n)
M = R$1.000,00. (1 + 0,03 . 5)
M = R$1.150,00
Pela HP-12C
1. f REG
2. 150 n (na HP-12C o prazo tem que ser digitado em dias).
3. 36 i (na HP-12C a taxa tem que ser digitada em bases anuais).
4. 1.000 CHS PV
5. f INT 150
6. + 1.150,00
Solução:
M = R$3.000,00 (1 + 0,04 . (96/30))
M = R$3.384,00
50
Regime de juros simples
Solução:
Lançamento N.º de N.º de dias x
Data Saldo (P)
débito/crédito dias (n) saldo devedor
02 – R$1.000,00C – –
06 R$5.000,00 D R$4.000,00 D 6 R$24.000,00
12 R$20.000,00 D R$24.000,00 D 8 R$192.000,00
20 R$10.000,00 C R$14.000,00 D 5 R$70.000,00
25 R$2.000,00 C R$12.000,00 D 5 R$60.000,00
30 R$30.000,00 C R$18.000,00 C – –
Total R$346.000,00
J = R$346.000,00 . (0,15/30)
Solução:
Solução:
Solução:
ia = 29,32% a.a.
51
Regime de juros simples
Solução:
ia = 4 . 6% = 24% a.a.
Solução:
Solução:
Solução:
M = P (1 + im . n);
P = R$8.450,70
11. Qual é a taxa mensal de juros simples que faz um principal de R$1.000,00
se transformar num montante de R$1.800,00 depois de 12 meses?
Solução:
M = P (1 + im . n)
im = 6,67% a.m.
52
Regime de juros simples
Solução:
M = P (1 + im . n)
M = R$30.000,00 (1 + 0,012 . 36)
M = R$42.960,00
13. Qual deve ser o principal de uma aplicação que resulte num montante
de R$11.880,00 daqui a quatro meses a uma taxa de juros simples de
2% a.m.?
Solução:
M = P (1 + im . n)
R$11.880,00 = P (1 + 0,02 . 4)
P = R$11.000,00
14. Um título aplicado à taxa de 1,5% a.m. foi resgatado por R$20.600,00.
Qual o juro auferido na operação, sabendo-se que ela foi realizada por
dois meses?
Solução:
M = P (1 + im . n)
R$20.600,00 = P (1 + 0,015 . 2)
P = R$20.000,00
J = R$20.600,00 – R$20.000,00
J = R$600,00
Solução:
M = P (1 + im . n)
R$27.250,00 = R$25.000,00 (1 + 0,018 . n)
n = 5 meses
53
Regime de juros simples
16. Qual a taxa de juros efetiva que devemos aplicar a um principal no va-
lor de R$50.00,00 para gerar um montante de R$97.500,00 no período
de 50 meses?
Solução:
M = P (1 + im . n)
i = 1,9% a.m.
17. Uma pessoa aplica R$8.000,00 a uma taxa de juros linear de 2% a.m.
pelo período de quatro meses. Qual é o montante?
Solução:
M = P (1 + im . n)
M = R$8.000,00 (1 + 0,02 . 4)
M = R$8.640,00
18. Quais são os valores dos juros e o montante a ser pago corresponden-
tes a um empréstimo de R$2.000,00, sendo a taxa de 1,5% a.m. e o
período de 93 dias?
Solução:
M = P (1 + im . n)
M = R$2.093,00
J = M – P = R$2.093,00 – R$2.000,00
J = R$93,00
19. Foram aplicados R$18.000,00 por 120 dias que renderam R$3.045,60.
Quais são as taxas de juros mensal e anual?
Solução:
M = P (1 + im . n)
54
Regime de juros simples
Solução:
M = P (1 + im . n)
n = 28 meses.
Desconto simples
Um título de crédito é um documento usado para formalizar uma dívida
que não pode ser paga de imediato, mas que deverá ser saldada numa data
futura. Ou seja, o devedor fornece ao credor um documento através do qual
o mutuante pode comprovar ser credor daquela quantia. Há quatro tipos de
títulos mais usados:
nota promissória;
duplicata;
letra de câmbio;
cheques pré-datados.
Nota promissória
Quando uma pessoa deve a outra uma determinada quantia e não pode
pagar no momento, esta pessoa (devedora) dá a outra (credora), em garantia,
uma nota promissória. A nota promissória é um título de crédito que contém
uma promessa direta de pagamento de certa soma de dinheiro em determi-
nada data futura. É muito usada entre pessoas físicas ou entre pessoas físicas
e jurídicas, normalmente uma instituição financeira.
Duplicata
É um título de crédito formal, emitido por uma pessoa jurídica contra o
cliente (pessoa física ou jurídica) para a qual vendeu mercadorias ou prestou
serviços a prazo para serem pagos no futuro, segundo entendimento entre
as partes. A emissão da duplicata só é legal se for feita tendo por base a nota
fiscal proveniente do serviço prestado ou da mercadoria vendida.
Letra de câmbio
É uma ordem de pagamento emitida pelas Sociedades de Crédito, Finan-
ciamento e Investimento, chamadas de financeiras, com o intuito de captar
fundos por meio da sua colocação ao público e, dessa maneira, obter recur-
sos de terceiros para fazer empréstimo aos clientes tomadores em operações
de Crédito Direto ao Consumidor (CDC) ou Crédito Pessoal (CP).
56
Regime de juros simples
Cheque pré-datado
É uma operação de crédito não regulamentada por lei e que viabiliza a
venda parcelada de um produto ou serviço, permitindo ao comprador o
pagamento de forma parcelada do bem que será adquirido. O comprador
emite uma quantidade de cheques que totaliza o valor do produto e/ou ser-
viço adquirido com ou sem juros embutidos, identificando em cada folha de
cheque emitida a data para pagamento da parcela.
Operação de desconto
A operação de desconto de títulos de crédito consiste na negociação de
um título numa data anterior a de seu vencimento. As empresas que buscam
recursos através de operações de desconto têm por objetivo financiar déficits
gerados no seu fluxo de caixa ou o giro de seus negócios. Ou seja, quando
os recebimentos gerados pela empresa não são suficientes para cobrir seus
diversos compromissos (tais como custos com matéria-prima, mão de obra,
serviços de terceiros, pagamento de juros da dívida atual, pagamento do
principal, novas imobilizações, pagamento de impostos, pagamento de di-
videndos etc.) a empresa capta esses recursos muitas vezes através da ope-
ração de desconto.
57
Regime de juros simples
Logo,
Onde: M = montante.
N = valor nominal ou de face.
P = valor descontado ou valor presente.
Dr = P . i . n
59
Regime de juros simples
Exemplo:
Solução:
Dr = R$4.000,00 – [R$4.000,00/1,105]
Dr = R$380,09
Dc = N . i . n
Dc = N – Pc
Dc = N . i . n N . i . n = N – Pc logo,
60
Regime de juros simples
Pc = N . ( 1 – i . n )
Obs.: por incidir sobre o valor nominal (valor de resgate), o desconto co-
mercial gera um valor maior de juros nas operações. Por isso, essa modalida-
de de desconto é amplamente adotada pelo mercado.
Exemplo:
Solução:
Dc = N . i . n
Pc = N – Dc
Dr = R$705,88
Pr = N – Dr
61
Regime de juros simples
Exemplos:
Solução:
X X
6 10 meses
R$4.000,00 R$5.000,00
M = P ( 1 + i . n) logo,
M
P=
(1 + i . n)
R$4.000,00/(1 + 0,08 . 6) + R$5.000,00/(1 + 0,08 . 16) = X/(1 + 0,08 . 10)
+ X/(1 + 0,08 . 16)
X = R$4.924,27
62
Regime de juros simples
Solução:
2 4 5 meses
R$3.000,00 R$5.000,00
M = P ( 1 + i . n)
X = R$8.034,37
O juro pode ser compreendido como uma espécie de “aluguel sobre o di-
nheiro”. A taxa seria uma compensação feita a quem emprestou o dinheiro,
63
Regime de juros simples
pelos investimentos úteis que poderiam ter sido feitos com o dinheiro em-
prestado; em vez de o credor usar os bens diretamente, estes passam para
o mutuário, que goza desses bens sem o esforço necessário para obtê-los,
enquanto o credor goza do lucro da taxa paga pelo mutuário pelo privilé-
gio. A quantia emprestada, ou o valor dos bens emprestados, é chamada de
principal. A porcentagem do principal que é paga como taxa (o juro), por um
determinado período de tempo, é chamada de taxa de juros.
juros simples;
juros compostos.
Os juros são sempre calculados sobre o valor inicial da transação, não im-
portando o montante final e o período.
J=P.i.n
Exemplo: um homem tem uma dívida de R$1.000,00 que deve ser paga
com juros de 8% a.m. (ao mês) pelo regime de juros simples e devemos pagá-
-la em dois meses. Os juros que o homem pagará serão:
Atividades de aplicação
1. Calcule os juros incidentes sobre os saldos devedores de uma conta-
-corrente do cliente de um banco que cobra 9% ao mês, com base nos
seguintes lançamentos:
64
Regime de juros simples
a) o desconto racional;
5. Uma pessoa física deve R$3.000,00 com vencimento para daqui a qua-
tro meses e R$4.000,00 com vencimento para daqui a seis meses. Qual
é o valor de um único pagamento que deverá ser feito daqui a seis
meses, necessário para liquidar a dívida, no regime de juros simples,
com taxa de 3% ao mês (considere data focal o sexto mês).
65
Regime de juros simples
Gabarito
1.
J=P.i.n
2.
a) Dr = N – N / (1 + i . n)
Dr = R$32.000,00 – [R$32.000,00 / (1+(0,04 . 3) = R$3.428,57
b) Pr = R$32.000,00 – R$3.428,57 = R$28.571,43
3.
Dr = N.i.n
Dr = R$32.000,00 . 0,032 . 6
Dr = R$6.144,00
Pc = N – N . i . n
Pc = N.(1– i.n)
Pc = R$32.000,00.(1 – 0,032 . 6)
Pc = R$25.856,00
4.
X X X
0 2 6 10 15 meses
R$4.000,00 R$6.000,00
M
P=
(1 + i . n)
66
Regime de juros simples
meses
0 4 6
R$3.000,00 R$4.000,00
M = P ( 1 + i . n)
M6 = R$3.000 (1 + 0,03 × 2) + R$4.000,00 = R$7.180,00
6.
X
meses
0 2 4 6 8
M = P ( 1 + i . n)
M8 = R$2.000 (1 + 0,02 . 6) + R$2.000 (1 + 0,02 . 4) R$2.000 (1 + 0,02 . 2)
+ R$2.000 = M8 = R$8.480,00
67
Regime de juros compostos
Conceito
No regime de juros compostos (RJC), ao contrário do que acontece no
regime de juros simples, os juros incidem sobre o saldo acumulado, ocorren-
do, dessa forma, juros sobre juros periodicamente, isto é, o juro gerado em
determinado período é incorporado ao principal e serve de base para o cál-
culo de juros no período seguinte. Por conseguinte, o valor dos juros cresce
exponencialmente com o passar do tempo.
Dedução do montante
O desenvolvimento de uma fórmula que relacione um valor monetário
de hoje (P) com um valor futuro distante n períodos de hoje (M) pode ser
desenvolvida tal como apresentado a seguir:
M1 = P + J
M1 = P + (P . i)
M1 = P (1 + i)
M2 = M1 + J
M2 = M1 + (M1 . i)
M2 = M1 (1 + i)
M2 = P (1 + i) . (1 + i)
M2 = P (1 + i)2
Mn = Mn-1 + J
Mn = Mn-1 + (Mn-1 . i)
Mn = Mn-1 (1 + i)
Mn = P (1 + i)n-1 . (1 + i)
Mn = P (1 + i)n
Regime de juros compostos
M = P (1 + i)n
Onde: M = montante.
P = principal.
i = taxa de juros.
n = prazo.
FV
n
1 2 3
PV
70
Regime de juros compostos
Onde: M = FV = montante.
PV = principal.
i = taxa de juros.
n = prazo da operação.
Exemplo:
Solução:
Mn
= juros no período
M3
i . M2
M2
M1 i . M1
P i.P
período
0 1 2 3
71
Regime de juros compostos
Obs.:
Onde: FV = montante.
PV = principal.
i = taxa de juros.
n = prazo da operação.
Exemplos:
Solução:
M1 = R$20.000,00 . (1 + 0,1)1 = R$22.000,00
M2 = R$20.000,00 . (1 + 0,1)2 = R$24.200,00
M3 = R$20.000,00 . (1 + 0,1)3 = R$26.620,00
M4 = R$20.000,00 . (1 + 0,1)4 = R$29.282,00
72
Regime de juros compostos
Solução:
FV
16
meses
PV=R$40.000,00
FV 58.460,07
J = Mn – P
J = P (1 + i)n – P
J = P. [(1 + i)n – 1]
Exemplo:
73
Regime de juros compostos
Solução:
FV
16
meses
PV=R$40.000,00
Solução:
J = P . [(1 + i)n – 1]
Explicitação do principal
Dado que Mn = P (1 + i)n, logo temos:
Mn
P=
(1 + i)n
ou
P = M . (1 + i)-n
Onde: M = montante.
P = principal.
i = taxa de juros.
n = prazo da operação.
74
Regime de juros compostos
Exemplos:
Solução:
FV= R$80.000,00
12
meses
P=?
Mn
P=
(1 + i)n
R$80.000,00
P=
(1 + 0,024)12
P = R$60.185,31
R$80.000,00 FV
2,4 i
12 n
PV – R$60.185,31
2. Qual é o valor do capital que, quando aplicado por 180 dias a uma taxa
de juros de 18% ao ano, com capitalização mensal, produz um rendi-
mento de R$11.213,19?
Solução:
Mn = P . (1 + i)n
P + J = P . (1 + i)n
75
Regime de juros compostos
J
P=
(1 + i)n – 1
R$11.213,19
P=
(1 + 0,015)6 – 1
P = R$120.000,00
Explicitação do período
Dado que Mn = P (1 + i)n , temos:
M = P (1 + i)n logo,
M/P = (1 + i)n
n = ln .(M/P) / ln .(1 + i)
Onde: M = montante.
P = principal.
i = taxa de juros.
ln = logaritmo neperiano.
n = prazo da operação.
Exemplo:
76
Regime de juros compostos
Solução:
M = R$25.600,00
P = R$20.000,00 n=?
n = ln .(Mn/P) / ln . (1 + i)
n = ln.(R$25.600,00/R$20.000,00)/ ln . (1,0167)
n = ln .(1,28)/ln.(1,0167)
R$20.000,00 CHS PV
R$25.600,00 FV
1,67 i
n 15
Importante:
Taxas de juros
As complexas relações financeiras verificadas no mercado são refletidas
no mercado financeiro através da realização de vários tipos de operações
77
Regime de juros compostos
Mn/P = (1 + i)n
(Mn/P)(1/n) = (1 + i)
i = (M/P)(1/n) – 1
Onde: M = montante.
P = principal.
i = taxa de juros.
n = prazo da operação.
78
Regime de juros compostos
Exemplo:
Solução:
M = R$580.000,00
meses
8
P=R$400.000,00
i = (Mn/P)(1/n) – 1
i = (R$580.000/R$400.000)(1/8) – 1
i = 0,04754 = 4,754%
R$400.000,00 CHS PV
R$580.000,00 FV
8n
i 4,754%
Taxa nominal
Uma ou mais taxas de juros são conceituadas como nominais quando são
expressas para um intervalo de tempo diferente do período de capitalização
a que se referem, não tendo, portanto, qualquer utilização prática. Uma taxa
79
Regime de juros compostos
Importante:
Uma vez que as taxas nominais não são expressas para o mesmo interva-
lo de tempo do período de capitalização, sempre que nos depararmos com
esse tipo de taxa deveremos, primeiramente, transformá-la em taxa corres-
pondente a esses períodos. A forma de transformação obedece às seguintes
etapas:
Exemplo:
Taxa efetiva
Sempre que nos deparamos com diferentes alternativas de investimento,
um dos primeiros critérios que nos vem à mente é decidir baseado na maior
taxa de juros, ou na menor taxa, supondo uma operação de empréstimo, isso
claro, julgando que as diferentes alternativas possuem o mesmo grau de risco.
80
Regime de juros compostos
Exemplos:
P (1 + ia.n.)n = P (1 + ia.k.)n . s
(1 + ia.n.)1 = (1 + ia.k.)s
Onde: ia.n. = taxa para um período de tempo maior do que a taxa de partida.
ia.k. = taxa para um período de tempo menor do que a taxa de partida.
s = número de vezes em que o tempo da taxa menor cabe no tempo da
taxa maior.
81
Regime de juros compostos
Importante:
Exemplos:
Solução:
Solução:
Solução:
82
Regime de juros compostos
Solução:
Solução:
Função do montante:
=VF(taxa; nper; pgto; vp; tipo)
A função VF calculará diretamente o montante ou valor futuro uma vez
que tenham sido fornecidos os valores (ou os endereços) dos parâmetros.
Parâmetros utilizados:
VP – valor presente;
Exemplo:
83
Regime de juros compostos
Solução:
Função do principal:
=VP(taxa; nper; pgto; vf; tipo)
A função VP calculará diretamente o valor presente uma vez que tenham
sido fornecidos os valores (ou os endereços) dos parâmetros. Parâmetros
utilizados:
taxa – taxa de juros;
nper – número de períodos;
84
Regime de juros compostos
VF – valor futuro;
pgto – valor de uma prestação;
tipo – 0 ou omitido para séries “postecipadas” ou 1 para séries anteci-
padas.
Exemplo:
Solução:
Parâmetros utilizados:
Importante:
85
Regime de juros compostos
Exemplo:
Solução:
Função do prazo:
=Nper(taxa; pgto; vp; vf; tipo)
A função nper calculará diretamente o prazo uma vez que tenham
sido fornecidos os valores (ou os endereços) dos parâmetros. Parâmetros
utilizados:
VF – valor futuro;
VP – valor presente;
Exemplo:
Solução:
86
Regime de juros compostos
q
iq = (1 + it) t –1
q q
360 360 360 360 360 360
(1 + iq) q = (1 + it) t (1 + iq) q = (1 + it) t
e finalmente
q
iq = (1 + it) t – 1
Exemplos:
Solução:
30
iq = im = (1 + 8%) 90 – 1 = 2,60% a.m.
87
Regime de juros compostos
Solução:
Solução:
Convenção Linear;
Convenção Exponencial.
Exemplos:
88
Regime de juros compostos
Solução:
Observações:
– 1.000,00 PV
12 i
0,5 n
FV 1.060,00
STO EEX
– 1.000,00 PV
12 i
0,5 n
FV 1.058,30
b) Para que retorne à convenção linear, basta pressionar STO EEX nova-
mente, desaparecendo “c”.
89
Regime de juros compostos
Solução:
STO EEX
– 1.000,00 PV
12 i
1,5 n
FV 1.185,30
– 1.000 PV
12 i
1,5 n
Equivalência de capitais
No regime de juros compostos, dois ou mais fluxos de caixa são ditos
equivalentes a uma determinada taxa de juros se eles produzem o mesmo re-
sultado (principal ou alternativamente montante), quando expressos numa
mesma data. A equivalência de capitais pode ser realizada em qualquer
90
Regime de juros compostos
período n, desde que esse período seja o mesmo para todos os fluxos, ou
seja, a equivalência financeira entre conjuntos de capitais é independente da
data focal, fazendo com que conjuntos de capitais equivalentes numa certa
data focal também o sejam em outra data distinta.
Exemplos:
Solução:
R$5.000,00 R$6.000,00
4 8 10 12 meses
X X
R$5.000,00 R$6.000,00 x x
+ = +
(1 + 0,04)4 (1 + 0,04)8 (1 + 0,04)10 (1 + 0,04)12
X = R$6.659,30
Solução:
R$6.000,00 x x
R$5.000,00 + = +
(1 + 0,04) 4
(1 + 0,04) 6
(1 + 0,04)8
X = R$6.659,30
91
Regime de juros compostos
Solução:
P = 0,96 P . (1 + im)1
im = 4,16% a.m.
im = 4,58% a.m.
