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CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA MILITAR - Lei 14.

310, de 19Jun2002 -
VERSÃO COMENTADA

Dispõe sobre o Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais.
O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome,
sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I
Disposições Gerais
CAPÍTULO I
Generalidades

Art. 1º – O Código de Ética e Disciplina dos Militares de Minas Gerais – CEDM – tem
por finalidade definir, especificar e classificar as transgressões disciplinares e
estabelecer normas relativas a sanções -disciplinares, conceitos, recursos,
recompensas, bem como regulamentar o Processo Administrativo-Disciplinar e o
funcionamento do Conselho de Ética e Disciplina Militares da Unidade – CEDMU.

Art. 2º – Este Código aplica-se:


I – aos militares da ativa;
II – aos militares da reserva remunerada, nos primeiros cinco anos da passagem para
a inatividade e nos casos expressamente mencionados neste Código.

Art 3º - No decorrer de sua carreira pode o militar encontrar-se na ativa, reserva ou na situação de
reformado.
§ 1º - Militar da Ativa é o que, ingressando na carreira policial-militar, faz dela profissão, até ser
transferido para a reserva, reformado ou excluído.
§ 2º - Militar da Reserva é o que, tendo prestado serviço na ativa, passa à situação de inatividade.
§ 3º - Reformado é o militar desobrigado definitivamente do serviço.
Lei Estadual 5.301, de 16Out69 – EPPM.

- competência para a transferência para a inatividade (oficiais e praças) é do Cmt Geral - Art 1º, Inc
III do Decreto Nr 36.885, de 23Mai95;
- exclusão na PMMG: Art 146 - EPPM c/c Art 30 RDPM;
- vencimentos da inatividade: ver Art 43 LD 37.
- ver Art 94, 130 EPPM
- ver Art 130 - EPPM
- Vencimentos - ver Art 44 - LD 37 e 94 EPPM
- Reforma do Oficial: Art 139 - EPPM;
- Reforma da Praça: Art 140 - EPPM

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 18/2002-CG


ASSUNTO: Conceito para militares da reserva remunerada e aplicação de medida disciplinar
correspondente.
EMENTA: CONCEITO PARA MILITARES DA RESERVA – ART. 94, § 2º, DO CEDM – HIPÓTESE
COGITÁVEL APENAS PARA OS MILITARES NO CONCEITO “C” – COTEJO DOS ARTIGOS 2º, II;
13, II, III e VI; 24, VII e 94, § 2º.
A hipótese do art. 94, § 2º, do CEDM só diz respeito aos militares no conceito “C”.
A reclassificação determinada pelo artigo mencionado deve ser considerada no sentido literal da
prescrição, o que vale dizer que o conceito “B”, atribuído ao militar da reserva, nos limites do art. 94,
§ 2º, é definido sem qualquer atribuição de pontos.

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Embora o art. 92, do CEDM, defina as hipóteses do art. 13, II, III e VI, como possíveis de aplicação
ao militar da reserva, ao se cotejar este artigo com as demais prescrições legais do CEDM, em
especial a do art. 94, é possível afirmar que o alcance do art. 2º, II (aplicação do CEDM ao militar da
reserva), restringe-se à aplicação do art. 64, II (submissão a processo administrativo-disciplinar pela
prática de ato que afete a honra pessoal ou o decoro da classe, independentemente do conceito em
que estiver classificado).
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 254/02 – DRH


Estabelece orientações sobre alterações nos sistema SMAB/SIRH, face à Lei 14.310, de 19 de
junho de 2002.
O CORONEL PM DIRETOR DE RECURSOS HUMANOS DA POLÍCIA MILITAR, no uso de suas
atribuições previstas no artigo 6º, inciso XII, da Resolução nº 3213, de 18 de outubro de 1995 (R-
103) e considerando que em 04Ago02, entrou em vigor a Lei 14.310, de 19 de Jun02, que instituiu o
Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais (CEDM), implicando a adoção
de procedimentos técnicos de lançamento nos sistemas SMAB/SIRH, exara a seguinte instrução:
Art 1º - Ao aplicar-se a regra do art.96 da lei em fulcro, dever-se-á observar a equiparação inserta no
art.59, parágrafo 1º do Decreto nº 23.085, de 10Out83.
Art 2º - Para fins de estabelecer o conceito inicial do servidor, atribuir-se-á dez pontos positivos a
cada ano retroagido, a contar de 04Ago02, sem que haja qualquer registro de punição, totalizando-
se no máximo quarenta pontos positivos.
§ 1º - Ao se efetivar a retroação, deparando-se com qualquer registro de punição, cessar-se-á a
aplicação da regra constante no “caput” do artigo, computando-se tão somente os pontos já
considerados.
§ 2º - Ao servidor incluído a menos de um ano antes de 04Ago02, será atribuído o conceito “B”, zero
pontos.
Art 3º - Apesar de constar do inciso II, do art 96 do CEDM a condição: “ou de até duas prisões em
dois anos”, verifica-se que tal circunstância em hipótese alguma ocorrerá, sendo, portanto, letra
morta.
Art 4º - Encontrando-se o servidor na situação funcional “21” (agregação por deserção), o sistema
promoverá a varredura de registro de punições, a partir da data de declaração da agregação.
Art 5º - A publicação em BGPM RESERVADO, da classificação conceitual dos servidores deverá ser
transcrita em BOLETIM INTERNO RESERVADO.
Art 6º - Em decorrência do disposto no art 25, parágrafo 1º do CEDM, desenvolveu-se programa
automatizado para efetivação do desconto devido, sendo alimentado através do menu “SM”, opção “I
FL”.
Art 7º - A publicação automatizada resultante do desconto do dia não trabalhado em virtude do
cometimento da transgressão disciplinar constante do art 13, inciso XX, do CEDM, ocorrerá no
SIRH, em duas situações:
I – Ao incluir a punição na tela própria, preenchendo-se os campos respectivos com as variáveis:
(13, XX, GR e TR), redundará na publicação de ato administrativo do desconto devido sem a
conseqüente punição disciplinar.
II – Ao incluir a punição na tela própria, preenchendo-se os campos respectivos com as variáveis:
[13, XX, GR e (SP, PS, AD ou RD)]; redundará na publicação de ato administrativo que efetivará o
desconto devido com a conseqüente punição disciplinar.
Parágrafo Único – A alimentação dos dados no sistema SMAB será a mesma inserta nos incisos
deste artigo, contudo não resulta na publicação automatizada.
Art 8º - Ao lançar-se punição na tela respectiva dos sistemas, observar-se-á:
I – No campo destinado ao tipo de punição, é facultado apenas o lançamento de uma variável dentre
as constantes do art 24 do CEDM.
II – No campo destinado ao subtipo de punição, é facultado o preenchimento das três variáveis
insertas no art 25 do CEDM.
III – Quando da análise da transgressão disciplinar, resultar na compensação dos pontos negativos e
positivos, configurar-se-á o cometimento da transgressão disciplinar (TR), no entanto inaplicável será
a punição. Neste caso, haverá o lançamento objetivando estabelecer o instituto da reincidência.
Art 9º - Havendo conexão de transgressões disciplinares, lançar-se-á nos sistemas a de natureza
mais grave, descrevendo no campo destinado ao texto as demais, se for o caso.
Art 10 – Após análise da transgressão disciplinar, apurado os dias da pena de suspensão, alimentar-
se-á os sistemas SMAB/SIRH, que permanecerá com a tela de punição desativada, sendo ativada
através da opção “A PU”, em duas situações:
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I – Transitado em julgado os dois recursos administrativos de efeito suspensivo.
II – Transcorrido o qüinqüídio legal inserto no art 60 do CEDM, sem que haja sua interposição.
Parágrafo Único – Ativada a tela de punição disciplinar, convalidam-se três efeitos: reclassificação
conceitual automatizada do servidor, desconto no tempo de efetivo serviço dos dias de suspensão
aplicada e desconto dos dias suspensos no vencimento.
Art 11 – Ocorrendo decisão em recurso administrativo ou judicial favorável à exclusão da punição
aplicada e registrada, caberá aos operadores dos sistemas SMAB/SIRH excluir a punição através da
opção “E PU”, sendo que no SIRH, em decorrência da publicação automatizada, deverá conforme o
caso optar por uma das variáveis de código do assunto: recurso administrativo – 410 (1), recurso
judicial – 424 (1).
Art 12 – Na hipótese de haver erro de lançamento o operador do SIRH deverá tornar sem efeito o
ato, sendo o código do assunto 409 (3).
Art 13 – A tela destinada à reclassificação conceitual automatizada do servidor, não permite
alteração por parte do operador, sofrendo influência direta através dos dados inseridos na tela de
punição; bem como pela reclassificação automatizada prevista no art 5º, parágrafo 2º do CEDM.
Art 14 – transcorridos dois anos após a transferência para a reserva, à exceção do servidor
classificado no conceito “A”, os demais, terão seu conceito classificado como “B”.
Art 15 – Para efeito da análise da transgressão disciplinar, utilizar-se-á a recompensa auferida
apenas uma vez; ocorrendo, saldo residual de pontos positivos decorrentes da avaliação, este
poderá ser considerado quando da apreciação de nova transgressão disciplinar, desde que
permaneça atendendo ao constante do art 51, parágrafo 1º do CEDM.
Art 16 - Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando a IRH nº 283, de 26 de
julho de 2002.
Belo Horizonte, 21 de outubro de 2002.
(a) Valdelino Leite da Cunha, Coronel PM / Diretor de Recursos Humanos

Parágrafo único – Não estão sujeitos ao disposto neste Código:


I – os Coronéis Juízes do Tribunal de Justiça Militar Estadual, regidos por legislação
específica;
II - (Vetado);
a) (Vetado);
b) (Vetado);
c) (Vetado).
Art. 3º – A camaradagem é indispensável ao convívio dos militares, devendo-se
preservar as melhores relações sociais entre eles.
§ 1º – É dever do militar incentivar e manter a harmonia, a solidariedade e a amizade
em seu ambiente social, familiar e profissional.
§ 2º – O relacionamento dos militares entre si e com os civis pautar-se-á pela
civilidade, assentada em manifestações de cortesia, respeito, confiança e lealdade.
Art. 4º – Para efeito deste Código, a palavra comandante é a denominação genérica
dada ao militar investido de cargo ou função de direção, comando ou chefia.

Art 38 - São adotadas as seguintes definições:


I - Cargo é o conjunto de atribuições definidas por lei ou regulamento e cometido, em caráter
permanente a um militar;
...
III - Função ou exercício é a execução, dentro das normas regulamentares, das atribuições
estipuladas para os cargos e encargos.
...
VII - Comandante é a denominação genérica dada ao elemento mais graduado ou mais antigo de
cada guarnição, abrangendo assim seu comandante, diretor, chefe ou outra denominação que tenha
ou venha a ter;
Lei Estadual 5.301, de 16Out69 – EPPM.

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Art. 5° – Será classificado com um dos seguintes conceitos o militar que, no período
de doze meses, tiver registrada em seus assentamentos funcionais a pontuação
adiante especificada:
I – conceito “A” – cinqüenta pontos positivos;
II – conceito “B” – cinqüenta pontos negativos, no máximo;
III – conceito “C” – mais de cinqüenta pontos negativos.
§ 1° – Ao ingressar nas Instituições Militares Estaduais –IMEs –, o militar será
classificado no conceito “B”, com zero ponto.
§ 2° – A cada ano sem punição, o militar receberá dez pontos positivos, até atingir o
conceito “A”.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 33/2002-CG


ASSUNTO: Advertência no CEDM.
EMENTA: SANÇÃO DISCIPLINAR DE ADVERTÊNCIA – INFLUÊNCIA NA DEFINIÇÃO DO
CONCEITO FUNCIONAL – REGULARIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO – PUBLICAÇÃO –
EXEQÜIBILIDADE DA PONTUAÇÃO DESCRITA NO ARTIGO 5º, DO CEDM.
A divulgação oficial do ato punitivo de advertência, através de sua publicação, está diretamente
vinculada à necessidade da Administração Militar tornar exeqüível a mensuração do conceito
funcional do militar, nas condições do art. 5º, do CEDM.
Em se tratando de uma sanção regularmente prevista no art. 24, I, do CEDM, com previsão de
aplicação decorrente do somatório de pontos obtidos no julgamento da transgressão (aplicação dos
artigos 16 ao 21, do CEDM), a publicação do ato administrativo da advertência constitui a
formalização da existência da sanção e a regularidade de sua aplicação, de modo a possibilitar a
aplicabilidade das prescrições do CEDM que regulam o somatório de pontos negativos de uma
eventual punição.
O ato de publicação da advertência deve tão-somente mencionar ter sido o militar advertido, sem
tecer, em hipótese alguma, comentários ou especificar o conteúdo da admoestação verbal prevista
no art. 28, do CEDM.
Belo Horizonte, 14 de novembro de 2002.
(a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 254/02 – DRH


Estabelece orientações sobre alterações nos sistema SMAB/SIRH, face à Lei 14.310, de 19 de
junho de 2002.
O CORONEL PM DIRETOR DE RECURSOS HUMANOS DA POLÍCIA MILITAR, no uso de suas
atribuições previstas no artigo 6º, inciso XII, da Resolução nº 3213, de 18 de outubro de 1995 (R-
103) e considerando que em 04Ago02, entrou em vigor a Lei 14.310, de 19 de Jun02, que instituiu o
Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais (CEDM), implicando a adoção
de procedimentos técnicos de lançamento nos sistemas SMAB/SIRH, exara a seguinte instrução:
Art 1º - Ao aplicar-se a regra do art.96 da lei em fulcro, dever-se-á observar a equiparação inserta no
art.59, parágrafo 1º do Decreto nº 23.085, de 10Out83.
Art 2º - Para fins de estabelecer o conceito inicial do servidor, atribuir-se-á dez pontos positivos a
cada ano retroagido, a contar de 04Ago02, sem que haja qualquer registro de punição, totalizando-
se no máximo quarenta pontos positivos.
§ 1º - Ao se efetivar a retroação, deparando-se com qualquer registro de punição, cessar-se-á a
aplicação da regra constante no “caput” do artigo, computando-se tão somente os pontos já
considerados.
§ 2º - Ao servidor incluído a menos de um ano antes de 04Ago02, será atribuído o conceito “B”, zero
pontos.

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Art 3º - Apesar de constar do inciso II, do art 96 do CEDM a condição: “ou de até duas prisões em
dois anos”, verifica-se que tal circunstância em hipótese alguma ocorrerá, sendo, portanto, letra
morta.
Art 4º - Encontrando-se o servidor na situação funcional “21” (agregação por deserção), o sistema
promoverá a varredura de registro de punições, a partir da data de declaração da agregação.
Art 5º - A publicação em BGPM RESERVADO, da classificação conceitual dos servidores deverá ser
transcrita em BOLETIM INTERNO RESERVADO.
Art 6º - Em decorrência do disposto no art 25, parágrafo 1º do CEDM, desenvolveu-se programa
automatizado para efetivação do desconto devido, sendo alimentado através do menu “SM”, opção “I
FL”.
Art 7º - A publicação automatizada resultante do desconto do dia não trabalhado em virtude do
cometimento da transgressão disciplinar constante do art 13, inciso XX, do CEDM, ocorrerá no
SIRH, em duas situações:
I – Ao incluir a punição na tela própria, preenchendo-se os campos respectivos com as variáveis:
(13, XX, GR e TR), redundará na publicação de ato administrativo do desconto devido sem a
conseqüente punição disciplinar.
II – Ao incluir a punição na tela própria, preenchendo-se os campos respectivos com as variáveis:
[13, XX, GR e (SP, PS, AD ou RD)]; redundará na publicação de ato administrativo que efetivará o
desconto devido com a conseqüente punição disciplinar.
Parágrafo Único – A alimentação dos dados no sistema SMAB será a mesma inserta nos incisos
deste artigo, contudo não resulta na publicação automatizada.
Art 8º - Ao lançar-se punição na tela respectiva dos sistemas, observar-se-á:
I – No campo destinado ao tipo de punição, é facultado apenas o lançamento de uma variável dentre
as constantes do art 24 do CEDM.
II – No campo destinado ao subtipo de punição, é facultado o preenchimento das três variáveis
insertas no art 25 do CEDM.
III – Quando da análise da transgressão disciplinar, resultar na compensação dos pontos negativos e
positivos, configurar-se-á o cometimento da transgressão disciplinar (TR), no entanto inaplicável será
a punição. Neste caso, haverá o lançamento objetivando estabelecer o instituto da reincidência.
Art 9º - Havendo conexão de transgressões disciplinares, lançar-se-á nos sistemas a de natureza
mais grave, descrevendo no campo destinado ao texto as demais, se for o caso.
Art 10 – Após análise da transgressão disciplinar, apurado os dias da pena de suspensão, alimentar-
se-á os sistemas SMAB/SIRH, que permanecerá com a tela de punição desativada, sendo ativada
através da opção “A PU”, em duas situações:
I – Transitado em julgado os dois recursos administrativos de efeito suspensivo.
II – Transcorrido o qüinqüídio legal inserto no art 60 do CEDM, sem que haja sua interposição.
Parágrafo Único – Ativada a tela de punição disciplinar, convalidam-se três efeitos: reclassificação
conceitual automatizada do servidor, desconto no tempo de efetivo serviço dos dias de suspensão
aplicada e desconto dos dias suspensos no vencimento.
Art 11 – Ocorrendo decisão em recurso administrativo ou judicial favorável à exclusão da punição
aplicada e registrada, caberá aos operadores dos sistemas SMAB/SIRH excluir a punição através da
opção “E PU”, sendo que no SIRH, em decorrência da publicação automatizada, deverá conforme o
caso optar por uma das variáveis de código do assunto: recurso administrativo – 410 (1), recurso
judicial – 424 (1).
Art 12 – Na hipótese de haver erro de lançamento o operador do SIRH deverá tornar sem efeito o
ato, sendo o código do assunto 409 (3).
Art 13 – A tela destinada à reclassificação conceitual automatizada do servidor, não permite
alteração por parte do operador, sofrendo influência direta através dos dados inseridos na tela de
punição; bem como pela reclassificação automatizada prevista no art 5º, parágrafo 2º do CEDM.
Art 14 – transcorridos dois anos após a transferência para a reserva, à exceção do servidor
classificado no conceito “A”, os demais, terão seu conceito classificado como “B”.
Art 15 – Para efeito da análise da transgressão disciplinar, utilizar-se-á a recompensa auferida
apenas uma vez; ocorrendo, saldo residual de pontos positivos decorrentes da avaliação, este
poderá ser considerado quando da apreciação de nova transgressão disciplinar, desde que
permaneça atendendo ao constante do art 51, parágrafo 1º do CEDM.
Art 16 - Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando a IRH nº 283, de 26 de
julho de 2002.
Belo Horizonte, 21 de outubro de 2002.
(a) Valdelino Leite da Cunha, Coronel PM
Diretor de Recursos Humanos
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CAPÍTULO II
Princípios de Hierarquia e Disciplina

Art. 6° – A hierarquia e a disciplina constituem a base institucional das IMEs.

