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Universidade Eduardo Mondlane

Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia Electrotécnica

DISCIPLINA: Sistemas de Rádio e Televisão

FICHA 1

INTRODUÇÃO AO SOM

4º Ano-Laboral - 2019

Equipe: Engª. Roxan Cadir, Engº. Rafael Mendes


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1. Introdução - Natureza do Som
O Som é o mais antigo meio de comunicação utilizado pelo Homem. E os sons emitidos são muitos e
variados, podendo servir para transmitir informação, sentimentos, avisos etc. Nesse contexto, de entre as
várias abordagens que podem ser feitas à volta do som, o aspecto electroacústico é o nosso maior interesse.

O som é uma:

• onda mecânica que possui intensidade e frequência necessárias para ser percebida pelo ser
humano. Por essa razão, esta onda precisa de meios materiais (como o ar ou o solo) para se
propagar
• onda em movimento

Propagação:

• meio: material, que tem massa e elasticidade (sólidos, líquidos e gasosos)


• Forma: circuncêntrica.

1.1. Definição do Som

• É o resultado de uma vibração, que se transmite no meio de propagação, provocando zonas de


maior compressão de partículas, e zonas de menor compressão (zonas de rarefação) de partículas,
originando uma onda sonora;
• É qualquer variação de pressão do meio de propagação, capaz de sensibilizar o ouvido humano,
excitando os nervos auditivos, e causando-nos a sensação que conhecemos por audição, dentro
duma frequência específica.
• É a propagação de uma frente de compressão mecânica, ou onda longitudinal.

Figura 1.1 – exemplo de uma onda sonora.

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A onda sonora é uma forma de energia mecânica, que se propaga pelo movimento de partículas ou
moléculas no espaço. Entretanto, uma onda sonora não transporta matéria, mas sim energia.

Assim, podemos dizer que o silêncio é a ausência de qualquer som, por falta de variações de pressão ou
meio de propagação.

Como o som propaga-se em forma de onda, conforme mostra a figura 1.2, podemos considerar algumas
características que auxiliam em grande medida a análise dos fenómenos sonoros:

Figura 1.2 – Representação da onda mecânica (sonora).

• Amplitude (A) - é o valor máximo, considerado a partir de um ponto de equilíbrio, atingido


pela pressão sonora;
• Comprimento de Onda (λ) - é a distância percorrida para que a oscilação repita a situação
imediatamente anterior em amplitude e fase, ou seja, repetição do ciclo;
• Frequência (f) - é o número de vezes que a oscilação é repetida numa unidade de tempo. É dada
em Hertz (HZ) ou ciclos por segundos (CPS);
• Período (T) - é o tempo gasto para se completar um ciclo de oscilação. Invertendo-se este
parâmetro (1/T), se obtém a frequência (f).

No ouvido, as ondas atingem uma membrana chamada tímpano. O tímpano passa a vibrar com a mesma
frequência das ondas, transmitindo ao cérebro, por impulsos eléctricos, a sensação denominada som.

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Figura 1.3 – Sensação de som no ouvido.

As ondas sonoras são ondas longitudinais, isto é, produzidas por uma sequência de pulsos longitudinais.

As ondas sonoras podem se propagar com diversas frequências. Porém o ouvido humano é sensibilizado
somente quando as ondas chegam a ele com frequências entre 20 Hz e 20 000 Hz, aproximadamente.

1.2 Geração e Propagação

Conforme já discutido, são importantes para a produção, propagação e recepção do som:

• Uma fonte sonora – que é qualquer corpo que vibra, produzindo um som.
• Meio de Propagação – é o meio material através do qual o som transmite-se desde a fonte até
aos nossos tímpanos, ou outros sensores auditivos.
• Receptores do som – elemento sensor, tipicamente tímpano nos humanos.

Elementos principais para geração e propagação de som

Quando uma fonte sonora produz uma vibração, esta é transmitida, por choque, aos corpúsculos mais
próximos. Esta vibração é comunicada aos corpúsculos seguintes através dos choques entre eles,
conforme a figura 1.4.

Figura 1.4 - Propagação do som.

Estes movimentos de vibração dos corpúsculos (alteração das suas posições) provocam, no meio de
propagação, zonas de compressão (onde os corpúsculos estão mais próximos do que o normal) e zonas
de rarefação (onde os corpúsculos estão mais afastados do que o normal).

Durante a propagação do som existem notas importantes a tirar:

• Neste processo há transmissão de energia ao longo do meio de propagação. À medida que a onda
sonora se afasta da fonte sonora, como as vibrações se irão propagar por mais partículas, a energia
envolvida nos choques vai-se distribuindo por mais partículas, pelo que estas irão vibrar menos;
• Para que o som se propague, necessita sempre de um meio material. Se não existir um meio que
propague estas vibrações, então não há propagação de som. Assim, no vacum (vazio) não há
propagação de som;

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1.2.1 Classificação do Meio de Propagação

No vacum, o som não se propaga! Esta é a maior diferença entre as ondas sonoras e as ondas
electromagnéticas (EM). As ondas EM se propagam no vacum e as sonoras não. Portanto, é necessário
um meio material para que o som se propague desde a fonte até aos nossos ouvidos, o qual pode ser
sólido, líquido, ou gasoso.