...........
iAC = Mn/C – 1
92
Regime de juros compostos
Importante:
Exemplos:
Solução:
Solução:
Tratamento da inflação
Inflação pode ser entendida como um fenômeno relacionado ao aumen-
to persistente dos preços de bens e serviços. Em ambientes inflacionários
deve-se estar atento para a denominada ilusão monetária. É fundamental
que seja ressaltado nas várias taxas de juros nominais praticadas na econo-
mia, o componente devido à inflação e aquele declarado como real.
94
Regime de juros compostos
Assim:
Exemplos:
95
Regime de juros compostos
Solução:
Mês Inflação
Abril 12,93%
Maio 11,72%
Junho 14,16%
Solução:
jac = 44,03%
96
Regime de juros compostos
j
Tdm =
1+j
100%
Tdm = = 50%
1 + 100%
Taxa de desvalorização
Taxa de inflação
da moeda
25% 20,0%
50% 33,3%
75% 42,9%
100% 50,0%
125% 55,6%
150% 60,0%
175% 63,6%
200% 66,7%
225% 69,2%
250% 71,4%
0,0%
Taxa de inflação
%
0%
5%
0%
5%
0%
5%
0%
25
50
75
10
12
15
17
20
22
25
97
Regime de juros compostos
Assim:
98
Regime de juros compostos
M1 – M2 M1 C (1 + i)
r= r= –1 r= –1
M2 M2 C (1 + j)
(1 + i)
1+r=
(1 + j)
Exemplos:
Solução:
99
Regime de juros compostos
Solução:
(1 + i)
1+r=
(1 + j)
R$83.360,00 = R$80.000,00. (1 + i)
i = 4,2%
(1 + 0,042)
1+r=
(1 + 0,033)
r = 0,87%
Solução:
im = 15/12 = 1,25% ao mês
im = (1+0,07)1/6 – 1 = 1,13% ao mês
A melhor opção é A.
Solução:
iac = [(1+0,035) . (1+0,02) . (1+0,019)] – 1 =
iac = 7,58%
(1 + iac)1 = (1 + im)3
(1 + 0,0758)1 = (1 + im)3 =
im = 2,46% ao mês
100
Regime de juros compostos
rendimento: 1,2%
rendimento: 0,7%
rendimento: 0,9%
Solução:
a) iac = [(1+0,02).(1+0,012).(1+0,018).(1+0,007).(1+0,032).(1+0,009)]–1 =
iac = 10,19%
b) (1 + iac)1 = (1 + im)3
(1 + 0,1019)1 = (1 + im)3 =
im = 3,29% ao mês
ir = 2,83% no período ou
ir = 0,93% ao mês.
Solução:
j = 11,68% (inflação)
101
Regime de juros compostos
(1 + 0,078)
1+r=
(1 + 0,1168)
r = – 3,49%
Solução:
Mn = P .(1 + i)n
Solução:
i68 = (1+0,08)68/30 – 1
i68 = 19,06%
Solução:
im = (1+0,32)1/12 – 1
im = 2,34% a.m.
10. Se uma instituição financeira paga uma taxa de 14% ao ano, qual é a
taxa equivalente num período de 134 dias em juros compostos?
Solução:
i134 = (1+0,14)134/360 – 1
i134 = 5,00%
Solução:
Mn = P . (1 + i)n
X = 0,85 . (1 + i)4/12
1 = 0,85 (1 + i)4/12
12. Qual é a taxa de juros mensais que permite gerar em oito meses um
total de juros de R$50.000,00 para um capital inicial de R$100.000,00?
Solução:
Mn = P .(1 + i)n
i = 5,20% a.m.
Solução:
Mn = P .(1 + i)n
ln (1,6) = n . ln (1,02)
Solução:
Mn = P (1 + i)n
Mn = R$640.843,06
103
Regime de juros compostos
15. Calcule o valor dos juros que incidem sobre um capital de R$30.000,00
no período entre 01/03/2004 e 15/12/2004, sabendo que a taxa de ju-
ros efetiva é de 2,0% ao mês.
Solução:
Mn = P . (1 + i)n
Mn = R$36.305,26
Solução:
Mn = P (1 + i)n
R$59.754,63 = P (1 + 0,02)9
P = R$50.000,00
17. Um terreno foi comprado por R$26.000,00, sendo dada uma entrada de
R$6.000,00 e o restante foi pago após seis meses com um acréscimo de
R$4.000,00. Determinar a taxa de juros mensal cobrada pelo vendedor.
Solução:
R$26.000,00
R$6.000,00 R$24.000,00
Mn = P.(1 + i)n
i = (1,21/6 – 1) . 100 =
i = 3,09% a.m.
104
Regime de juros compostos
Solução:
ln .(1,4285714) = n . ln .(1,004774586)
Solução:
Solução:
Mn = P .(1 + i)n
n = ln .1,8384592 / ln 1,07
105
Regime de juros compostos
Solução:
Mn = P.(1 + i)n
n = ln .1,360489 / ln 1,08
Processos inflacionários
Os processos inflacionários podem ser classificados segundo algumas ca-
racterísticas, como:
107
Regime de juros compostos
108
Regime de juros compostos
Redistribuição
Haverá redistribuição da renda, que se transfere progressivamente daque-
les com rendas fixas (locatários, por exemplo) para aqueles com rendas mais
flexíveis.
109
Regime de juros compostos
Medição da inflação
A medição da inflação é feita através de uma grandeza denominada núcleo
da inflação: mede o que os economistas chamam de “coração da inflação”. O
Banco Central do Brasil utiliza o modelo de médias aparadas; ou seja, excluem-
-se as altas e baixas mais expressivas.
110
Regime de juros compostos
800%
IBGE.
764%
700%
600%
500%
400%
330%
300%
200%
100%
40% 8,60% 7,60% 5,69%
6% 12% 19%
0%
1930 1940 1950 1960/1970 1980 1990/1994 1995/2000 2004 2005
Índices da inflação
Ano de 2005 = 5,69% (IPCA): limite máximo na meta oficial = 7%; objetivo
do governo = 5,1%;
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
1,65% 8,94% 5,97% 7,67% 12,53% 9,3% 7,6% 5,69% 3,14% 5,90%
111
Regime de juros compostos
Inflação na Alemanha
Entre janeiro de 1919 e novembro de 1923, o índice inflacionário alemão
variou em um trilhão por cento (1.000.000.000.000%). Foi a pior inflação da
história, chegando-se ao ponto de queimar dinheiro em lareiras para aquecer-
-se contra os rigorosos invernos. Tudo isso deve-se ao Tratado de Versalhes
imposto pelos países vencedores da 1.a Guerra Mundial, que acabou com sua
infraestrutura e aniquilou sua economia, sem contar com a destruição causa-
da pela guerra.
Atividades de aplicação
1. Durante quanto tempo um capital de R$50.000,00 deve ser aplicado a
uma taxa mensal de 2,2% para gerar um montante de R$88.042,69?
112
Regime de juros compostos
4. Com base nos índices de preços divulgados abaixo, calcule a taxa mé-
dia mensal de inflação em 20x1.
Dez. 20x0: 194,00;
Dez. 20x1: 210,49.
Gabarito
1.
n = ln.(1,76085)/ ln.(1,022)
n = 0,565797 / 0,021761
n = 26 meses.
2.
113
Regime de juros compostos
Montante: R$13.486,96
3.
2 x = x . (1 + 0,024)n
2 = (1+0,024)
ln 2 = ln (1+0,024)n
ln 2 = n . ln (1+0,024)
ln 2 / ln (1,024) = n
n = n = 0,693147 / 0,023717
n = 29 anos.
4.
5.
m = (R$200.000,00/R$180.000,00)1/6 - 1
m = 1,77%
6.
Montante = R$10.445,94
114
Séries de capitais
Introdução
Em muitas operações de financiamento recebido ou concedido, o capital
tomado emprestado ou aplicado não é pago ou recebido de uma só vez, mas
sim através de uma sucessão de pagamentos ou recebimentos ocorridos ao
longo do tempo, chamados de séries de capitais.
temporárias ou perpétuas;
pmt
períodos
0 1 2 3 n
pmt
períodos
0 1 2 3 n–1 n
Séries de capitais
pmt
períodos
0 m–1 m m+1 m+2 m+n–2 m+n–1
0 1 2 3 n–1 n
Seja a taxa de juros efetiva i cujo período a que ela se refere (que coincide
com o período de capitalização do juros, por definição, ou seja, uma taxa
efetiva) seja o mesmo que o período de ocorrência dos termos da sequência,
representado no fluxo de caixa a seguir.
FV
0 1 2 3 n–1
períodos
PMT
Observamos que a expressão que está entre colchetes constitui uma pro-
gressão geométrica com n termos, cuja razão é (1 + i) e o primeiro termo é
1. Usando a expressão da soma dos n primeiros termos de uma progressão
geométrica, representado pela fórmula a seguir,
a1 . (qn – 1)
Sn = , obtemos a seguinte equação:
(q – 1)
118
Séries de capitais
[(1 + i)n – 1]
A expressão é dita fator de valor futuro de uma série de rendas
i
certas periódicas uniforme postecipada e é representada em tabelas finan-
ceiras por (FV / PMT, i%, n).
b) Série antecipada
Seja a taxa de juros efetiva i cujo período a que ela se refere (que coincide
com o período de capitalização do juros, por definição uma taxa efetiva) é o
mesmo que o período de ocorrência dos termos da sequência representado
no fluxo de caixa a seguir.
0 1 2 3 n–1
períodos
n
119
Séries de capitais
b) Série antecipada
Da mesma forma que nas séries postecipadas, dado que PV = FV/(1 + i)n,
temos como deduzir facilmente a expressão do valor presente de uma série
de rendas certas periódicas uniforme antecipada, conforme a seguir:
PMT . (1 + i) . [(1 + i)n – 1]
FV =
i . (1 + i)n
Exemplos:
120
Séries de capitais
Solução:
PMT . [(1 + i)n – 1]
PV =
i . (1 + i)n
PV = R$4.193,71
f FIN
800,00 PMT
4i
6n
PV – 4.193,71
Solução:
PMT . (1 + i) . [(1 + i)n – 1]
PV =
i . (1 + i)n
PV = R$4.361,46
f FIN
g BEG
800,00 PMT
4i
6n
PV – 4.361,46
121
Séries de capitais
3. Qual é o valor à vista de um bem que está sendo vendido a prazo com
pagamento em 12 prestações mensais iguais a R$1.200,00, sendo a
primeira paga de imediato, sabendo que a taxa de juros utilizada é
2,5% ao mês?
Solução:
PMT . (1 + i) . [(1 + i)n – 1]
PV =
i . (1 + i)n
PV = R$12.617,05
f FIN
g BEG
1.200,00 PMT
2,5 i
12 n
PV –12.617,05
Solução:
PMT . [(1 + i)n – 1]
FV =
i
FV = R$55.909,33
122
Séries de capitais
f FIN
2.000,00 CHS PMT
1,3 i
24 n
FV –55.909,33
Solução:
PMT . (1 + i) . [(1 + i)n – 1]
FV =
i
FV = R$56.636,16
f FIN
g BEG
2.000,00 CHS PMT
1,3 i
24 n
FV 56.636,16
6. Qual o valor futuro ao final de quatro anos gerado por depósitos trimes-
trais iguais a R$10.000,00 realizados num fundo de poupança aplicados à
taxa de 1,5% a.m.? Considere que o primeiro depósito é feito de imedia-
to.
Solução:
n = 4 . 4 = 16 trimestres
123
Séries de capitais
f FIN
g BEG
10.000 CHS PMT
4,57 i
16 n
FV R$238.921,75
PV . i . (1 + i)n
PMT =
[(1 + i)n – 1]
b) Série antecipada
Definimos que:
124
Séries de capitais
PV . i . (1 + i)n
PMT =
(1 + i) . [(1 + i)n – 1]
Exemplos:
Solução:
PV . i . (1 + i)n
PMT =
[(1 + i)n – 1]
R$120.000,00 . 0,02 . (1 + 0,02)24
PMT =
[(1 + 0,02)24 – 1]
PMT = R$6.344,53
f FIN
120.000,00 CHS PV
2i
24 n
PMT 6.344,53
125
Séries de capitais
Solução:
PV . i . (1 + i)n
PMT =
(1 + i) . [(1 + i)n – 1]
R$120.000,00 . 0,02 . (1 + 0,02)24
PMT =
(1 + 0,02) . [(1 + 0,02)24 – 1]
PMT = R$6.220,13
f FIN
g BEG
120.000,00 CHS PV
2i
24 n
PMT 6.220,13
Dado que:
FV . i
PMT =
(1 + i)n – 1
126
Séries de capitais
b) Série antecipada
FV . i
PMT =
(1 + i) . [(1 + i)n – 1]
Exemplos:
Solução:
FV . i
PMT =
(1 + i)n – 1
R$40.000,00 . 0,015
PMT =
(1 + 0,015)12 – 1
127
Séries de capitais
PMT = R$3.067,20
f FIN
40.000,00 FV
1,5 i
12 n
PMT –3.067,20
Solução:
FV . i
PMT =
(1 + i) . [(1 + i)n – 1]
R$40.000,00 . 0,015
PMT =
(1+0,015) . [(1 + 0,015)12 – 1]
PMT = R$3.021,87
f FIN
g BEG
40.000,00 FV
1,5 i
12 n
PMT –3.021,87
FV . 1
ln + 1 = ln [(1 + i)n] = n . ln (1 + i)
PMT
(Fv . i)
ln +1
PMT
n=
ln (1 + i)
b) Série antecipada
Sabemos que:
129
Séries de capitais
FV . i FV . i
+ 1 = (1 + i)n ln + 1 ln [(1 + i)n] = n . ln (1+i)
PMT . (1 + i) PMT . (1 + i)
FV . i
ln +1
PMT . (1 + i)
n=
ln (1 + i)
Exemplos:
Solução:
FV . i
ln +1
PMT . (1 + i)
n=
ln (1 + i) .
R$370.000,00 . 0,02
ln +1
R$30.000,00
n=
ln (1 + 0,02)
n = 11,13 meses = 11 meses e 4 dias (ou seja, na décima segunda pres-
tação estaria sendo pago um valor residual).
f FIN
370.000,00 FV
2i
30.000,00 CHS PMT
130
Séries de capitais
n 12 (a calculadora HP-12C mostra um número inteiro, pois aproxi-
ma para cima).
Solução:
FV . i
ln +1
PMT . (1 + i)
n=
ln (1 + i)
R$370.000,00 . 0,02
ln +1
R$30.000,00 . (1 + 0,02)
n=
ln (1 + i)
f FIN
g BEG
370.000 FV
2i
30.000 CHS PMT
n 11 (a calculadora HP-12C mostra um número inteiro, pois aproxi-
ma para cima).
131
Séries de capitais
PV . i PV . i
1– = (1 + i)–n ln 1 – ln (1+i)–n = –n . ln (1 + i)
PMT PMT
PV . i
ln 1 –
PMT
n=–
ln (1 + i)
Importante:
Podemos observar que PMT deve ser maior do que o produto PV . i. Caso
contrário, teríamos uma indeterminação (logaritmo de número negativo ou
nulo).
b) Série antecipada
PV . i PV . i
= 1 – (1 + i)–n 1– = (1 + i)–n
PMT . (1 + i) PMT . (1 + i)
PV . i
ln 1 – ln(1 + i)–n = –n . ln (1 + i)
PMT . (1 + i)
PV . i
ln 1 –
PMT . (1 + i)
n=–
ln (1 + i)
Exemplos:
Solução:
PV . i
ln 1 –
PMT
n=–
ln (1 + i)
R$24.000.000,00 . 0,01
ln 1 –
R$500.000,00
n=–
ln (1 + 0,01)
133
Séries de capitais
f FIN
24.000.000,00 PV
1i
500.000 CHS PMT
n 66 (a calculadora HP-12C mostra um número inteiro, pois aproxi-
ma para cima).
Solução:
PV . i
ln 1 –
PMT . (1 + i)
n=–
ln (1 + i)
R$24.000.000,00 . 0,01
ln 1 –
R$500.000,00 . (1 + 0,01)
n=–
ln (1 + 0,01)
f FIN
g BEG
24.000.000,00 PV
1i
500.000,00 CHS PMT
n 65 (a calculadora HP-12C mostra um número inteiro, pois aproxi-
ma para cima).
134
Séries de capitais
n n
Exemplo:
Solução:
meses
1 5
PMT . [(1 + i)n – 1]
PV =
i . (1 + i)n
f FIN
2.000,00 PV
550,00 CHS PMT
5n
i 11,65% ao mês
135
Séries de capitais
Parâmetros utilizados:
Importante:
Exemplo:
Solução:
Importante:
136
Séries de capitais
Exemplo:
Solução:
Parâmetros utilizados:
Importante:
137
Séries de capitais
Exemplo:
Solução:
c) Função pagamento
A função pgto calculará o valor da prestação uma vez que tenham sido
fornecidos os valores (ou os endereços) dos parâmetros.
Parâmetros utilizados:
VP – valor presente;
VF – valor futuro;
Importante:
Exemplo:
Solução:
Exemplo:
Solução:
f FIN
500.000,00 PV
45.000,00 CHS PMT
16 n
i 4,65% ao mês.
A função nper calculará o número de períodos, uma vez que tenham sido
fornecidos os valores (ou os endereços) dos parâmetros.
Parâmetros utilizados:
VP – valor presente;
VF – valor futuro;
Exemplo:
Solução:
f FIN
700.000,00 ENTER 60% (cálculo do saldo devedor na data zero) PV
204.030,36 CHS PMT
33,1 i
n 4
Exemplos:
141
Séries de capitais
Solução:
6 12 48
X = R$12.772,07
Solução:
3 15
(1 + i)n – 1 (1 + 4%)13 –1
PV/PMT13,4% = + = 9,9856
(1 + i)n (1 + 4%)13 4%
142
Séries de capitais
Solução:
PV*
n* n*+12–1
n =12 e i = 2,5%
PV = R$307.732,94
278.790,86 = 307.732,94/(1+0,025)n*–1
n* – 1 = 4 n* = 5
Pela HP-12C
143
Séries de capitais
f FIN
12 n
2,5 i
PV 307.732,94
1/x ENTER
278.790,86 x
g LN
1,025 g LN / CHS
1+ 5
Solução:
FV FV*
1 12 16
PMT = R$15.000,00
144
Séries de capitais
f FIN
1 CHS PMT
12 n
1,5 i
1,015 ENTER 4 Yx x
1 2 3 4 5 6 7
PV
ou
n Cj
PV = Σ j=0
(1 + i)j
145
Séries de capitais
Exemplo:
1. Qual o valor presente líquido do fluxo de caixa seguinte para uma taxa
de 15% a.a.?
1 2 3 4 5 anos
PV
Sabendo-se que:
C1 = R$40,00
C2 = R$45,00
C3 = R$80,00
C4 = R$90,00
C5 = R$100,00
40 45 80 90 100
PV= + + + +
(1 + 0,15)
1
(1 + 0,15) 2
(1 + 0,15) 3
(1 + 0,15)
4
(1 + 0,15)5
PV = R$222,59
f FIN
0 CHS g Cfo
40 g CFj
45 g CFj
80 g CFj
90 g CFj
100 g CFj
15 i
f NPV 222,59
146
Séries de capitais
ou
n Cj
PV = Σ j
j=1
Π(1 + ie)
e=1
Exemplo:
1. Qual o valor presente líquido do fluxo de caixa a seguir, com base nos
seguintes fluxos e taxas de desconto?
1 2 3 4 5 anos
PV
Sabendo-se que:
C1 = R$40,00
C2 = R$45,00
C3 = R$80,00
C4 = R$90,00
C5 = R$100,00
i1 = 14% a.a.
i2 = 15% a.a.
i3 = 16% a.a.
i4 = 16% a.a.
147
Séries de capitais
Solução:
40 45 80
PV= + +
(1 + 0,14) (1 + 0,14) . (1 + 0,15) (1 + 0,14) . (1 + 0,15) . (1 + 0,16)
90 100
+ +
(1 + 0,14) . (1 + 0,15) . (1 + 0,16) 2
(1 + 0,14) . (1 + 0,15) . (1 + 0,16)3
40 45 80 90 100
PV= + + + +
(1,14) (1,311) (1,5208) (1,7641) (2,0463)
PV = R$221,90
Perpetuidades uniformes
Uma perpetuidade uniforme é uma sequência de rendas certas perió-
dicas uniformes com um número infinito de termos. Faz sentido calcular o
seu valor atual, porém não faz sentido calcular o seu montante, já que ele é
infinito.
