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MATERIAL DIDÁTICO
PROPRIEDADE, DESAPROPRIAÇÃO E
LEI DE PROTESTOS
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 57
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO
Desde um passado bem remoto, a propriedade foi alvo de filósofos,
economistas, juristas e outros estudiosos que buscaram determinar a origem,
evolução, regime, função social e função individual da propriedade.
A verdade é que desde a antiguidade, o homem teve a necessidade de
demarcar sua área, seu espaço, de adquirir bens que lhe garantissem a segurança
e, desde então, podemos dizer que o Direito de Propriedade é o mais importante de
todos os direitos subjetivos, portanto nosso primeiro conteúdo a ser analisado neste
módulo.
A Desapropriação enquanto “transferência compulsória da propriedade
particular para o poder público ou seus delegados, por necessidade ou utilidade
pública, ou por interesse social, mediante prévia e justa indenização (...)”
(MEIRELLES, 1994, p. 303) também será objeto de estudo.
Evidentemente que não poderíamos deixar sem comentos a Lei de
Protestos, Lei nº 9.492, de 10 de setembro de 1997, que regula os serviços
concernentes ao protesto de títulos e, devido, dentre outros motivos, sua importância
no sistema econômico de nosso país, por abranger o crédito, verdadeiro instrumento
de subsistência de qualquer sociedade.
Ressaltamos em primeiro lugar que embora a escrita acadêmica tenha como
premissa ser científica, baseada em normas e padrões da academia, fugiremos um
pouco às regras para nos aproximarmos de vocês e para que os temas abordados
cheguem de maneira clara e objetiva, mas não menos científicos. Em segundo lugar,
deixamos claro que este módulo é uma compilação das ideias de vários autores,
incluindo aqueles que consideramos clássicos, não se tratando, portanto, de uma
redação original e tendo em vista o caráter didático da obra, não serão expressas
opiniões pessoais.
Ao final do módulo, além da lista de referências básicas, encontram-se
outras que foram ora utilizadas, ora somente consultadas, mas que, de todo modo,
podem servir para sanar lacunas que por ventura venham a surgir ao longo dos
estudos.
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Pelo Código Napoleônico, o direito de propriedade "é o direito de gozar e de dispor das coisas da
maneira mais absoluta, desde que não se faça uso proibido pelas leis e regulamentos".
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Pio XI, na Encíclica Quadragesimo Anno, afirma que o “direito de possuir bens individualmente não
provem da lei dos homens, mas da natureza; a autoridade pública não pode aboli-lo, porém, somente
regular o seu uso e acomodá-lo ao bem do homem”.
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dono dessa coisa (Artigo 1196 do CC/02), salvo os casos de detenção já vistos
(Artigo 1.198 de CC/02). Sabemos também que o proprietário, mesmo que deixe de
ocupar a coisa, mesmo que perca o contato físico sobre a coisa, continua por uma
ficção jurídica seu possuidor indireto, podendo proteger a coisa contra agressões de
terceiros (Artigo 1197 do CC/02).
Quanto aos poderes inerentes à propriedade (referidos no art. 1.196), eles
são três, sobre os quais falamos anteriormente: o uso, a fruição (ou gozo) e a
disposição, conforme artigo 1228 do CC/02. Então, todo aquele que usa, frui ou
dispõe de um bem é seu possuidor (Artigo 1196 do CC/02). É por isso que a
propriedade é conhecida como um direito complexo, porque é a soma de três
atributos/poderes/faculdades.
Para adquirir a posse de um bem, basta usar, fruir ou dispor desse bem.
Pode ter apenas um, dois ou os três poderes inerentes à propriedade que será
possuidor da coisa (Artigo 1204 do CC/02: “em nome próprio” para diferenciar a
posse da detenção do 1.198 do CC/02). É por isso que pode haver dois possuidores
(o direto e o indireto), pois a posse pertence a quem tem o exercício de algum dos
três poderes inerentes ao domínio (SILVA JUNIOR, 2012).