Os meios materiais nos quais uma onda sonora pode se propagar são classificados em:

Meios lineares: se diferentes ondas de qualquer ponto particular do meio em questão poderem
ser somadas;

Meios limitados: se forem finitos em extensão, caso contrário serão considerados ilimitados;

Meios uniformes: se suas propriedades físicas não poderem ser modificadas de diferentes pontos;

Meios isotrópicos: se suas propriedades físicas forem as mesmas em quaisquer direções.

1.2.2 Velocidade de Propagação

A velocidade de propagação do som depende do meio de propagação. Normalmente a velocidade das


ondas sonoras é maior nos sólidos e menor nos gases. Esta velocidade também depende da temperatura
a que o meio de propagação se encontra.

A velocidade média de propagação do som no ar (à pressão de 1 atm, e temperatura de 25 ºC) é de cerca


de 340 m/s. E, conforme se pode ver, nalguns meios (como os oceanos), as ondas sonoras apresentam
óptimas condições de propagação.

Meio de propagação Velocidade (m/s)

Dióxido de carbono (0 ºC) 258


Oxigénio 317
Ar (0 ºC) 331,5
Ar (10 ºC) 337,5
Ar (20 ºC) 343,4
Ar (30 ºC) 349,2
Hélio (20 ºC) 927
Álcool etílico 1180
Chumbo 1200
Hidrogénio (0 ºC) 1270
Mercúrio 1450
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Água (20 ºC) 1480
Borracha 1500

Exemplo:

Um observador ouve duas vezes, com 22 s de intervalo, uma explosão que se produziu no mar, cujo
barulho se propagou pela água e pelo ar. A que distância está o observador do lugar da explosão, sabendo-
se que a velocidade do som é de 340m/s no ar, e 1440 m/s na água?

Resolução:

-Trajecto do som da explosão pelo ar: -Trajecto do som da explosão pela água

S=S0+var.t→x=340 t1 (1) S=S0+vágua.t→x=1440 t2 (2)

Como o observador ouve primeiro o som da explosão que vai pela água (t1>t2), temos :

t2-t1=22 →t1=22+t2 (3)

Igualando (1) e (2), vem:

340t1=1440t2→340(22+t2)=1440t2→t2=6,8 s

Substituindo em (2), obtemos:

X=1440t2→x=1440.6,8→x=9 792 m

Resposta: 9 792 metros.

1.3 Propriedades do Som


As ondas sonoras propagam-se com vantagens em relação às ondas EM, no meio aquático. Assim,
dominam completamente os sistemas desenvolvidos para actuar nos oceanos. Contudo, existem alguns
efeitos que afectam a propagação das ondas acústicas, e interessam directamente ao desempenho dos

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sistemas e sensores que utilizam a técnica do som (navegação, por exemplo) e estes são as propriedades
do som.

Propriedades do som:
1.3.1 Reflexão

Quando ondas sonoras AB, A’B’, A”B” provenientes de um ponto P encontram um obstáculo plano,
rígido, MN, produz-se reflexão das ondas sobre o obstáculo.

Na volta, produz-se uma série de ondas reflectidas CD, C’D’, que se propagam em sentido inverso ao
das ondas incidentes, e se comportam como se emanassem de uma fonte P’, simétrica da fonte P em
relação ao ponto reflector.

A reflexão do som pode ocasionar os fenômenos eco e reverberação.

Figura 1.5 – Reflexão.

Os obstáculos que reflectem o som podem apresentar superfícies muito ásperas. Assim, o som pode ser
reflectido por um muro, uma montanha etc. O som reflectido chama-se eco, quando se distingue do som
directo.
Para uma pessoa ouvir o eco de um som por ela produzido, deve ficar situada a, no mínimo, 17 m do
obstáculo reflector, pois o ouvido humano só pode distinguir dois sons com intervalo de 0,1 s. O som,
que tem velocidade de 340 m/s, percorre 34 m nesse tempo.

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Figura 1.6 - O sonar é um aparelho capaz de emitir ondas sonoras na água e captar seus ecos,
permitindo, assim, a localização de objetos na água.

Em grandes salas fechadas ocorre o encontro do som com as paredes. Esse encontro produz reflexões
múltiplas que, além de reforçar o som, prolongam-no durante algum tempo depois de cessada a emissão.
Esse prolongamento designa-se por reverberação.
A reverberação ocorre quando o som reflectido atinge o observador no instante em que o som directo
está se extinguindo, ocasionando o prolongamento da sensação auditiva.