Art 8º - Hierarquia militar é a ordem e subordinação dos diversos postos e graduações que
constituem carreira militar.
§ 1º - Posto é o grau hierárquico dos oficiais, conferido por ato do Chefe do Governo do Estado.
§ 2º - Graduação é o grau hierárquico das praças, conferido pelo Comandante Geral da Polícia
Militar.
Lei Estadual 5.301, de 16Out69 – EPPM.
- ver Art 39, § 2º - CE e Art 42, § 2º - CF

§ 1° – A hierarquia é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da


estrutura das IMEs.

Art 11 - A precedência hierárquica é regulada:


I - Pelo posto ou graduação;
II - pela antigüidade no posto ou graduação salvo quando ocorrer precedência funcional,
estabelecida em lei ou decreto.
10 - § único - RPP)
§ único - O aspirante-a-oficial freqüentará o círculo dos oficiais subalternos.
Art 12 - A antigüidade de cada posto ou graduação será regulada:
I - pela data de promoção ou nomeação;
II - pela prevalência dos graus hierárquicos anteriores;
III - pela data de praça;
IV - pela data de nascimento.
§ único - Nos casos de nomeação coletiva mediante concurso, de declaração de aspirante-a-oficial,
de promoção a cabo, a terceiro e a primeiro sargento de polícia, prevalecerá, para efeito de
antigüidade, a ordem de classificação obtida no concurso público ou curso.
Lei Estadual 5.301, de 16Out69 – EPPM.

- Antigüidade: Art 12 EPPM e 7º RPP;


- Antigüidade: Art 11 RPP;
- promoção - procedimentos - ver orientação BT 13, item 3., fls 92;
- A antigüidade do militar REINCLUÍDO (Art 156 - EPPM) é regulada pela data da nova promoção
(Art
§ 2° – A disciplina militar é a exteriorização da ética profissional dos militares do
Estado e manifesta-se pelo exato cumprimento de deveres, em todos os escalões e
em todos os graus da hierarquia, quanto aos seguintes aspectos:
I – pronta obediência às ordens legais;
II – observância às prescrições regulamentares;
III – emprego de toda a capacidade em benefício do serviço;
IV – correção de atitudes;
V – colaboração espontânea com a disciplina coletiva e com a efetividade dos
resultados pretendidos pelas IMEs.

Art. 7º – O princípio de subordinação rege todos os graus da hierarquia militar, em


conformidade com o Estatuto dos Militares do Estado de Minas Gerais – EMEMG.

Art 11 - A precedência hierárquica é regulada:


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I - Pelo posto ou graduação;
II - pela antigüidade no posto ou graduação salvo quando ocorrer precedência funcional,
estabelecida em lei ou decreto.
Lei Estadual 5.301, de 16Out69 – EPPM.

Art. 8º – O militar que presenciar ou tomar conhecimento de prática de transgressão


disciplinar comunicará o fato à autoridade competente, no prazo estabelecido no art.
57, nos limites de sua competência.
- vide artigo 56 (comunicação disciplinar);
- vide artigo 95 (relatório reservado);

CAPÍTULO III
Ética Militar

Art. 9º – A honra, o sentimento do dever militar e a correção de atitudes impõem


conduta moral e profissional irrepreensíveis a todo integrante das IMEs, o qual deve
observar os seguintes princípios de ética militar:

Artigo 13 - A atividade de administração pública dos Poderes do Estado e da entidade


descentralizada se sujeitarão aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade,
razoabilidade e eficiência.
Constituição Estadual.

Artigo 2º - A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,


impessoalidade, moralidade, publicidade, finalidade, motivação, razoabilidade, eficiência, ampla
defesa, do contraditório e da transparência.
...
Artigo 5º - Em processo administrativo serão observados, dentre outros, os seguintes critérios:
I - atuação conforme a lei e o direito;
Lei 14.184 de 31Jan02 - Dispõe sobre o Processo Administrativo Estadual.

I – amar a verdade e a responsabilidade como fundamentos da dignidade


profissional;
II – observar os princípios da Administração Pública, no exercício das atribuições
que lhe couberem em decorrência do cargo;
Artigo 13 - A atividade de administração pública dos Poderes do Estado e da entidade
descentralizada se sujeitarão aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade,
razoabilidade e eficiência.
Constituição Estadual.

Artigo 2º - A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,


impessoalidade, moralidade, publicidade, finalidade, motivação, razoabilidade, eficiência, ampla
defesa, do contraditório e da transparência.
...
Artigo 5º - Em processo administrativo serão observados, dentre outros, os seguintes critérios:
I - atuação conforme a lei e o direito;
Lei 14.184 de 31Jan02 - Dispõe sobre o Processo Administrativo Estadual.

III – respeitar a dignidade da pessoa humana;


IV – cumprir e fazer cumprir as leis, códigos, resoluções, instruções e ordens das
autoridades competentes;

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V – ser justo e imparcial na apreciação e avaliação dos atos praticados por
integrantes das IMEs;
VI – zelar pelo seu próprio preparo profissional e incentivar a mesma prática nos
companheiros, em prol do cumprimento da missão comum;
VII – praticar a camaradagem e desenvolver o espírito de cooperação;
VIII – ser discreto e cortês em suas atitudes, maneiras e linguagem e observar as
normas da boa educação;
IX – abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de assuntos internos das IMEs ou
de matéria sigilosa;
X – cumprir seus deveres de cidadão;
XI – respeitar as autoridades civis e militares;
XII – garantir assistência moral e material à família ou contribuir para ela;
XIII – preservar e praticar, mesmo fora do serviço ou quando já na reserva
remunerada, os preceitos da ética militar;
XIV – exercitar a proatividade no desempenho profissional;
XV – abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidade pessoal
de qualquer natureza ou encaminhar negócios particulares ou de terceiros;
XVI – abster-se, mesmo na reserva remunerada, do uso das designações
hierárquicas:
a) em atividades liberais, comerciais ou industriais;
b) para discutir ou provocar discussão pela imprensa a respeito de assuntos
institucionais;
c) no exercício de cargo de natureza civil, na iniciativa privada;
d) em atividades religiosas;
e) em circunstâncias prejudiciais à imagem das IMEs.
Parágrafo único – Os princípios éticos orientarão a conduta do militar e as ações dos
comandantes para adequá-las às exigências das IMEs, dando-se sempre, entre essas
ações, preferência àquelas de cunho educacional.
Art. 10 – Sempre que possível, a autoridade competente para aplicar a sanção
disciplinar verificará a conveniência e a oportunidade de substituí-la por
aconselhamento ou advertência verbal pessoal, ouvido o CEDMU.
DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 21/2002-CG
ASSUNTO: Discricionariedade na aplicação de sanção disciplinar.
EMENTA: DISCRICIONARIEDADE – ART. 10, DO CEDM – HIPÓTESE DE ACONSELHAMENTO
OU ADVERTÊNCIA VERBAL PESSOAL – CONSENSO ENTRE A DECISÃO DO CMT E A
DELIBERAÇÃO DO CEDMU.
A medida prevista no art. 10, do CEDM é possível, desde que haja aquiescência do CEDMU.
Ainda que os argumentos de defesa não consigam justificar a falta, havendo consenso entre o
CEDMU e a autoridade competente para aplicar a sanção, esta pode ser substituída por
aconselhamento ou advertência verbal pessoal.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002.
(a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 37/2002-CG


ASSUNTO: Publicidade do cancelamento de punição e da medida cogitada pelo Art. 10, do
CEDM.
EMENTA: PUBLICAÇÃO DE ATOS EM BOLETIM RESERVADO – REGULARIDADE – MOTIVAÇÃO
DA MEDIDA ADMINISTRATIVA – EXEQÜIBILIDADE – SEGURANÇA PARA A ADMINISTRAÇÃO.

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O cancelamento de punições deve ser publicado para segurança jurídica e regularidade das
medidas levadas a efeito pela Administração, considerando-se que o disposto no Art. 50, § 1º, III, do
CEDM, trata-se de uma modalidade de recompensa.
Semelhantemente, caso seja aplicado o disposto no Art. 10, do CEDM – aconselhamento ou
advertência verbal pessoal – esta medida deve ser inserida e publicada no contexto do mesmo ato
administrativo, haja vista ter existido a falta e definida a sanção aplicável, sendo, contudo verificada
a conveniência e oportunidade de sua substituição.
É importante ressaltar que a cogitação da aplicação do Art. 10 é atribuição exclusiva da autoridade
com competência para aplicar sanção disciplinar, não devendo o CEDMU, originalmente, sugerir
esta medida, mas tão-somente apreciá-la, caso haja proposição pelo Comandante, Diretor ou Chefe.
As duas situações devem ser transcritas em campos próprios do SMAB.
Belo Horizonte, 06 de dezembro de 2002.
(a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 260/03 – DRH, DE 13/01/2003.


Estabelece orientações sobre aplicação do artigo 10 da Lei 14.310, de 19 de junho de 2002
(Aconselhamento Verbal ou Advertência Verbal Pessoal) e esclarece sobre lançamento de
dados nos sistemas SMAB/SIRH.
O CORONEL PM DIRETOR DE RECURSOS HUMANOS DA POLÍCIA MILITAR, no uso de suas
atribuições previstas no artigo 6º, inciso XII, da Resolução nº 3213, de 18 de outubro de 1995 (R-
103) e considerando a necessidade de adequação dos sistemas SMAB/SIRH em face da Lei 14.310,
de 19 de Jun02, que instituiu o Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais
(CEDM), exara a seguinte Instrução:
Art 1º - A aplicação do artigo 10 do CEDM, por ser eminentemente de caráter discricionário,
condiciona a autoridade competente e os membros do CEDMU à observância irrestrita aos aspectos:
I- Análise meticulosa das circunstâncias em que o fato ocorreu;
II- Levantamento de dados funcionais do servidor, a serem considerados no julgamento;
III- Fundamentação e motivação do ato administrativo a ser expedido.
Art 2º - Os princípios que regem o ato administrativo deverão ser observados quando da aplicação
do Aconselhamento Verbal ou Advertência Verbal Pessoal, mormente o da publicidade.
Art 3º - O Aconselhamento Verbal ou Advertência Verbal Pessoal, impreterivelmente, será lançado
nos sistemas SMAB/SIRH, na tela de punição, campo tipo, com a abreviatura “AV”, sendo obrigatório
também o preenchimento dos campos destinados ao artigo e à classificação da transgressão.
Art 4º - No SIRH o código de assunto do Aconselhamento Verbal ou Advertência Verbal Pessoal
será 437.
Art 5º - Na tela de punição, preenchendo-se o campo tipo, com a variável “TR” ou “AV”, haverá
necessidade de ativação, tal como as demais variáveis.
Art 6º - Aplicando-se o Aconselhamento Verbal ou Advertência Verbal Pessoal, opera-se os mesmos
efeitos administrativos constantes do artigo 8º, inciso III da Instrução de Recursos Humanos nº 254,
de 21Out02, quais sejam: instituto da reincidência (artigo 21, inciso III do CEDM) e cancelamento de
punições (artigo 94 do CEDM).
Art 7º - Esta instrução entra em vigor na data da sua publicação.
(a) Odilon de Souza Couto, Cel PM / Resp/ p/ Diretoria de Recursos Humanos

Transgressões Disciplinares
CAPÍTULO I
Definições, Classificações e Especificações

Art. 11 – Transgressão disciplinar é toda ofensa concreta aos princípios da ética e


aos deveres inerentes às atividades das IMEs em sua manifestação elementar e
simples, objetivamente especificada neste Código, distinguindo-se da infração penal,
considerada violação dos bens juridicamente tutelados pelo Código Penal Militar ou
Comum.
Art. 53 da Instrução de Corregedoria 01/05:
A definição trazida pelo supra artigo não deixa dúvidas quanto à necessidade de capitulação
expressa da falta no Código de Ética, somente através dos artigos 13, 14 e 15 é que se prevêem tais
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condutas. Entende-se, todavia, serem tais artigos partes de um rol taxativo e exauriente dos tipos
transgressionais. Caso não prevista nos mencionados dispositivos, a conduta omissiva ou comissiva
praticada pelos militares estaduais não pode se configurar como transgressão disciplinar, apesar de
poder constituir numa violação de algum princípio da ética militar previsto, por exemplo, nos incisos
do Art. 9º do CEDM. Tal situação decorre do princípio da legalidade objetiva, que subordina e
condiciona os atos administrativos, mormente os de natureza sancionatória, à forma, parâmetros e
situações definidas em lei, no caso, a lei estadual de número 14.310/2002. É por oportuno ressaltar
que a prática simultânea ou a existência da conexão de duas ou mais transgressões disciplinares não
deve redundar em somatório de penas ou sequer de pontuação, como no caso do concurso material
de crimes, servindo, nos exatos termos do Art. 21, II, do CEDM(1), apenas de circunstâncias
agravantes em relação à principal.
(1) Art. 21 – São circunstâncias agravantes:
(...) II – prática simultânea ou conexão de duas ou mais transgressões;

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 32/2002-CG


ASSUNTO: Falta de previsibilidade da Infração administrativa de trânsito, como transgressão
disciplinar.
EMENTA: INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA DE TRÂNSITO – FALTA DE PREVISIBILIDADE LEGAL
NO CEDM – ADOÇÃO DE MEDIDAS PREVISTAS NA LEI FEDERAL N.º 9.503, DE 23SET97 –
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO - ALCANCE DA DEFINIÇÃO CONTIDA NO ART. 11, DO
CEDM – RESERVA LEGAL – ANTERIORIDADE DA TRANSGRESSÃO DISCIPLINAR MILITAR.
A concepção de transgressão disciplinar prevista no art. 11, do CEDM distingue-se da definição
anteriormente adotada pelo extinto Regulamento Disciplinar (RDPM), especialmente no que se
refere à necessidade de descrição objetiva da transgressão disciplinar.
O CEDM optou, claramente, por não manter dispositivos imprecisos, de forma a evitar o livre arbítrio
e o eventual abuso ou excesso de poder. Dentro desta sistemática, ao reduzir os graus de
intensidade das transgressões e o número de suas previsões, utilizou, no rol dos artigos 13, 14 e 15,
do CEDM, uma descrição terminológica mais precisa da conduta defesa no Ordenamento disciplinar.
Sob tal enfoque, a falta de previsão objetiva, como transgressão, do cometimento de infração
administrativa de trânsito, embora obste a aplicação de penalidade no âmbito do CEDM, não impede
a aplicação de sanções do Código de Trânsito Brasileiro.
Outrossim, a falta de adoção de providências contra o militar que viola regras da Lei n.º 9.503/97,
configura a transgressão disciplinar prevista no art. 14, VIII, do CEDM.
Belo Horizonte, 31 de outubro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

Artigo 13 – No concurso de crime militar e transgressão militar, ambos de idêntica natureza, será
aplicada somente a penalidade prevista para o crime.
Instrução de Recursos Humanos 228/02 – DRH, de 24Jan02.

Art. 12 – A transgressão disciplinar será leve, média ou grave, conforme classificação


atribuída nos artigos seguintes, podendo ser atenuada ou agravada, consoante a
pontuação recebida da autoridade sancionadora e a decorrente de atenuantes e
agravantes.