Perde-se a posse quando a pessoa deixa de exercer sobre a coisa qualquer
dos três poderes inerentes ao domínio, conforme Artigos 1.223, 1.224, 1196 e 1204,
do C.C/02.
Chegamos à ‘propriedade’! O mais importante e complexo direito real. É o
único direito real sobre a coisa própria, pois os demais direitos reais do art. 1.225 do
CC/02 são direitos reais sobre coisas alheias.
Nosso ordenamento protege a propriedade a nível constitucional (Artigo 5º,
XXII e 170, II da CF/88). A propriedade é mais difícil de ser percebida do que a
posse, pois a posse está no mundo da natureza, enquanto a propriedade está no
mundo jurídico.
O Código Civil em seu Artigo 1.228 conceitua o direito de propriedade como:
o direito de usar, gozar e dispor da coisa, bem como de reavê-la do poder de quem
quer que injustamente a possua ou detenha.
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UNIDADE 4 - DESAPROPRIAÇÃO
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justo preço em títulos da dívida pública, com cláusula de preservação de seu valor
real, e por uso nocivo da propriedade, hipótese em que não haverá indenização de
qualquer espécie (art. 243 da CF)”.
O interesse público (como gênero) e a necessidade pública, a utilidade
pública, o interesse social, o interesse social para fins de reforma agrária, o
interesse social para o desenvolvimento da política urbana e o interesse social para
erradicação de propriedade nociva (enquanto espécies) são a mola propulsora da
desapropriação.
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consumo, está absorvida pela desapropriação por interesse social para fins de
reforma agrária (HARADA, 2005).
Os casos mais comuns de desapropriação por interesse social são os dos
incisos IV e V. Na hipótese do inciso IV, normalmente, ela é decretada para impedir
a reintegração de posse por parte do proprietário do imóvel, com o que traria graves
problemas sociais. Daí por que a lei exige como requisito para desapropriar a
existência de núcleos residenciais de mais de 10 (dez) famílias.
KIYOSHI HARADA (2005) lembra que todas as desapropriações decretadas
com base nesse inciso legal, durante mais de duas décadas em que integrou o
Departamento de Desapropriações da Prefeitura de São Paulo, tiveram por
motivação a necessidade de impedir o cumprimento do mandado de reintegração de
posse pelo proprietário da gleba invadida, evitando que fiquem ao relento dezenas
de famílias.
As desapropriações pelo inciso V intensificam-se em períodos de governos
comprometidos com a melhoria de condições de vida dos hipossuficientes. Às
vezes, ocorre desapropriação-meio para viabilizar a desapropriação-fim, por
utilidade pública. Em outras palavras, a desapropriação por utilidade pública, para
execução de obras ao longo de um córrego, por exemplo, pode implicar remoção de
centenas de famílias humildes, que esgota a capacidade do serviço de assistência
social da entidade expropriante, ensejando prévia construção de casas populares,
hipótese em que se fará a desapropriação por interesse social.
O prazo para desapropriar é de 2 (dois) anos a contar da declaração de
interesse social (art. 3º).
O art. 4º determina a venda ou locação dos bens expropriados a quem
estiver em condições de dar-lhes destinação social prevista. É claro que no caso de
desapropriação para manutenção de posseiros em terrenos urbanos (inciso IV)
descabe falar-se em venda ou locação.
Desapropriação por interesse social para fins de reforma agrária é espécie
prevista no art. 184 da CF e só pode atingir o imóvel rural que não esteja cumprindo
a função social e a justa indenização é paga em títulos da dívida agrária, resgatáveis
em até 20 anos, com exceção das benfeitorias úteis e necessárias, que serão
indenizadas em dinheiro.
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2. Os emitentes de cheques.