1.3.2 Refracção
Consiste em a onda sonora passar de um meio para o outro, mudando sua velocidade de propagação e
comprimento de onda, mas mantendo constante a frequência. Assim, sempre que uma frente de onda
sonora se propagar por um meio onde ocorre uma variação de densidade, haverá um encurvamento do
feixe.
Em última análise, a causa da refracção é a variação da velocidade de propagação. A velocidade do som é
função da temperatura, densidade, salinidade e pressão da água do mar, guardando proporção directa com
a variação de qualquer desses factores.
À medida que o som se propaga em um determinado meio, sofre encurvamentos na direcção das regiões
em que a velocidade é menor (Lei de Snell: os senos dos ângulos de incidência e de refracção são
proporcionais, respectivamente, às velocidades de propagação nos meios considerados).

1.3.3 Difracção
Fenómeno que permite com que uma onda sonora atravesse fendas ou contorne obstáculos, atingindo
regiões onde, segundo a propagação rectilínea do som, não conseguiria chegar. Quando se coloca um
obstáculo entre uma fonte sonora e o ouvido, por exemplo, o som é enfraquecido, mas não extinto. Logo,
as ondas sonoras não se propagam somente em linha recta, mas sofrem desvios nas extremidades dos
obstáculos que encontram.

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1.3.4 Interferência
Consiste em um recebimento de dois ou mais sons de fontes diferentes. Neste caso, teremos uma região
do espaço na qual, em certos pontos, ouviremos um som forte, e em outros, um som fraco ou ausência
de som.

1.3.5 Ressonância
Quando um corpo começa a vibrar por influência de outro, na mesma frequência deste, ocorre um
fenômeno chamado ressonância. Como exemplo, podemos citar o vidro de uma janela que se quebra ao
entrar em ressonância com as ondas sonoras produzidas por um avião a jato.
1.3.6 Absorção
A propagação de ondas através de qualquer meio diferente do vácuo é sempre acompanhada de perdas
causadas pela absorção de potência pelas partículas do meio. Nisto, apenas as ondas EM, ao se propagarem
pelo vácuo, não são atenuadas pela absorção.
As ondas sonoras perdem uma pequena porção de energia para cada partícula do meio. Esta energia
perdida para o meio pode ser considerada como uma dissipação de calor, da qual resultará um
crescimento do movimento aleatório das partículas ambientais.

1.4 Características do Som


Podemos caracterizar os sons a partir de sua:

• Intensidade;
• Altura; e
• Timbre.

1.4.1 Intensidade

Esta característica está ligada à quantidade de energia transportada pelo som. Desta forma, conforme a
intensidade do som, dizemos que ele é mais forte (a onda possui maior amplitude) ou mais fraco (a onda
possui menor amplitude).

Figura 1.7 - Som forte e som fraco (maior e menor volume).


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Uma onda sonora perde intensidade no decurso da sua propagação e a intensidade de uma onda sonora
pode ser ampliada utilizando uma caixa de ressonância (como as usadas nas violas, por exemplo).

A capacidade que o ouvido humano tem de sentir um som depende não apenas da intensidade do som,
como também da sua frequência. Os sons muito fracos não são sentidos e os sons muito fortes podem
provocar lesões.

1.4.2 Altura

Característica que se relaciona com a frequência do som. Assim, distinguimos os sons mais altos (agudos)
como os de maior frequência (mais agudos) e os mais baixos (graves) como os de menor frequência
(mais graves), conforme e figura 1.8.

Figura 1.8 - Som agudo e som grave.

Exemplo: Quanto aos seres humanos, os homens quando falam, emitem sons de frequência que variam
de 100 à 2.000 Hz. As mulheres, tem uma frequência de 200 à 3.400 Hz.

1.4.3 Timbre

Corresponde ao conjunto de ondas sonoras que formam um som. O timbre permite diferenciar diferentes
fontes sonoras, por exemplo é fácil perceber que o som de uma guitarra e de uma flauta são
completamente diferentes.

Figura 1.9 – Diferentes Timbres sonoros, mas a mesma frequência.

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O timbre de uma fonte sonora é representado por uma onda complexa, que é a soma de uma onda
fundamental (som puro, ou simples, como o produzido por um diapasão) e sons harmónicos.

2. Espectro Sonoro
No som, nem todas as vibrações que atingem os nossos ouvidos são por estes percepcionados. O conjunto
de todas as frequências possíveis para as ondas sonoras é denominado espectro sonoro. Ou seja, o
espectro sonoro é o conjunto de frequências de vibração que podem ser produzidas por diversas fontes
sonoras (audíveis e inaudíveis).

A figura 2.0 apresenta o espectro acústico, que se estende de zero até cerca de 100 kHz.

Figura 2.0 - Espectro de frequências sonoras.

Conforme a figura, existem três divisões principais a considerar:

• A infra-sónica ou subsônica - região com frequências que variam de 0–20 Hz;


• A sónica - região com frequências que variam de 20–20.000 Hz; e
• A ultra-sónica – região com frequências acima de 20.000 Hz.

Conforme descrito, as frequências sónicas são aquelas que o ouvido humano pode detectar. Na prática,
poucos indivíduos podem alcançar qualquer dos extremos dessa faixa. Mas importa aqui referir que há
seres vivos que detectam alguns dos sons que para nós, humanos, são inaudíveis.

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Figura 2.1 – Capacidades auditivas dos seres vivos.

FIM

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