Art. 13 – São transgressões disciplinares de natureza GRAVE:


I – praticar ato atentatório à dignidade da pessoa ou que ofenda os princípios da
cidadania e dos direitos humanos, devidamente comprovado em procedimento
apuratório;
Art. 55 da IC01/05(CPM): O ato atentatório (na forma tentada ou consumada) há de ser em desfavor
da dignidade pessoal e/ou dos direitos humanos. Ambos estão previstos nos artigos 5º a 17 da
Constituição da República de 1988, bem como em legislação infraconstitucional. A ofensa à
dignidade, deve atingir a honra, o respeito, o moral ou o decoro da pessoa. Mister, ainda, para se
configurar a mencionada transgressão, é a devida comprovação desta em qualquer procedimento
administrativo apuratório, desde que este observe os primados constitucionais do devido processo
legal, da ampla defesa e do contraditório. Não requer, todavia, que o procedimento apuratório inicial
seja revestido dos mencionados primados, vez que, pode originar-se de IPM ou Inquérito Policial
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comum (procedimentos administrativos inquisitórios, necessários à formação de elementos para a
propositura da ação penal pelo Ministério Público), bem como de APF militar ou comum. Nesse caso,
nos termos da Decisão Administrativa nº. 43/2005(1), datada de 25Mai05 e publicada no BGPM n.
039, de 31Mai05, a ampla defesa e o contraditório podem ser observados em sede de PAD/PADS,
sendo que nestes processos é que se discutirá a comprovação ou não da falta. Dependendo da
situação, o fato ensejador da transgressão pode, também, configurar crimes militares e comuns,
estes com previsão nas leis de abuso de autoridade e até mesmo de tortura, conforme o caso.
Ressalta-se que o objeto jurídico tutelado pelo direito penal é diferente do direito administrativo,
carecendo o primeiro de elementares dotadas de características próprias e obviamente mais graves
em relação ao segundo, apesar de poderem coexistir numa mesma ação ou omissão ilegais.
(1) Decisão Administrativa nº. 43
As transgressões disciplinares residuais ou subjacentes, de materialidade e autoria definidas, quando
afloradas em Auto de Prisão em Flagrante ou Inquérito Policial, ambos de natureza comum ou militar,
bastam para a submissão do militar a PAD/PADS, devendo cópia dos autos subsidiar a instauração
do processo. (...) Ressalta-se que a eventual alegação de cerceamento de defesa não deve
prevalecer, haja vista serem assegurados o contraditório e ampla defesa em sede de PAD/PADS,
para efetiva comprovação do ato que o levou ao processo, verificando-se a incompatibilidade do
militar permanecer nas fileiras da corporação. (grifo nosso)
II – concorrer para o desprestígio da respectiva IME, por meio da prática de crime
doloso devidamente comprovado em procedimento apuratório, que, por sua
natureza, amplitude e repercussão, afete gravemente a credibilidade e a imagem dos
militares;
Art. 55 da IC01/05(CPM): Em que pese a expressa previsão do tipo, a Polícia Militar de Minas
Gerais, por meio de sua assessoria, vem entendendo que, para a configuração da presente
transgressão, mister é o trânsito em julgado da sentença condenatória do acusado por crime doloso.
Tal ideologia se exterioriza em virtude do fato de que a simples comprovação deste, por meio de um
procedimento apuratório, não pode e não deve redundar em punição administrativa, até que a justiça
se pronuncie e se convença a esse respeito. Imaginemos ainda a hipótese da comprovação de um
crime doloso qualquer, por intermédio de uma Sindicância Regular, por exemplo, que redunde em
denúncia, aceitação desta e instauração de processo. Ao final deste, a infração pode ainda ser
descaracterizada para a forma culposa, o que poderia redundar em anulação da aludida punição
disciplinar. Em decorrência da previsão constitucional da tripartição e independência dos poderes, a
competência para se analisar e julgar crimes cabe, a priori, ao poder judiciário, não podendo a
administração pública usurpar tal competência, considerando como culpado o servidor que comete
um crime doloso, tendo por base a comprovação da falta em um simples procedimento administrativo
apuratório. Em regra, referido inciso deve ser evitado na caracterização da prática transgressional, a
fim de se evitar futuros questionamentos administrativos ou judiciais. Ademais, em consonância com
o disposto no item 7 do Ofício Circular nº. 437/04-DRH. 1(1), de 17 de setembro de 2.004, que trata
das falhas mais comuns detectadas em Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e Processo
Administrativo Disciplinar Sumário (PADS), não se deve submeter o militar a tal processo, com base
no inciso II do Art. 13 do CEDM.
(1) (...) 7. Elaboração de Portaria de PAD ou PADS com base no inciso II, do art. 13, do CEDM em
razão do atrelamento que se fará com a ação penal em curso na Justiça (em hipótese alguma se
deve proceder à acusação administrativa com base no referido inciso) (grifo nosso);
III – faltar, publicamente, com o decoro pessoal, dando causa a grave escândalo que
comprometa a honra pessoal e o decoro da classe;
Art. 55 da IC01/05(CPM): A falta há de ser pública e notoriamente comprometedora do decoro
pessoal, aqui entendido como um sentimento de decência particular. O grave escândalo deve ser
compreendido como algo marcantemente negativo, um fato repreensível, uma situação vergonhosa,
perniciosa, cometida pelo transgressor. Mister ainda que tal conduta saia da normalidade e que tenha
repercussão, mesmo que
restrita apenas ao público interno, não carecendo, necessariamente, ser divulgada junto à imprensa
em nível local, regional, estadual, nacional ou, muito menos, internacional. Ainda há, para se
configurar a presente transgressão, a precípua necessidade do comprometimento da honra pessoal e
do decoro da classe. A primeira expressão é assim conceituada pelo Anexo I do MAPPAD:
“sentimento de dignidade própria, como apreço e o respeito de que é o objeto, ou se torna merecedor
o indivíduo perante os concidadãos”. O entendimento dessa expressão é que o sentimento e o
respeito afetados pela aludida transgressão deve se manifestar em relação aos militares e/ou civis
que presenciaram, ou de qualquer modo, tomaram ciência do fato considerado como desabonador.
Já a expressão “decoro da classe” é assim disciplinada pelo mesmo Anexo I: “trata-se de uma
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repercussão do valor dos indivíduos e classes profissionais. Não se trata do valor da organização e
sim da classe de indivíduos que a compõem”. Ausente uma ou mais elementares na conduta
adotada, a presente transgressão disciplinar não poderá ser aplicada, sendo o fato considerado
atípico em relação ao Art. 13, inciso III do CEDM, podendo, entretanto, amoldar-se a um outro tipo
transgressional, conforme o caso. Nos termos dos artigos 34, II e 64, II do CEDM,
independentemente do conceito em que estiver classificado o militar, a conduta por este adotada, que
afetar a honra pessoal ou o decoro da classe, constitui motivo para sua submissão à PAD ou PADS.
Nota-se que o presente dispositivo em muito se assemelha à previsão do Art. 13, III do CEDM;
entretanto, para a configuração dessa transgressão, necessita-se da presença de elementares
diferentes das previstas nos artigos 34, II e 64, II. Por outro lado, não implica afirmar que todo
enquadramento disciplinar do inciso III do art.13 incidirá em submissão a PAD/PADS.
IV – exercer coação ou assediar pessoas com as quais mantenha relações
funcionais;
Art. 55 da IC01/05(CPM): A coação constitui uma forma de constrangimento e de violência. Já o
assédio se caracteriza pelo importunismo, por meio de ameaças, propostas, insinuações e até
mesmo de insistentes perguntas, tanto pelo subordinado para com o superior, quanto o contrário.
Relações funcionais, não necessariamente, significam trabalhar na mesma seção ou Unidade, mas
sim em razão da atividade profissional. Dependendo da situação, a presente conduta pode também
configurar ilícito penal contra
a Autoridade ou Disciplina Militar, contra a Administração Militar, contra a honra e, na esfera comum,
o próprio assédio sexual previsto no Art. 216-A do Código Penal.
V – ofender ou dispensar tratamento desrespeitoso, vexatório ou humilhante a
qualquer pessoa;
Art. 55 da IC01/05(CPM): A conduta mencionada pelo tipo refere-se a honra de qualquer pessoa,
quando se refere ao desrespeito, ao constrangimento ou menosprezo a ela, por intermédio de ação
vexatória ou humilhante. Pode, a exemplo das demais condutas, ser também considerada como
crime, mormente contra a pessoa, de abuso de autoridade e até de tortura.
VI – apresentar-se com sinais de embriaguez alcoólica ou sob efeito de outra
substância entorpecente, estando em serviço, fardado, ou em situação que cause
escândalo ou que ponha em perigo a segurança própria ou alheia;
Art. 55 da IC01/05(CPM): O mencionado tipo, para se configurar, necessita estar o militar em
qualquer uma das seguintes hipóteses, as quais podem ou não ser concomitantes:
1) em serviço;
2) fardado, mesmo que de folga;
3) qualquer situação (mesmo que de folga e em trajes civis) que cause escândalo, não necessitando
de grande repercussão;
4) qualquer situação que coloque em perigo o transgressor ou qualquer outra pessoa (militar ou civil).
Não há que se confundir a presente transgressão com o crime militar previsto no Art. 202 do CPM
(embriaguez em serviço), uma vez que neste crime há a necessidade de se embriagar (perder parte
do sentido), devendo a presente situação estar devidamente comprovada. Na transgressão em tela,
basta o militar apresentar qualquer sinal de embriaguez (voz enrolada, hálito etílico, andar
cambaleante, alteração de humor etc.) diferentemente do crime que requer comprovação e não tão-
somente a presença de meros sinais.
VII – praticar ato violento, em situação que não caracterize infração penal;
Art. 55 da IC01/05(CPM): Em que pese ser de difícil caracterização, uma vez que quase todos os
atos violentos, por si só, configuram ilícitos penais (constrangimento ilegal, lesão corporal, vias de
fato, crimes contra a honra, homicídio, dano, insubordinação, dentre outros), a presente transgressão
abarca as situações em que o militar manifesta, de forma violenta, seus gestos e opiniões, sem,
contudo, cometer um crime ou contravenção penal. Como exemplos, pode-se citar: um murro sobre a
mesa; golpes contra viaturas e outros tipos de equipamentos; xingamento indiscriminado em alto tom,
dentre outras. Noutra interpretação, pode-se caracterizar tal transgressão quando o militar se utiliza,
indevidamente, de violência (por exemplo, força física desnecessária) contra alguém que não esteja
praticando uma infração penal contra si ou contra outrem (crime ou contravenção penal). O que se
tutela nessa diferente interpretação é que o ato praticado pelo militar, mesmo que considerado
violento, deve ser o necessário para vencer ou diminuir a injusta reação do agressor, pois caso o
militar use de violência em situação que não caracteriza uma infração penal por parte do seu
agressor, estará configurada a transgressão em lide.

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VIII – divulgar ou contribuir para a divulgação de assunto de caráter sigiloso de que
tenha conhecimento em razão do cargo ou função;
Art. 55 da IC01/05(CPM): Trata-se a presente transgressão da violação de sigilo funcional do militar
que deva, especialmente em situações que redundem em cautela para com informações e
documentos classificados como sigilosos, guardar segredo daquilo que de que qualquer modo sabe
ou presenciou. Agregada a tal conduta deve-se observar a situação funcional do militar, ou em razão
desta, que divulgue ou contribua para a divulgação de assunto de caráter sigiloso. O verbo “divulgar”
ou a expressão “contribuir para a divulgação” são condutas taxativas (números cláusulos), ou seja,
somente pode o militar ser responsabilizado pela presente transgressão disciplinar, se praticar uma
ou as duas condutas descritas nos dois termos descritos, mesmo que culposamente. Dependendo da
situação e em havendo prejuízo concreto à Administração Militar, pode tal transgressão configurar,
também, o crime previsto no Art. 326 do CPM.
IX – utilizar-se de recursos humanos ou logísticos do Estado ou sob sua
responsabilidade para satisfazer a interesses pessoais ou de terceiros;
Art. 55 da IC01/05(CPM): Para a configuração da presente transgressão, há a necessidade de a
utilização do recurso público ser para atender a interesses pessoais ou de terceiros. Não estando
presente tal interesse, não há que se invocar a presente transgressão. Trata-se de infração material,
ou seja, requer que na utilização de recursos humanos ou logísticos ocorra a satisfação de interesse
pessoal ou de terceiro, portanto, havendo um resultado objetivo. Deve-se observar, ainda, que a
utilização dos recursos estatais ou sob a responsabilidade da Administração Pública deve ser
indevida (incorreta, imoral, ímproba). A presente transgressão diferencia-se da prevista no Art. 13,
XIX do CEDM, pois esta requer, como vantagem, somente a de ordem pecuniária, em decorrência da
facilidade do cargo público, sendo, portanto, mais específica. Daí entende-se que deva prevalecer a
norma especial em relação à geral, quando for o caso. Podem também configurar os ilícitos previstos
na Lei n. 8429/92 (atos de improbidade administrativa).
X – exercer, em caráter privado, quando no serviço ativo, diretamente ou por
interposta pessoa, atividade ou serviço cuja fiscalização caiba à Polícia Militar ou ao
Corpo de Bombeiros Militar ou que se desenvolva em local sujeito à sua atuação;
Art. 55 da IC01/05(CPM): A presente transgressão se amolda aos típicos casos em que o militar, em
caráter privado (remunerado ou não), age como um fiscal do meio ambiente, como um guarda de
trânsito urbano ou rodoviário, como um bombeiro vistoriador ou ainda em uma situação congênere
que seja de responsabilidade de fiscalização pela PM ou BM. Pela atual interpretação adotada pela
Polícia Militar, não se enquadra nesta transgressão, o militar que participa de firma, de empresa ou
de atividade de segurança particular, armada ou não, porque, nos termos do Art. 20 da Lei 7.102/83,
tal fiscalização
cabe, exclusivamente, à Polícia Federal, e não à Polícia Militar, entretanto, neste caso, o militar terá
sua conduta amoldada à transgressão capitulada no Art. 14, XIX do CEDM.
XI – maltratar ou permitir que se maltrate o preso ou a pessoa apreendida sob sua
custódia ou deixar de tomar providências para garantir sua integridade física;
Art. 55 da IC01/05(CPM): Conforme a situação, tal conduta pode também configurar crime de abuso
de autoridade, tortura e/ou arrebatamento de presos. Para sua configuração, não há necessidade de
haver lesões corporais ou quaisquer outros resultados nos presos, sendo, portanto, uma infração
formal, não requerendo nenhum outro resultado específico, a não ser a conduta ilícita de maltratar ou
permitir que se maltrate. Em relação à conduta de permitir que se maltrate preso ou pessoa sob a
custódia de militar, deve-se levar em consideração a exigibilidade de conduta diversa por parte do
militar, pois se este não reunir condições (de segurança, por exemplo) para evitar que se maltrate o
custodiado, a conduta em relação ao presente inciso será atípica. É o caso, por exemplo, do
Comandante de guarnição que assiste, passivamente, o subordinado agredir a pessoa presa,
apreendida, ou sob sua custódia. Portanto, a permissão para que se maltrate a pessoa sob custódia,
ou o preso, deve se exteriorizar, no mínimo, a título de culpa. Difere-se da transgressão capitulada no
Art. 13, I do CEDM em razão da situação de a vítima estar sob a custódia ou responsabilidade da PM
ou de algum militar.
XII – referir-se de modo depreciativo a outro militar, a autoridade e a ato da
administração pública;
Art. 55 da IC01/05(CPM): A depreciação tem o sentido de diminuição de valor, de desconsideração e
de desrespeito para com outro militar (mesmo que subordinado) ou autoridade (qualquer uma,
mesmo as civis). No caso da depreciação a outro militar, esta pode ocorrer por intermédio da
apresentação de queixa, relatório reservado de modo infundado ou outra situação semelhante. No
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caso da depreciação contra ato da administração pública, têm-se como exemplo, dentre outras, as
referências contra a concessão de um reajuste salarial; a alteração do horário de expediente;
mudanças nas regras de aposentadoria. Referida conduta pode também configurar crime militar ou
comum, tais como os contra a Autoridade ou Disciplina Militar e também contra a honra, conforme as
circunstâncias em que o fato ocorrer.
XIII – autorizar, promover ou tomar parte em manifestação ilícita contra ato de
superior hierárquico ou contrária à disciplina militar;
Art. 55 da IC01/05(CPM): Os três verbos representam as formas de se cometer a presente
transgressão, sendo, portanto, condutas taxativas e exaurientes. A manifestação há de ser ilegal, não
autorizada, clandestina e sempre em desfavor de qualquer ato de superior hierárquico, inclusive o
Governador do Estado, ou contrário à disciplina militar. Pode constituir fato mais grave, como os
crimes descritos nos comentários ao inciso XII do Art. 13.
XIV – agir de maneira parcial ou injusta quando da apreciação e avaliação de atos, no
exercício de sua competência, causando prejuízo ou restringindo direito de qualquer
pessoa;
Art. 55 da IC01/05(CPM): Além dos modos parciais e injustos que deve o transgressor adotar, mister
é, para que se configure a transgressão, um dos dois resultados, quais sejam: causa de prejuízo ou
restrição de direito pessoal.
É infração material, requerendo, além da conduta, um resultado certo e determinado, ou seja,
prejuízo ou restrição de direito de qualquer pessoa (inclusive civil). Não havendo o resultado ou
sendo a conduta interrompida antes que haja a produção do resultado, poderá, conforme o caso,
constituir-se em outra transgressão disciplinar, como a do art. 14, II do CEDM ou, até mesmo, ser
atípica.
XV – dormir em serviço;
Art. 55 da IC01/05(CPM): O tipo é claro e objetivo, não bastando para sua configuração nenhuma
outra conduta que não a de dormir, mesmo que em um estado leve de sono. Dependendo da
situação, referida conduta pode configurar o crime militar previsto no Art. 203 do CPM, o qual requer,
como elementar, a situação de estar o militar na circunstância de vigia ou cuidado de algum tipo de
bem militar, ou ainda outra situação prevista no referido dispositivo legal, que deverá ser sempre
consultado antes de se enquadrar disciplinarmente. Por isso, infere-se que a transgressão disciplinar
constitui-se numa conduta muito mais ampla do que o crime militar, bastando, pois, para sua
configuração, que o transgressor esteja em qualquer situação de serviço (mesmo assistindo a uma
instrução em sala de
aula ou auditório).
XVI – retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;
Art. 55 da IC01/05(CPM): Retardar quer dizer fazer com atraso, adiar, tornar mais lento. Nessa
circunstância, o transgressor comete a ação comissiva, pois o ato não foi praticado dentro do lapso
temporal razoável. Deixar de praticar significa dizer que o transgressor foi omisso, não agiu quando
deveria. Aliados aos núcleos do tipo, estão as expressões: “indevidamente”, que tem o entendimento
de agir sem justa causa e/ou em desobediência à correta forma, e “ato de ofício” , como o ato de
dever pessoal ou funcional, ato de obrigação. O ato de ofício é aquele obrigatório, derivado da função
exercida pelo titular do dever. Como exemplo da definição supra, podemos citar os artigos 243 do
CPPM e 302 do CPP, os quais estabelecem que as autoridades deverão prender quem estiver em
flagrante delito de infração penal. Esta obrigação legal é ato de ofício. Não se confunde a presente
transgressão com a prevista no inciso XV do art. 14, a qual mais é específica e objetiva.
XVII – negar publicidade a ato oficial;
Art. 55 da IC01/05(CPM): É o caso, por exemplo, do militar que, imotivadamente, deixa de mostrar
um Boletim de Ocorrência ao repórter que, em decorrência de seu ofício, colhe informações oficiais a
fim de se publicar. Vale ressaltar que a negativa de publicidade há de ser imotivada, (por exemplo,
assunto sigiloso, investigação ou operação policial que, se divulgada, possa ser prejudicada), pois,
caso contrário, não incide a presente transgressão.
XVIII – induzir ou instigar alguém a prestar declaração falsa em procedimento penal,
civil ou administrativo ou ameaçá-lo para que o faça;
Art. 55 da IC01/05(CPM): O que busca a presente transgressão é a preservação e a proteção da
prova testemunhal para a busca da verdade real. A ameaça a ela, por meio do induzimento ou
instigação, constitui o tipo retromencionado. Caso o induzimento ou a instigação se dê por meio de
dinheiro ou qualquer outra vantagem, a transgressão pode também se caracterizar como crime
previsto no Art. 347 do CPM (corrupção ativa de testemunha, perito ou intérprete).
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XIX – fazer uso do posto ou da graduação para obter ou permitir que terceiros
obtenham vantagem pecuniária indevida;
Art. 55 da IC01/05(CPM): A vantagem indevida pessoal ou de terceiro há de ser pecuniária, ou seja,
apreciável economicamente, não sendo, necessariamente, a vantagem pelo dinheiro. Trata-se de
infração material, ou seja, requer-se um resultado específico, quer seja a obtenção de vantagem
pecuniária pessoal, quer seja a permissão desta vantagem a um terceiro. Aliada à presente
elementar está a facilitação da prática de qualquer ato em decorrência do cargo público militar. Deve-
se verificar, ainda, a prática dos crimes militares previstos nos artigos 320 (violação do dever
funcional com o fim de lucro) ou 334 (patrocínio indébito) do CPM.
XX – faltar ao serviço.
Art. 55 da IC01/05(CPM): O serviço há de ser prévio, devida e expressamente determinado por uma
ordem ou escala de serviço clara e objetiva. No caso de falta a qualquer instrução, nos termos da DA
nº. 22/2002-CG, a falta deve ser a do Art. 14, III (deixar de cumprir ordem legal).