PMT
Observamos que a expressão que está entre chaves constitui uma pro-
gressão geométrica infinita com n termos, cuja razão é 1/(1 + i) e o primeiro
termo é 1.
148
Séries de capitais
PV = PMT/(1 + i) . [(1+i)/i]
PV = PMT/i
Exercício:
Solução:
R$932.541,50
Valor do fundo:
149
Séries de capitais
PMT (1+g)n-1
PMT (1+g)2
PMT (1+g)
PMT
períodos
0 1 2 3 n
Suponhamos uma taxa de juros efetiva i cujo período a que ela se refira
seja o mesmo que o período de ocorrência dos termos da sequência, onde
assumimos que i > g. Podemos calcular o valor presente da série postecipada
PVp, conforme abaixo:
Observamos que a expressão que está entre chaves constitui uma pro-
gressão geométrica infinita com n termos, cuja razão é (1+g)/(1 + i) e o pri-
meiro termo é 1. Usando a expressão da soma dos n primeiros termos de uma
progressão geométrica infinita Sn = a1/(1 – q) obtemos a seguinte equação:
PV = PMT/(i – g)
PMT = PV . (i – g)
i = (PMT / PV) + g
Exercício:
Qual seria o valor de uma empresa que gere um fluxo de caixa livre
(entradas menos saídas de recursos) de R$400.000,00 daqui a um ano,
havendo uma previsão de crescimento de 5% do fluxo de caixa a cada
ano, supondo um horizonte de 30 anos e com uma taxa de juros de
18% ao ano?
150
Séries de capitais
Solução:
R$3.076.923,08
PV = R$400.000 / (1+0,05) × {1 + (1+0,18) / (1+0,05) + (1+0,18)2 /
(1+0,05)2 + (1+0,18)3 / (1+0,05)3 ….} = R$3.076.923,08
A equação PV = PMT/(i – g) constitui o modelo de Gordon para avaliação
de ações, quando aplicada a Finanças Corporativas, supondo uma em-
presa com crescimento estável e prazo de investimento infinito.
Exemplos:
Solução:
PV . i . (1 + i)n
PMT =
(1 + i) . [(1 +i)n – 1]
R$120.000,00 . 0,02 . (1 + 0,02)24
PMT =
(1 + 0,02) . [(1 + 0,02)24 – 1]
PMT = R$6.220,13
Utilizando uma calculadora com funções financeiras como por exem-
plo a HP-12C, o cálculo será obtido da seguinte forma:
f FIN
g BEG
120.000,00 CHS PV
2i
24 n
PMT 6.220,13
151
Séries de capitais
Solução:
f FIN
g BEG
3.500.000,00 CHS PV
0,7974 i
54 n
PMT 80.021,83
Solução:
PV PV*
PMT
PV* = PV . (1+i)2
152
Séries de capitais
PV* = R$7.865.200,00
R$7.865.200 . 0,06 . (1 + 0,06)2
PMT =
[(1 + 0,06)20 – 1]
PMT = R$685.723,98
Utilizando uma calculadora com funções financeiras, como por exem-
plo a HP-12C, o cálculo será obtido da seguinte forma:
f FIN
g BEG
7.865.200 CHS PV
6i
20 n
PMT 685.723,98
Solução:
PMT . (1 + i) . [(1 + i)n – 1
FV =
i
R$3.500,00 . (1 + 0,018) . [(1 + 0,018)36 – 1
FV =
0,018
FV = R$178.294,13
Solução:
FV . i
PMT =
(1 + i) . [(1 + i)n – 1]
R$140.000 . 0,013
PMT =
(1 + 0,013) . [(1 + 0,013)36 – 1]
PMT = R$3.034,93
Pela HP-12C:
f FIN
g BEG
140.000 FV
1,3 i
36 n
PMT –R$3.034,93
(GITMAN, 2007)
154
Séries de capitais
155
Séries de capitais
Atividades de aplicação
1. Um automóvel tem um preço à vista de R$80.000,00. O vendedor, no
entanto, propõe ao comprador pagar em seis prestações bimestrais
consecutivas, sendo a primeira paga de imediato. Sabendo-se que a
taxa de juros cobrada pela revendedora é de 4% a.m., qual o valor de
cada prestação?
Gabarito
1.
n=6
156
Séries de capitais
i=4
PV = R$80.000,00
PMT = R$16.077,40
2.
n=6
i = 5,0625
FV = R$80.000,00
PMT = R$11.177,08
3.
i=2
PMT = R$30.000,00
n=8
4.
n=5
i=3
PV = R$180.000,00
FV = 0
n = 12
PMT = R$20.963,36
157
Séries de capitais
5.
n = 24
i = 1,2
PMT = R$3.500,00
PV = 72.611,00
+ R$80.000,00 = R$152.611,00
6.
n = 24
PMT = R$2.200,00
Referências
Gitman, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 10. ed. Pearson
Education do Brasil.
158
Sistemas de amortização
de dívidas
Introdução
Em muitas situações, mesmo tendo um valor constante da prestação
pago periodicamente, é necessário decompor a parcela referente aos juros
(serviço da dívida, classificado como despesa financeira) e a parcela referen-
te à amortização (que representa a devolução de parte do principal, ou seja,
redução do saldo devedor, não sendo classificada como despesa financeira).
Em outros casos, temos um plano de financiamento onde o valor das presta-
ções não é o mesmo em cada período.
Encargos financeiros
Amortização
Saldo devedor
Prestação
162
Sistemas de amortização de dívidas
Carência
A carência representa o início do fluxo de pagamentos, após decorrido
um certo período de tempo, durante o qual pode estar incluído o dife-
rimento no pagamento dos juros, do principal ou de ambos. A situação
mais comum é o pagamento de juros durante o período de carência.
Na hipótese de se decidir pela carência de juros, os valores não de-
sembolsados são capitalizados e pagos junto com a última parcela
de amortização do principal, no caso do Sistema Americano só existe
uma única parcela de amortização ou distribuídos para as várias datas
pactuadas de pagamento. Normalmente, o período de carência é ne-
gociado entre o credor e o mutuário.
Sistemas de amortização
Sistemas de amortização são utilizados para atender necessidades finan-
ceiras, contábeis e legais, sempre que necessitamos calcular em um deter-
minado período o valor dos juros pagos até aquele momento, das amortiza-
ções pagas e a pagar, o saldo devedor de uma obrigação, isso tudo de forma
a expressarmos corretamente um débito em determinado período.
Toda operação de financiamento resulta em uma operação financeira
em que interagem um credor (ou mutuante), um devedor (ou mutuário) e o
objeto do empréstimo, a quantia (ou mútuo). As regras que regulam esse
empréstimo são fundamentadas em um contrato de financiamento ou de
mútuo, onde estará especificado:
1. como serão liberados os recursos para o mutuário;
2. como será feita a amortização do débito;
3. qual a taxa de juros a ser paga pelo mutuário e qual o índice de corre-
ção para efeito de atualização da dívida, quando for aplicável;
4. todos os demais itens relativos ao estabelecimento de uma relação
formal entre devedor e credor.
Quando o empréstimo é saldado em uma única parcela, aplica-se o con-
ceito do montante já analisado, utilizando a capitalização simples ou com-
posta, conforme estabelecido entre as partes. Quando, no entanto, o em-
préstimo for pago em mais de uma parcela, a forma como esses pagamentos
serão efetuados determinará o sistema de amortização, método de cálculo
utilizado para a determinação e elaboração do estado de uma dívida.
163
Sistemas de amortização de dívidas
Importante:
Saldo Saldo
Data Juros Amortização Prestação
inicial final
A B C D E
Nas operações com a Tabela Price, os juros, por incidirem sobre o saldo
devedor, são decrescentes, e as parcelas de amortização assumem valores
crescentes (uma vez que a prestação é constante e prestação é igual a amor-
tização mais o valor dos juros), conforme demonstrado no gráfico a seguir.
Por outro lado, o saldo devedor a cada período vai se tornando cada vez
menor devido ao acúmulo de amortizações realizadas a cada período.
Jn
J1 J2 J3
PMT
1 2 3 n
PV
PV . i (1 + i)n
PMT =
[(1 + i)n - 1]
165
Sistemas de amortização de dívidas
Importante:
Importante:
Exemplo:
Solução:
f REG
120.000,00 PV
2i
10 n
PMT –13.359,18
x y –10.959,18 (amortização em t = 1)
x y –11.178,36 (amortização em t = 2)
167
Sistemas de amortização de dívidas
Importante:
f FIN
120.000,00 PV
2i
10 n
PMT –13.359,18
Solução:
168
Sistemas de amortização de dívidas
169
Sistemas de amortização de dívidas
Solução:
170
Sistemas de amortização de dívidas
longo dos períodos, uma vez que eles são resultado da incidência da taxa de
juros sobre o saldo devedor cujo montante decresce a cada período devido
ao pagamento de cada amortização. Em consequência do comportamento
da amortização e dos juros, as prestações do SAC são linearmente decres-
centes em progressão aritmética.
PMT1 J1 J2 J3 Jn
PMTn
0 1 2 3 n
PV
171
Sistemas de amortização de dívidas
Exemplo:
Solução:
172
Sistemas de amortização de dívidas
Solução:
173
Sistemas de amortização de dívidas
174
Sistemas de amortização de dívidas
Importante:
Exemplo:
Solução:
176
Sistemas de amortização de dívidas
177
Sistemas de amortização de dívidas
PMT = R$23.130,19
a) Sistema SAA
R$400.000,00
meses
R$35.130,19
b) Sistema Price
R$400.000,00
meses
R$33.506,63
178
Sistemas de amortização de dívidas
Exemplo:
Solução:
179
Sistemas de amortização de dívidas
Sistema misto
Período
Saldo devedor Juros Amortização Prestação
0 R$400.000,00 0 0 0
1 R$381.351,00 R$6.000,00 R$18.649,00 R$24.649,00
2 R$362.572,00 R$5.720,00 R$18.779,00 R$24.499,00
3 R$343.661,00 R$5.439,00 R$18.911,00 R$24.349,00
4 R$324.617,00 R$5.155,00 R$19.044,00 R$24.199,00
5 R$305.437,00 R$4.869,00 R$19.180,00 R$24.049,00
6 R$286.120,00 R$4.582,00 R$19.318,00 R$23.899,00
7 R$266.662,00 R$4.292,00 R$19.457,00 R$23.749,00
8 R$247.063,00 R$4.000,00 R$19.599,00 R$23.599,00
9 R$227.320,00 R$3.706,00 R$19.743,00 R$23.449,00
10 R$207.431,00 R$3.410,00 R$19.889,00 R$23.299,00
11 R$187.393,00 R$3.111,00 R$20.038,00 R$23.149,00
12 R$167.205,00 R$2.811,00 R$20.188,00 R$22.999,00
13 R$146.864,00 R$2.508,00 R$20.341,00 R$22.849,00
14 R$126.367,00 R$2.203,00 R$20.496,00 R$22.699,00
15 R$105.714,00 R$1.896,00 R$20.654,00 R$22.549,00
16 R$84.900,00 R$1.586,00 R$20.813,00 R$22.399,00
17 R$63.925,00 R$1.274,00 R$20.976,00 R$22.249,00
18 R$42.784,00 R$959,00 R$21.140,00 R$22.099,00
19 R$21.477,00 R$642,00 R$21.307,00 R$21.949,00
20 (0) R$322,00 R$21.477,00 R$21.799,00
180
Sistemas de amortização de dívidas
Toda vez que uma empresa capta recursos junto a uma dessas instituições,
é de fundamental importância o conhecimento sobre os sistemas de amorti-
zação. Isso se deve à necessidade de determinar:
181
Sistemas de amortização de dívidas
Empréstimo compulsório:
Empréstimo consorciado:
Empréstimo de ações:
182
Sistemas de amortização de dívidas
Empréstimo de liquidez:
Empréstimo de título:
Empréstimo especial:
183
Sistemas de amortização de dívidas
Atividades de aplicação
1. Uma pessoa deve três prestações mensais sucessivas de R$6.000,00,
sendo o vencimento da primeira daqui a 30 dias. Se ela propusesse pa-
gar essa dívida em uma única parcela daqui a 90 dias, qual seria o valor
dessa parcela, supondo que a taxa de juros é de 4,2% ao mês?
184
Sistemas de amortização de dívidas
Gabarito
1.
meses
0 1 2 3
n=3
i = 4,2
PMT = R$6.000,00
FV = R$18.766,58
2.
8
meses
0 1 2
R$8.000,00
R$8.000,00 R$8.000,00
n=8
i=5
PMT = R$8.000,00
FV = R$76.392,87
185
Sistemas de amortização de dívidas
3.
4.
n = 18
i = 2,5
PMT = R$2.400,00
PV = R$34.448,07
5.
6.
n=5
PV = R$500.000,00
PMT = R$103.019,90 (valor da prestação)
186
Sistemas de amortização de dívidas
Referências
<www.bovespa.com.br/principal.asp>.
187
Produtos do mercado financeiro
Introdução
A globalização dos mercados e o aumento da concorrência internacional
forçou a busca por ganhos através do crescimento de suas operações, visando
a uma maior eficiência em seus processos e ganhos de escala através da redu-
ção do custo unitário de produção com a maior quantidade produzida de pro-
dutos e/ou serviços. Para atingir esse objetivo, as empresas precisam investir,
por exemplo, em ativos, tecnologia, canais de distribuição e treinamento. Para
suprir as necessidades de capital, uma empresa pode utilizar recursos prove-
nientes de fontes internas (autofinanciamento) e de fontes externas.
Fontes
Recursos próprios
Externas
debêntures;
securitização de recebíveis;
financiamentos externos;
abertura de capital.
Desconto de duplicatas
O desconto de duplicatas é uma operação de empréstimo de curto prazo
que corresponde ao adiantamento de recursos a uma empresa, feito por
uma instituição financeira, em cima de valores relacionados às duplicatas
emitidas e ainda não recebidas. Ou seja, o desconto de duplicatas tem por
objetivo antecipar os recebíveis da empresa.
Exemplo:
Solução:
N = R$80.000,00
V = R$77.262,88
N = V . (1+ie)54/30
ie = 1,95% a.m.
191
Produtos do mercado financeiro
Exemplos:
Solução:
Desconto de duplicatas
R$19.555,40 R$1.955,54
R$1.955,54 R$20.000,00
R$17.599,86
T.I.J = 2,53% no período
R$18.044,46
n=5
PV = R$17.599,86
FV = R$18.044,46
n = 1 (30 dias equivalem a um mês)
i = 2,53%
192
Produtos do mercado financeiro
Solução:
CDB
Alíquota do IR = 20%
Desconto de duplicatas
193
Produtos do mercado financeiro
R$293.898,00 R$70.655,20
R$70.000,00
R$300.000,00
R$223.898,00
R$229.344,80
n=5
PV = R$223.898
FV = R$229.344,80
i = 2,43%
194
Produtos do mercado financeiro
Importante:
195
Produtos do mercado financeiro
Exemplos:
Solução:
im = [(1,0331)1/2 – 1] . 100
im = 1,63% a.m.
Solução:
VC = Valor de Captação
VN = VC . (1,067842)
VC = R$5.208.502,51
R$5.000.000
R$5.561.857,74
Debêntures
A debênture é um título de longo prazo que representa um dos mais im-
portantes instrumentos de captação por parte das empresas. Trata-se de um
título emitido por sociedades anônimas não financeiras, representativos de
parcela de empréstimos contraídos pela emitente com o investidor, sobre
o qual incidem juros e correção monetária refletidos por um indexador de
197
Produtos do mercado financeiro
preços (IGPM, IGP, TR, TJLP etc.) ou por um indexador de retorno (CDI, Selic
etc.). Além dessas características, podem oferecer ainda:
198
Produtos do mercado financeiro
as garantias;
3
Ano N.º de emissões Valor (R$) % sobre total3 Percentagem sobre o
total de recursos captados
1998 61 9.657.344.341,96 32,51 pelas empresas, incluindo
lançamento de ações.
1999 38 6.676.384.344,61 33,55
2000 42 8.748.003.946,00 27,84
2001 45 15.162.137.780,00 54,28
2002 26 14.639.485.590,56 55,28
2003 17 5.282.404.000,00 40,87
2004 38 9.614.451.500,00 32,81
2005 45 41.538.852.293,88 58,08
2006 47 69.464.083.040,20 55,59
4
2007 43 46.533.786.496,75 27,874 A queda de participa-
ção, verificada nos dois
2008 25 37.458.538.000,00 28,604 últimos anos, é justifica-
da pelo grande volume
de abertura/aumento de
capital via lançamento
Com vantagens sobre os financiamentos bancários, em termos de taxas de ações, efetuado pelas
sociedades anônimas de
de juros e prazos, as debêntures contam com um mercado tomador diferen- capital aberto.
199
Produtos do mercado financeiro
financeiros aplicados por pessoas físicas ou jurídicas (um dos passivos dos
intermediários financeiros é a captação realizada junto aos detentores de re-
cursos, pessoas físicas ou jurídicas, sempre que estas aplicam suas sobras de
caixa).
Debêntures conversíveis
Para os investidores trata-se de um título interessante, pois além de ga-
rantir juros e o principal com base no cronograma do contrato, oferece a
opção de conversão em participação no capital da empresa (se o preço da
ação subir acima do valor de conversão, definido de acordo com condições
pactuadas na data da compra).
Para a empresa emissora, por outro lado, essa operação pode ser também
atraente, porque as taxas de juros dessas obrigações são inferiores a de uma
debênture simples. A razão para isso é o aceite por parte dos investidores
de uma taxa mais baixa em troca da opção de conversão do título em ações.
Além disso, se a dívida for convertida em capital social, a empresa deverá
estar emitindo ações a um preço maior do que se estivesse realizando uma
emissão primária de ações.
200
Produtos do mercado financeiro
Garantias
As garantias oferecidas em uma emissão de debêntures como colateral (a
garantia primária é a capacidade de pagamento do emissor), podem ser as
seguintes:
201
Produtos do mercado financeiro
X0
F.C. Incrementais
r = T.I.J.
Exemplos:
Solução:
X0
F.C. Incrementais
Quadro de Amortização
202
Produtos do mercado financeiro
R$95,00
R$15,87 R$7,94
R$65,87 R$57,94
f REG
95 g Cfo
Solução:
Juros Debêntures
Ano Saldo inicial Amortização Prestação Saldo final
(10%) resgatadas
0 R$50.000.000,00 R$50.000.000,00
1 R$50.000.000,00 R$5.000.000,00 R$5.000.000,00 100 R$10.000.000,00 R$45.000.000,00
203
Produtos do mercado financeiro
Juros Debêntures
Ano Saldo inicial Amortização Prestação Saldo final
(10%) resgatadas
2 R$45.000.000,00 R$4.500.000,00 R$5.000.000,00 100 R$9.500.000,00 R$40.000.000,00
3 R$40.000.000,00 R$4.000.000,00 R$12.500.000,00 250 R$16.500.000,00 R$27.500.000,00
4 R$27.500.000,00 R$2.750.000,00 R$12.500.000,00 250 R$15.250.000,00 R$15.000.000,00
5 R$15.000.000,00 R$1.500.000,00 R$15.000.000,00 300 R$16.500.000,00 0
Total R$50.000.000,00 1 000
Solução:
Juros semestrais:
Valor do resgate:
R$970,00
204
Produtos do mercado financeiro
f REG
970 g Cfo
205
Produtos do mercado financeiro
SS
R$ por dólar
DD Montante
de dólares
206
Produtos do mercado financeiro
R$ por dólar
SS
I1
r1
I0
r0 DD1
DD0
q0 q1
0
Montante de dólares
207
Produtos do mercado financeiro
Por exemplo, se a taxa de câmbio fica estável e se a inflação nacional for maior
do que a inflação americana, nossos produtos ficarão, em média, mais caros pro-
porcionalmente nos EUA. Se a desvalorização da taxa de câmbio for maior do
que a diferença entre a inflação nacional e a inflação americana, nossos produ-
tos ficarão, em média, mais baratos proporcionalmente nos EUA.