3. Os sacados nas letras de câmbio.
4. Os sacados nas duplicatas.
5. Indicados pelo apresentante ou credor como responsáveis pelo
cumprimento da obrigação.
O registro do protesto e seu instrumento deverão conter:
1. Data e número de protocolização.
2. Nome do apresentante e endereço.
3. Reprodução ou transcrição do documento ou das indicações feitas pelo
apresentante e declarações nele inseridas.
4. Certidão das intimações feitas e das respostas eventualmente oferecidas.
5. Indicação dos intervenientes voluntários e das firmas por eles honradas.
6. A aquiescência do portador ao aceite por honra.
7. Nome, número do documento de identificação do devedor e endereço.
8. Data e assinatura do Tabelião de Protesto, de seus substitutos ou de
Escrevente autorizado.
Tratando-se de arquivos conservados por gravação eletrônica da imagem,
cópia reprográfica ou micrográfica do título ou documento de dívida, dispensam-se a
sua transcrição literal e as declarações nele inseridas no registro e no instrumento.
Todos os termos dos protestos lavrados, inclusive para fins especiais, por
falta de pagamento, de aceite ou de devolução, serão registrados em um único livro.
Referidos termos conterão as anotações do tipo e do motivo do protesto, além dos
demais requisitos relativos ao que devem conter o registro do protesto e seu
instrumento.
Para fins falimentares, só podem ser protestados os títulos ou documentos
de dívida de responsabilidade das pessoas sujeitas às consequências da legislação
falimentar.
Frise-se que conforme dispõe o artigo 24 da Lei nº 9.492/97, o deferimento
de processamento de concordata não impede o protesto (GUGLIOTTI; BARCI
JUNIOR, 2012).
h) Das averbações e do cancelamento:
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1. Intimações.
2. Editais.
3. Documentos apresentados para a averbação no registro de protestos e
ordens de cancelamentos.
4. Mandados e ofícios judiciais.
5. Solicitações de retiradas de documentos pelo apresentante.
6. Comprovantes de entrega de pagamentos aos credores. E,
7. Comprovantes de devolução de documentos de dívida irregulares.
Os arquivos realizados pelo Tabelião de Protestos deverão ser
obrigatoriamente por este guardados e conservados por pelo menos:
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k) Dos emolumentos:
Salvo quando o serviço for estatizado, os Tabeliães de Protesto receberão
pelos atos praticados em sua serventia, diretamente das partes e a título de
remuneração, os emolumentos fixados em Lei Estadual, bem como em decretos
regulamentadores desta.
Tanto as despesas devidas pela prática do ato realizado pelo Tabelião, bem
como os emolumentos dela decorrentes, poderão ser por este exigidos previamente.
Na hipótese de referidas despesas e emolumentos serem ressarcidos pelo
devedor no Tabelionato, quando da prestação de contas, o valor destas deverá ser
reembolsado ao apresentante do título ou documento de dívida.
Note-se que o § 1º do artigo 37 da Lei nº 9.492/97 fala em reembolso de
igual importância e não valor equivalente, o que exclui qualquer atualização
monetária do valor a ser restituído pelo Tabelionato.
O § 2º do artigo 37 da lei em questão ressalva que “todo e qualquer ato
praticado pelo Tabelião de Protesto será cotado, identificando-se as parcelas
componentes do seu total”, ou seja, deverá ocorrer uma descriminação
pormenorizada dos atos praticados, bem como do valor correspondente destes,
individualmente.
Por fim, dispõe a lei em comento que serão cobrados os mesmos valores
devidos para o ato de microfilmagem pelos atos de digitalização e gravação
eletrônica de títulos e outros documentos.
Por fim, consta na art.38 da Lei em comento que a responsabilidade dos
Tabeliães de Protesto de Títulos é subjetiva, entretanto, se o ato lesionante que
acarretar prejuízo for causado pelos substitutos por eles designados ou Escreventes
por eles autorizados, embora continuem responsáveis civilmente pela indenização
cabível, terão assegurados o direito de regresso contra referidos causadores diretos
do dano.