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 22/2002-CG


ASSUNTO: Distinção de transgressões disciplinares.
EMENTA: TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES DISTINTAS – ARTS. 13, XX E 14, III, DO CEDM.
A transgressão de falta ao serviço distingue-se da prevista no art. 14, III, aplicável, por hipótese, ao
militar que falta à instrução.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002.
(a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

Art. 14 – São transgressões disciplinares de natureza MÉDIA:


I – executar atividades particulares durante o serviço;
Art. 56 da IC01/05(CPM): Tal transgressão denota da prática de ato estranho e adverso ao interesse
público, ou seja, revestindo-se de uma natureza ou finalidade eminentemente particulares. Requer
ainda, para sua configuração, a intenção de a prática de o ato particular ser em detrimento do serviço
policial administrativo ou operacional.
II – demonstrar desídia no desempenho das funções, caracterizada por fato que
revele desempenho insuficiente, desconhecimento da missão, afastamento
injustificado do local ou procedimento contrário às normas legais, regulamentares e
a documentos normativos, administrativos ou operacionais;
Art. 56 da IC01/05(CPM): A expressão “desídia” possui múltiplos significados, dentre eles, preguiça,
desleixo, inércia, descaso, incúria e outros. Para a configuração da mencionada transgressão, mister
é se agregar a tal expressão, a situação funcional (mesmo que o militar esteja em férias, folga,
descanso ou licenciado,
mas agindo em razão de sua função policial, em sentindo amplo) caracterizada por diversas
circunstâncias, coincidentes ou não, que merecem ser destacadas e comentadas de per si:
1) fato que revele desempenho insuficiente, ou seja, quando o ato realizado pelo militar não redunda
em um resultado eficiente ou aceitável;
2) desconhecimento da missão: ocorre quando o militar devendo saber qual o seu papel ou tarefa, de
forma desidiosa, não a conhece ou não a recorda, contribuindo, em regra, para um serviço
ineficiente;
3) afastamento injustificado do local. O tipo é claro, caracterizando-se nas situações em que o militar,
sem um consistente motivo, não poderia se ausentar do local que presta o seu serviço. Dependendo
da situação, poderá o fato, configurar o crime previsto no Art. 195 CPM (abandono de posto), quando
a conduta gerar um perigo concreto de dano à Administração Militar;
4) procedimento contrário às normas:
- legais;
- regulamentares e
- documentos normativos de natureza administrativa ou operacional.
Para a configuração de tais tipos é importante ressaltar que o procedimento vem contrariar uma ou
mais normas, sendo que essas, nos termos da Decisão Administrativa n. º 40/2003-CG, devem,
rigorosamente, ser citadas e indicadas no tipo transgressional, sob pena de nulidade. Ausente a
desídia, a situação funcional ou quaisquer das circunstâncias numeradas anteriormente, não se pode
reconhecer a existência de tal transgressão.

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DESÍDIA - substantivo feminino:
1 disposição para evitar qualquer esforço físico ou moral; indolência, ociosidade, preguiça;
2 falta de atenção, de zelo; desleixo, incúria, negligência;
3 Rubrica: termo jurídico elemento da culpa que consiste em negligência ou descuido na execução
de um serviço;
Dicionário Eletrônico Houaiss – 2001, Editora Objetiva Ltda.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 40/2003-CG


ASSUNTO: O entendimento do Art. 14, II, do CEDM.
EMENTA: INTELIGÊNCIA DO ART. 14, II, DO CEDM – CONHECIMENTO DO TERMO DESÍDIA
COMO ELEMENTO CARACTERIZADOR DA TRANSGRESSÃO – NÚCLEO VERBAL DA
DESCRIÇÃO OBJETIVA – CONDIÇÕES ELEMENTARES SUJEITAS À DEMONSTRAÇÃO DE
DESÍDIA.
O tipo disciplinar em análise exige que o fato revelador de desempenho insuficiente, o
desconhecimento da missão, o afastamento injustificado do local e o procedimento contrário às
normas legais, regulamentares, documentos normativos, administrativos e operacionais, sejam aptos
a demonstrar desídia no exercício funcional.
Destacamos que a transgressão somente se configura quando alcançado o núcleo do inciso, qual
seja, a demonstração de desídia no desempenho das funções, sendo que esta atitude deve ainda
estar caracterizada por algum dos elementos constantes da segunda parte do mesmo inciso.
O primeiro dos elementos é o fato que revele desempenho insuficiente, que se refere ao
cumprimento de atribuições ou ordens de forma a não satisfazer por completo aquilo que fora
previamente determinado. Para a ocorrência deste elemento, deve preexistir uma atribuição
determinada e que ela seja objetivamente mal desempenhada.
O tópico revelador do desconhecimento da missão caracteriza-se pela falta de informações, por
parte do militar, acerca da tarefa que lhe foi incumbida e da qual deveria inteirar-se para o fiel e
efetivo cumprimento.
O afastamento injustificado do local configura-se pela falta de razões plausíveis que possam escudar
seu afastamento, sem autorização, do lugar onde deva estar.
Para caracterização de fato que revele procedimento contrário às normas legais, regulamentares e
documentos normativos, administrativos ou operacionais, é fundamental a identificação da norma
violada.
Belo Horizonte, 08 de abril de 2003.
(a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

III – deixar de cumprir ordem legal ou atribuir a outrem, fora dos casos previstos em
lei, o desempenho de atividade que lhe competir;
Art. 56 da IC01/05(CPM): A primeira conduta consiste na omissão em cumprir qualquer ordem
(mesmo verbal) legal ou que não contrarie uma lei ou norma. Estas, não necessariamente, têm de ser
emanadas por lei em sentido estrito, bastando, pois, que derivem de qualquer outra norma, inclusive
de natureza administrativa. Sendo a ordem ilegal, obviamente, ausente estará a transgressão. A
segunda conduta consiste em atribuir a outra pessoa (militar ou civil) tarefa, missão, função ou cargo
que lhe cabia, estando patente a intenção do transgressor em se esquivar (evitar, fugir, até mesmo
tentar ludibriar) de sua responsabilidade. Dependendo da gravidade dos fatos, pode-se configurar os
crimes previstos no Art. 163, 164 ou 301 do CPM (recusa de obediência, oposição de ordem de
sentinela ou desobediência de ordem autoridade militar).
DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 22/2002-CG
ASSUNTO: Distinção de transgressões disciplinares.
EMENTA: TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES DISTINTAS – ARTS. 13, XX E 14, III, DO CEDM.
A transgressão de falta ao serviço distingue-se da prevista no art. 14, III, aplicável, por hipótese, ao
militar que falta à instrução.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002.
(a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral
IV – assumir compromisso em nome da IME ou representá-la indevidamente;
Art. 56 da IC01/05(CPM): O órgão de representação da Polícia Militar é o Comando Geral, sendo
que as diversas unidades administrativas e operacionais da PMMG são representadas por seus
respectivos comandantes, diretores ou chefes. Somente mediante expressa autorização do comando,
poderão outros oficiais e praças a assumir compromisso em nome da instituição ou representá-la
para qualquer fim. O compromisso e a representação na transgressão referendada trata-se das
situações em que a Unidade ou a Polícia Militar, como instituição, é representada por algum militar
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que não possua legitimidade para tal. Não necessita, para a configuração da presente transgressão,
a presença de nenhum resultado que crie ou extinga direitos ou obrigações, bastando, todavia, o
compromisso ou a representação indevida da Instituição, sendo, portanto, uma infração formal ou de
mera conduta. Dependendo da situação, referida conduta pode também configurar o crime previsto
no Art. 328 do CP (usurpação de função).
V – usar indevidamente prerrogativa inerente a integrante das IMEs;
Art. 56 da IC01/05(CPM): A aludida transgressão se refere às situações em que o militar se faz
passar por grau hierárquico que não possui, se faz passar por comandante, coordenador, sentinela,
ou qualquer função, ou, ainda, por algum encargo do qual não foi legitimamente investido. Para a
configuração dessa transgressão, não há a necessidade de se auferir qualquer vantagem decorrente
do indevido uso da prerrogativa, como necessita as transgressões previstas no Art. 13, incisos IX e
XIX. A conduta pode, também, configurar-se crime previsto no art. 171 do CPM (uso indevido de
uniforme, distintivo ou insígnia).
VI – descumprir norma técnica de utilização e manuseio de armamento ou
equipamento;
Art. 56 da IC01/05(CPM): Configura a falta a simples inobservância à norma específica de utilização
e manuseio de armamento e equipamento policial (até mesmo a viatura e aparelhos de
comunicação), mormente o Manual de Armamento Convencional, sem prejuízo para as demais
normas que porventura vierem a disciplinar a presente matéria. Outras normas técnicas podem,
também, ser invocadas, como o próprio manual de utilização do armamento elaborado pelo fabricante
do artefato. Para isso, tais normas devem ser citadas e indicadas no tipo transgressional, conforme
interpretação analógica com o disposto na DA n.º 40/2003-CG. Na ausência de norma editada pela
PMMG, prevalece o Manual de Armamento, o qual é repassado aos militares, quando de seu
treinamento com a nova arma (Ex: armas de calibres .40, 5,56 mm, dentre outras, que, recentemente,
foram adquiridas pela PMMG). Portanto, não há que se discutir acerca do conceito de norma técnica,
uma vez que a esta deve ser entendida como qualquer tipo de norma específica que cuide da correta
forma de utilização e manuseio de armamento e equipamento policial, mesmo que seja o manual do
fabricante. A conduta pode, também, configurar-se crimes previstos nos arts. 13 (omissão de cautela)
ou 15 (disparo de arma de fogo) da Lei 10.826/03-SINARM.
VII – faltar com a verdade, na condição de testemunha, ou omitir fato do qual tenha
conhecimento, assegurado o exercício constitucional da ampla defesa;
Art. 56 da IC01/05(CPM): Apesar de apresentar sentido ambíguo, por sugerir a primeira parte do tipo
a condição de testemunha e a segunda não, cuida a presente transgressão de duas condutas
distintas, sendo a primeira a praticada pela mentira ou inverdade, e a segunda, na omissão de fato de
que tenha conhecimento. Ambas as situações, ao contrário da aparente ambigüidade, para se
adequarem à dogmática transgressional, só podem ser imputadas ao militar que se encontre na
condição de testemunha e jamais na condição de acusado ou envolvido, já que a este assiste o
amplo direito ao contraditório, abarcando inclusive o direito de negar a verdade dos fatos. Para a
correta imputação da falta, mister é que à testemunha se propicie o direito constitucional à ampla
defesa, contraditória e o conseqüente devido processo legal, preferencialmente em autos apartados,
nos termos do MAPPAD, nos quais o tratarão como acusado e não mais como testemunha.
Dependendo da situação, pode também configurar o crime previsto no Art. 346 do CPM (falso
testemunho ou falsa perícia).
VIII – deixar de providenciar medida contra irregularidade de que venha a tomar
conhecimento ou esquivar-se de tomar providências a respeito de ocorrência no
âmbito de suas atribuições;
Art. 56 da IC01/05(CPM): Cuida a presente transgressão da importância em se manter o dever
funcional de agir ou tomar as providências pertinentes que a situação assim exigir, se desdobrando
em duas condutas distintas: deixar de tomar providências ou esquivar-se de tomá-la em face de
qualquer tipo de irregularidade de que venha a presenciar ou conhecer. Importante ressaltar que, em
face de uma transgressão disciplinar cometida por militar de menor grau hierárquico, o instrumento
legal a se adotar é a comunicação disciplinar (e não o costumeiro relatório). Em se tratando de
irregularidade cometida por militar de maior grau hierárquico, os instrumentos técnicos para o registro
do fato, passam a ser o relatório reservado ou a queixa disciplinar, conforme o caso concreto e
obedecidos os requisitos específicos de cada instrumento. Dependendo da situação e em havendo o
interesse ou sentimento pessoal, como elementares, pode também configurar o crime previsto no Art.
319 do CPM (prevaricação).
DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 32/2002-CG

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ASSUNTO: Falta de previsibilidade da Infração administrativa de trânsito, como transgressão
disciplinar.
EMENTA: INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA DE TRÂNSITO – FALTA DE PREVISIBILIDADE LEGAL
NO CEDM – ADOÇÃO DE MEDIDAS PREVISTAS NA LEI FEDERAL N.º 9.503, DE 23SET97 –
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO - ALCANCE DA DEFINIÇÃO CONTIDA NO ART. 11, DO
CEDM – RESERVA LEGAL – ANTERIORIDADE DA TRANSGRESSÃO DISCIPLINAR MILITAR.
A concepção de transgressão disciplinar prevista no art. 11, do CEDM distingue-se da definição
anteriormente adotada pelo extinto Regulamento Disciplinar (RDPM), especialmente no que se
refere à necessidade de descrição objetiva da transgressão disciplinar.
O CEDM optou, claramente, por não manter dispositivos imprecisos, de forma a evitar o livre arbítrio
e o eventual abuso ou excesso de poder. Dentro desta sistemática, ao reduzir os graus de
intensidade das transgressões e o número de suas previsões, utilizou, no rol dos artigos 13, 14 e 15,
do CEDM, uma descrição terminológica mais precisa da conduta defesa no Ordenamento disciplinar.
Sob tal enfoque, a falta de previsão objetiva, como transgressão, do cometimento de infração
administrativa de trânsito, embora obste a aplicação de penalidade no âmbito do CEDM, não impede
a aplicação de sanções do Código de Trânsito Brasileiro.
Outrossim, a falta de adoção de providências contra o militar que viola regras da Lei n.º 9.503/97,
configura a transgressão disciplinar prevista no art. 14, VIII, do CEDM.
Belo Horizonte, 31 de outubro de 2002.
(a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

IX – utilizar-se do anonimato ou envolver indevidamente o nome de outrem para


esquivar-se de responsabilidade;
Art. 56 da IC01/05(CPM): A primeira forma de se configurar a presente transgressão é pelo
anonimato, o qual encontra guarida na própria Constituição da República de 1988, em seu Art. 5º, IV
(“É livre a manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato”). A segunda forma de se
configurar a transgressão é o indevido envolvimento do nome de outra pessoa, seja-a militar, seja
civil, para se esquivar de responsabilidade. Dependendo da forma como se exterioriza tal conduta,
pode também configurar crimes contra a honra previstos nos Arts. 214 (calúnia), 215 (difamação),
216 (Injúria), 219 (ofensa às forças armadas) do CPM, ou até mesmo a denunciação caluniosa,
prevista no Art. 343 do mesmo Código.

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;


Constituição Federal
X – danificar ou inutilizar, por uso indevido, negligência, imprudência ou imperícia,
bem da administração pública de que tenha posse ou seja detentor;
Art. 56 da IC01/05(CPM): O significado de bem abrange todas as coisas corpóreas ou incorpóreas,
suscetíveis de valor econômico. Configura a presente transgressão qualquer espécie de danificação
ou inutilização, mesmo que estas se dêem por culpa (negligência, imprudência ou imperícia) do
militar, uma vez que este possui o dever de bem cuidar e administrar os bens públicos. Dependendo
da forma como ocorre tal conduta, podem também configurar os crimes previstos nos arts. 262 a 265
c/c art. 266 do CPM (dano culposo).
XI – deixar de observar preceito legal referente a tratamento, sinais de respeito e
honras militares, definidos em normas especificas;
Art. 56 da IC01/05(CPM): Tal transgressão se refere essencialmente às normas alusivas à
inobservância de tratamento (a necessidade de se referir a um superior por senhor, a uma
autoridade, por vossa excelência, dependendo do caso); sinais de respeito (deferência) e honras
militares (continências à bandeira, a hino nacional, a superiores hierárquicos etc.). As normas
específicas a que faz alusão o presente inciso podem ser previstas em quaisquer documentos
normativos, mormente o Decreto n. 2243/97 que contém o Regulamento de Continências das Forças
Amadas (R-CONT), sem prejuízo para os Memorandos, Avisos, Resoluções e os demais documentos
previstos na Resolução n. 3262/96, que porventura disciplinem ou vierem a disciplinar a matéria. Para
isso, tais normas devem ser citadas e indicadas no tipo transgressional, conforme interpretação
analógica com o disposto na DA n.º 40/2003-CG.