Por exemplo, suponhamos que uma garrafa com 1 litro de suco de uva
custe US$10,00 nos Estados Unidos e R$10,00 no Brasil, sendo a taxa de
câmbio US$1,00 = R$1,00. Se houver uma inflação no Brasil de 10% no ano e
de apenas 2% nos EUA, a garrafa passaria a custar no Brasil R$11,00 (supondo
que o seu preço aumentasse acompanhando a inflação) e nos EUA a mesma
garrafa passaria a custar US$10,20 (supondo que seu preço aumentasse para
acompanhar a inflação americana). Se a taxa de câmbio se mantiver, a nossa
garrafa passará a custar mais do que o correspondente americano (US$11,00
contra US$10,20), o que acaba prejudicando nossas exportações.
Importante:
Exemplo:
209
Produtos do mercado financeiro
Solução:
Por outro lado, no final do prazo, a empresa faz o pagamento dos juros
e da comissão:
É vantajoso.
Exemplo:
210
Produtos do mercado financeiro
Prêmio: 2,8%
Prazo: 2 anos
Solução:
211
Produtos do mercado financeiro
R$3.855,00
semestres
f REG
3.855,00 g Cfo
Export Notes
Export Note é um título representativo de uma operação de transferên-
cia de crédito de exportação. Quando uma empresa exportadora fecha um
contrato de exportação e necessita antecipar esses recursos, ela pode emitir
uma nota promissória no valor da venda na moeda estrangeira em que foi fe-
212
Produtos do mercado financeiro
Uma grande vantagem para o investidor na Export Note é que esse tipo de
operação pode funcionar como um hedge cambial, para aqueles investido-
res que possuam dívidas em dólar.
Exemplo:
Uma pessoa jurídica resolve fazer uma aplicação adquirindo uma Ex-
port Note emitida por um exportador. O valor de face (nominal) é de
US$150.000,00 e o prazo da operação é de 120 dias com uma taxa de
desconto de 12% ao ano. Com base nessas informações, determine a
taxa efetiva líquida da operação para o emprestador e para o toma-
dor, sabendo que a alíquota do imposto de renda retido na fonte no
momento é de 20% e que a taxa de câmbio oscilou no período de
US$1,00 = R$2,00 para US$1,00 = R$2,10.
Solução:
Rentabilidade do emprestador:
= R$309.692,31
R$309.692,31 = R$288.461,54 (1 + i)
213
Produtos do mercado financeiro
i = 7,36% no período
i = 1,79% a.m.
R$315.000,00 = R$288.461,54 (1 + i)
i = 9,20% no período
i = 2,22% a.m.
Abertura de capital
O crescimento de qualquer tipo de empresa requer fundos de três tipos:
capital dos sócios, capital de terceiros ou um mix de ambos. Na prática esta-
mos falando de recursos próprios e recursos de terceiros (todos os financia-
dores que não têm participação direta no capital da empresa em determina-
do momento).
214
Produtos do mercado financeiro
Também não existe em Finanças, pelo menos até o momento, uma fór-
mula disponível para avaliar a relação ótima entre capital de terceiros e ca-
pital próprio. No entanto, existe alguma relação entre o nível de endivida-
mento de uma empresa e o grau de risco econômico, ou seja, quanto maior
215
Produtos do mercado financeiro
Ação ordinária
Tipo de ação que confere ao titular os direitos essenciais do acionista,
especialmente participação nos resultados da companhia e direito a voto
nas assembleias da empresa. Cada ação ordinária corresponde a um voto
na Assembleia Geral. A nova Lei das Sociedades Anônimas dá aos acionistas
minoritários alguns direitos muito importantes no caso de venda de ações
por parte do controlador.
Ação preferencial
As ações preferenciais (PN) conferem ao titular prioridades sobre os acio-
nistas ordinários na distribuição de dividendos fixo ou mínimo, e no reem-
216
Produtos do mercado financeiro
217
Produtos do mercado financeiro
forma a empresa toma a decisão de abrir seu capital consciente das mudan-
ças que deverá implementar na sua cultura interna e no seu relacionamento
futuro com o mercado.
Por ser o capital próprio uma fonte de recursos permanente e não exigível
para a empresa, seu reembolso se verifica apenas através da distribuição de
dividendos ou venda das respectivas ações.
Um dos parâmetros mais utilizados pelo mercado para uma avaliação dos
preços de emissão é o conhecido índice P/L (preço por ação dividido pelo
lucro por ação). Caso a empresa tenha um nível de risco próximo da média
do seu setor, parte-se do P/L médio setorial para a emissão, considerando-se
um deságio por conta da falta de tradição e dos riscos de uma empresa nova
no mercado.
Exemplo:
218
Produtos do mercado financeiro
P = 5 . R$100,00 = R$500,00.
simples de calcular.
Exemplo:
219
Produtos do mercado financeiro
Solução:
NAE . P = R$40.000.000,00
(1’) em (2’)
P = R$73,75
220
Produtos do mercado financeiro
Simples de calcular.
Desvantagens na utilização:
Exemplo:
221
Produtos do mercado financeiro
Solução:
Vendas Brutas
– Impostos
= Vendas Líquidas
– C.P.V
= Lucro Bruto
222
Produtos do mercado financeiro
– Despesas Operacionais
= Lucro da Atividade (Earning before interest and taxes –
EBIT)
– Impostos (taxes on EBIT)5 5
Os impostos considera-
dos no cálculo correspon-
= Lucro Operacional líquido de impostos (Net operational dem à provisão do impos-
profit less adjusted taxes – NOPAT) to de renda e contribuição
social que a empresa pa-
garia, caso não tivesse dí-
+ Depreciação vidas bancárias nem apli-
cações financeiras.
= Fluxo de caixa proveniente das operações
– NCG (variação da necessidade de capital de giro) 6
Os gastos de capital
– Gastos de Capital6 correspondem aos gastos
com reinvestimentos e
= Fluxo de Caixa Livre (Free Cash Flow) novos ativos necessários
para a geração do fluxo de
caixa futuro.
O Fluxo de Caixa Livre é aquele gerado pela empresa, disponível para efe-
tuar os pagamentos devidos aos credores e distribuição aos acionistas. Esse
fluxo não considera qualquer fluxo referente à saída de juros, amortização
do principal nem pagamento de dividendos. Refere-se apenas à diferença
entre as entradas e os desembolsos relacionados às operações da empresa.
223
Produtos do mercado financeiro
Exemplo:
Valores em R$ mil
Ano 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
FCL 21.000 29.000 23.500 29.000 31.000 34.000 36.000 38.000 40.000 41.000
VR 292.857
f REG
0 g CF0
21.000,00 g CFj
29.000,00 g CFj
23.500,00 g CFj
29.000,00 g CFj
31.000,00 g CFj
34.000,00 g CFj
36.000,00 g CFj
224
Produtos do mercado financeiro
38.000,00 g CFj
40.000,00 g CFj
333.857,00 g CFj
14 i
– Dívidas = R$90.500.000,00
225
Produtos do mercado financeiro
Histórico
Apesar das suas origens estarem na criação do mercado aberto no Brasil
na década de 1960, o Selic foi formalmente criado em 22 de outubro de 1979
para organizar a troca física de papéis da dívida e viabilizar uma alternativa à
liquidação financeira por meio de cheques do Banco do Brasil, que implicava
em risco elevado. Com isso, a liquidação financeira das operações passou a
ser feita pelo resultado líquido ao final do dia diretamente na conta Reservas
Bancárias.
Comitê
Criado pela Andima e pelo Banco Central no final de 2002 para avaliar a
proposta de alteração do Sistema elaborada pelo Demab/BC, tendo em vista
o aperfeiçoamento e a modernização após a reformulação do SPB.
226
Produtos do mercado financeiro
Convênio
A instalação do Selic foi fruto de uma parceria entre os setores público
e privado – Banco Central e Andima – que viabilizou os investimentos em
equipamento, infraestrutura e pessoal condizentes com o constante aperfei-
çoamento do Sistema, garantindo sua adequação às demandas do mercado
financeiro, do Tesouro Nacional e da Autoridade Monetária, e permitindo a
estes atender, de forma segura e rápida, às exigências derivadas da condução
da gestão da dívida pública e da política monetária.
Atividades de aplicação
1. Uma empresa vai a um banco descontar uma duplicata no valor de
R$240.000,00 com prazo de vencimento de 50 dias. O gerente propõe
uma taxa de desconto de 4% ao mês, desde que o tomador mantenha
R$30.000,00 em conta-corrente, sem remuneração, durante a vigência
do empréstimo. Qual é o valor da taxa efetiva paga pela empresa, con-
siderando um IOF diário de 0,0041% ao dia?
227
Produtos do mercado financeiro
228
Produtos do mercado financeiro
Valores em R$mil
Ano 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
FCL 16.000 18.000 17.500 19.000 22.000 24.000 25.000 28.000 29.000 31.000
VR 258.333
Gabarito
1.
D = R$16.000,00
IOF = 492
R$223.508,00 R$22.350,80
R$22.350,80 R$240.000,00
1,081986 = (1 + i) 50/30
1,081986 = (1 + i) 1,666667
1,666667i = 1 – 1,081986
i = 0,81986 / 1,666667
229
Produtos do mercado financeiro
2.
3.
R$9.880
R$660,34
R$613,2 R$626,08 R$643,61 +
R$11.005,69
R$11.666,03
230
Produtos do mercado financeiro
f FIN
9.880 g Cfo
11.666,03 g CFj
4.
NAE . P = R$80.000.000,00
(i) em (i´)
NAE = R$5.647.059,00
P = R$14,17
5.
231
Produtos do mercado financeiro
6.
Valores em R$
Ano 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
FCL 16.000 18.000 17.500 19.000 22.000 24.000 25.000 28.000 29.000 31.000
VR 258.333
FCL 16.000 18.000 17.500 19.000 22.000 24.000 25.000 28.000 29.000 289.333
+ VR =
f reg
16.000,00 g cfj
18.000,00 g cfj
17.500,00 g cfj
19.000,00 g cfj
22.000,00 g cfj
24.000,00 g cfj
25.000,00 g cfj
28.000,00 g cfj
29.000,00 g cfj
289.333,00 g cfj
12 i
f NPV 204.041, 37
232
Produtos do mercado financeiro
Referências
<www.cetip.com.br>.
<www.cvm.gov.br>.
<www.andima.com.br>.
233
Princípios básicos da análise
de projetos
Introdução
O administrador toma decisões o tempo todo, não apenas as que estão
relacionadas ao curto e médio prazo para a manutenção dos negócios da
empresa, mas principalmente as decisões relacionadas ao longo prazo,
fundamentais para gerar crescimento sustentado para os negócios como
também como forma de tornar mais perene sua existência no mercado.
decisões de investimento;
decisões de financiamento.
prazo a empresa precisa fazer para gerar valor aos proprietários? Essa é uma
decisão de investimento, pois lida com a aplicação de recursos. Em seguida,
como a empresa deve levantar os recursos para financiar esses investimen-
tos? Essa é uma decisão de financiamento, pois lida com a captação de recur-
sos. A continuidade e o crescimento da empresa dependerá do sucesso das
decisões tomadas por seus administradores.
236
Princípios básicos da análise de projetos
estratégico;
tático;
operacional.
237
Princípios básicos da análise de projetos
238
Princípios básicos da análise de projetos
Plano de produção
Estimativas de compras de
matéria-prima e gastos com a
mão de obra
Plano de
financiamento a
longo prazo
Estimativas de consumo de
matéria-prima e contratação
Custos dos pro- de mão de obra
Plano de
Financiamento a
dutos/serviços investimento
longo prazo
disponibiliza- de capital
dos aos clientes Estimativas de despesas
operacionais
Investimento de Financiamentos
capital a longo prazo
Balanço
patrimonial Demonstrativo de resultado
do período projetado
Orçamento de
corrente
caixa
Disponível
Investimentos
Duplicatas a receber de capital
Balanço patrimonial Fornecedores
projetado Impostos a pagar
Orçamento de capital
A decisão de investimento envolve o processo de identificação, avaliação
e seleção de alternativas de inversão de recursos existentes. Por outro lado,
a alocação eficiente de recursos diz respeito à avaliação (aceitar, ficar indi-
ferente ou rejeitar) e escolha de alternativas de aplicação de recursos nas
atividades operacionais da empresa, consistindo num conjunto de decisões
visando dar à empresa a estrutura ideal em termos de ativos fixos e circulan-
tes, com o objetivo de maximizar a riqueza dos proprietários.
239
Princípios básicos da análise de projetos
Dado que os recursos de capital que uma empresa dispõe são por de-
finição escassos, é necessária a existência de algum processo de seleção
de projetos a fim que se possa escolher, entre os existentes, aquele(s) que
aumente(m) o valor da empresa para seus proprietários.
Projeto relacionado a uma nova fábrica para uma nova linha de produ-
tos ou expansão da linha existente.
Projeto de modernização.
Investimento
Do ponto de vista gerencial, investimento pode ser considerado como
toda atividade que pode gerar aumentos no ativo (compra de máquinas e
equipamentos; compra de estoques; aplicação no mercado financeiro etc.) e/
ou redução no passivo (pagamento antecipado de empréstimos ou de forne-
cedores antes do vencimento com desconto etc.). No entanto, dentre as alter-
nativas comumente consideradas como investimento, podemos destacar:
Aquisição de empresas:
Projetos ambientais:
242
Princípios básicos da análise de projetos
Tecnologia empregada
Escala de produção
Deixamos para o final uma questão importantíssima, mas que não tem
sido objeto da atenção devida: a localização. A localização do negócio pode
significar custos logísticos maiores ou menores, impactando diretamente as
margens de lucro e a geração de caixa. Por esse motivo, a justificativa da
localização escolhida é fundamental, principalmente em projetos onde os
custos de transportes constituem determinante principal.
Para uma empresa ou uma fábrica que seja implantada numa determina-
da localidade, é necessário que se observem alguns critérios de fundamental
importância.
Análise de mercado
A análise de mercado é uma das mais importantes etapas na avaliação de
um projeto. Nesta fase são analisadas as condições projetadas da oferta e
demanda ao longo do horizonte do projeto, bem como a penetração espe-
rada no mercado. Normalmente uma previsão de mercado equivocada pro-
2
BRIGHAM, Eugene voca graves consequências para empresa2, podendo resultar em excesso de
F.; GAPENSKI, Louis C. ;
EHRHARDT, Michael C.
Administração Financei-
capacidade ou capacidade insuficiente.
ra. Teoria e Prática. Atlas,
2001.
Se a previsão de vendas foi muito otimista, os elevados investimentos em
ativos fixos provocarão elevação de custos fixos (depreciação, manutenção,
seguros, mão de obra) sem a devida contrapartida nas receitas. A conse
quência será uma queda na margem bruta e no fluxo de caixa operacional
da empresa, pois a empresa não tem como diluir os custos fixos. Além disso,
caso a empresa tenha se financiado com recursos de terceiros, o compromis-
so com pagamento de juros e amortização do principal tornará a situação da
empresa ainda mais difícil.
Por outro lado, se a previsão de vendas foi pessimista, a empresa pode ter
deixado de investir o suficiente para atender a demanda. Isso pode provocar
uma perda na participação de mercado para outras empresas do setor (pois
trabalhará com uma produção insuficiente para atender o mercado) ou uma
perda de competitividade (a empresa pode estar trabalhando com equipa-
mentos mais antigos que os concorrentes). Nesse contexto, a recuperação de
clientes exigirá da empresa um esforço adicional através de despesas com pu-
blicidade, redução de preços, aumento de prazos e melhorias de produtos.
crescimento da população;
crescimento da renda;
244
Princípios básicos da análise de projetos
distribuição da renda;
crescimento da oferta;
Programa de produção
Depois da projeção de vendas, o estudo de viabilidade deve definir o pro-
grama de produção detalhado. Devido a uma série de dificuldades tecnoló-
gicas, produtivas (ajuste de alimentação da matérias-primas e mão de obra)
e comerciais, a maioria dos projetos experimenta problemas iniciais, o que
impede de se atingir a plena capacidade no início do projeto, sem contar uma
questão fundamental: todo projeto apresenta uma curva de aprendizagem.
Materiais e insumos
No estudo de viabilidade deve-se analisar a disponibilidade e o custo
unitário dos insumos básicos. No caso de insumos importados, o preço CIF
245
Princípios básicos da análise de projetos
(custo, seguro e frete) deve ser adotado junto com os custos de liberação,
taxas portuárias e transporte interno até a fábrica.
246
Princípios básicos da análise de projetos
247
Princípios básicos da análise de projetos
Se por outro lado, a política de crédito for menos rígida, maior será o in-
vestimento em duplicatas a receber, maiores serão as perdas com os clientes,
mas em contrapartida as vendas e a margem bruta tenderão a ser maiores.
Muitas empresas concedem prazos maiores para clientes toda vez que
necessitam incrementar vendas. No entanto, um aumento no prazo de re-
cebimento implicará num maior investimento no giro (duplicatas a receber),
que será renovado na medida em que a empresa mantenha ou eleve o pata-
mar de suas vendas e/ou altere o prazo de venda.
Investimentos em estoques
Os projetos de expansão numa indústria normalmente exigem investi-
mentos consideráveis em estoques, uma vez que a maior produção requer
volumes adicionais de matéria-prima, estoque de produtos em processo e
estoque de produtos acabados. Da mesma forma, os projetos de expansão
de uma empresa comercial deverão requerer maiores volumes de estoques
de mercadorias.
248
Princípios básicos da análise de projetos
249
Princípios básicos da análise de projetos
250
Princípios básicos da análise de projetos
A rotação dos ativos circulantes tem que criar recursos suficientes para
pagar os passivos circulantes nos respectivos vencimentos. A necessidade
de capital de giro é função direta do volume dos ativos operacionais da
empresa (Duplicatas a Receber, Estoques) e inversamente proporcional ao
volume de passivos operacionais (fornecedores, obrigações fiscais e obriga-
ções trabalhistas).
251
Princípios básicos da análise de projetos
252
Princípios básicos da análise de projetos
Capital de giro
O capital de giro representa a parcela das fontes permanentes que vão
financiar os investimentos permanentes no giro (NCG). Capital de giro pode
ser definido como a diferença entre as fontes de longo prazo (Patrimônio
Líquido + Exigível a Longo Prazo) e as aplicações de longo prazo (Ativo Per-
manente + Realizável a Longo Prazo).
Importante:
253
Princípios básicos da análise de projetos
Separe as decisões, sempre que uma resolução possa ser tomada iso-
ladamente de outra, visando facilitar a análise e organizar o raciocínio.
Isso se aplica especialmente às decisões de investimento e de financia-
mento, que exceto em alguns casos particulares, não podem ser consi-
deradas isoladamente.
Por outro lado, não se deve inferir que qualquer previsão seja inválida
ou inútil devido à incerteza associada aos dados. Considere a possibi-
lidade das previsões não ocorrerem conforme o esperado e analise as
consequências desse fato em relação à decisão a ser tomada.
255
Princípios básicos da análise de projetos
Com base no fluxo de caixa podemos também tomar uma série de de-
cisões com relação à rentabilidade de um investimento, aprovando os lu-
crativos e negando aqueles que não geram o retorno líquido esperado pela
empresa. Os fluxos de caixa utilizados na representação de projetos de in-
vestimento apresentam quatro características básicas e que não são mutua-
mente exclusivas:
Periodicidade:
256
Princípios básicos da análise de projetos
Duração do fluxo:
periódicos;
postecipados;
finitos.
Tempo
0 1 2 3 4 n
– Saída de
recursos + Entrada de recursos
Investimento
inicial
257
Princípios básicos da análise de projetos
258
Princípios básicos da análise de projetos
259
Princípios básicos da análise de projetos
também quando ele será utilizado. Além de permitir analisar a forma como
uma empresa desenvolve sua política de captação e aplicação de recursos, a
metodologia de elaboração deve tornar possível o acompanhamento entre
o fluxo projetado e o efetivamente realizado, permitindo identificar as varia-
ções ocorridas e as causas dessas variações.
Por exemplo, um forte aumento das vendas projetadas tem que ser ex-
plicado por um conjunto de fatores, tais como: crescimento esperado na de-
manda, investimentos em expansão da capacidade, gastos em publicidade.
Além disso, se as vendas crescem, é esperado um aumento nas contas esto-
ques, duplicatas a receber, fornecedores, o que pode gerar um aumento da
necessidade de capital de giro.