E levando-se em conta a fé pública atribuída aos atos praticados nos
Tabelionatos de Protesto de Títulos, a autenticação realizada pelo Tabelião de
Protesto, por seu substituto designado ou escrevente por ele autorizado, da
reprodução de microfilme ou do processamento eletrônico da imagem, do título ou
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portador, o que já é suficiente para demonstrar que no vencimento o título não será
quitado e, dessa maneira, desde logo legitima o portador a regressivamente exigir os
anteriores obrigados (art. 28 do Dec. 2.044/1908, art. 44 da Lei Uniforme de
Genebra - LUG3, art. 13 da Lei nº 5.474/63, e art. 21, § 1º da Lei nº 9.492/97). O
mesmo ocorre no protesto por falta de devolução, mas que por estar circulando em
razão do endosso, faz surgirem obrigações cambiárias que precisam ser adimplidas
(art. 13 da Lei nº 5.474/63, e art. 21, § 3º da Lei nº 9.492/97).
Assim, protestos por falta de aceite e por falta de devolução demonstram,
primordialmente, o zelo do portador.
Já o protesto por falta de pagamento vai além, porque além de comprovar a
diligência do portador (como nos dois últimos tipos), também demonstra a mora do
devedor que não cumpriu a obrigação no seu vencimento (art. 28 do Dec.
2.044/1908, art. 44 da LUG, art. 13 da Lei 5.474/63, e art. 21, § 2º da Lei 9.492/97).
Logicamente, enquanto as duas primeiras modalidades – falta de aceite e
falta de devolução – ocorrem antes do vencimento da obrigação, o protesto por falta
de pagamento tem lugar unicamente depois do vencimento (MARTINS, 2012).
3
RUBENS REQUIÃO (1998) cataloga os seguintes casos de protesto necessário na Lei Uniforme de
Genebra (Decreto 57.663, de 24 de janeiro de 1966):
a) Falta de aceite ou de pagamento, para conservar os direitos do portador contra o sacador e contra
os outros coobrigados, a exceção do aceitante (arts. 44 e 53, al. 2).
b) Letra pagável a certo termo de vista, em que houver falta de data, para o efeito de constatar essa
omissão, e o portador conservar os seus direitos de regresso contra os endossantes e contra o
sacador (art. 25).
c) Uma pessoa indicada por intervenção, para aceitar ou pagar, não o fazer, para exercer o seu
direito de ação antes do vencimento, contra o que fez a indicação (art. 56, al. 2).
d) Não sendo a letra aceita, nem paga por intervenientes, para conservar o direito de regresso contra
aquele que tiver indicado as pessoas para pagarem em caso de necessidade (art. 60).
e) Pluralidade de exemplares, para o portador poder exercer seu direito de regresso, quando o que
enviar ao aceite uma das vias, e a pessoa em cujas mãos se encontrar não entregue essa via ao
portador legítimo doutro exemplar, para poder exercer o seu direito de ação (art. 66);
f) No caso de cópia, e a pessoa em cujas mãos se encontre o título original se recusar a entregá-lo ao
legítimo portador da cópia, para exercer o seu direito de ação contra as pessoas que tenham
endossado ou avalizado a cópia (art. 68, al. 2).
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previstas em lei, e também por ser lavrado necessariamente por um oficial investido
em função pública, o que acarreta uma formalidade para o ato (MARTINS, 2012).
b) Princípio de unitariedade:
Como a própria denominação já exprime, determina que o protesto seja
realizado em apenas um ato.
Isto porque o protesto é feito a partir do título e não da pessoa ou pessoas
obrigadas. O protesto se faz contra a falta de adimplemento ou de aceite e não
contra alguém (MARTINS, 2012).