Art. 1º Este Regulamento tem por finalidade:


I - estabelecer as honras, as continências e os sinais de respeito que os militares prestam a
determinados símbolos nacionais e às autoridades civis e militares;
18 / 70
Il - regular as normas de apresentação e de procedimento dos militares, bem como as formas de
tratamento e a precedência entre os mesmos;
III - fixar as honras que constituem o Cerimonial Militar no que for comum às Forças Armadas.
Parágrafo único. As prescrições deste Regulamento aplicam-se às situações diárias da vida
castrense, estando o militar de serviço ou não, em área militar ou em sociedade, nas cerimônias e
solenidades de natureza militar ou cívica.
Decreto Federal 2.243, de 03Jun97 – RCONT.

XII – contribuir para a desarmonia entre os integrantes das respectivas IMEs, por
meio da divulgação de notícia, comentário ou comunicação infundados;
Art. 56 da IC01/05(CPM): Trata a presente transgressão da preservação da camaradagem e do
espírito de cooperação, princípios esses descritos no art. 9º, inciso VII, do CEDM. Para a
configuração de tal transgressão, mister é que a desarmonia (dissonância, divergência, falta de paz
coletiva entre as pessoas) seja causada por meio de infundados boatos, comentários, notícias
escritas, faladas, sejam elas anônimas ou não. Trata-se de infração material, ou seja, requer um
resultado especifico, quer seja: a desarmonia.
Art. 95 - ...
§ 1º – A comunicação infundada acarretará responsabilidade administrativa, civil e penal ao
comunicante.
Lei Estadual 14.310, de 19Jun02 – CEDM.

XIII – manter indevidamente em seu poder bem de terceiro ou da Fazenda Pública;


Art. 56 da IC01/05(CPM): A expressão “bem” se refere a qualquer material da administração pública
ou de terceiro, seja ele militar ou civil. Tal transgressão se caracteriza pela posse ilegítima, mesmo
que temporária, de qualquer bem público ou particular. Como exemplo, podemos citar os casos em
que o militar, não estando autorizado pelo comando, permanece, por conta própria, armado fixo, ou
que mantenha consigo um objeto de terceiro apreendido em uma operação, mesmo que não venha a
utilizá-lo. Requer ainda, para sua configuração, que haja a inversão da posse, ou seja, quando o bem
passa a estar sob os cuidados de um militar que não esteja legitimamente autorizado a permanecer
ou conservar consigo o referido bem. Dependendo da forma como ocorre, tal conduta pode também
configurar os crimes previstos nos art. 241, 248 e 249 (furto de uso, apropriação indébita ou
apropriação de coisa havida acidentalmente ou achada).
XIV – maltratar ou não ter o devido cuidado com os bens semoventes das IMEs;
Art. 56 da IC01/05(CPM): Essa transgressão refere-se especificamente à falta de cuidado com os
animais eqüinos e cães, hoje empregados na Instituição, em apoio às atividades policiais de natureza
militar. Pode, também, dependendo do caso, configurar o crime ambiental previsto no art. 32 da Lei
9.605/98 (lei de crimes ambientais) ou, resultando morte ao animal, o crime de dano doloso previsto
nos artigos 259 (dano simples) a 261 (dano qualificado) do CPM.
XV – deixar de observar prazos regulamentares;
Art. 56 da IC01/05(CPM): A presente transgressão cuida do dever de presteza e pontualidade na
conclusão e no desenvolvimento de atividades, mormente a elaboração de processos e
procedimentos administrativos de natureza disciplinar ou não, como por exemplo, a conclusão de
uma sindicância ou de um IPM. Não se confunde, todavia, com o retardamento imotivado do
cumprimento de uma ordem legal, como por exemplo, a tardia entrega de um relatório, boletim de
ocorrências ou ainda um estudo recomendado pelo comandante ou chefe, cujos prazos não são
regulamentados. No caso específico do parágrafo anterior, ocorre a violação ao Art. 15, inciso V do
CEDM e não a do inciso XV do art. 14 (neste, o prazo há de ser regulado por uma norma específica,
a qual deve ser, necessariamente, citada e indicada no tipo transgressional, conforme interpretação
analógica com o disposto na DA n.º 40/2003-CG). Dependendo da situação, referida conduta pode
também configurar crime militar previsto nos artigos 196 (descumprimento da missão), 319
(prevaricação) ou ainda o 324 do COM (inobservância de lei, regulamento ou instrução), conforme o
caso.
XVI – comparecer fardado a manifestação ou reunião de caráter político-partidário,
exceto a serviço;
Art. 56 da IC01/05(CPM): A transgressão é clara e refere-se ao dever de isenção e imparcialidade a
que devem a Polícia Militar e seus servidores observar. Tal transgressão deriva da Lei Estadual n.
5301/69, que contém o Estatuto de Pessoal da Polícia Militar (EPPM), mormente os artigos 23 e 30.
Caso algum militar não estando de serviço, compareça fardado em uma reunião partidária, pode

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denotar o entendimento de que a Polícia Militar, ali representada por aquele servidor fardado, está
apoiando e defendendo as idéias de determinado partido ou ideologia política, por isso, a inserção
desta situação como transgressão disciplinar.

Art. 23. - É expressamente proibido a elementos das Polícias Militares o comparecimento fardado,
exceto em serviço, em manifestações de caráter político-partidário.
Decreto Lei Federal 667, de 02Jul69.
XVII – recusar-se a identificar-se quando justificadamente solicitado;
Art. 56 da IC01/05(CPM): Há certa semelhança entre a presente falta disciplinar e a contravenção
penal prevista no art. 68 da Lei das Contravenções Penais. Há que se ressaltar que a exigência deve
ser justificada por pessoa legalmente investida de cargo ou função pública, sempre em razão desta,
podendo partir de um integrante das Forças Armadas, Poder Judiciário, Polícia Civil, Federal, Corpo
de Bombeiros, PM ou
outro órgão público qualquer. Dependendo da situação e em havendo a recusa entre militares
estaduais, pode configurar, inclusive, os crimes militares previstos nos art. 163 (recusa de
obediência) ou 301 (desobediência) do CPM, observadas as peculiaridades dos crimes.
XVIII – não portar etiqueta de identificação quando em serviço, salvo se previamente
autorizado, em operações policiais específicas;
Art. 56 da IC01/05(CPM): A norma tutela o dever de lisura e transparência das ações a que devem
os militares seguir, como, por exemplo, a garantia constitucional de todo preso ter direito à
identificação dos responsáveis por sua prisão (art. 5º, LXIV, CR/88). Somente em operações
específicas e mediante expressa autorização é que estará o militar autorizado a não portar etiqueta
de identificação. O porte da etiqueta de identificação deve estar no seu devido lugar, ou seja, propicie
boa visibilidade e a conseqüente identificação do militar, quando em serviço. Guardar, por exemplo, a
etiqueta identificativa dentro do bolso, de modo a ocultar a identidade do militar, configura a presente
transgressão sem prejuízo para da incidência das circunstâncias agravantes previstas no art. 21 do
CEDM. Não estando o militar em serviço, configura-se a transgressão capitulada no inciso II do artigo
15 do CEDM. Oportuno ressaltar que a Resolução n. 3524, de 12Jan00(Art. 3º - O militar estará em
serviço de natureza policial-militar quando se encontrar: (...) V – no deslocamento direto de sua
residência para o local de trabalho e vice-versa), que dispõe sobre o Atestado de Origem, considera
em serviço o militar em deslocamento do serviço para sua residência, ou vice-versa.
XIX – participar, o militar da ativa, de firma comercial ou de empresa industrial de
qualquer natureza, ou nelas exercer função ou emprego remunerado.
Art. 56 da IC01/05(CPM): Tal norma deriva do disposto no art. 22 do EPPM, que proíbe a atividade
remunerada extra (bico), salvo a de magistério. Objetiva, a priori, tutelar a saúde do militar, dando
condições para sua recuperação, a qual seria mais difícil, caso viesse a desempenhar atividades que
não lhe propicie descanso ou mesmo que venha a comprometer o seu emprego. O mau
condicionamento físico e a falta do descanso, além de causar sérios prejuízos à vida militar, também,
podem causar prejuízos ao serviço policial-militar. Tal atividade remunerada pode ou não gerar algum
vínculo empregatício (mesmo que esporádico) ou direito trabalhista. Não se enquadram nessa
transgressão atividades autônomas, sem vínculo empregatício, como, por exemplo, árbitro de
modalidades desportivas e atividades de pedreiro executadas pelo militar, sem remuneração, em
apoio a amigos, parentes ou em sua própria casa. Conforme comentários insertos na transgressão
capitulada no art. 13, XX, o “bico” de segurança, se confirmado, amolda-se ao tipo previsto no art. 14,
XIX.

Art. 22 - Aos militares da ativa é vedado fazer parte de firmas comerciais, de empresas industriais de
qualquer natureza ou nelas exercer função ou emprego remunerado.
Lei 5.301, de 16Out69 – EPPM.

Art. 22 - Ao pessoal das polícias militares, em serviço ativo, é vedado fazer parte de firmas
comerciais, de empresas industriais de qualquer natureza ou nelas exercer função ou emprego
remunerado.
Decreto Lei Federal 667, de 02Jul69.

Art. 15 – São transgressões disciplinares de natureza LEVE:

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I – chegar injustificadamente atrasado para qualquer ato de serviço de que deva
participar;
Art. 57 da IC01/05(CPM): O objetivo primordial tutelado pela presente transgressão é a pontualidade
e a assiduidade do militar, que é regido por normas próprias, calcadas basicamente pela hierarquia,
pela disciplina e pelo dever constitucional de eficiência. O atraso injustificado é considerado
transgressão disciplinar, uma vez que o militar deve, obrigatoriamente, se organizar e preparar para o
desempenho de suas atividades funcionais. Preliminarmente, deve ser verificado, pelas autoridades
previstas no art. 45 do CEDM, se o atraso é ou não justificado. Caso assim o for, não se deve
constituir a ação disciplinar, vez que o fato é atípico. Caso, por exemplo, já tenha sido feita a
comunicação disciplinar e em se detectando a justificativa do atraso, neste interregno, deve se
encerrar o ato motivadamente e arquivar o feito sem que se providencie o termo de abertura de vista
ao acusado. O horário da chamada ou do início do serviço deve ser disposto de modo preciso e
enfático por meio de escala ou por uma ordem (mesmo que verbal) prévia para o serviço. Em
conformidade com a Resolução n. 3542/2000 (art. 8º, inciso III, alínea “d)” que trata da jornada de
trabalho da Polícia Militar, a chamada para todos os turnos operacionais se dará 30 (trinta) minutos
antes do lançamento, sendo o atraso computado a partir do aludido horário.
II – deixar de observar norma específica de apresentação pessoal definida em
regulamentação própria;
Art. 57 da IC01/05(CPM): A apresentação pessoal do militar influencia a imagem e a opinião pública
de toda a Polícia Militar. Deparando qualquer ente da sociedade com um militar mal fardado ou sem
peças básicas integrantes do fardamento, como, por exemplo, sem a cobertura, a imagem de toda a
corporação certamente será violada. As normas específicas de apresentação pessoal estão hoje
descritas no Regulamento de Uniformes e Insígnias da Polícia Militar (RUIPM / R-123) aprovado pela
Resolução nº 3568, de 08/01/2001, sem prejuízo para os demais documentos normativos que
porventura disciplinem ou vierem a disciplinar a matéria. As normas específicas de apresentação
pessoal devem ser citadas e indicadas no tipo transgressional, conforme interpretação analógica com
o disposto na DA nº 40/2003-CG.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 40/2003-CG


ASSUNTO: O entendimento do Art. 14, II, do CEDM.
EMENTA: INTELIGÊNCIA DO ART. 14, II, DO CEDM – CONHECIMENTO DO TERMO DESÍDIA
COMO ELEMENTO CARACTERIZADOR DA TRANSGRESSÃO – NÚCLEO VERBAL DA
DESCRIÇÃO OBJETIVA – CONDIÇÕES ELEMENTARES SUJEITAS À DEMONSTRAÇÃO DE
DESÍDIA.
O tipo disciplinar em análise exige que o fato revelador de desempenho insuficiente, o
desconhecimento da missão, o afastamento injustificado do local e o procedimento contrário às
normas legais, regulamentares, documentos normativos, administrativos e operacionais, sejam aptos
a demonstrar desídia no exercício funcional.
Destacamos que a transgressão somente se configura quando alcançado o núcleo do inciso, qual
seja, a demonstração de desídia no desempenho das funções, sendo que esta atitude deve ainda
estar caracterizada por algum dos elementos constantes da segunda parte do mesmo inciso.
O primeiro dos elementos é o fato que revele desempenho insuficiente, que se refere ao
cumprimento de atribuições ou ordens de forma a não satisfazer por completo aquilo que fora
previamente determinado. Para a ocorrência deste elemento, deve preexistir uma atribuição
determinada e que ela seja objetivamente mal desempenhada.
O tópico revelador do desconhecimento da missão caracteriza-se pela falta de informações, por
parte do militar, acerca da tarefa que lhe foi incumbida e da qual deveria inteirar-se para o fiel e
efetivo cumprimento.
O afastamento injustificado do local configura-se pela falta de razões plausíveis que possam escudar
seu afastamento, sem autorização, do lugar onde deva estar.
Para caracterização de fato que revele procedimento contrário às normas legais, regulamentares e
documentos normativos, administrativos ou operacionais, é fundamental a identificação da norma
violada.

III – deixar de observar princípios de boa educação e correção de atitudes;


Art. 57 da IC01/05(CPM): Não há como descrever objetivamente quais sejam os princípios de boa
educação e correção de atitudes, já que ao legislador não cabe descrever normas concretas e sim as
abstratas, impessoais e genéricas, cabendo, destarte, aos aplicadores da lei adequá-las ao caso
concreto. Alguns dos incisos previstos no art. 9º do CEDM podem e devem ser invocados para a

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capitulação da presente falta, como, por exemplo, o VII, o VIII e o X, desde que sejam imputados de
modo combinado com o inciso III do art. 15 do CEDM e nunca pelo art. 9º, isoladamente.
IV – entrar ou tentar entrar em repartição ou acessar ou tentar acessar qualquer
sistema informatizado, de dados ou de proteção, para o qual não esteja autorizado;
Art. 57 da IC01/05(CPM): O presente tipo prevê diversas condutas que devem ser analisadas de per
si:
1 – entrar em repartição para a qual não esteja autorizado;
2 – tentar entrar em repartição para a qual não esteja autorizado;
3 – acessar qualquer sistema informatizado, de dados ou de proteção, para o qual não esteja
autorizado;
4 – tentar acessar qualquer sistema informatizado, de dados ou de proteção, para o qual não esteja
autorizado.
Nota-se que os tipos, para serem configurados, bastam ser tentados. Em referência à primeira parte,
o tipo é claro, sendo que repartição é qualquer sala ou dependência física de um aquartelamento, em
sentido amplo. Já na segunda parte do tipo, basta o acesso, sob forma de consulta, de sistema
informatizado (de natureza reservada, por exemplo), de banco de dados (como pasta reservada de
algum militar) ou de proteção por militar que não possui a devida autorização para tal. A presente
transgressão é de mera conduta ou formal, não necessitando nenhum outro resultado diferente do
tipo para a sua consumação, ou seja, não há necessidade de nenhum resultado específico, como o
de divulgar ou adulterar o contido nos dados, bastando, todavia, o acesso na sua forma pura e
simples.
V – retardar injustificadamente o cumprimento de ordem ou o exercício de atribuição;
Art. 57 da IC01/05(CPM): Na presente transgressão, o que se deve levar em conta é a legalidade da
ordem e do exercício da atribuição. Ressalta-se que a ordem e/ou a atribuição são cumpridas,
entretanto, de forma intempestiva. Por isso, não se confunde com as transgressões previstas nos
artigos, 13, XVI (retardar
ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício); 14, III (deixar de cumprir ordem legal) e 14, XV
(deixar de observar prazos regulamentares).
VI – fumar em local onde esta prática seja legalmente vedada;
Art. 57 da IC01/05(CPM): O fumo prejudica não só aquele que o usa, mas também as pessoas que
aspiram as substâncias tóxicas exaladas pelo cigarro. Diante disso, as leis estaduais e federais
proíbem sua prática em determinados locais, prevendo multas para os seus descumprimentos. Tal
conduta também é considerada infração disciplinar prevista no CEDM .
VII – permutar serviço sem permissão da autoridade competente.
Art. 57 da IC01/05(CPM): A presente falta é auto-explicativa, pois a permuta de qualquer ato de
serviço sem a devida autorização da autoridade competente redunda em desorganização e
descontrole do serviço policial.
Não carece ser escrita tal permissão, desde que seja tempestiva e emanada pela autoridade
competente para tal.

CAPÍTULO II
Julgamento da Transgressão

Art. 16 – O julgamento da transgressão será precedido de análise que considere:


I – os antecedentes do transgressor;
II – as causas que a determinaram;
III – a natureza dos fatos ou dos atos que a envolveram;
IV – as conseqüências que dela possam advir.
Art. 17 – No julgamento da transgressão, serão apuradas as causas que a justifiquem
e as circunstâncias que a atenuem ou agravem.
Parágrafo único – A cada atenuante será atribuído um ponto positivo e a cada
agravante, um ponto negativo.