260
Princípios básicos da análise de projetos
Por outro lado, as compras de insumos podem ser feitas a prazo, o que
representará um financiamento adicional espontâneo recebido. A diferença
entre o crescimento no ativo operacional (cíclico) e o passivo operacional
(cíclico) representa o crescimento da necessidade de capital de giro do em-
preendimento. Se essa variação for positiva (como normalmente ocorre em
projetos de expansão) teremos um investimento adicional no projeto (efeito
negativo no fluxo de caixa).
Para aqueles projetos que têm uma vida útil definida, teremos no último
ano do projeto uma recuperação do giro (fluxo positivo), pois os estoques
e as duplicatas a receber não serão mais renovados. Dessa forma, o investi-
mento em capital de giro retornará ao final da vida do projeto.
Fluxos positivos
receitas incrementais;
redução de custos;
261
Princípios básicos da análise de projetos
Fluxos negativos
investimento inicial (terrenos, edificações, máquinas e equipamentos,
despesas pré-operacionais);
impostos adicionais;
262
Princípios básicos da análise de projetos
263
Princípios básicos da análise de projetos
+ Depreciação incremental
– Investimentos de Capital
+ Venda de Ativos
Exemplo 1:
Solução:
264
Princípios básicos da análise de projetos
Onde:
depreciação = (0,04 . R$6.000,00) + (0,1 . R$7.000,00) = R$940.000,00
outros custos fixos = R$5.000,00
custos variáveis ano 1 = 25% . R$40.000,00 = R$10.000,00
custos variáveis ano 2 ao 5 = 25% . R$50.000 mil = R$12.500,00
Necessidade de capital de Giro ano 0 = R$3.000.000,00 (dado)
Necessidade de capital de Giro ano 1 = 10% . R$40.000,00 =
R$4.000.000,00
Necessidade de capital de Giro ano 2 ao 4 = 10% . R$50.000,00 =
R$5.000.000,00
Necessidade de capital de Giro ano 5 = 0 (recuperação do giro)
Vendas de ativos no final do ano 5:
Valor contábil do terreno: R$2.000.000,00
Valor das edificações: R$6.000.000,00 – (R$240.000,00 . 5) =
R$4.800,00
Valor dos equipamentos: R$7.000.000,00 – (R$700.000,00 . 5) =
R$3.500,00
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Vendas Brutas 40.000 50.000 50.000 50.000 50.000
– Impostos s/ Vendas 8.000 10.000 10.000 10.000 10.000
= Vendas Líquidas 32.000 40.000 40.000 40.000 40.000
– depreciação 940 940 940 940 940
– outros custos fixos 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000
– custo variável 10.000 12.500 12.500 12.500 12.500
= Lucro da Atividade 16.060 21.560 21.560 21.560 21.560
– imposto de Renda 5.460 7.330 7.330 7.330 7.330
= Lucro depois I.R. 10.600 14.230 14.230 14.230 14.230
+ depreciação 940 940 940 940 940
– Variação da NCG 3.000 1.000 1.000 0 0 -5.000
+ venda ativos 10.300
– novas imobilizações 15.000
= Fluxo Incremental –18.000 10.540 14.170 15.170 15.170 30.470
265
Princípios básicos da análise de projetos
Exemplo 2:
Solução:
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 a 9 Ano 10
Vendas Brutas 0 0 0 0 0
– Impostos s/ Vendas 0 0 0 0 0
= Vendas Líquidas 0 0 0 0 0
– depreciação 2.000 2.000 2.000 2.000 2.000
– outros custos fixos –6.000 –6.000 –6.000 –6.000 –6.000
– custo variável 0 0 0 0 0
= Lucro da Atividade 4.000 4.000 4.000 4.000 4.000
– imposto de Renda 1.360 1.360 1.360 1.360 1.360
= Lucro depois I.R. 2.640 2.640 2.640 2.640 2.640
+ depreciação 2.000 2.000 2.000 2.000 2.000
– Variação da NCG 0 0 0 0 0
– novas imobilizações 20.000 0 0 0 0 0
+ Venda ativos 2.640 0 0 0 0 3.960
= Fluxo Incremental –17.360 4.640 4.640 4.640 4.640 8.600
Sendo:
= R$2.640,00
266
Princípios básicos da análise de projetos
recursos próprios;
aluguel de equipamentos;
lease back;
267
Princípios básicos da análise de projetos
Fluxos positivos:
receitas incrementais;
novos financiamentos;
redução de custos;
valor residual;
redução da NCG.
Fluxos negativos:
impostos adicionais;
amortização do principal;
– Depreciação/amortização incrementais
– Despesas financeiras
268
Princípios básicos da análise de projetos
– Imposto de Renda
+ depreciação/amortização incrementais
– Investimentos de Capital
– Amortização do principal
+ Novos financiamentos
+ Venda de Ativos
Exemplo:
Solução:
Onde:
270
Princípios básicos da análise de projetos
Solução:
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 a 9 Ano 10
Vendas Brutas 490 630 630 630 630 630 630
– Impostos s/ Vendas 98 126 126 126 126 126 126
Vendas Líquidas 392 504 504 504 504 504 504
– depreciação 80 80 80 80 80 80 80
– outros c. fixos 48 48 48 48 48 48 48
– custo variável 98 126 126 126 126 126 126
Lucro da Atividade 166 250 250 250 250 250 250
– despesas financeiras 62,4 46,8 31,2 15,6 0 0 0
Lucro antes I.R. 103,6 203,2 218,8 234,4 250 250 250
– imposto de renda 35,2 69,1 74,4 79,7 85 85 85
Lucro depois I.R. 68,4 134,1 144,4 154,7 165 165 165
+ depreciação 80 80 80 80 80 80 80
– Variação da NCG 50 48 28 0 0 0 0 –126
– novas imobilizações 800 0 0 0 0 0 0 0
+ Venda ativos 0 0 0 0 0 0 0 132
+ novos financiam. 520 0 0 0 0 0 0 0
– pagamento principal 0 130 130 130 130 0 0 0
Fluxo Incremental –330 –29,6 56,1 94,4 104,7 245 245 503
1
Disponível em: O “Project Management Body of Knowledge” (PMBOK® Guide)1 é uma ex-
<www.pmisp.org.br>.
pressão inclusiva que descreve a soma do conhecimento dentro da profissão
de gerenciamento de projetos. Esse conjunto completo de conhecimentos
inclui conhecimento de práticas tradicionais e comprovadas, as quais são am-
plamente aplicadas, bem como conhecimento de práticas avançadas e inova-
doras que talvez tenham uso mais limitado. O conjunto completo de conheci-
mentos relacionados a gerenciamento de projetos é aquele que reside com os
praticantes e os acadêmicos que o aplicam e o aprimoram.
272
Princípios básicos da análise de projetos
Atividades de aplicação
1. Uma empresa vende atualmente R$32.000.000,00 por ano, com prazo
médio de recebimento de vendas de 60 dias. O pagamento dos in-
sumos e matérias-primas é feito à vista e o produto não requer que
sejam mantidos estoques. Qual é o investimento adicional em capital
de giro caso ocorra um aumento de 50% nas vendas?
Gabarito
1.
t0 t1
Vendas Brutas R$32.000.000,00 R$48.000.000,00
PMRV 60 60
dupl. a receber R$5.333.333,00 R$8.000.000,00
Investimento adicional no giro R$2.666.667,00
2.
t0 t1
Quantidade R$240.000,00 (20.000 × 12) R$480.000,00 (40 000 × 12)
Preços R$1.000,00 R$1.000,00
Vendas Brutas R$240.000.000,00 (Qtde × Preço) R$480.000.000,00 (Qtde × Preço)
PMRV 72 72
Dupl. a receber R$48.000.000,00 (Vendas Brutas / R$96.000.000,00 (Vendas Brutas /
360 × P.M.R.V) 360 × P.M.R.V)
3.
PMP 30
PMROF 20
PMRV = 22 dias
4.
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Vendas Brutas 35.000.000 35.000.000 35.000.000 35.000.000 35.000.000
– Impostos s/ Vendas 5.250.000 5.250.000 5.250.000 5.250.000 5.250.000
Vendas Líquidas 29.750.000 29.750.000 29.750.000 29.750.000 29.750.000
– depreciação 4.000.000 4.000.000 4.000.000 4.000.000 4.000.000
– mão de obra 3.000.000 3.000.000 3.000.000 3.000.000 3.000.000
– matéria-prima 7.000.000 7.000.000 7.000.000 7.000.000 7.000.000
Lucro da Atividade 15.750.000 15.750.000 15.750.000 15.750.000 15.750.000
– imposto de renda 5.355.000 5.355.000 5.355.000 5.355.000 5.355.000
NOPAT 10.395.000 10.395.000 10.395.000 10.395.000 10.395.000
+ depreciação 4.000.000 4.000.000 4.000.000 4.000.000 4.000.000
– novas imobilizações 40.000.000
+ venda de ativos 20.000.000
Fluxo de Caixa Incremental –40.000.000 14.395.000 14.395.000 14.395.000 14.395.000 34.395.000
NOPAT = L. Atividade x (1 – t)
5.
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Vendas Brutas 40.000.000 60.000.000 60.000.000 60.000.000 60.000.000
– Impostos s/ Vendas 8.000.000 12.000.000 12.000.000 12.000.000 12.000.000
Vendas Líquidas 32.000.000 48.000.000 48.000.000 48.000.000 48.000.000
– depreciação 940.000 940.000 940.000 940.000 940.000
– mão de obra 5.000.000 5.000.000 5.000.000 5.000.000 5.000.000
– matéria-prima 10.000.000 15.000.000 15.000.000 15.000.000 15.000.000
Lucro da Atividade 16.060.000 27.060.000 27.060.000 27.060.000 27.060.000
– imposto de renda 5.460.400 9.200.400 9.200.400 9.200.400 9.200.400
L. Atividade x (1 – t) 10.599.600 17.859.600 17.859.600 17.859.600 17.859.600
+ depreciação 940.000 940.000 940.000 940.000 940.000
– variação da NCG 3.000.000 1.000.000 2.000.000 – – -6.000.000
– novas imobilizações 17.000.000
+ venda de ativos 12.300.000
Fluxo de Caixa –20.000.000 10.539.600 16.799.600 18.799.600 18.799.600 37.099.600
Incremental
276
6.
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Vendas Líquidas – – – – – – – – – –
– depreciação 1.650.000 1.650.000 1.650.000 1.650.000 1.650.000 1.650.000 1.650.000 1.650.000 1.650.000 1.650.000
– mão de obra / –7.000.000 –7.000.000 –7.000.000 –7.000.000 –7.000.000 –7.000.000 –7.000.000 –7.000.000 –7.000.000 –7.000.000
manutenção
Lucro da Atividade 5.350.000 5.350.000 5.350.000 5.350.000 5.350.000 5.350.000 5.350.000 5.350.000 5.350.000 5.350.000
– imposto 1.819.000 1.819.000 1.819.000 1.819.000 1.819.000 1.819.000 1.819.000 1.819.000 1.819.000 1.819.000
de renda
L. Atividade x (1 - t) 3.531.000 3.531.000 3.531.000 3.531.000 3.531.000 3.531.000 3.531.000 3.531.000 3.531.000 3.531.000
+ depreciação 1.650.000 1.650.000 1.650.000 1.650.000 1.650.000 1.650.000 1.650.000 1.650.000 1.650.000 1.650.000
- novas 16.500.000 – – – – – – – – – –
imobilizações
+ venda de ativos 1.980.000 – – – – – – – – – 3.960.000
Fluxo de Caixa –14.520.000 5.181.000 5.181.000 5.181.000 5.181.000 5.181.000 5.181.000 5.181.000 5.181.000 5.181.000 9.141.000
Incremental
277
Princípios básicos da análise de projetos
Princípios básicos da análise de projetos
Referências
DRUCKER, Peter. A Administração em Tempos de Crise. 2. ed. São Paulo: Pionei-
ra, 1980.
278
Custo de capital
Introdução
Para calcular o valor presente líquido de um projeto ou o valor econômico
de qualquer tipo de empresa, precisamos de duas informações fundamen-
tais: a projeção do fluxo de caixa do projeto ou da empresa, dependendo do
que se pretende determinar e o cálculo de uma taxa adequada para trazer os
valores projetados para data zero, ou seja, para descontá-los.
1
Como exemplo de ou taxa prime1. O prêmio de risco ou spread é a remuneração adicional exigi-
prêmio de liquidez, po-
demos citar as taxas de da pelo investidor para compensar o risco associado à operação. Quanto
rentabilidade oferecidas
pelas Letras do Tesouro
Nacional e pelos Cer-
maior for o risco a que o capital estiver exposto, maior será esse prêmio.
tificados de Depósito
Interbancário.
Risco
A determinação do custo médio ponderado de capital é totalmente de-
pendente do aspecto risco, uma vez que a percepção de risco do investidor
(sócio) e do financiador (terceiros) altera completamente sua expectativa de
rentabilidade e, consequentemente, o custo para o tomador. Existem dois
tipos de risco afetando a percepção relativa ao custo financeiro dos recursos
para a empresa:
Risco operacional
O risco operacional, risco da operação ou risco do negócio, é determi-
nado pelo grau de incerteza inerente à projeção de resultados da atividade
operacional.
Peso do custo fixo dentro do CPV – uma empresa com elevada propor-
ção de custos fixos fica mais sensível à oscilação nas vendas. Se as ven-
das caírem, ela não terá como diluir os custos fixos e com isso ocorrerá
uma forte queda na margem bruta. Nesse caso, maior será o risco.
282
Custo de capital
Risco financeiro
É definido como o risco gerado pela possibilidade de não pagarmos os
financiamentos concedidos por terceiros (o financiamento concedido pelos
sócios não é motivo de preocupação para o gestor, uma vez que dificilmente
um sócio pediria a falência de sua própria empresa por ausência de remune-
ração sobre o investimento realizado). Esse é afetado pela qualidade (custo e
prazo) das fontes empregadas no financiamento do ativo (aplicações). Quanto
maior é a alavancagem financeira, maior é o risco financeiro.
Uma questão fundamental sobre esses dois tipos de risco é sua relação
de causa e efeito.
Balanço
Passivos circulantes
Empréstimos de longo prazo
283
Custo de capital
Kd efetivo = Kd × (1 – t)
Importante:
A fórmula acima deve ser utilizada apenas para as empresas que apu-
ram o imposto de renda e a contribuição social pelo regime do lucro
real. Para as demais empresas, o cálculo do custo efetivo dos financia-
mentos é obtido da seguinte forma:
Kd efetivo = Kd
284
Custo de capital
Exemplo:
Solução:
1. Cálculo da prestação:
R$6.000.000,00
5 6 7 24
R R R R
i = 3% i = 3%
PV = R$6.000.000,00 PV = R$6.753.052,86
1% × R$6.000.000,00 = R$60.000,00
R$5.940.000
mês
5 6 14 15 24
286
Custo de capital
f REG
5.940.000 g CFo
0 g CFj
4 g Nj
20 g Nj
25 %
Kd efetivo = Kd × (1 – t)
287
Custo de capital
Não há impostos.
r = r f + rr
288
Custo de capital
289
Custo de capital
290
Custo de capital
KS
RM
Rf
Ações defensivas Ações agressivas
beta
1,0
Exemplo:
Rm Ra Rb
–1% –2% –0,4%
–3% –7% –2,0%
2% 3% 1,0%
4% 9% 3,0%
Rm é conjunto dos
3% 7% 1,0% retornos de mercado
(eixo x).
–1% –3% –1,0%
–3% –1% –2,0%
Ra é o conjunto dos
2% 9% 3,0% retornos da empresa.
A (eixo y).
8% 7% 2,0%
1% 6% 2,0%
4% 8% 1,0%
–3% –4% –2,0%
–7% –9% 1,0%
291
Custo de capital
Abscissa
Rm
Ordenada
Ra
Fonte: Microsoft Office Excel 2003.
292
Custo de capital
kj = rf + (rr – rf ) βj
Importante:
Taxa Livre de Risco
Risco País
Prêmio de mercado
Beta
Beta setorial
296
Custo de capital
297
Custo de capital
um spread pelo risco de default, isto é, o risco Brasil. Assim, para se obter o
custo do capital próprio, tendo-se como referência o mercado norte-ameri-
cano, deve-se acrescentar a taxa referente ao risco país.
Exemplo:
Solução:
298
Custo de capital
Exemplo:
299
Custo de capital
Assim você resolve trabalhar com o beta médio setorial a partir da ta-
bela abaixo:
Solução:
300
Custo de capital
i) D / E = 1,9 D = 1,9 . E
ii) D + E = 1,0
1,9 E + E =1,0
CMPC = 11,73%
301
Custo de capital
1
The ‘In’ Thing: Value-
based Pay Systems Are EVA: a ferramenta financeira da década de 19901
the Fad of the Moment in
Compensation Circles”, The
Wall Street Journal, 10 abr.
1997, p. RIO. “The Real Key
O que Coca-Cola, Quaker Oats, Briggs & Stratton e CSX têm em comum?
to Creating Wealth”, Fortu-
ne, p. 38-50, 20 set. 1993.
Entre outras coisas, todas ligaram seu futuro a uma nova maneira de ge-
Apresentado em: Ross,
Westerfield, Jordan. “ Prin-
renciar seu desempenho geral. Essa maneira aparece com diversos nomes,
cípios de Administração Fi-
nanceira “ Segunda Edição
mas a Stern Stewart and Co., da cidade de Nova York, denominou-a de Valor
– 2000. Editora Atlas.
Econômico Agregado, ou EVA. De acordo com o presidente da Quaker, William
Smithburg, “o EVA faz com que os administradores atuem como acionistas. É
a ideologia empresarial autêntica da década de 1990”. Se isso se parece com
maximização da riqueza dos acionistas, há um bom motivo para tanto. Esse
é exatamente o objetivo. Em termos simples, EVA é um método de medir o
desempenho financeiro. Para calcular o EVA, você precisa identificar quem são
os fornecedores de capital de sua empresa e medir o custo desse capital. A
seguir, você identifica quanto capital está alocado a suas operações. Somar os
ativos no balanço é um bom ponto de partida, mas você também precisa con-
siderar outros investimentos, como o treinamento de empregados e as des-
pesas de pesquisa e desenvolvimento. Esses não são ativos em termos contá-
beis, mas são investimentos que têm uma expectativa de gerar benefícios que
se estendem além do exercício corrente. Por fim, você multiplica a quantidade
de capital obtida na Etapa 2 pelo custo de capital obtido na Etapa 1. Esse é o
retorno, em termos monetários, que você deve gerar para os investidores.
Subtraia esse montante de seu lucro operacional líquido e você obtém o EVA.
Um EVA positivo significa que você gerou valor para os investidores, enquanto
um EVA negativo significa que você está destruindo a riqueza dos acionistas.
302
Custo de capital
EVA também pode ser utilizado para instituir planos de incentivo para os
administradores ou como uma ferramenta de alocação de capital entre divi-
sões de grandes empresas. SPX Corp, AT&T e Monsanto são apenas alguns
exemplos de empresas que usam alguma forma de incentivo baseado no
valor (como, por exemplo, vincular o bônus anual de administradores e em-
pregados ao EVA).
303
Custo de capital
304
Custo de capital
Atividades de aplicação
1. Calcule o custo de capital da empresa ABC com base nas seguintes
premissas:
Risco Brasil = 3%
Prêmio de mercado = 6%
2. Calcule o custo de capital próprio da empresa ABC com base nas se-
guintes premissas:
Risco Brasil = 3%
Prêmio de mercado = 6%
D/E = 1,3
t = 34%
305
Custo de capital
Produto
BNDES 1 13,0% R$2.234.445,00 R$290.477,85
BNDES 2 16,0% R$3.430.450,00 R$548.872,00
BNDES 3 12,0% R$890.669,00 R$106.880,28
Debêntures 1 13,0% R$6.200.788,00 R$806.102,44
Debêntures 2 16,0% R$8.400.300,00 R$1.344.048,00
R$21.156.652,00 R$3.096.380,57
alíquota de IR de 34%;
306
Custo de capital
5. Você acredita que o beta igual a 1,7 reflete de modo correto a vola-
tilidade relativa das ações da companhia Delta. A taxa esperada de
retorno de mercado (Rm) como um todo é 11% ao ano e a taxa livre
de risco (Rf ) é de 4% ao ano. A estrutura de capital meta da empresa
(D/E) é igual a 0,8 e o custo da dívida financeira antes do imposto de
renda é de 14% ao ano. A alíquota do imposto de renda é de 34%. Com
base nessas informações, qual é o custo médio ponderado de capital
da Companhia Delta?