Em razão desse princípio, em sentido restrito, não consiste numa série de
atos, mas sim em ato único, e como resultado disso, caso o protesto seja por falta
de pagamento em que ocorreu a intimação apenas do obrigado principal, será
inviável novo protesto do mesmo título contra eventuais coobrigados, assim como se
o protesto for por falta de pagamento (comum), prescindível o protesto para fins de
falência. Outra repercussão disso é que se o protesto for feito por falta de aceite ou
de devolução, inútil será o protesto por falta de pagamento, bem como se o protesto
realizou-se por falta de pagamento não se protestará por falta de aceite ou
devolução. Tudo isso demonstra a unitariedade do protesto (MARTINS, 2012).
c) Princípio de insubstitutividade:
O princípio da insubstitutividade informa que o protesto é prova que não
pode ser substituída, ou seja, que não consegue ser suprida por outro ato,
testemunha ou documento. Nem mesmo o Poder Judiciário pode substituir a
atividade que deve acontecer no tabelionato de protesto. Em razão disso, alguns
autores denominam o protesto de prova insubstituível.
Ocorre, todavia, que este princípio sofreu certa adequação e acabou sendo
relativizado em determinadas situações, como acontece no Brasil, desde a adoção
da Lei Uniforme de Genebra (LUG), que possibilita o protesto ser substituído pela
“declaração de recusa do aceite ou pagamento”, conforme apregoa o art. 8º, do
Anexo II, da lei referida.
Embora, exista essa previsão legal, na prática ainda permanece a
insubstitutividade. Isto se deve a dois motivos: primeiro, por ser o protesto
pressuposto processual ou condição da ação em diversas situações; segundo, em
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autenticidade, segurança jurídica e eficácia, trazida pela referida lei, bem como pela
norma que rege a atividade de Notários e Registradores (Lei Federal nº 8.935/1994)
fez com que a atividade fosse constitucionalmente delegada pelo Poder Público a
um profissional do Direito, aprovado em concurso público.
Essa introdução, excerto de artigo elaborado com maestria por
LAMANAUSKAS e GUÉRCIO NETO (2013) dá título e tônica às discussões. Ou
seja, falaremos da possibilidade de protesto de Certidão de Dívida Ativa (CDA) que
ainda não é tema pacificado nos tribunais brasileiros.
Por definição:
a Dívida Ativa da Fazenda Pública são os créditos tributários ou não
tributários, definidos na Lei nº 4.320, de 17 de março de 19644, regularmente
inscritos em registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a
respectiva receita será escriturada a esse título;
a Certidão de Dívida Ativa constitui-se como título executivo extrajudicial, nos
termos do art. 585, inciso VII, do CPC5, e goza de presunção de certeza e
liquidez6, viabilizando a propositura da execução fiscal.
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Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados
como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias.
§ 1º - Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento, serão
inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a sua
liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título.
6 CTN. Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito
de prova pré-constituída.
Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova
inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.
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De outro lado, defende-se que o protesto notarial não serve apenas para
“constituir o devedor em mora”, mas também para provar o descumprimento da
obrigação, tornando o fato público de forma mais ampla e mais eficiente que a
publicidade conferida pela inscrição em dívida ativa. Não há, ademais, vedação legal
para essa prática, mas, ao revés, existe autorização pela Lei nº 9.492/97.
Não temos intenção de alongar nas discussões sobre “desnecessidade” e
“possibilidade” de uso, mas sim apontar de imediato que o protesto de CDA é um
eficiente mecanismo administrativo e que oferece vantagens na recuperação de
créditos tributários de forma ágil e não onerosa.
Àqueles que queiram aprofundar na matéria sugerimos duas leituras:
1) VIRGÍLIO, Renata Espíndola. Possibilidade de protesto da Certidão de
Dívida Ativa (CDA) pela Fazenda Pública, por falta de pagamento do crédito
exeqüendo. Jus Navigandi, Teresina, ano 15 n. 2525 31maio 2010. Disponível em:
<http://jus.com.br/artigos/14946.