22 / 70
Art. 18 – Para cada transgressão, a autoridade aplicadora da sanção atribuirá pontos
negativos dentro dos seguintes parâmetros:
I – de um a dez pontos para infração de natureza leve;
II – de onze a vinte pontos para infração de natureza média;
III – de vinte e um a trinta pontos para infração de natureza grave.
§ 1° – Para cada transgressão, a autoridade aplicadora tomará por base a seguinte
pontuação, sobre a qual incidirão, se existirem, as atenuantes e agravantes:
I – cinco pontos para transgressão de natureza leve;
II – quinze pontos para transgressão de natureza média;
III – vinte e cinco pontos para transgressão de natureza grave.
§ 2° – Com os pontos atribuídos, far-se-á a computação dos pontos correspondentes
às atenuantes e às agravantes, bem como da pontuação prevista no art. 51,
reclassificando-se a transgressão, se for o caso.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 29/2002-CG


ASSUNTO: Concessão de Elogio e Nota Meritória.
EMENTA: EXIGÊNCIAS DO DECRETO N.º 42.843, DE 16AGO02 - SUBSÍDIOS PARA DECISÃO
DA AUTORIDADE COMPETENTE – OBSERVÂNCIA DAS PRESCRIÇÕES DO DECRETO N.º
42.843/02 – BREVE EMISSÃO DE PARECER, NOS CASOS DE NOTA MERITÓRIA.
A manutenção da disciplina decorre da ação de comando de cada Diretor, Comandante ou Chefe.
As recompensas previstas nos artigos 50 e 51, do CEDM, especialmente o elogio e a nota meritória,
carecem, para suas concessões, do cumprimento das exigências previstas no Decreto n.º 42.843, de
16Ago02, que se distinguem inteiramente da sistemática utilizada no extinto Regulamento Disciplinar
(RDPM).
Considerando que as recompensas em tela, por força do art. 18, § 2º, do CEDM, influem na
aplicação da sanção disciplinar (incidência no cômputo final da pontuação prevista no art. 22), os
requisitos de admissibilidade do elogio individual e da nota meritória, como previstos no Decreto n.º
42.843/02, devem ser rigorosamente observados.
De modo diverso, nos casos de nota meritória, a exigência documental do art. 10, aplicado por força
do art. 19, deve significar a emissão de breve relatório que contenha parecer, favorável ou não,
acerca da concessão desta espécie de recompensa.
De outro modo, o art. 10, nos casos de elogio, não pode ser interpretado sob o mesmo alcance da
nota meritória, por exigir requisitos de admissibilidade que devem estar adequados às prescrições do
art. 8º, devendo o parecer espelhar as circunstâncias e as condições de fato necessárias à
concessão de elogio, por tratar-se, à luz do art. 5º, a primeira recompensa, por ordem decrescente
de importância.
Belo Horizonte, 30 de setembro de 2002.
(a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

Art. 19 – São causas de justificação:


I – motivo de força maior ou caso fortuito, plenamente comprovado;
II – evitar mal maior, dano ao serviço ou à ordem pública;
III – ter sido cometida a transgressão:
a) na prática de ação meritória;
b) em estado de necessidade;
c) em legítima defesa própria ou de outrem;
d) em obediência a ordem superior, desde que manifestamente legal;
e) no estrito cumprimento do dever legal;
f) sob coação irresistível.

23 / 70
Parágrafo único – Não haverá punição, quando for reconhecida qualquer causa de
justificação.

Código de Processo Penal Militar – Dec. Lei 1002/69


Art. 439. O Conselho de Justiça absolverá o acusado, mencionando os motivos na parte expositiva da
sentença, desde que reconheça:
a) estar provada a inexistência do fato, ou não haver prova da sua existência;
b) não constituir o fato infração penal;
c) não existir prova de ter o acusado concorrido para a infração penal;
d) existir circunstância que exclua a ilicitude do fato ou a culpabilidade ou imputabilidade do agente
(arts. 38, 39, 42, 48 e 52 do Código Penal Militar);
e) não existir prova suficiente para a condenação;
f) estar extinta a punibilidade.
Especificação
1º Se houver várias causas para a absolvição, serão todas mencionadas.

Art. 20 – São circunstâncias atenuantes:


I – ser classificado no conceito “A”;
II – ter prestado serviços relevantes;
III – ter o agente confessado espontaneamente à autoria da transgressão, quando
esta for ignorada ou imputada a outrem;
IV – ter o transgressor procurado diminuir as conseqüências da transgressão, antes
da sanção, reparando os danos;
V – ter sido cometida a transgressão:
a) para evitar conseqüências mais danosas que a própria transgressão disciplinar;
b) em defesa própria, de seus direitos ou de outrem, desde que isso não constitua
causa de justificação;
c) por falta de experiência no serviço;
d) por motivo de relevante valor social ou moral.

Art. 21 – São circunstâncias agravantes:


I – ser classificado no conceito “C”;
II – prática simultânea ou conexão de duas ou mais transgressões;
III – reincidência de transgressões, ressalvado o disposto no art. 94;

INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 260/03 – DRH, DE 13/01/2003.


Estabelece orientações sobre aplicação do artigo 10 da Lei 14.310, de 19 de junho de 2002
(Aconselhamento Verbal ou Advertência Verbal Pessoal) e esclarece sobre lançamento de
dados nos sistemas SMAB/SIRH.
O CORONEL PM DIRETOR DE RECURSOS HUMANOS DA POLÍCIA MILITAR, no uso de suas
atribuições previstas no artigo 6º, inciso XII, da Resolução nº 3213, de 18 de outubro de 1995 (R-
103) e considerando a necessidade de adequação dos sistemas SMAB/SIRH em face da Lei 14.310,
de 19 de Jun02, que instituiu o Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais
(CEDM), exara a seguinte Instrução:
Art 1º - A aplicação do artigo 10 do CEDM, por ser eminentemente de caráter discricionário,
condiciona a autoridade competente e os membros do CEDMU à observância irrestrita aos aspectos:
I- Análise meticulosa das circunstâncias em que o fato ocorreu;
II- Levantamento de dados funcionais do servidor, a serem considerados no julgamento;
III- Fundamentação e motivação do ato administrativo a ser expedido.
Art 2º - Os princípios que regem o ato administrativo deverão ser observados quando da aplicação
do Aconselhamento Verbal ou Advertência Verbal Pessoal, mormente o da publicidade.

24 / 70
Art 3º - O Aconselhamento Verbal ou Advertência Verbal Pessoal, impreterivelmente, será lançado
nos sistemas SMAB/SIRH, na tela de punição, campo tipo, com a abreviatura “AV”, sendo obrigatório
também o preenchimento dos campos destinados ao artigo e à classificação da transgressão.
Art 4º - No SIRH o código de assunto do Aconselhamento Verbal ou Advertência Verbal Pessoal
será 437.
Art 5º - Na tela de punição, preenchendo-se o campo tipo, com a variável “TR” ou “AV”, haverá
necessidade de ativação, tal como as demais variáveis.
Art 6º - Aplicando-se o Aconselhamento Verbal ou Advertência Verbal Pessoal, opera-se os mesmos
efeitos administrativos constantes do artigo 8º, inciso III da Instrução de Recursos Humanos nº 254,
de 21Out02, quais sejam: instituto da reincidência (artigo 21, inciso III do CEDM) e cancelamento de
punições (artigo 94 do CEDM).
Art 7º - Esta instrução entra em vigor na data da sua publicação.
(a) Odilon de Souza Couto, Cel PM / Resp/ p/ Diretoria de Recursos Humanos

IV – conluio de duas ou mais pessoas;


V – cometimento da transgressão:
a) durante a execução do serviço;
b) com abuso de autoridade hierárquica ou funcional;
c) estando fardado e em público;
d) com induzimento de outrem à prática de transgressões mediante concurso de
pessoas;
e) com abuso de confiança inerente ao cargo ou função;
f) por motivo egoístico ou para satisfazer interesse pessoal ou de terceiros;
g) para acobertar erro próprio ou de outrem;
h) com o fim de obstruir ou dificultar apuração administrativa, policial ou judicial, ou
o esclarecimento da verdade.
Art. 22 – Obtido o somatório de pontos, serão aplicadas as seguintes sanções
disciplinares:
I – de um a quatro pontos, advertência;
II – de cinco a dez pontos, repreensão;
III – de onze vinte pontos, prestação de serviço;
IV – de vinte e um a trinta pontos, suspensão.

TÍTULO III
Sanções Disciplinares
CAPÍTULO I
Natureza e Amplitude

Art. 23 – A sanção disciplinar objetiva preservar a disciplina e tem caráter preventivo


e educativo.

INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 239/02-DRH, DE 02/08/2002


Estabelece orientações de procedimentos para elaboração do enquadramento disciplinar,
face à Lei 14.310, de 19jun02.
O Coronel PM Diretor de Recursos Humanos da Polícia Militar, no uso de sua atribuição prevista no
art. 10, inciso I do R-100, aprovado pelo Decreto nº 18.445, de 15abr77, baixa a seguinte instrução:

25 / 70
Art. 1º - O enquadramento disciplinar, último esforço para imposição de uma sanção administrativa,
é, na vigência do Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais (CEDM),
objetivo e tem por finalidade, analisar as transgressões cometidas pelos militares da ativa,
atribuindo-lhes pontuação, até a aplicação ou não de determinada sanção.
Art. 2º - De posse de toda documentação referente à transgressão disciplinar, o enquadramento
deverá ser elaborado, observando-se o seguinte:
I – definição do artigo e respectivo inciso em que estiver tipificada a falta disciplinar, se tal
procedimento não tiver sido adotado pelo Conselho de Ética e Disciplina da Unidade (CEDMU) que
analisou a transgressão.
II – verificação do reconhecimento de atenuantes e/ou agravantes, previamente levantados pelo
CEDMU.
III – levantamento da existência de recompensas e comendas concedidas ao militar transgressor:
a) na vigência da Lei 14.310/02;
b) há menos de doze meses do cometimento da transgressão;
c) que ainda não tenham sido utilizadas na análise de qualquer transgressão, considerando a
totalidade dos pontos a elas atribuídos.
IV – verificação de saldo de pontos positivos decorrentes de enquadramentos anteriores, em razão
das recompensas e/ou comendas que foram utilizadas na análise da transgressão, mas que não
tiveram seus pontos computados na totalidade.
Art. 3º - A data de concessão das recompensas e medalhas será a data de publicação do respectivo
ato, a exceção da Medalha de Mérito Militar, que vale a data de concessão, estipulada no próprio
ato.
Art. 4º - Para a sanção “Prestação de Serviço”, o Cmt da Unidade deverá, no próprio enquadramento
disciplinar, estipular dia, local e horário para cumprimento.
Art. 5º - Quando da análise da transgressão, restar pontos positivos, embora configurada a
transgressão disciplinar, o enquadramento seguirá seu trâmite normal e a transgressão, com a
devida justificativa pela não punição, será publicada em Boletim Reservado, bem como será incluída
no SMAB/SIRH, conforme orientações contidas na Instrução de Recursos Humanos nº 238/02.
§ 1º - Os pontos referentes às recompensas e comendas serão computados no enquadramento até
que inexistam pontos negativos ou que reste saldo positivo.
§ 2º - As recompensas e comendas, a partir de sua concessão, só serão utilizadas uma única vez na
análise de transgressão disciplinar, podendo, no entanto, haver utilização do saldo de pontos
positivos para análise de nova transgressão disciplinar que porventura venha a ser cometida, desde
que isto ocorra dentro do prazo de validade constante do art. 51, § 1º do CEDM.
§ 3º - O controle da utilização das recompensas e/ou comendas será feito, a princípio, no verso do
ato punitivo que deverá ter o ciente do militar transgressor.
Art. 6º - Fica adotada, como padrão, a planilha, anexa à presente instrução, elaborada no programa
“Excel for Windows”.
Art. 7º - A data referência para os cálculos da planilha será a data do cometimento da falta ou, caso
essa não possa ser definida, valerá a data da comunicação disciplinar.
Art. 8º - Os dados da transgressão deverão ser digitados na planilha “Dados Básicos” e,
simultaneamente, conferidos na planilha “Enquadramento”, até que estejam compensados os pontos
negativos pelos positivos ou reste o saldo positivo, definido no art. 5º desta Instrução.
Art. 9º - Para as recompensas/comendas utilizadas na análise da transgressão, deverão ser
digitados o número, data e Unidade do Boletim de publicação de sua concessão.
Art. 10 – Para visualização do conceito atual do militar, deverá ser digitado apenas a pontuação na
célula correspondente da planilha “dados básicos”.
Art. 11 – A planilha “Enquadramento” está completamente travada, servindo exclusivamente para
impressão do ato punitivo.
Art. 12 – Impresso o ato punitivo, o Cmt da Unidade deverá preencher, de próprio punho, os dados
referentes à sanção “Prestação de Serviços” ou o número de dias aplicados no caso da sanção
“Suspensão”, na conformidade do art. 31 da Lei 14.310/02.
Art. 13 – Quando o militar, em decorrência da pontuação final, ingressar ou permanecer no Conceito
“C”, no enquadramento aparecerá uma notificação cientificando-o desta situação, bem como
advertindo de submissão a Processo Administrativo Disciplinar, nos casos previstos no Código de
Ética e Disciplina.
Art. 14 – Aplicada ou não a sanção, dever-se-á colher o ciente do militar transgressor, na frente e no
verso do enquadramento, podendo lhe ser fornecida uma segunda via.
Art. 15 – Encontra-se em anexo, o modelo do ato punitivo, decorrente da planilha desenvolvida no
Excel for Windows.
26 / 70
Art. 16 – Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação.
Belo Horizonte, 02 de agosto de 2002.
a) Valdelino Leite da Cunha – Cel PM
Diretor de Recursos Humanos

Art. 24 – Conforme a natureza, a gradação e as circunstâncias da transgressão, serão


aplicáveis as seguintes sanções disciplinares:

I – advertência;

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 33/2002-CG


ASSUNTO: Advertência no CEDM.
EMENTA: SANÇÃO DISCIPLINAR DE ADVERTÊNCIA – INFLUÊNCIA NA DEFINIÇÃO DO
CONCEITO FUNCIONAL – REGULARIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO – PUBLICAÇÃO –
EXEQÜIBILIDADE DA PONTUAÇÃO DESCRITA NO ARTIGO 5º, DO CEDM.
A divulgação oficial do ato punitivo de advertência, através de sua publicação, está diretamente
vinculada à necessidade da Administração Militar tornar exeqüível a mensuração do conceito
funcional do militar, nas condições do art. 5º, do CEDM.
Em se tratando de uma sanção regularmente prevista no art. 24, I, do CEDM, com previsão de
aplicação decorrente do somatório de pontos obtidos no julgamento da transgressão (aplicação dos
artigos 16 ao 21, do CEDM), a publicação do ato administrativo da advertência constitui a
formalização da existência da sanção e a regularidade de sua aplicação, de modo a possibilitar a
aplicabilidade das prescrições do CEDM que regulam o somatório de pontos negativos de uma
eventual punição.
O ato de publicação da advertência deve tão-somente mencionar ter sido o militar advertido, sem
tecer, em hipótese alguma, comentários ou especificar o conteúdo da admoestação verbal prevista
no art. 28, do CEDM.
Belo Horizonte, 14 de novembro de 2002.
(a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

II – repreensão;
III – prestação de serviços de natureza preferencialmente operacional,
correspondente a um turno de serviço semanal, que não exceda a oito horas;
IV – suspensão, de até dez dias;
V – reforma disciplinar compulsória;
VI – demissão;
VII – perda do posto, patente ou graduação do militar da reserva.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 20/2002-CG


ASSUNTO: Suspensão de discente.
EMENTA: SUSPENSÃO DE DISCENTE – MEDIDA PUNITIVA – DUPLICIDADE DE APENAÇÃO –
IMPOSSIBILIDADE.
A suspensão, como sanção disciplinar prevista no art. 24, IV, do CEDM, é passível de aplicação a
todos os militares da ativa indistintamente.
No que concerne ao discente, a sua aplicação pode redundar, quando não cogitáveis as hipóteses
do art. 25, do CEDM, duplicidade de apenação.
Quando o discente for sancionado com suspensão, esta deve ser aplicada, preferencialmente, em
dias que não determinem prejuízos de comparecimento em atividades curriculares.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002.
27 / 70
(a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

Art. 25 – Poderão ser aplicadas, independentemente das demais sanções ou


cumulativamente com elas, as seguintes medidas:
Art. 61 da IC01/05(CPM):. Nos termos do art. 25 do CEDM, não configura BIS IN IDEM a cumulação
da sanção disciplinar com as seguintes medidas administrativas:
I - cancelamento de matrícula e desligamento de curso, estágio ou exame;
II - destituição de cargo, função ou comissão;
III- movimentação de unidade ou fração.
I – cancelamento de matrícula, com desligamento de curso, estágio ou exame;
II – destituição de cargo, função ou comissão;
III – movimentação de unidade ou fração.
§ 1º – Quando se tratar de falta ou abandono ao serviço ou expediente, o militar
perderá os vencimentos correspondentes aos dias em que se verificar a
transgressão, independentemente da sanção disciplinar.

INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 254/02 – DRH


Estabelece orientações sobre alterações nos sistema SMAB/SIRH, face à Lei 14.310, de 19 de
junho de 2002.
O CORONEL PM DIRETOR DE RECURSOS HUMANOS DA POLÍCIA MILITAR, no uso de suas
atribuições previstas no artigo 6º, inciso XII, da Resolução nº 3213, de 18 de outubro de 1995 (R-
103) e considerando que em 04Ago02, entrou em vigor a Lei 14.310, de 19 de Jun02, que instituiu o
Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais (CEDM), implicando a adoção
de procedimentos técnicos de lançamento nos sistemas SMAB/SIRH, exara a seguinte instrução:
Art 1º - Ao aplicar-se a regra do art.96 da lei em fulcro, dever-se-á observar a equiparação inserta no
art.59, parágrafo 1º do Decreto nº 23.085, de 10Out83.
Art 2º - Para fins de estabelecer o conceito inicial do servidor, atribuir-se-á dez pontos positivos a
cada ano retroagido, a contar de 04Ago02, sem que haja qualquer registro de punição, totalizando-
se no máximo quarenta pontos positivos.
§ 1º - Ao se efetivar a retroação, deparando-se com qualquer registro de punição, cessar-se-á a
aplicação da regra constante no “caput” do artigo, computando-se tão somente os pontos já
considerados.
§ 2º - Ao servidor incluído a menos de um ano antes de 04Ago02, será atribuído o conceito “B”, zero
pontos.
Art 3º - Apesar de constar do inciso II, do art 96 do CEDM a condição: “ou de até duas prisões em
dois anos”, verifica-se que tal circunstância em hipótese alguma ocorrerá, sendo, portanto, letra
morta.
Art 4º - Encontrando-se o servidor na situação funcional “21” (agregação por deserção), o sistema
promoverá a varredura de registro de punições, a partir da data de declaração da agregação.
Art 5º - A publicação em BGPM RESERVADO, da classificação conceitual dos servidores deverá ser
transcrita em BOLETIM INTERNO RESERVADO.
Art 6º - Em decorrência do disposto no art 25, parágrafo 1º do CEDM, desenvolveu-se programa
automatizado para efetivação do desconto devido, sendo alimentado através do menu “SM”, opção “I
FL”.
Art 7º - A publicação automatizada resultante do desconto do dia não trabalhado em virtude do
cometimento da transgressão disciplinar constante do art 13, inciso XX, do CEDM, ocorrerá no
SIRH, em duas situações:
I – Ao incluir a punição na tela própria, preenchendo-se os campos respectivos com as variáveis:
(13, XX, GR e TR), redundará na publicação de ato administrativo do desconto devido sem a
conseqüente punição disciplinar.
II – Ao incluir a punição na tela própria, preenchendo-se os campos respectivos com as variáveis:
[13, XX, GR e (SP, PS, AD ou RD)]; redundará na publicação de ato administrativo que efetivará o
desconto devido com a conseqüente punição disciplinar.
Parágrafo Único – A alimentação dos dados no sistema SMAB será a mesma inserta nos incisos
deste artigo, contudo não resulta na publicação automatizada.
Art 8º - Ao lançar-se punição na tela respectiva dos sistemas, observar-se-á:
28 / 70
I – No campo destinado ao tipo de punição, é facultado apenas o lançamento de uma variável dentre
as constantes do art 24 do CEDM.
II – No campo destinado ao subtipo de punição, é facultado o preenchimento das três variáveis
insertas no art 25 do CEDM.
III – Quando da análise da transgressão disciplinar, resultar na compensação dos pontos negativos e
positivos, configurar-se-á o cometimento da transgressão disciplinar (TR), no entanto inaplicável será
a punição. Neste caso, haverá o lançamento objetivando estabelecer o instituto da reincidência.
Art 9º - Havendo conexão de transgressões disciplinares, lançar-se-á nos sistemas a de natureza
mais grave, descrevendo no campo destinado ao texto as demais, se for o caso.
Art 10 – Após análise da transgressão disciplinar, apurado os dias da pena de suspensão, alimentar-
se-á os sistemas SMAB/SIRH, que permanecerá com a tela de punição desativada, sendo ativada
através da opção “A PU”, em duas situações:
I – Transitado em julgado os dois recursos administrativos de efeito suspensivo.
II – Transcorrido o qüinqüídio legal inserto no art 60 do CEDM, sem que haja sua interposição.
Parágrafo Único – Ativada a tela de punição disciplinar, convalidam-se três efeitos: reclassificação
conceitual automatizada do servidor, desconto no tempo de efetivo serviço dos dias de suspensão
aplicada e desconto dos dias suspensos no vencimento.
Art 11 – Ocorrendo decisão em recurso administrativo ou judicial favorável à exclusão da punição
aplicada e registrada, caberá aos operadores dos sistemas SMAB/SIRH excluir a punição através da
opção “E PU”, sendo que no SIRH, em decorrência da publicação automatizada, deverá conforme o
caso optar por uma das variáveis de código do assunto: recurso administrativo – 410 (1), recurso
judicial – 424 (1).
Art 12 – Na hipótese de haver erro de lançamento o operador do SIRH deverá tornar sem efeito o
ato, sendo o código do assunto 409 (3).
Art 13 – A tela destinada à reclassificação conceitual automatizada do servidor, não permite
alteração por parte do operador, sofrendo influência direta através dos dados inseridos na tela de
punição; bem como pela reclassificação automatizada prevista no art 5º, parágrafo 2º do CEDM.
Art 14 – transcorridos dois anos após a transferência para a reserva, à exceção do servidor
classificado no conceito “A”, os demais, terão seu conceito classificado como “B”.
Art 15 – Para efeito da análise da transgressão disciplinar, utilizar-se-á a recompensa auferida
apenas uma vez; ocorrendo, saldo residual de pontos positivos decorrentes da avaliação, este
poderá ser considerado quando da apreciação de nova transgressão disciplinar, desde que
permaneça atendendo ao constante do art 51, parágrafo 1º do CEDM.
Art 16 - Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando a IRH nº 283, de 26 de
julho de 2002.
Belo Horizonte, 21 de outubro de 2002.
(a) Valdelino Leite da Cunha, Coronel PM / Diretor de Recursos Humanos

§ 2° – As sanções disciplinares de militares serão publicadas em boletim reservado, e


o transgressor notificado pessoalmente, sendo vedada a sua divulgação ostensiva,
salvo quando o conhecimento for imprescindível ao caráter educativo da
coletividade, assim definido pelo CEDMU.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 06/2002-CG


ASSUNTO: Publicação de punição em Boletim Reservado.
EMENTA: PUBLICAÇÃO DE PORTARIA E SOLUÇÃO DE PROCESSO/PROCEDIMENTO
ADMINISTRATIVO-DISCIPLINAR QUE RESULTE EM SANÇÃO - PUBLICAÇÃO DE SANÇÃO –
EXIGÊNCIA E EFETIVAÇÃO DA MEDIDA EM BOLETIM RESERVADO – INTELIGÊNCIA DO ART.
25, § 2º, DO CEDM.
A publicação da portaria e da solução do processo/procedimento pode se dar em Boletim Interno, só
sendo publicado no BIR, a sanção aplicada.
Toda punição disciplinar deverá ser publicada em Boletim Reservado, exceto quando o fato gerador
da punição deva ser de conhecimento geral, para fortalecimento da disciplina coletiva, conforme
autoriza o art. 25, § 2º, do CEDM.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 20/2002-CG


ASSUNTO: Suspensão de discente.

29 / 70
EMENTA: SUSPENSÃO DE DISCENTE – MEDIDA PUNITIVA – DUPLICIDADE DE APENAÇÃO –
IMPOSSIBILIDADE.
A suspensão, como sanção disciplinar prevista no art. 24, IV, do CEDM, é passível de aplicação a
todos os militares da ativa indistintamente.
No que concerne ao discente, a sua aplicação pode redundar, quando não cogitáveis as hipóteses
do art. 25, do CEDM, duplicidade de apenação.
Quando o discente for sancionado com suspensão, esta deve ser aplicada, preferencialmente, em
dias que não determinem prejuízos de comparecimento em atividades curriculares.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

Art. 15 – O Boletim Interno Reservado terá a mesma descrita nos §§ 4º e 5º do artigo 11 desta
resolução.
Parágrafo Único – Os Boletins Internos Reservados que tiverem matérias relacionadas a punição
disciplinar, serão editados separadamente, por círculos hierárquicos constantes do artigo 9º da Lei
5.301, de 16 de outubro de 1969, ressalvada a hipótese prescrita no parágrafo 2º, artigo 25, da Lei
14.310, de 19 de junho de 2002.
Resolução 3691, de 18Nov02 - Dispõe sobre os boletins na PM e dá outras providências

CAPÍTULO II
Disponibilidade Cautelar

Art. 26 – O Corregedor da IME, o Comandante da Unidade, o Conselho de Ética e


Disciplina Militares da Unidade – CEDMU –, o Presidente da Comissão de Processo
Administrativo-Disciplinar e o Encarregado de Inquérito Policial Militar – IPM –
poderão solicitar ao Comandante-Geral a disponibilidade cautelar do militar.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 28/2002-CG


ASSUNTO: Solicitação de disponibilidade cautelar.
EMENTA: DISPONIBILIDADE CAUTELAR – SOLICITAÇÃO DE DEFERIMENTO DA MEDIDA –
HIPÓTESES DO ART. 27, DO CEDM – PEDIDO A SER FEITO COM REMESSA DE
DOCUMENTAÇÃO À CORREGEDORIA DA POLÍCIA MILITAR.
Considerando a natureza da medida solicitada e a competência fixada pelo art. 45, III, do CEDM, as
solicitações de disponibilidade cautelar, devidamente instruídas, previstas nos arts. 26 e 27, do
CEDM devem ser feitas ao Comandante-Geral, através da Corregedoria da Polícia Militar, que
preparará os atos de implementações necessários.
Caso seja a Corregedoria o órgão de solicitação, neste caso o pedido deverá ser encaminhado ao
Comando-Geral, via Chefia do EMPM.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 30/2002-CG


ASSUNTO: Fundamentos da disponibilidade cautelar.
EMENTA: DISPONIBILIDADE CAUTELAR – ARTS. 26 E 27, AMBOS DO CEDM – EXISTÊNCIA
DAS HIPÓTESES DOS INCISOS I E II, DO ART. 27, DO CEDM.
O instituto da disponibilidade cautelar não deve ser confundido com qualquer espécie de medida
privativa ou restritiva de liberdade. A constatação das hipóteses previstas nos incisos I e II, do art.
27, do CEDM, é imprescindível para dar sustentação ao pedido de disponibilidade do militar, assim
como deve fundamentar o eventual deferimento da medida.
Embora seja possível cogitar-se, por ocasião da realização de IPM, da solicitação, em sede judicial,
da decretação de prisão preventiva - especialmente em situação idêntica à prevista no inciso II, do
art. 27, do CEDM -, esta funda-se no livre convencimento da autoridade judiciária em reconhecer
estarem presentes os requisitos necessários (art. 255, do CPPM) para a sua decretação, fundados
na garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal, periculosidade do indiciado ou
acusado, e segurança da aplicação da lei penal militar
Tratam-se, no entanto, de medidas distintas que podem ser, eventualmente, concomitantes. Em que
pese a possível coexistência, sugere-se, quando possível, nos casos de acusação de crime militar,

30 / 70
que a eventual decretação de prisão preventiva supra a necessidade de solicitação de
disponibilidade cautelar.
Belo Horizonte, 02 de outubro 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

MEMORANDO CIRCULAR Nº 96.594 /2002-EMPM


Belo Horizonte, 21 de outubro de 2002.
Aos Comandantes, Diretores, Chefes e Corregedor.
Tem sido observado que nos casos de desvio de conduta que exigem a Disponibilidade Cautelar do
militar, os respectivos pedidos têm sido encaminhados com atraso ao Exmo. Sr. Comandante-Geral,
deixando de ser observados os princípios da conveniência e oportunidade, o que compromete a
lisura do processo e foge à finalidade da medida.
Por outro lado, a demora na tramitação interna dos pedidos, até a assinatura do ato, também tem
contribuído para os prejuízos a essa medida administrativa, o que deve ser corrigido.
Em face ao exposto recomendo:
Os Comandantes, Chefes, Diretores, os Conselhos de Ética e Disciplina das Unidades e os
Encarregados de Inquérito Policial Militar deverão observar rigorosamente as providências sob suas
responsabilidades, a fim de que os pedidos de Disponibilidade Cautelar sejam encaminhados
imediatamente após a ocorrência do fato gerador.
Visando facilitar os trabalhos e agilizar as medidas pertinentes, os pedidos de Disponibilidade
Cautelar serão dirigidos ao Exmo. Sr. Comandante-Geral, contudo, deverão ser enviados à
Corregedoria, conforme disposto na Decisão Administrativa nº 28/02-CG.
Nos casos em que a solicitação seja da própria Corregedoria, o pedido deverá ser enviado ao
Comando Geral, através da Chefia do EMPM (Decisão Adm. Nº 28/02-CG).
A Corregedoria deverá providenciar para que o setor próprio receba os pedidos e dê o devido
encaminhamento, preparando os atos decorrentes para assinatura do Exmo. Sr. Comandante-Geral.
(a) Jaime Pimentel de Souza – Cel PM - Chefe do EMPM

Art. 4º - Compete a Corregedoria, além de outras atribuições legais:


...
V – solicitar do Comandante-Geral ... o afastamento temporário cautelar do indiciado ou acusado;
Resolução 3553, de 22Set2000 – Competência da Corregedoria PM.

Art. 27 – Por ato fundamentado de competência indelegável do Comandante-Geral, o


militar poderá ser colocado em disponibilidade cautelar, nas seguintes hipóteses:
I – quando der causa a grave escândalo que comprometa o decoro da classe e a
honra pessoal;
II – quando acusado de prática de crime ou de ato irregular que efetivamente
concorra para o desprestígio das IMEs e dos militares.
§ 1º – Para declaração da disponibilidade cautelar, é imprescindível a existência de
provas da conduta irregular e indícios suficientes de responsabilidade do militar.
§ 2º – A disponibilidade cautelar terá duração e local de cumprimento determinado
pelo Comandante-Geral, e como pressuposto a instauração de procedimento
apuratório, não podendo exceder o período de quinze dias, prorrogável por igual
período, por ato daquela autoridade, em casos de reconhecida necessidade.
§ 3º – A disponibilidade cautelar assegura ao militar a percepção dos vencimentos e
vantagens integrais do cargo.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 28/2002-CG


ASSUNTO: Solicitação de disponibilidade cautelar.
EMENTA: DISPONIBILIDADE CAUTELAR – SOLICITAÇÃO DE DEFERIMENTO DA MEDIDA –
HIPÓTESES DO ART. 27, DO CEDM – PEDIDO A SER FEITO COM REMESSA DE
DOCUMENTAÇÃO À CORREGEDORIA DA POLÍCIA MILITAR.
Considerando a natureza da medida solicitada e a competência fixada pelo art. 45, III, do CEDM, as
solicitações de disponibilidade cautelar, devidamente instruídas, previstas nos arts. 26 e 27, do
31 / 70
CEDM devem ser feitas ao Comandante-Geral, através da Corregedoria da Polícia Militar, que
preparará os atos de implementações necessários.
Caso seja a Corregedoria o órgão de solicitação, neste caso o pedido deverá ser encaminhado ao
Comando-Geral, via Chefia do EMPM.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 30/2002-CG


ASSUNTO: Fundamentos da disponibilidade cautelar.
EMENTA: DISPONIBILIDADE CAUTELAR – ARTS. 26 E 27, AMBOS DO CEDM – EXISTÊNCIA
DAS HIPÓTESES DOS INCISOS I E II, DO ART. 27, DO CEDM.
O instituto da disponibilidade cautelar não deve ser confundido com qualquer espécie de medida
privativa ou restritiva de liberdade. A constatação das hipóteses previstas nos incisos I e II, do art.
27, do CEDM, é imprescindível para dar sustentação ao pedido de disponibilidade do militar, assim
como deve fundamentar o eventual deferimento da medida.
Embora seja possível cogitar-se, por ocasião da realização de IPM, da solicitação, em sede judicial,
da decretação de prisão preventiva - especialmente em situação idêntica à prevista no inciso II, do
art. 27, do CEDM -, esta funda-se no livre convencimento da autoridade judiciária em reconhecer
estarem presentes os requisitos necessários (art. 255, do CPPM) para a sua decretação, fundados
na garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal, periculosidade do indiciado ou
acusado, e segurança da aplicação da lei penal militar
Tratam-se, no entanto, de medidas distintas que podem ser, eventualmente, concomitantes. Em que
pese a possível coexistência, sugere-se, quando possível, nos casos de acusação de crime militar,
que a eventual decretação de prisão preventiva supra a necessidade de solicitação de
disponibilidade cautelar.
Belo Horizonte, 02 de outubro 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

MEMORANDO CIRCULAR Nº 96.594 /2002-EMPM


Belo Horizonte, 21 de outubro de 2002.
Aos Comandantes, Diretores, Chefes e Corregedor.
Tem sido observado que nos casos de desvio de conduta que exigem a Disponibilidade Cautelar do
militar, os respectivos pedidos têm sido encaminhados com atraso ao Exmo. Sr. Comandante-Geral,
deixando de ser observados os princípios da conveniência e oportunidade, o que compromete a
lisura do processo e foge à finalidade da medida.
Por outro lado, a demora na tramitação interna dos pedidos, até a assinatura do ato, também tem
contribuído para os prejuízos a essa medida administrativa, o que deve ser corrigido.
Em face ao exposto recomendo:
Os Comandantes, Chefes, Diretores, os Conselhos de Ética e Disciplina das Unidades e os
Encarregados de Inquérito Policial Militar deverão observar rigorosamente as providências sob suas
responsabilidades, a fim de que os pedidos de Disponibilidade Cautelar sejam encaminhados
imediatamente após a ocorrência do fato gerador.
Visando facilitar os trabalhos e agilizar as medidas pertinentes, os pedidos de Disponibilidade
Cautelar serão dirigidos ao Exmo. Sr. Comandante-Geral, contudo, deverão ser enviados à
Corregedoria, conforme disposto na Decisão Administrativa nº 28/02-CG.
Nos casos em que a solicitação seja da própria Corregedoria, o pedido deverá ser enviado ao
Comando Geral, através da Chefia do EMPM (Decisão Adm. Nº 28/02-CG).
A Corregedoria deverá providenciar para que o setor próprio receba os pedidos e dê o devido
encaminhamento, preparando os atos decorrentes para assinatura do Exmo. Sr. Comandante-Geral.
(a) Jaime Pimentel de Souza – Cel PM - Chefe do EMPM

CAPÍTULO III
Execução

Art. 28 – A advertência consiste em uma admoestação verbal ao transgressor.

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Art. 29 – A repreensão consiste em uma censura formal ao transgressor.

Art. 30 – A prestação de serviço consiste na atribuição ao militar de tarefa,


preferencialmente de natureza operacional, fora de sua jornada habitual,
correspondente a um turno de serviço semanal, que não exceda a oito horas, sem
remuneração extra.