307
Custo de capital
Gabarito
1.
2.
3.
Produto
BNDES 1 13,0% R$2.234.445,00 R$290.477,85
BNDES 2 16,0% R$3.430.450,00 R$548.872,00
BNDES 3 12,0% R$890.669,00 R$106.880,28
Debêntures 1 13,0% R$6.200.788,00 R$806.102,44
Debêntures 2 16,0% R$8.400.300,00 R$1.344.048,00
R$21.156.652,00 R$3.096.380,57
4.
Produto
BNDES 1 12,0% R$2.234.445,00 R$268.133,40
BNDES 2 15,0% R$3.430.450,00 R$514.567,50
BNDES 3 11,0% R$890.669,00 R$97.973,59
Debêntures 1 13,0% R$6.234.788,00 R$810.522,44
R$12.790.352,00 R$1.691.196,93
308
Custo de capital
D/E = 1,8
D+E=1
5.
D/E = 0,8
D+E=1
309
Custo de capital
6.
Produto
BNDES 1 13,0% R$1.234.882,00 R$160.534,66
BNDES 2 14,0% R$3.221.900,00 R$451.066,00
Finep 9,0% R$800.435,00 R$72.039,15
Debêntures 12,0% R$5.343.900,00 R$641.268,00
R$10.601.117,00 R$1.324.907,81
310
Custo de capital
Referências
Brigham, Eugene F.; GAPENSKI, Louis C.; EHRHARDT, Michael C. Administração
Financeira. Teoria e prática. Atlas, 2001.
Copeland, Ton; KOLLER, Tim; MURRIN, Jack. Valuation: measuring and mana-
ging the value of companies Mackinsey & Company Inc., 1990.
Hamada, Robert S. The effect of the firm’s capital structure on the sistematic risk
of common stocks. Journal of Finance, maio 1972.
The ‘In’ Thing: Value-based Pay Systems Are the Fad of the Moment in Compensa-
tion Circles”, The Wall Street Journal, 10 abr. 1997, p. RIO. “The Real Key to Creating
Wealth”, Fortune, p. 38-50, 20 set. 1993. Apresentado em: Ross, Westerfield, Jordan.
“ Princípios de Administração Financeira “ Segunda Edição – 2000. Editora Atlas.
311
Principais métodos de avaliação
Introdução
Neste capítulo abordaremos os métodos mais importantes de avaliação
de fluxos de caixa não uniformes, fluxos para os quais não existe nenhuma lei
de formação para as várias entradas e/ou saídas projetadas para refletir uma
alternativa de investimento. Estes métodos são:
Dado que os recursos de capital que uma empresa dispõe são escassos, é
necessária a seleção de projetos que possam aumentar o valor da empresa
para seus proprietários. A partir da definição dos investimentos necessários
(ativo fixo e giro), a estimativa dos recursos a serem gerados e dos custos a
serem incorridos, elabora-se fluxo de caixa incremental a fim de ser escolhi-
da a melhor alternativa com base principalmente no valor presente líquido.
314
Principais métodos de avaliação
315
Principais métodos de avaliação
E
E E
E
tempo
O 1 2 3 4 5 n
S
Onde: I = investimento inicial
n = vida útil do projeto
I
E = entrada de caixa
i = custo de capital
Qual o valor hoje dos fluxos de S = saídas de caixa
entradas e saídas de caixa?
n
[CFj]
VPL =
j=0 (1 + i)j
Importante:
Repare que a fórmula acima indica que o cálculo do VPL é a soma na data
zero, de cada valor futuro, trazido para a data zero, deduzindo do resultado
obtido o valor do investimento inicial.
316
Principais métodos de avaliação
Projeto de investimento
Apresentamos a seguir a representação gráfica da função VPL(i) de um
projeto de investimento simples (uma saída de caixa representando o inves-
timento inicial e uma ou mais entradas de caixa líquidas – diferença entre
entradas e saídas de caixa – consecutivas posteriores):
1 2 3 4 5 6 7
Io
VPL
i
-1 0
Projeto de investimento simples
Projeto de financiamento
Apresentamos a seguir a representação gráfica da função VPL(i) de um
projeto de financiamento simples (uma entrada de caixa indicando as entra-
das de recursos de um empréstimo e uma ou mais saídas de caixa consecuti-
vas posteriores, representando os pagamentos do financiamento):
317
Principais métodos de avaliação
VPL
i para a qual VPL = 0
0
i
-1
Valor positivo:
Valor negativo:
Zero:
Significa que o valor atual das entradas descontadas pela taxa mínima
de atratividade é igual ao valor atual das saídas descontadas pela mes-
ma taxa. Neste caso a aprovação do projeto não gerará nem ganho
nem perda financeira.
318
Principais métodos de avaliação
Importante:
Projetos que apresentam VPL igual a zero, indicam ao gestor que o re-
torno é igual ao mínimo que se deseja ganhar e não que tenhamos
que ser indiferentes a esse tipo de projeto
Exemplo:
Cfo = – R$50.000,00
Cf1 = R$20.000,00
Cf2 = R$10.000,00
319
Principais métodos de avaliação
Cf3 = R$10.000,00
Cf4 = R$15.000,00
Cf5 = R$15.000,00
Solução:
= –R$50.000,00 + R$53.518,00
= R$3.518,45
f REG
20.000,00 g CFj
10.000,00 g CFj
10.000,00 g CFj
15.000,00 g CFj
15.000,00 g CFj
10 i
f NPV 3.518,00
Importante:
320
Principais métodos de avaliação
f REG
20.000,00 g CFj
10.000,00 g CFj
2 g Nj
15.000,00 g CFj
2 g Nj
10 i
f NPV 3.518,00
n
[CFj]
VPL = 0
j=0 (1 + i)j
321
Principais métodos de avaliação
n n
E
E E
E
tempo
O 1 2 3 4 5 n
S
Onde: I = investimento inicial
n = vida útil do projeto
I
E = entrada de caixa
S = saídas de caixa
Qual a taxa que iguala o valor pre- i = taxa interna de
sente dos fluxos de entrada ao valor retorno (incógnita)
presente dos fluxos de saída?
VPL
VPL VPL para o qual i = 0%
TIJ
0
TIR i
-1
VPL para o qual i = 0%
i
-1 0
Projeto de investimento simples Projeto de financiamento simples
322
Principais métodos de avaliação
TIR = TMA
Importante:
Para o cálculo da TIR, não é necessário saber a taxa de desconto. Basta
explicitar o valor do investimento inicial e os fluxos de caixa do projeto.
O valor da TIR é calculado para a sequência de entradas e saídas de
caixa, explicitadas no fluxo de caixa (mensal, semestral, anual etc.).
O cálculo da TIR é baseado em tentativa e erro. Sem auxílio de uma
planilha eletrônica ou calculadora financeira, a determinação da taxa
interna de retorno pode tornar-se um trabalho bastante cansativo.
Ao realizar o cálculo da TIR em uma calculadora ou planilha eletrônica,
é utilizado um processo iterativo onde em cada cálculo é utilizado uma
taxa buscando um VPL igual a zero, continuando o cálculo até obter
essa taxa. Por esse motivo, o cálculo pode demorar vários segundos ou
até mesmo vários minutos.
Por sua própria definição, não existe TIR para um projeto que não te-
nha investimento inicial.
323
Principais métodos de avaliação
Exemplo:
Cfo = – R$20.000,00
Cf1 = R$8.000,00
Cf2 = R$6.000,00
Cf3 = R$6.000,00
Cf4 = R$6.000,00
Cf5 = R$4.000,00
Cf6 = R$4.000,00
Solução:
R$8.000,00 R$6.000,00 R$6.000,00
O = –R$20.000,00 + + +
(1 + i)1 (1 + i)2 (1 + i)3
i = TIR = 20,33%
f REG
8.000,00 g CFj
6.000,00 g CFj
3 g Nj
4.000,00 g CFj
2 g Nj
f IRR 20,33%
324
Principais métodos de avaliação
Exemplo:
Solução:
325
Principais métodos de avaliação
Exemplo:
FC4 FC5
FC3
FC2
FC1
Io
326
Principais métodos de avaliação
327
Principais métodos de avaliação
VPL
TIR B
Taxa
TIR A
Há duas condições básicas que podem fazer com que dois perfis de
VPL se cruzem e assim causar o conflito entre VPL e TIR:
Exemplo:
R$10.985,00
R$8.450,00
R$6.500,00
Taxa de desconto = 25%
R$15.000,00
TIR = 30% > taxa de desconto = 25% projeto deveria ser aceito.
328
Principais métodos de avaliação
Importante:
Esse problema pode ser equacionado com o cálculo da TIR modificada,
como veremos mais adiante.
Exemplo:
R$4.057.200,00 R$2.963.520,00
20%
TIR = 40%
100%
R$882.000,00 R$6.068.160,00
330
Principais métodos de avaliação
Onde: taxa = taxa de juros a ser utilizada para o desconto dos fluxos de
caixa futuros.
valor1, valor2 ... = são os fluxos de caixa futuros (se os fluxos forem
fornecidos individualmente).
Importante:
331
Principais métodos de avaliação
Solução:
Exemplos:
Solução:
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Vendas Brutas 32.000 32.000 32.000 32.000 32.000
– Impostos s/ Vendas 4.800 4.800 4.800 4.800 4.800
Vendas Líquidas 27.200 27.200 27.200 27.200 27.200
– Depreciação 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000
– Outros custos fixos 13.000 13.000 13.000 13.000 13.000
– Custo variável 6.400 6.400 6.400 6.400 6.400
Lucro da Atividade 2.800 2.800 2.800 2.800 2.800
– Imposto de Renda 952 952 952 952 952
Lucro depois I.R. 1.848 1.848 1.848 1.848 1.848
333
Principais métodos de avaliação
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
+ Depreciação 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000
+ Venda ativos 0 0 0 0 25.000
– Novas imobilizações 50.000 0 0 0 0 0
Fluxo Incremental –50.000 6.848 6.848 6.848 6.848 31.848
f REG
6.848,00 g CFj
4 g Nj
31.848,00 g CFj
12 i
f NPV -11.128,82
f IRR 4,57%
334
Principais métodos de avaliação
Solução:
Projeção do lucro da atividade: Vendas Brutas – Impostos s/ Vendas
– depreciação – outros custos fixos – custos variáveis
Onde:
depreciação = (0,04 . R$6.000,00) + (0,1 . R$7.000,00) = R$940.000,00
outros custos fixos = R$5.000,00
custos variáveis ano 1 = 25% . R$40.000,00 = R$10.000,00
custos variáveis ano 2 ao 5 = 25% . R$50.000,00 = R$12.500,00
Necessidade de capital de Giro ano 0 = R$3.000.000,00 (dado)
Necessidade de capital de Giro ano 1= 10% . R$40.000,00 =
R$4.000.000,00
Necessidade de capital de Giro ano 2 ao 4 = 10% . R$50.000,00 =
R$5.000.000,00
Necessidade de capital de Giro ano 5 = 0 (recuperação do giro)
Vendas de ativos no final do ano 5:
335
Principais métodos de avaliação
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Vendas Brutas 40.000 50.000 50.000 50.000 50.000
– Impostos s/ Vendas 8.000 10.000 10.000 10.000 10.000
Vendas Líquidas 32.000 40.000 40.000 40.000 40.000
– Depreciação 940 940 940 940 940
– Outros custos fixos 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000
– Custo variável 10.000 12.500 12.500 12.500 12.500
Lucro da Atividade 16.060 21.560 21.560 21.560 21.560
– Imposto de Renda 5.460 7.330 7.330 7.330 7.330
Lucro depois I.R. 10.600 14.230 14.230 14.230 14.230
+ Depreciação 940 940 940 940 940
1
Esse valor representa – Variação da NCG 3.000 1.000 1.000 0 0 –5.0001
a recuperação do inves-
timento utilizado para o + Venda ativos 10.300
financiamento do giro do
projeto. – Novas imobilizações 15.000
Fluxo Incremental –18.000 10.540 14.170 15.170 15.170 30.470
f REG
10.540,00 g CFj
14.170,00 g CFj
15.170,00 g CFj
2 g Nj
30.470,00 g CFj
15 i
336
Principais métodos de avaliação
f NPV 35.676,77
f IRR 70,61%
337
Principais métodos de avaliação
Solução:
Onde:
(R$)
Ano 2001 Ano 2002 Ano 2003 Ano 2004 Ano 2005 Ano 2006
Vendas Brutas 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000
– Impostos s/ Vendas 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000
Vendas Líquidas 40.000 40.000 40.000 40.000 40.000
– depreciação 3.500 3.500 3.500 3.500 3.500
– outros c. fixos 3.200 3.200 3.200 3.200 3.200
– custo variável 9.000 9.000 9.000 9.000 9.000
Lucro da Atividade 24.300 24.300 24.300 24.300 24.300
– imposto de Renda 8.262 8.262 8.262 8.262 8.262
Lucro depois I.R. 16.038 16.038 16.038 16.038 16.038
+ depreciação 3.500 3.500 3.500 3.500 3.500
– Variação da NCG 10.000 0 0 0 0
– novas imobiliza-
15.000
ções
Fluxo Incremental –15.000 9.538 19.538 19.538 19.538 19.538
+ Valor Residual 106.920
Fluxo Incremental –15.000 9.538 19.538 19.538 19.538 126.458
338
Principais métodos de avaliação
A vida útil contábil do equipamento novo é de dez anos. Faça uma aná-
lise da viabilidade econômica do projeto, com base no VPL e TIR a partir
da projeção do fluxo de caixa incremental por dez anos, sabendo que
a taxa de desconto é de 12% ao ano e a empresa está sujeita a uma
alíquota de imposto de renda de 34%. Suponha na análise que ao final
de dez anos o equipamento novo possa ser vendido por R$6.000,00.
Solução:
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 a 9 Ano 10
Vendas Brutas 0 0 0 0 0
– Impostos s/ Vendas 0 0 0 0 0
Vendas Líquidas 0 0 0 0 0
2
Compreende a dife-
– Depreciação 2.000 2.000 2.000 2.000 2.000 rença entre a economia
de mão de obra direta
– Outros custos fixos –6.000 –6.000 –6.000 –6.000 6.000 e manutenção no valor
de R$6.000,00 e o valor
Lucro da Atividade 2
4.000 4.000 4.000 4.000 4.000 da depreciação anual do
equipamento.
– Imposto de Renda 1.360 1.360 1.360 1.360 1.360
3
Venda ativo antigo =
Lucro depois I.R. 2.640 2.640 2.640 2.640 2.640 R$4.000,00 – R$1.360,00
(Valor da Venda – paga-
+ Depreciação 2.000 2.000 2.000 2.000 2.000 mento de 34% de Imposto
de Renda) = R$2.640,00
– Variação da NCG 0 0 0 0 0
– Novas imobilizações 20.000 0 0 0 0 0 4
Venda ativo no ano 10 =
+ Venda ativos 2.640 3
0 0 0 0 3.9604 R$6.000,00 – R$2.040,00
(Valor da Venda – paga-
Fluxo Incremental –17.360 4.640 4.640 4.640 4.640 8.600 mento de 34% de Imposto
de Renda) = R$3.960,00
339
Principais métodos de avaliação
Sendo:
Solução:
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 a 5 Ano 6 a 9 Ano 10
Vendas Brutas 0 0 0 0 0
– Impostos s/ Vendas 0 0 0 0 0
Vendas Líquidas 0 0 0 0 0
– Depreciação 1.000 1.000 1.000 2.000 2.000
– Outros custos fixos –6.000 –6.000 –6.000 –6.000 6.000
– Custo variável 0 0 0 0 0
Lucro da Atividade 5.000 5.000 5.000 4.000 4.000
– Imposto de Renda 1.700 1.700 1.700 1.360 1.360
Lucro depois I.R. 3.300 3.300 3.300 2.640 2.640
+ Depreciação 1.000 1.000 1.000 2.000 2.000
– Variação da NCG 0 0 0 0 0
– Novas imobilizações 20.000 0 0 0 0 0
+ Venda ativos 6.320 0 0 0 0 3.960
Fluxo Incremental –13.680 4.300 4.300 4.300 4.640 8.600
Sendo:
340
Principais métodos de avaliação
Sabendo-se que ao final dos dez anos a empresa vende tais ativos por
R$200.000,00, calcule a taxa interna de retorno com base no fluxo de
caixa econômico.
341
Principais métodos de avaliação
Solução:
Onde:
342
Principais métodos de avaliação
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 a 9 Ano 10
Vendas Brutas 490 630 630 630 630
– Impostos s/ Vendas 98 126 126 126 126
Vendas Líquidas 392 504 504 504 504
– depreciação 80 80 80 80 80
– outros c. fixos 48 48 48 48 48
– custo variável 98 126 126 126 126
Lucro da Atividade 166 250 250 250 250
– imposto de Renda 56 85 85 85 85
Lucro depois I.R. 110 165 165 165 165
+ depreciação 80 80 80 80 80
– Variação da NCG 50 48 28 0 0 –126
– novas imobilizações 800 0 0 0 0 0
+ Venda ativos 0 0 0 0 0 132
Fluxo Incremental –850 142 217 245 245 503
(R$)
Período Saldo devedor Juros Amortização Prestação
– 520
1 390 62,4 130 192,4
2 260 46,8 130 176,8
3 130 31,2 130 161,2
4 0 15,6 130 145,6
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 a 9 Ano 10
Lucro da Atividade 166 250 250 250 250 250 250
– despesas financeiras 62,4 46,8 31,2 15,6 0 0 0
Lucro antes I.R. 103,6 203,2 218,8 234,4 250 250 250
– imposto de renda 35,2 69,1 74,4 79,7 85 85 85
Lucro depois I.R. 68,4 134,1 144,4 154,7 165 165 165
343
Principais métodos de avaliação
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 a 9 Ano 10
+ depreciação 80 80 80 80 80 80 80
– Variação da NCG 50 48 28 0 0 0 0 –126
– novas imobilizações 800 0 0 0 0 0 0 0
+ Venda ativos 0 0 0 0 0 0 0 132
+ novos financiam. 520 0 0 0 0 0 0 0
– pagamento princi- 0 130 130 130 130 0 0 0
pal
Fluxo Incremental –330 –29,6 56,1 94,4 104,7 245 245 503
1
WESTON, J. Fred; BRI-
GHAM, Eugene F. Funda-
Ampliando seus conhecimentos1
mentos de Administração
Financeira 10 ed. Makron
Books, p. 549-551.
A alocação de capital nas pequenas empresas é tão importante quanto nas
grandes. Na verdade, na falta de acesso aos mercados de capital, muitas vezes
essa alocação é mais importante nas pequenas empresas, porque os recursos
necessários para corrigir erros podem não estar disponíveis. Da mesma forma,
as grandes empresas com orçamento de capital de $ 100 milhões ou mais
distribuem capitais para numerosos projetos de modo que um erro de projeto
pode ser compensado pelo sucesso de outros.
344
Principais métodos de avaliação
345
Principais métodos de avaliação
O argumento mais atraente para o uso do valor presente líquido nas de-
cisões de gasto de capital é que o VPL proporciona uma medida explícita do
efeito do investimento sobre o valor da empresa.
346
Principais métodos de avaliação
Conclusões
347
Principais métodos de avaliação
Atividades de aplicação
1. Um banco estrangeiro financia uma empresa com base no fluxo abaixo.
Admitindo-se que a taxa de desconto do banco é de 11% a.a., determine
o valor presente líquido e a taxa interna de retorno do financiamento.
R$80.000,00
R$60.000,00
3 6 7 8 anos
R$200.000,00
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8
-200.000 0 0 60.000 60.000 60.000 60.000 80.000 80.000
A empresa analisa investir numa nova fábrica que deverá estar pronta
em dois anos. A fábrica necessitará de uma área de 2,5 hectares que
custa R$1.200.000,00. Os investimentos em edificações são estimados
em R$8.000.000,00, metade no primeiro ano e o restante no segun-
do. Os investimentos em máquinas e equipamentos correspondem a
R$9.500.000,00 mais R$500.000,00 para instalação, sendo desembol-
sados no final do segundo ano.