2) LAMANAUSKAS, Milton Fernando; GUÉRCIO NETO, Arthur Del. O
protesto de certidões de dívida ativa e a eficiência administrativa. In: PEDROSO,
Regina (coord.) Estudos Avançados de Direito Notarial e Registral. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2013.
Pois bem, vamos aos benefícios do instituto de protesto de CDA:
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ao devedor, na justa medida que não lhe tolhe os bens, tal como a execução fiscal; é
considerado, igualmente, um procedimento distanciado de qualquer abuso ou
coação, pois não atenta contra o contribuinte, mas, sim, é feito em prol da
sociedade, e de uma proclamada justiça distributiva.
f) Benefícios a toda comunidade - ao contrário do que se pode
inicialmente imaginar, a adoção do protesto de CDA não é uma medida “impopular”;
ao contrário, sua adoção traz inúmeros benefícios a toda sociedade: primeiramente,
retira da sociedade o encargo de arcar com os valores daqueles que não pagam
seus impostos em dia; em segundo lugar, evita a contumaz e epidêmica
inadimplência, que se propaga à medida que os devedores percebem que suas
dívidas não são cobradas; e, em terceiro lugar, mas não menos importante, é sabido
que o Estado e os Municípios têm altíssimos valores de créditos tributários a serem
recuperados. A adoção do protesto de CDA – feita com sucesso em alguns
Municípios paulistas, como o de Campinas e São Bernardo do Campo – aumenta a
efetiva arrecadação de impostos que resultaram em novos investimentos do Poder
Público, premiando o cidadão bom pagador, devolvendo-lhe o tributo pago,
prestando bons serviços à comunidade.
g) Desafogamento do Judiciário – o meio extrajudicial de cobrança da
dívida ativa certamente retira do Poder Judiciário inúmeras ações de execução,
propiciando, com isto, uma melhor prestação jurisdicional e preservando a garantia
constitucional do acesso à Justiça.
h) Eficiência do administrador público – considerando o alto volume de
créditos a serem recuperados, o moroso trâmite da execução judicial, e a premência
de o administrador público buscar os meios mais eficientes para atingir os resultados
almejados pela Administração, a cobrança extrajudicial da dívida ativa afigura-se
como uma possibilidade que cumpre os requisitos da eficiência no manejo dos
meios disponíveis para alcançar o interesse público, pelo menor custo, com o melhor
e mais ágil resultado.
i) Responsabilidade fiscal – a própria adoção de medidas eficazes e a
conduta eficiente do gestor público espantam as severas punições previstas na Lei
de Responsabilidade Fiscal, que estabeleceu como obrigação do administrador a
busca da efetiva arrecadação; ou seja, não basta o lançamento do tributo para se
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vislumbrar a probidade; devem ser, sim, adotadas medidas consistentes para que os
valores adentrem efetivamente aos cofres públicos – e, no que tange ao tema, o
protesto de CDA aparece como a solução que preenche as exigências de
responsabilidade fiscal, tal como propugnado pelo Tribunal de Contas do Estado de
São Paulo (LAMANAUSKAS, GUÉRCIO NETO, 2013, p. 153-5).
Enfim, o protesto é o meio legal existente, colocado à disposição dos
credores para busca da satisfação de relações obrigacionais e negócios jurídicos
não cumpridos, que gera resultados mais rápidos, com uma enorme vantagem frente
aos demais: integral gratuidade ao credor.
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REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS BÁSICAS
ALMEIDA, Washington Carlos de. Direito Imobiliário. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
GUGLIOTTI; Kristine Barci: BARCI JUNIOR, Francisco Luiz. Registros Públicos,
Notários, Registradores e Protestos. São Paulo: Atlas, 2012.
HARADA, Kiyoshi. Desapropriação: doutrina e prática. São Paulo: Atlas, 2005.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
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