348
Principais métodos de avaliação
349
Principais métodos de avaliação
350
Principais métodos de avaliação
TIR = 9,33%
Perguntas:
351
Principais métodos de avaliação
Gabarito
1.
VPL = –Io + FC1/(1 + r) + FC2/(1 + r)2 + FC3/(1 + r)3 + FC4/(1 + r)4 + FC5/(1
+ r)5 + FC6/(1 + r)6 + FC7/(1 + r)7 + FC8/(1 + r)8
VPL = R$24.327,66
TIR =
f REG
0 g CFj
2 g Nj
60.000,00 g CFj
4 g Nj
80.000,00 g CFj
2 g Nj
TIR = 13,41%
353
354
2.
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12
Preço 4.000 4.160 4.326 4.499 4.679 4.867 5.061 5.264 5.474 5.693 5.921
Principais métodos de avaliação
Quantidade 25.000 25.000 25.000 25.000 25.000 25.000 25.000 25.000 25.000 25.000 25.000
Vendas Brutas – 100.000.000 104.000.000 108.160.000 112.486.400 116.985.856 121.665.290 126.531.902 131.593.178 136.856.905 142.331.181 148.024.428
– Impostos s/
– 20.000.000 20.800.000 21.632.000 22.497.280 23.397.171 24.333.058 25.306.380 26.318.636 27.371.381 28.466.236 29.604.886
Vendas
Vendas
– 80.000.000 83.200.000 86.528.000 89.989.120 93.588.685 97.332.232 101.225.521 105.274.542 109.485.524 113.864.945 118.419.543
Líquidas
– depreciação – 1.320.000 1.320.000 1.320.000 1.320.000 1.320.000 1.320.000 1.320.000 1.320.000 1.320.000 1.320.000 1.320.000
– custos fixos
– 8.000.000 8.320.000 8.652.800 8.998.912 9.358.868 9.733.223 10.122.552 10.527.454 10.948.552 11.386.494 11.841.954
indiretos
– custos
– 65.000.000 67.600.000 70.304.000 73.116.160 76.040.806 79.082.439 82.245.736 85.535.566 88.956.988 92.515.268 96.215.879
variáveis
Lucro da
– 5.680.000 5.960.000 6.251.200 6.554.048 6.869.010 7.196.570 7.537.233 7.891.522 8.259.983 8.643.183 9.041.710
Atividade
– imposto de
– 1.931.200 2.026.400 2.125.408 2.228.376 2.335.463 2.446.834 2.562.659 2.683.118 2.808.394 2.938.682 3.074.181
renda
L. Atividade x
– 3.748.800 3.933.600 4.125.792 4.325.672 4.533.547 4.749.736 4.974.574 5.208.405 5.451.589 5.704.501 5.967.529
(1 – t)
+ depreciação – 1.320.000 1.320.000 1.320.000 1.320.000 1.320.000 1.320.000 1.320.000 1.320.000 1.320.000 1.320.000 1.320.000
– variação da
2.000.000 10.000.000 480.000 499.200 519.168 539.935 561.532 583.993 607.353 631.647 656.913 683.190
N.C.G.
– novas imobi-
5.200.000 14.000.000 – – – – – – – – – – –
lizações
Fluxo de Caixa
–5.200.000 –16.000.000 –4.931.200 4.773.600 4.946.592 5.126.504 5.313.612 5.508.204 5.710.580 5.921.052 6.139.942 6.367.587 6.604.339
Incremental
+ Valor
42.625.204
Residual
Fluxo de Caixa
Incremental –5.200.000 –16.000.000 –4.931.200 4.773.600 4.946.592 5.126.504 5.313.612 5.508.204 5.710.580 5.921.052 6.139.942 6.367.587 49.229.543
após VR
Principais métodos de avaliação
VPL
No Excel –>
TIR
No Excel
TIR = 18,68%
355
356
(R$)
3.
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Lucro da
– 80.000.000 90.000.000 95.000.000 95.000.000 95.000.000 95.000.000 95.000.000 95.000.000 95.000.000
Atividade
VPL
– imposto de
– 27.200.000 30.600.000 32.300.000 32.300.000 32.300.000 32.300.000 32.300.000 32.300.000 32.300.000
renda
L. Atividade x
– 52.800.000 59.400.000 62.700.000 62.700.000 62.700.000 62.700.000 62.700.000 62.700.000 62.700.000
Principais métodos de avaliação
(1 – t)
+ depreciação – 17.500.000 17.500.000 17.500.000 17.500.000 17.500.000 17.500.000 17.500.000 17.500.000 17.500.000
– novas imobi-
200.000.000 150.000.000 – – – – – – – – –
lizações
Fluxo de Caixa
–200.000.000 –150.000.000 70.300.000 76.900.000 80.200.000 80.200.000 80.200.000 80.200.000 80.200.000 80.200.000 80.200.000
Incremental
+ Valor Resi-
– – – – – – – – – – –
dual
Fluxo de Caixa
Incremental –200.000.000 –150.000.000 70.300.000 76.900.000 80.200.000 80.200.000 80.200.000 80.200.000 80.200.000 80.200.000 80.200.000
após VR
No Excel–>
=VPL (0,14; intervalo inicial fluxo caixa incremental após VR: intervalo
final fluxo de caixa incremental após VR) + (–R$200.000.000,00)
TIR
No Excel
= TIR (intervalo inicial fluxo caixa incremental após VR: intervalo final
fluxo de caixa incremental após VR)
TIR = 19,50%
357
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Preço do papel 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500
358
Quantidade de
30.000 35.000 40.000 40.000 40.000 40.000 40.000 40.000 40.000 40.000
papel
Preço da
4.
750 750 750 750 750 750 750 750 750 750
celulose
Quantidade de
24.000 28.000 32.000 32.000 32.000 32.000 32.000 32.000 32.000 32.000
celulose
Vendas Brutas 45.000.000 52.500.000 60.000.000 60.000.000 60.000.000 60.000.000 60.000.000 60.000.000 60.000.000 60.000.000
– Impostos s/
9.000.000 10.500.000 12.000.000 12.000.000 12.000.000 12.000.000 12.000.000 12.000.000 12.000.000 12.000.000
TIR = 9,33%
Vendas
Vendas
36.000.000 42.000.000 48.000.000 48.000.000 48.000.000 48.000.000 48.000.000 48.000.000 48.000.000 48.000.000
Líquidas
Principais métodos de avaliação
– depreciação 7.600.000 7.600.000 7.600.000 7.600.000 7.600.000 7.600.000 7.600.000 7.600.000 7.600.000 7.600.000
– custos fixos
4.000.000 4.000.000 4.000.000 4.000.000 4.000.000 4.000.000 4.000.000 4.000.000 4.000.000 4.000.000
indiretos
– custos com
18.000.000 21.000.000 24.000.000 24.000.000 24.000.000 24.000.000 24.000.000 24.000.000 24.000.000 24.000.000
mat–prima
– custos com
90.000 105.000 120.000 120.000 120.000 120.000 120.000 120.000 120.000 120.000
embalagens
– custos
com insumos 480.000 560.000 640.000 640.000 640.000 640.000 640.000 640.000 640.000 640.000
químicos
Lucro Bruto 5.830.000 8.735.000 11.640.000 11.640.000 11.640.000 11.640.000 11.640.000 11.640.000 11.640.000 11.640.000
– despesas
administra- 500.000 500.000 500.000 500.000 500.000 500.000 500.000 500.000 500.000 500.000
tivas
– despesas
5.
– mão de obra
–8.000.000 –8.000.000 –8.000.000 –8.000.000 –8.000.000 –8.000.000 –8.000.000
/ manutenção
A
– custos com
– – – – – 4.500.000 4.500.000
manutenção
Lucro da
5.000.000 5.000.000 5.000.000 5.000.000 5.000.000 500.000 500.000
Atividade
– imposto de
1.700.000 1.700.000 1.700.000 1.700.000 1.700.000 170.000 170.000
renda
L. Atividade x
TIR = 11,91%
3.300.000 3.300.000 3.300.000 3.300.000 3.300.000 330.000 330.000
(1 – t)
+ depreciação 3.000.000 3.000.000 3.000.000 3.000.000 3.000.000 3.000.000 3.000.000
– novas
30.000.000 – – – – – – –
imobilizações
+ venda de
– – – –
ativos
Fluxo de Caixa
–30.000.000 6.300.000 6.300.000 6.300.000 6.300.000 6.300.000 3.330.000 3.330.000
Incremental
359
Fluxo de Caixa
3.330.000 3.330.000 3.330.000 330.000 330.000 330.000 330.000 330.000
Principais métodos de avaliação
Incremental
(R$)
360
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7
Vendas
– – – – – – –
Líquidas
– depreciação 3.000.000 3.000.000 3.000.000 3.000.000 3.000.000 3.000.000 3.000.000
B
– mão de obra
–8.000.000 –8.000.000 –8.000.000 –8.000.000 –8.000.000 –8.000.000 –8.000.000
/ manutenção
– custos com
– – – – – 4.500.000 4.500.000
manutenção
Lucro da
5.000.000 5.000.000 5.000.000 5.000.000 5.000.000 500.000 500.000
Principais métodos de avaliação
Atividade
– imposto de
TIR = 13,67%
1.700.000 1.700.000 1.700.000 1.700.000 1.700.000 170.000 170.000
renda
L. Atividade x
3.300.000 3.300.000 3.300.000 3.300.000 3.300.000 330.000 330.000
(1 – t)
+ depreciação 3.000.000 3.000.000 3.000.000 3.000.000 3.000.000 3.000.000 3.000.000
– novas imo-
10.000.000 11.000.000 11.000.000 – – – – –
bilizações
Fluxo de Caixa
–10.000.000 –4.700.000 –4.700.000 6.300.000 6.300.000 6.300.000 3.330.000 3.330.000
Incremental
(R$)
Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15
Vendas
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Vendas Brutas 700.000 700.000 700.000 700.000 700.000 700.000 700.000 700.000 700.000 700.000
– Impostos s/
140.000 140.000 140.000 140.000 140.000 140.000 140.000 140.000 140.000 140.000
Vendas
Vendas
560.000 560.000 560.000 560.000 560.000 560.000 560.000 560.000 560.000 560.000
Líquidas
TIR = 18,25%
– depreciação 72.000 72.000 72.000 72.000 72.000 72.000 72.000 72.000 72.000 72.000
– custos fixos
50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000
indiretos
– custos
210.000 210.000 210.000 210.000 210.000 210.000 210.000 210.000 210.000 210.000
variáveis
Lucro Bruto 228.000 228.000 228.000 228.000 228.000 228.000 228.000 228.000 228.000 228.000
– despesas
44.800 44.800 44.800 44.800 44.800 44.800 44.800 44.800 44.800 44.800
com vendas
Lucro da
183.200 183.200 183.200 183.200 183.200 183.200 183.200 183.200 183.200 183.200
Atividade
361
Principais métodos de avaliação
Principais métodos de avaliação
Referências
Weston, J. Fred; BRIGHAM, Eugene F. Fundamentos de Administração Finan-
ceira. 10 ed., Makron Books. p. 549-551.
362
Tópicos especiais sobre
métodos de avaliação
Introdução
Ao analisar o fluxo de caixa de uma alternativa de investimento de recur-
sos, a empresa está na realidade buscando formas de maximizar a rentabili-
dade dos recursos investidos por seus proprietários e, por extensão, aumen-
tar o seu valor. Isso ocorre porque as decisões de investimentos tomadas
hoje, irão, na realidade, determinar o excedente a ser adicionado ao estoque
de capital da empresa, permitindo, por sua vez, seu emprego no futuro para
a produção de bens e serviços.
índice de lucratividade;
taxa de lucratividade;
payback simples;
payback descontado.
366
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
múltiplas TIR’s ou mesmo ter uma única TIR, porém sem significado
econômico, quando se tratar de um fluxo não convencional.
Assim teremos:
VF = VP (1 + TIRM)n
Exemplo:
Solução:
R$10.985,00
R$8.450,00
R$6.500,00
R$15.000,00
367
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
TIR = 30%
VF = R$28.602,60
Onde: Valores = é uma referência a células que contêm números que re-
presentam os fluxos de caixa regulares.
Taxa_financ = é a taxa de juros paga sobre o dinheiro utilizado.
Taxa_reinvest = é a taxa de juros recebida sobre o fluxo de caixa à
medida que este for reinvestido.
368
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
Exemplo:
Importante:
Para que as funções XVPL e XTIR (que consideram fluxos de caixa com pe-
riodicidade irregular) funcionem, é necessário que o suplemento “Ferramen-
tas de Análise” esteja ativado. Para isso escolha: Ferramentas / Suplementos/
Ferramentas de Análise.
369
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
Fórmula no Excel:
Onde: taxa = é a taxa anual de juros compostos a ser utilizada para o des-
conto dos fluxos de caixa futuros.
valores = são os fluxos de caixa que serão utilizados para o cálculo
do XVPL.
datas = são as datas de acontecimento dos fluxos de caixa.
370
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
Importante:
A função XTIR está diretamente relacionada à função XVPL => a taxa de re-
torno calculada pela função XTIR é a taxa de juros correspondente a XVPL = 0.
Fórmula no Excel:
Importante:
1. A taxa interna de retorno obtida pela função XTIR será informada para
um período de 365 dias. Para convertê-la para diferentes períodos de
capitalização basta utilizar o conceito de taxas equivalentes.
371
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
Fórmula no Excel:
Onde: taxa = taxa anual de juros compostos a ser utilizada para o descon-
to dos fluxos de caixa futuros.
valores = fluxos de caixa que serão utilizados para o cálculo do XVPL.
datas = datas de acontecimento dos fluxos de caixa.
Exemplo:
1) R$30.000,00 em 2/10/2008;
2) R$8.000,00 em 14/11/2008;
3) R$10.000,00 em 22/12/2008;
4) R$8.000,00 em 5/1/2009.
Índice de lucratividade
Um dos principais problemas do método do valor presente líquido é apre-
sentar um valor absoluto ao invés de um valor relativo. O método do índice
de lucratividade tenta corrigir isso, pois compara em termos relativos o valor
presente dos fluxos futuros e o valor presente dos investimentos. O índice de
lucratividade de um projeto de investimento é definido pelo quociente entre o
valor presente dos fluxos de caixa futuros do projeto e o investimento inicial.
n
[CFj]
j=1 (1 + i)j
IL =
Io
Exemplo:
I0
373
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
Taxa de rentabilidade
O método taxa de rentabilidade procura relativizar o valor do VPL, ofe-
recendo como resposta uma taxa de rentabilidade. É importante frisar que
essa taxa de retorno não é a taxa interna de retorno. A diferença entre as
duas é que a taxa de rentabilidade mede o retorno do período, enquanto a
TIR mede o retorno periódico, de acordo com a periodicidade do fluxo de
caixa.
TR = VPL / I
Exemplo:
I0
374
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
VPL = R$242,39
Se o payback simples > prazo máximo tolerável, o projeto deve ser re-
jeitado.
375
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
Vantagens do método
1) O método é de fácil aplicação e de fácil interpretação
Desvantagens do método
1) O método não reconhece o valor do dinheiro no tempo.
Exemplo:
Projeto ABC
I0
Payback = 2 + 100/300
376
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
Vantagens do método
1) O método é de fácil aplicação e de fácil interpretação.
Desvantagens do método
1) O método desconsidera os fluxos de caixa gerados após o período de
recuperação dos investimentos.
Exemplo:
I0
377
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
1
Valor presente dos fluxos
de caixa do projeto, des-
Projeto ABC (R$) Valor presente1 (R$) Fluxo acumulado (R$)
contados pela taxa de 10%.
Io = –1.000 – 1.000 – 1.000
FC1 = 650 591 – 409
FC2 = 450 372 – 37
FC3 = 380 285 248
FC4 = 150 102 350
Payback = 2 + 37/285
Payback = 2,13 anos
Exemplos
Solução:
Projeto B
378
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
Projeto A é preferível ao B.
FC (R$ mil)
Investimento inicial – 50.000
Fluxos anuais ano 1 ao 5 12.000
Investimento adicional ano 5 –30.000
Fluxos anuais ano 6 ao 10 14.000
Valor Residual 10.000
R$10.000,00
R$12.000,00 R$14.000,00
1 5 6 10
R$50.000,00 R$30.000,00
Solução:
Pela HP-12C
f REG
379
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
Comparação de alternativas
Do pondo de vista gerencial, todos os eventos que impactem os ativos e
os passivos de uma empresa podem ser considerados como investimento,
fato este que gera um grau de dificuldade extremamente elevado para o
gestor no dia a dia de sua atividade. Do ponto de vista da decisão, o gestor
sempre escolherá a alternativa que possa maximizar o retorno dos proprie-
tários da empresa.
380
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
Projetos independentes
Um projeto de investimento, quando tratado individualmente, é conside-
rado como viável se apresenta:
Exemplos:
VPL = R$2.587,02
TIR = 30,34%
IL = 1,1294
TR = 12,94%
Conclusão: o projeto é considerado viável por todos os indicadores
(VPL > 0; TIR > TMA; IL > 1,0 e TR > 0).
(R$)
Projeto Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
1 –210 90 90 100 100
2 –150 70 70 70 80
3 –180 50 60 60 70
Solução:
Conclusão: para os dois primeiros temos: VPL > 0; TIR>TMA; IL>1,0 e TR>0
e para o terceiro temos VPL < 0; TIR< TMA; IL<1,0 e TR<0, logo, os dois pri-
meiros projetos devem ser aceitos e, o terceiro, rejeitado.
382
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
0
1 2 3 n
CF0
0
1 2 3 n
CF0
0
1 2 3 n
CF0
383
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
que se tira é que a melhor das x alternativas é aquela que tiver o maior valor
futuro. Como o método do valor futuro é pouco usado na prática e como VP
= VF / (1 +i)n, podemos concluir que a proposta que apresenta o maior valor
presente líquido é também aquela que apresenta o maior valor futuro (pois
todos os projetos apresentam o mesmo número de períodos n e mesma taxa
de desconto i) e por isso deve ser a escolhida.
(1+i)n – 1
BAEj = VPLj/
(1 + i)n . i
Exemplo:
384
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
Solução:
(1+i)n – 1
BAEj = VPLj/
(1 + i)n . i
385
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
Exemplo:
386
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
Solução:
VPL
TIR Proj B
Taxa
26,7%
TIR Proj A
TIR A – B??
387
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
Imaginemos que uma empresa precisa escolher a melhor entre duas al-
ternativas mutuamente exclusivas, A e B, representadas a seguir:
388
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
Regra da cadeia
Por esse método converte-se todos os projetos comparáveis para o
mesmo período de tempo. O horizonte das alternativas são igualados numa
data futura que corresponda ao mínimo múltiplo comum dos prazos das al-
ternativas originais.
(1+i)n – 1
BAEj = VPLj/
(1 + i)n . i
389
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
(1+i)n – 1
CAEj = Io/
(1 + i)n . i
390
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
um projeto para evitar custo, e não para ampliar as receitas, a receita gerada
pode ser desconsiderada. Dessa forma, devemos conhecer os custos de cada
alternativa e selecionar aquela que gera os menores custos. Além disso, é
mais fácil estimar custos do que receitas do projeto.
Exemplos:
Solução:
(1+0,1)12 – 1
CAEA = R$13.000,00 /
(1 + 0,1)12 . 0,1
CAEA = R$1.907,87
(1+0,1)8 – 1
CAEB = R$11.000,00 /
(1 + 0,1)8 . 0,1
CAEB = R$2.061,88
391
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
Solução:
(1+0,12)10 – 1
CAEA = R$15.000,00 / + R$5.000,00 =
(1 + 0,12)10 . 0,12
CAEA = R$7.654,76
(1+0,12)8 – 1
CAEB = R$8.000,00 / + R$6.000 =
(1 + 0,12)8 . 0,12
CAEB = R$7.610,42
Solução:
(1+0,15)96 – 1
CAEA = R$500.000,00 / + R$ 5.000,00 =
(1 + 0,15)96 . 0,15
CAE = R$9.861,61 + R$5.000 = R$14.861,61
00 = 4. Suponha três projetos independentes, ou seja, não há restrições de
serem aceitos ao mesmo tempo desde que sejam viáveis. O custo de
capital da empresa é de 18% ao ano. Calcule o VPL, TIR, MTIR, IL e TR.
Projeto Ano 0 (R$) Ano 1 (R$) Ano 2 (R$) Ano 3 (R$) Ano 4 (R$) Ano 5 (R$)
1 –120 35 35 40 40 45
2 –250 60 80 780 80 90
3 –190 40 60 70 70 80
392
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
Solução:
Projeto Ano 0 (R$) Ano 1 (R$) Ano 2 (R$) Ano 3 (R$) Ano 4 (R$) Ano 5 (R$)
A –1.000 400 350 350 350 900
B –500 300 300 200 200 200
Solução:
VPL TIR
A R$490,18 32%
B R$333,00 44%
Projeto Ano 0 (R$) Ano 1 (R$) Ano 2 (R$) Ano 3 (R$) Ano 4 (R$) Ano 5 (R$)
A –1.000 400 350 350 350 900
B –500 300 300 200 200 200
A–B –500 100 50 150 150 700
393
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
VPL TIR
A R$490,18 32%
B R$333,00 44%
A–B R$157,18 24%
394
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
395
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
Atividades de aplicação
1. Calcule a taxa interna de retorno modificada para o fluxo a seguir, con-
siderando uma taxa de reaplicação de 12% ao ano. Compare esse re-
sultado com a TIR.
R$10.005,00
R$9.420,00
TMA 12%
R$6.800,00
R$18.000,00
R$12.005,00
R$9.580,00
TMA = 13%
R$7.800,00
R$22.000,00
I0
396
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
FC3 FC4
FC2
FC1
I0
Projeto (R$)
Io = –1.200
FC1 = 800
FC2 = 700
FC3 = 800
FC3 = 900
FC3 FC4
FC2
FC1
I0
Projeto (R$)
Io = –1.000
FC1 = 600
FC2 = 600
FC3 = 800
FC3 = 800
397
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
(R$)
Proposta Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
A –800 700 700
B –800 400 400 400 400
Gabarito
1.
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3
–18.000 6.800 9.420 10.005
2.
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3
–22.000 7.800 9.580 12.005
398
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
3.
Projeto (R$)
Io = –900
FC1 = 400
FC2 = 400
FC3 = 360
FC4 = 500
4.
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Fluxo de Caixa –1.200 800 700 800 900
(R$)
Fluxo de Caixa –1.200 400 300 1.100 2.000
5.
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Fluxo de Caixa –1.000 600 600 800 800
Taxa de desconto 10% ao ano
Fluxo de Caixa
–1.000 545 496 601 546
(valor atual)
Fluxo de caixa acumulado –1.000 –455 41 642 1.189
399
Tópicos especiais sobre métodos de avaliação
6.
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Fluxo de caixa A –800 700 700 – –
Fluxo de caixa B –800 400 400 400 400
VPL A = R$383,04
VPL B = R$414,94
BAE projeto A = R$383,04 / {[(1 + 0,12)2 – 1] / [(1 + 0,12)2 . 0,12]} =
R$226,64
BAE projeto B = R$414,94 / {[(1 + 0,12)4 – 1] / [(1 + 0,12)4 . 0,12]} =
R$136,61
O projeto A é melhor.
Referências
Brigham, Eugene F., HOUSTON, Joel F. Fundamentos da Moderna Administa-
ção Financeira. Campus.
400
Introdução à análise de risco
Introdução
O crescimento e a própria sobrevivência das empresas depende da qua-
lidade das decisões tomadas por seus executivos. Grande parte dessas de-
cisões é baseada em projeções, a partir da utilização de uma série de pre-
missas dinâmicas relacionadas ao negócio, tais como concorrência, inovação
tecnológica, preferências do consumidor, evolução dos preços dos fatores
de produção e outras relacionadas à situação político-econômica, como por
exemplo, taxas de juros, nível de renda, inflação e câmbio.
Análise de sensibilidade
É uma ferramenta de grande utilidade para identificar as variáveis mais
sensíveis de um projeto, focalizando a atenção dos executivos naquilo que
realmente impactará o fluxo do projeto. Através da análise de sensibilidade
se mede a variação de uma variável de saída do modelo (como por exemplo,
o VPL, TIR etc.) devido a alterações para cima ou para baixo para cada uma
das variáveis de entrada (como por exemplo, preço de venda, quantidades
vendidas etc.), de modo que a magnitude da alteração da variável de saída
indique a sensibilidade do projeto em relação a essas variáveis de entrada.
Exemplo:
Matérias-primas: R$600,00
Energia: R$60,00
404
Introdução à análise de risco
Solução:
R$28.000,00
1 10 anos
R$80.000,00
Análise de sensibilidade
405
Introdução à análise de risco
406
Introdução à análise de risco
VPL do projeto
120.000
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
Concluímos que a produção e o preço são as variáveis que têm mais in-
fluência sobre o valor presente líquido do projeto (quanto maior a inclinação
com relação ao eixo do VPL – eixo vertical – maior a influência da variável
sobre o VPL, consequentemente, mais sensível ela é).
407
Introdução à análise de risco
Exemplos:
1. Uma empresa resolve investir R$ 80.000.000,00 para lançar um novo pro-
duto com capacidade instalada de 240 000 toneladas/ano. O horizonte de
planejamento é de dez anos sem valor residual. O preço de venda estima-
do é de R$1.200,00 / tonelada, para uma produção estimada de 200 000
toneladas/ ano. Os custos operacionais, por unidade de produto, são:
Matérias-primas R$600,00
Mão de obra direta R$200,00
Energia R$60,00
Outros custos R$40,00
Solução:
(1 + i)n – 1
VPL = – R$80.000,00 + PMT .
(1 + i)n . i
onde PMT = FCI = 1.200 q – 600 q – 200 q – 60 q – 40 q – 32.000.
qo = R$166.004,00
40.000
20.000
0
(20.000) – 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000
(40.000)
(60.000)
Produção (R$)
408
Introdução à análise de risco
R$24.000,00 . [(1+0,12)15 – 1]
VPL = R$135.000,00 +
0,12 . (1+0,12)15
VPL = –R$135.000,00 + R$163.460,75
VPL = R$28.460,75
R$9.000,00] . [(1+0,12) – 1]
15
0,12 . (1+0,12)15
[(1+0,12)15 – 1]
0 = –R$135.000,00 + 0,5 Rmin .
0,12 . (1+0,12)15
0 = –R$135.000,00 + 0,5. Rmin . 6,8109
Rmin = R$39.642,54
Solução:
R$
Fluxo de Caixa Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 a 10 Ano 11 a 14 Ano 15
Vendas Brutas 48.000 48.000 48.000 48.000 48.000
– Impostos s/ Vendas 9.600 9.600 9.600 9.600 9.600
= Vendas Líquidas 38.400 38.400 38.400 38.400 38.400
– Depreciação 9.000 9.000 9.000 9.000 9.000
– Custos desembolsáveis 14.400 14.400 14.400 14.400 14.400
= Lucro da Atividade 15.000 15.000 15.000 15.000 15.000
– Imposto de Renda 5.100 5.100 5.100 5.100 5.100
= Lucro depois I.R. 9.900 9.900 9.900 9.900 9.900
410
Introdução à análise de risco
R$
Fluxo de Caixa Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 a 10 Ano 11 a 14 Ano 15
– Depreciação 9.000 9.000 9.000 9.000 9.000
– Novas imobilizações –135.000
= Fluxo Incremental –135.000 18.900 18.900 18.900 18.900 18.900
...+
(1+0,12)15
VPL= – R$6.274,66 (VPL negativo, projeto inviável)
R$9.000,00] . [(1+0,12) – 1]
15
0,12 . (1+0,12)15
Rmin = R$50.791,42
Solução:
(R$)
Fluxo de Caixa Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 a 8 Ano 9 a 14 Ano 15
Vendas Brutas 48.000 48.000 48.000 48.000 48.000
– Impostos s/ Vendas 9.600 9.600 9.600 9.600 9.600
= Vendas Líquidas 38.400 38.400 38.400 38.400 38.400
– Depreciação 16.875 16.875 16.875 0 0
– Custos desembolsáveis 14.400 14.400 14.400 14.400 14.400
= Lucro da Atividade 7.125 7.125 7.125 24.000 24.000
– Imposto de renda 2.423 2.423 2.423 8.160 8.160
= Lucro depois I.R. 4.702 4.702 4.702 15.840 15.840
+ Depreciação 16.875 16.875 16.8750 0 0
– Novas imobilizações –135.000
= Fluxo Incremental –135.000 21.577 21.577 21.577 15.840 15.840
R$5.737,00
R$15.840,00
R$135.000,00
0,12 (1+0,12)8
VPL = –R$135.000,00 + R$107.884,09 + R$28.499,35
VPL = R$1.383,44
412
Introdução à análise de risco
Rmin = R$47.383,16
Solução:
413
Introdução à análise de risco
R$
Fluxo de caixa Ano 0 Ano 1 Ano 2 – Ano 15
Vendas Brutas 48.000 80.000 – 80.000
– Impostos s/ Vendas 9.600 16.000 – 16.000
= Vendas Líquidas 38.400 64.000 – 64.000
– Depreciação 9.000 9.000 – 9.000
– Custos desembolsáveis 14.400 24.000 – 24.000
= Lucro da Atividade 15.000 31.000 – 31.000
– Imposto de Renda 5.100 10.540 – 10.540
= Lucro depois I.R. 9.900 20.460 – 20.460
+ Depreciação 9.000 9.000 – 9.000
– Novas imobilizações –135.000
= Fluxo Incremental –135.000 18.900 29.460 – 29.460
TIR=18,96% a.a.
Análise de cenários
Assim como o método da análise de sensibilidade, o método de análise
de cenários é extremamente simples. Este último método permite que seja
alterada mais de uma variável de entrada (premissas do modelo utilizadas
para avaliar o impacto no retorno de um projeto a partir de cenários prede-
terminados), possibilitando, dessa forma, que simulemos a combinação dos
efeitos das mudanças dessas premissas na variável de resposta do modelo
que está sendo analisada.
414
Introdução à análise de risco
Exemplo:
Com base no recurso do Gerenciador de Cenários do Excel, determi-
ne o retorno do projeto com base em cenários otimista, pessimista e
esperado (mais provável), avaliando o efeito conjunto das premissas
mais sensíveis para cada um desses cenários.
415
Introdução à análise de risco
Dados do projeto:
Importante:
investimento inicial;
vendas brutas;
= MTIR (B31: J31; B12; B12 = TIR (B31: J31) = VPL (B12; C31: J31) – B4
Fonte: Microsoft Office Excel 2003.
Premissas
do projeto
Importante:
417
Introdução à análise de risco
25.000,0
20.000,0
15.000,0
10.000,0
5.000,0
% de Variação
2.º) Definir com os especialistas os valores que serão assumidos pelas pre-
missas nos diversos cenários considerados.
Exemplo:
419
Introdução à análise de risco
Clicar em Resumir:
420
Introdução à análise de risco
O nome desta técnica deve-se à roleta de Monte Carlo, que gera números ale-
atórios. Há muitos anos já era utilizada em outras áreas da ciência, quando David
Hertz, da consultoria McKinsey & Co., sugeriu o seu uso na avaliação de investi-
mentos de capital, num artigo publicado na “Harvard Business Review” em 1979.
421
Introdução à análise de risco
422
Introdução à análise de risco
423
Introdução à análise de risco
Atividades de aplicação
1. Determinada empresa trabalha a plena capacidade, tendo obtido um fa-
turamento de R$35.000.000,00 no último ano. Com base num estudo de
mercado, suas vendas poderiam crescer 40% no próximo ano. Para tanto,
a empresa deverá realizar um investimento total de R$15.000.000,00, sa-
bendo-se que a vida útil contábil e econômica do projeto é de dez anos.
424
Introdução à análise de risco
Matérias-primas R$700,00
425
Introdução à análise de risco
426
(R$)
1.
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Gabarito
Vendas Brutas 14.000.000 14.000.000 14.000.000 14.000.000 14.000.000 14.000.000 14.000.000 14.000.000 14.000.000 14.000.000
– Impostos s/ Vendas 2.520.000 2.520.000 2.520.000 2.520.000 2.520.000 2.520.000 2.520.000 2.520.000 2.520.000 2.520.000
Vendas Líquidas 11.480.000 11.480.000 11.480.000 11.480.000 11.480.000 11.480.000 11.480.000 11.480.000 11.480.000 11.480.000
– depreciação 1.500.000 1.500.000 1.500.000 1.500.000 1.500.000 1.500.000 1.500.000 1.500.000 1.500.000 1.500.000
– custos desembolsáveis 4.480.000 4.480.000 4.480.000 4.480.000 4.480.000 4.480.000 4.480.000 4.480.000 4.480.000 4.480.000
Lucro da Atividade 5.500.000 5.500.000 5.500.000 5.500.000 5.500.000 5.500.000 5.500.000 5.500.000 5.500.000 5.500.000
– imposto de renda 1.870.000 1.870.000 1.870.000 1.870.000 1.870.000 1.870.000 1.870.000 1.870.000 1.870.000 1.870.000
L. Atividade x (1 – t) 3.630.000 3.630.000 3.630.000 3.630.000 3.630.000 3.630.000 3.630.000 3.630.000 3.630.000 3.630.000
+ depreciação 1.500.000 1.500.000 1.500.000 1.500.000 1.500.000 1.500.000 1.500.000 1.500.000 1.500.000 1.500.000
– novas
15.000.000 – – – – – – – – – –
imobilizações
Fluxo de Caixa Incremental após VR 15.000.000 5.130.000 5.130.000 5.130.000 5.130.000 5.130.000 5.130.000 5.130.000 5.130.000 5.130.000 5.130.000
TIR = 32,08%
427
Introdução à análise de risco
R$
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Capacidade
240.000 240.000 240.000 240.000 240.000 240.000 240.000 240.000 240.000 240.000 240.000
428
máxima
quantidade
230.000 230.000 230.000 230.000 230.000 230.000 230.000 230.000 230.000 230.000 230.000
estimada
Preço 1.400,00 1.400,00 1.400,00 1.400,00 1.400,00 1.400,00 1.400,00 1.400,00 1.400,00 1.400,00 1.400,00
2.
Vendas líquidas 322.000.000 322.000.000 322.000.000 322.000.000 322.000.000 322.000.000 322.000.000 322.000.000 322.000.000 322.000.000 322.000.000
– depreciação 17.000.000 17.000.000 17.000.000 17.000.000 17.000.000 17.000.000 17.000.000 17.000.000 17.000.000 17.000.000 17.000.000
– custos com
161.000.000 161.000.000 161.000.000 161.000.000 161.000.000 161.000.000 161.000.000 161.000.000 161.000.000 161.000.000 161.000.000
mat–prima
Introdução à análise de risco
– custos com
46.000.000 46.000.000 46.000.000 46.000.000 46.000.000 46.000.000 46.000.000 46.000.000 46.000.000 46.000.000 46.000.000
mão obra direta
– outros custos
23.000.000 23.000.000 23.000.000 23.000.000 23.000.000 23.000.000 23.000.000 23.000.000 23.000.000 23.000.000 23.000.000
variáveis
– custos fixos
28.000.000 28.000.000 28.000.000 28.000.000 28.000.000 28.000.000 28.000.000 28.000.000 28.000.000 28.000.000 28.000.000
desembolsáveis
Lucro da
47.000.000 47.000.000 47.000.000 47.000.000 47.000.000 47.000.000 47.000.000 47.000.000 47.000.000 47.000.000 47.000.000
Atividade
– imposto de
15.980.000 15.980.000 15.980.000 15.980.000 15.980.000 15.980.000 15.980.000 15.980.000 15.980.000 15.980.000 15.980.000
renda
L. Atividade
31.020.000 31.020.000 31.020.000 31.020.000 31.020.000 31.020.000 31.020.000 31.020.000 31.020.000 31.020.000 31.020.000
x (1 – t)
+ depreciação 17.000.000 17.000.000 17.000.000 17.000.000 17.000.000 17.000.000 17.000.000 17.000.000 17.000.000 17.000.000 17.000.000
– novas
–170.000.000 – – – – – – – – – – –
imobilizações
Fluxo de Caixa
Incremental –170.000.000 48.020.000 48.020.000 48.020.000 48.020.000 48.020.000 48.020.000 48.020.000 48.020.000 48.020.000 48.020.000 48.020.000
após VR
3.
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Vendas Brutas 35.000.000 35.000.000 35.000.000 35.000.000 35.000.000
– Imposto s/ Vendas 5.250.000 5.250.000 5.250.000 5.250.000 5.250.000
Vendas Líquidas 29.750.000 29.750.000 29.750.000 29.750.000 29.70.000
– depreciação 4.200.00 4.200.000 4.200.000 4.200.000 4.200.000
– custos com mão de obra 3.000.000 3.000.000 3.000.000 3.000.000 3.000.000
– custos mat–prima 7.000.000 7.000.000 7.000.000 7.000.000 7.000.000
Lucro da atividade 15.550.000 15.550.00 15.550.000 15.550.000 15.550.000
– imposto de renda 5.287.000 5.287.000 5.287.000 5.287.000 5.287.000
L. Atividade x (1–t) 10.263.000 10.263.000 10.263.000 10.263.000 10.263.000
+ depreciação 4.200.000 4.200.000 4.200.000 4.200.000 4.200.000
+ venda de ativos 21.000.000
– novas imobilizações 42.000 – – – – –
Fluxo de Caixa Incremental após VR 42.000 14.463.000 14.163.000 14.463.000 14.463.000 35.463
Taxa de desconto = ao ano
4.
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Vendas Brutas 40.000.000 40.000.000 40.000.000 40.000.000 40.000.000
– Imposto s/ Vendas 7.200.000 7.200.000 7.200.000 7.200.000 7.200.000
Vendas Líquidas 32.800.000 32.800.000 32.800.000 32.800.000 32.800.000
– depreciação 4.200.000 4.200.000 4.200.000 4.200.000 4.200.000
– custos desembolsáveis 11.200.000 11.200.000 11.200.000 11.200.000 11.200.000
Lucro da Atividade 17.400.000 17.400.000 17.400.000 17.400.000 17.400.000
– imposto de renda 5.916.000 5.916.000 5.916.000 5.916.000 5.916.000
NOPAT 11.484.000 11.484.000 11.484.000 11.484.000 11.484.000
+ depreciação 4.200.000 4.200.000 4.200.000 4.200.000 4.200.000
+ venda de ativos
– novas imobilizações 110.000.000
Fluxo de Caixa Incremental –110.000.000 15.684.000 15.684.000 15.684.000 15.684.000 104.684.000
5.
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Vendas Brutas 42.000.000 42.000.000 42.000.000 42.000.000 42.000.000
VPL = 27.579.048
TIR = 50,16%
VPL (R$)
Custos Fixos (R$)
27.579.048
6.600.000 26.151.557
6.300.000 26.865.302
6.000.000 27.579.048
5.700.000 28.292.794
5.400.000 29.006.539
430
Introdução à análise de risco
6.
(R$)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 ----------- Ano 9 Ano 10
Vendas Brutas – – – – –
–Impostos s/ Vendas – – – – –
Vendas Líquidas – – – – –
–depreciação 1.800.000 1.800.000 1.800.000 ---------------- 1.800.000 1.800.000
–custos desembolsáveis – 8.000.000 – 8.000.000 – 8.000.000 ---------------- – 8.000.000 – 8.000.000
Lucro de Atividade 6.200.000 6.200.000 6.200.000 ----------------- 6.200.000 6.200.000
–Imposto de renda 2.108.000 2.108.000 2.108.000 ----------------- 2.108.000 2.108.000
NOPAT 4.092.000 4.092.000 4.092.000 ----------------- 4.092.000 4.092.000
+ depreciação 1.800.000 1.800.000 1.800.000 ----------------- 1.800.000 1.800.000
+ venda de ativos 3.300.000 – 3.960.000
–novas imobilizações 18.000.000 – – – – –
Fluxo de caixa incremental –14.700.000 5.892.000 5.892.000 5.892.000 ----------------- 5.892.000 9.852.000
VPL = R$19.866.128,00
TIR = 38,98%
VPL (R$)
Red. Custos (R$)
19.866.128
– 8.800.000 22.849.446
– 8.400.000 21.357.787
– 8.000.000 19.866.128
– 7.600.000 18.374.469
– 7.200.000 16.882.810
Referências
Brigham, E. F.; EHRHARDT, M. C. Administração Financeira – teoria e prática.
Thomson, 2006.
431