Art. 31 – A suspensão consiste em uma interrupção temporária do exercício de cargo,


encargo ou função, não podendo exceder a dez dias, observado o seguinte:
I – os dias de suspensão não serão remunerados;
II – o militar suspenso perderá todas as vantagens e direitos decorrentes do exercício
do cargo, encargo ou função.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 26/2002-CG


ASSUNTO: Suspensão e a manutenção das obrigações.
EMENTA: SUSPENSÃO ACARRETA PERDAS DE DIREITOS, DE ACORDO COM O ART. 31, II,
DO CEDM – SUSPENSÃO NÃO ACARRETA PERDA DAS OBRIGAÇÕES –MANUTENÇÃO DO
DEVER DE AGIR.
O art. 31, II, em que pese implicar perda de todas as vantagens e direitos decorrentes do exercício
do cargo, encargo ou função, não desobriga o militar de agir em atividade típica de polícia, sob a
alegação de estar afastado de suas funções, permanecendo o dever de agir em eventual situação,
sob pena de omissão e cominação de responsabilidade criminal.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral
Parágrafo único – A aplicação da suspensão obedecerá aos seguintes parâmetros,
conforme o total de pontos apurados:
I – de vinte e um a vinte e três pontos, até três dias;
II – de vinte e quatro a vinte e cinco pontos, até cinco dias;
III – de vinte e seis a vinte e oito pontos, até oito dias;
IV – de vinte e nove a trinta pontos, até dez dias.
Art. 32 – A reforma disciplinar compulsória consiste em uma medida excepcional, de
conveniência da administração, que culmina no afastamento do militar, de ofício, do
serviço ativo da Corporação, pelo reiterado cometimento de faltas ou pela sua
gravidade, quando contar pelo menos quinze anos de efetivo serviço.
Parágrafo único – Não poderá ser reformado disciplinarmente o militar que:
I – estiver indiciado em inquérito ou submetido a processo por crime contra o
patrimônio público ou particular;
II – tiver sido condenado a pena privativa de liberdade superior a dois anos,
transitada em julgado, na Justiça Comum ou Militar, ou estiver cumprindo pena;
III – cometer ato que afete a honra pessoal, a ética militar ou o decoro da classe, nos
termos do inciso II do art. 64, assim reconhecido em decisão de Processo
Administrativo-Disciplinar.
Art. 140 - A reforma da praça se verificará:
...
III - quando se enquadrar nos casos de reforma compulsória, por incapacidade moral ou profissional,
previstos no Regulamento Disciplinar da Corporação;
§ único - Não poderá ser reformada disciplinarmente a praça que:
I - estiver indiciada em inquérito ou submetida a processo por crime contra o patrimônio ou particular;
II - estiver cumprindo pena;
33 / 70
III - for considerada moralmente inidônea em decisão do Conselho de Disciplina;
IV - cometer ato que afete a honra pessoal, o decoro da classe ou o pundonor militar, assim
reconhecido em decisão do Conselho de Disciplina.
Lei Estadual 5.301, de 16Out69 – EPPM.

- vide orientação técnica da DP - BT 13 - fls 08;

Art. 33 – A demissão consiste no desligamento de militar da ativa dos quadros da


IME, nos termos do EMEMG e deste Código.
Parágrafo único – A demissão pune determinada transgressão ou decorre da
incorrigibilidade do transgressor contumaz, cujo histórico e somatório de sanções
indiquem sua inadaptabilidade ou incompatibilidade ao regime disciplinar da
Instituição.

Art. 34 – Ressalvado o disposto no § 1° do art. 42 da Constituição da República, a


demissão de militar da ativa com menos de três anos de efetivo serviço, assegurado
o direito à ampla defesa e ao contraditório, será precedida de Processo
Administrativo-Disciplinar Sumário – PADS –, instaurado quando da ocorrência das
situações a seguir relacionadas:

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 13/2002-CG


ASSUNTO: MAPPAD e o exercício da ampla defesa e do contraditório.
EMENTA: PROCEDIMENTO SUMÁRIO QUE ANTECEDE UMA SR OU IPM – MEDIDA DE
CARÁTER INVESTIGATÓRIO – AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO – EDIÇÃO DO MAPPAD –
INSTAURAÇÃO DE NOVA SISTEMÁTICA PROCEDIMENTAL – EXTINÇÃO DO MASIN.
Não existe mais a denominada Sindicância Sumária, sendo substituída pelo Procedimento Sumário
que só pode ser elaborado em casos de menor gravidade ou de autoria incerta. Poderá anteceder a
uma SR, IPM ou funcionar, no máximo, como uma comunicação disciplinar.Não exige maiores
formalidades, devendo o encarregado observar as demais orientações do MAPPAD. Seu prazo
regulamentar é de 15 (quinze) dias, prorrogável por mais 10 (dez) dias, se necessário.
As Sindicâncias Regulares passaram a ser regidas pelo MAPPAD, podendo ter, conforme o caso,
duas etapas distintas, uma apuratória e outra acusatória, sendo 15 (quinze) dias corridos para cada
etapa.
A 1ª etapa será desenvolvida de forma inquisitorial, sem defensor. Ao término desta etapa,
aflorando-se, em tese, transgressão disciplinar, o sindicante notificará o militar, conforme modelo
existente no MAPPAD e iniciará a etapa acusatória, assegurando ao sindicado, o direito à ampla
defesa e ao contraditório, em toda sua plenitude, observando-se as orientações específicas contidas
no Manual em tela.
As sindicâncias que se encontram em andamento terão todos os seus atos validados, devendo o
Encarregado adequar os procedimentos pendentes às atuais normas em vigor.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

I – reincidência em falta disciplinar de natureza grave, para o militar classificado no


conceito “C”;

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 41/2003-CG


ASSUNTO: Efeitos da solução do ato punitivo, objeto de recurso disciplinar.
EMENTA: MODIFICAÇÃO DE CONCEITO – ATENUAÇÃO DE PENALIDADE – HIPÓTESE DE NÃO
AGRAVAMENTO DE PENA.
O efeito suspensivo dos recursos obsta, até o esgotamento da discussão disciplinar, a alteração dos
registros funcionais decorrentes da sanção aplicada.
34 / 70
Dentro desta sistemática, caso o militar venha a ser efetivamente penalizado por outra falta, a
definição de pontos para aferição de conceito e definição da sanção não sofrerão os efeitos da
questão discutida na esfera recursal.
Entretanto, sobrevindo causa que determine a modificação daquele ato punitivo, esta deverá influir
na melhoria conceitual e na eventual reforma da sanção aplicada, devendo, se for o caso, serem
procedidas as devidas correções funcionais e/ou patrimoniais, se existirem pontos positivos a serem
compensados.
Em sentido contrário, caso prevaleça a improcedência dos motivos recursais, a efetivação da
primeira sanção só produzirá alterações no conceito do militar, não se cogitando, nesta
circunstância, hipótese de agravamento de pena.
No entanto, quando o militar estiver enquadrado na hipótese legal do art. 64, I, do CEDM –
submissão à PAD por depreciação de conceito e cometimento de nova falta grave – é prudente que
a instauração aguarde a solução recursal da primeira sanção, por imperativo de economia
processual.
Belo Horizonte, 08 de abril de 2003. - (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

II – prática de ato que afete a honra pessoal ou o decoro da classe,


independentemente do conceito do militar.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 14/2002-CG


ASSUNTO: Características do Processo administrativo.
EMENTA: PROCESSO ADMINISTRATIVO-DISCIPLINAR – SUMÁRIO E ORDINÁRIO – REMESSA
DE DOCUMENTAÇÃO PARA INSTAURAÇÃO DO PAD OU PADS.
No Caso de submissão de militar a PAD (antigo CD) e PADS (antigo PSA), o Comandante da
Unidade deverá remeter toda documentação de origem, devidamente instruída, ao Comando
Intermediário, o qual é, a princípio, a autoridade competente para determinar a submissão do militar
ao Processo, designando uma Comissão (CPAD) para desenvolver os trabalhos.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. - (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 23/2002-CG


ASSUNTO: Submissão a PADS e a PAD.
EMENTA: SUBMISSÃO A PADS E A PADS – HIPÓTESES DISTINTAS DOS ARTS. 34, I E 64, I –
CONDIÇÕES DE IDENTIFICAÇÃO DA FALTA GRAVE COMO CONDIÇÃO DE SUBMISSÃO AO
PROCESSO ADMINISTRATIVO-DISCIPLINAR.
Os artigos 34, I e 64, I, do CEDM, versam, respectivamente, sobre as condições de submissão do
militar, não estável e estável, a Processo Administrativo-Disciplinar, quando incursos no conceito “C”.
No primeiro caso, há necessidade que o militar seja reincidente em falta de intensidade grave,
enquanto que, no segundo, a falta grave pode ser originária, isto é, não se exige a reincidência, mas
tão-somente o cometimento de falta disciplinar grave.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. - (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

Art. 35 – No PADS, as razões escritas de defesa deverão ser apresentadas pelo


acusado ou seu procurador legalmente constituído, no prazo de cinco dias úteis do
final da instrução.
§ 1º – É assegurada a participação da defesa na instrução, por meio do requerimento
da produção das provas que se fizerem necessárias, cujo deferimento ficará a critério
da autoridade processante, e do arrolamento de até cinco testemunhas.
§ 2º – O acusado e seu defensor serão notificados, por escrito, com antecedência
mínima de vinte e quatro horas de todos os atos instrutórios, sendo que, no caso de
seu interrogatório, esse prazo será de quarenta e oito horas.
§ 3º – É permitido à defesa, no momento da qualificação, contraditar a testemunha,
bem como, ao final do depoimento, formular perguntas por intermédio da autoridade
processante.

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§ 4º – Aplicam-se ao PADS, no que couber, as normas do Processo Administrativo-
Disciplinar.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 24/2002-CG


ASSUNTO: Escrevente em PAD.
EMENTA: ESCREVENTE EM PADS – POSSIBILIDADE DE EXTENSÃO AO PAD –
POSSIBILIDADE DE DESIGNAÇÃO.
Embora não conste, textualmente, no MAPPAD, a previsão de designação de escrevente para o
PAD é possível.
Ambos, PAD E PADS, destinam-se à mesma finalidade, ou seja, verificação da permanência ou não
do militar estável ou não estável, na Corporação.
É importante assinalar que a figura do escrevente, como definida pelo art. 39, XXIX, “b” e “c”, c/c o
art. 85, § 2º, do MAPPAD, também é autorizada em sede de procedimento administrativo.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. - (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

§ 5º – O prazo para conclusão do processo sumário será de vinte dias, prorrogável


por mais dez dias.
Art. 36 – A demissão de militar da ativa com no mínimo três anos de efetivo serviço
ocorrerá por proposta da Comissão de Processo Administrativo-Disciplinar – CPAD
–, ressalvado o disposto no § 1° do art. 42 da Constituição da República.

Art. 37 – A perda da graduação consiste no desligamento dos quadros das IMEs.

Art. 38 – Será aplicado o cancelamento de matrícula, com desligamento de curso,


estágio ou exame, conforme dispuser a norma escolar própria, a discentes de cursos
das IMEs, observado o disposto no art. 34 ou no art. 64, dependendo de seu tempo de
efetivo serviço.

Art. 39 – O discente das IMEs que era civil quando de sua admissão, ao ter cancelada
sua matrícula e ser desligado do curso, observando-se o disposto no art. 34 ou no
art. 64, será também excluído da Instituição.

Art. 40 – Quando o militar incorrer em ato incompatível com o exercício do cargo,


função ou comissão, será destituído, independentemente da aplicação de sanção
disciplinar, nos termos do inciso II do art. 25.

CAPÍTULO IV
Regras de Aplicação

Art. 41 – A sanção será aplicada com justiça, serenidade, imparcialidade e isenção.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 01/2002-CG


ASSUNTO: Necessidade de encaminhamento dos processos e procedimentos disciplinares
ao Conselho de Ética e Disciplina da Unidade (CEDMU).
EMENTA: VERIFICAÇÃO DA APENAÇÃO DISCIPLINAR – EXIGÊNCIA DO CÓDIGO DE ÉTICA E
DISCIPLINA DOS MILITARES DO ESTADO DE MINAS GERAIS – INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
50, § 2o E 78, “CAPUT”.

36 / 70
Todo e qualquer processo ou procedimento administrativo-disciplinar, antes de ser encaminhado ao
Comandante da Unidade ou outra autoridade competente, deverá primeiramente passar pelo
Conselho de Ética e Disciplina Militar da Unidade (CEDMU) do militar, cujo ato está sendo
apreciado, para fins de análise e parecer, inclusive para aqueles já concluídos e que ainda não
foram publicados.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. - (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

Art. 42 – O ato administrativo-disciplinar conterá:


I – a transgressão cometida, em termos concisos, com relato objetivo dos fatos e
atos ensejadores da transgressão;
II – a síntese das alegações de defesa do militar;
III – a conclusão da autoridade e a indicação expressa dos artigos e dos respectivos
parágrafos, incisos, alíneas e números, quando couber, da lei ou da norma em que se
enquadre o transgressor e em que se tipifiquem as circunstâncias atenuantes e
agravantes, se existirem;

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 40/2003-CG


ASSUNTO: O entendimento do Art. 14, II, do CEDM.
EMENTA: INTELIGÊNCIA DO ART. 14, II, DO CEDM – CONHECIMENTO DO TERMO DESÍDIA
COMO ELEMENTO CARACTERIZADOR DA TRANSGRESSÃO – NÚCLEO VERBAL DA
DESCRIÇÃO OBJETIVA – CONDIÇÕES ELEMENTARES SUJEITAS À DEMONSTRAÇÃO DE
DESÍDIA.
O tipo disciplinar em análise exige que o fato revelador de desempenho insuficiente, o
desconhecimento da missão, o afastamento injustificado do local e o procedimento contrário às
normas legais, regulamentares, documentos normativos, administrativos e operacionais, sejam aptos
a demonstrar desídia no exercício funcional.
Destacamos que a transgressão somente se configura quando alcançado o núcleo do inciso, qual
seja, a demonstração de desídia no desempenho das funções, sendo que esta atitude deve ainda
estar caracterizada por algum dos elementos constantes da segunda parte do mesmo inciso.
O primeiro dos elementos é o fato que revele desempenho insuficiente, que se refere ao
cumprimento de atribuições ou ordens de forma a não satisfazer por completo aquilo que fora
previamente determinado. Para a ocorrência deste elemento, deve preexistir uma atribuição
determinada e que ela seja objetivamente mal desempenhada.
O tópico revelador do desconhecimento da missão caracteriza-se pela falta de informações, por
parte do militar, acerca da tarefa que lhe foi incumbida e da qual deveria inteirar-se para o fiel e
efetivo cumprimento.
O afastamento injustificado do local configura-se pela falta de razões plausíveis que possam escudar
seu afastamento, sem autorização, do lugar onde deva estar.
Para caracterização de fato que revele procedimento contrário às normas legais, regulamentares e
documentos normativos, administrativos ou operacionais, é fundamental a identificação da norma
violada.
Belo Horizonte, 08 de abril de 2003. - (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

IV – a classificação da transgressão;
V – a sanção imposta;
VI – a classificação do conceito que passa a ter ou em que permanece o
transgressor.
Art. 43 – O militar será formalmente cientificado de sua classificação no conceito “C”.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 15/2002-CG


ASSUNTO: Ciência de conceito para submissão a Processo Administrativo-Disciplinar.
EMENTA: SUBMISSÃO A PROCESSO ADMINISTRATIVO-DISCIPLINAR – DEPRECIAÇÃO DE
CONCEITO – CIÊNCIA FORMAL – PROCEDIMENTO OBRIGATÓRIO.

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O art. 43 do CEDM prevê que o militar, ao ingressar no conceito “C”, deverá ser formalmente
cientificado.
Assim, os militares que se encontravam no mau comportamento e que atualmente estão no conceito
“C”, deverão ser formalmente cientificados dessa nova situação, mesmo os que já haviam sido
“notificados” quando da vigência do RDPM.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 16/2002-CG


ASSUNTO: Patrocínio de defesa.
EMENTA: PATROCÍNIO DE DEFESA – EXERCÍCIO REGULAR POR ADVOGADO NO CASO DE
PROCESSO – EM PROCEDIMENTO É ADMISSÍVEL A AUTODEFESA OU POR OUTRO MILITAR.
A defesa em PAD ou PADS só poderá ser patrocinada por advogado regularmente constituído.
Nos demais procedimentos administrativos-disciplinares, como sindicâncias, comunicações
disciplinares, faltas residuais e/ou subjacentes ao IPM/APF, a defesa poderá ser realizada pelo
próprio militar ou por defensor por ele constituído, civil ou militar, operando-se os efeitos da revelia,
se as Razões Escritas da Defesa não forem apresentadas no prazo regulamentar. Neste último
caso, deve-se preencher o denominado Termo de Revelia e observar as demais providências
especificadas no MAPPAD.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

Art. 44 – O cumprimento da sanção disciplinar por militar afastado do serviço


ocorrerá após sua apresentação, pronto, na unidade.

CAPÍTULO V
Competência para Aplicação

Art. 45 – A competência para aplicar sanção disciplinar, no âmbito da respectiva IME,


é atribuição inerente ao cargo e não ao grau hierárquico, sendo deferida:
Art. 58 da IC01/05: A competência para se anular as sanções disciplinares, nos termos do Art. 49 do
CEDM(São competentes para anular as sanções impostas por elas mesmas ou por seus
subordinados a autoridades discriminadas no art. 45),compete às mesmas autoridades previstas no
rol taxativo do Art. 45 do CEDM, as quais podem aplicar sanção disciplinar.
Art. 59 da IC01/05: Não há nenhuma irregularidade nas situações em que um comandante, diretor ou
chefe, recém-transferido para uma nova unidade, anule uma sanção imposta por seu antecessor,
desde que, para isso, observe os requisitos descritos no Art. 48, caput e §1º do CEDM (A anulação
da punição consiste em tornar totalmente sem efeito o ato punitivo, ouvido o Conselho de Ética e
Disciplina da Unidade. § 1º - Na hipótese de comprovação de ilegalidade ou injustiça, no prazo
máximo de cinco anos da aplicação da sanção, o ato punitivo será anulado).

Art 38 - São adotadas as seguintes definições:


I - Cargo é o conjunto de atribuições definidas por lei ou regulamento e cometido, em caráter
permanente a um militar;
...
III - Função ou exercício é a execução, dentro das normas regulamentares, das atribuições
estipuladas para os cargos e encargos.
...
VII - Comandante é a denominação genérica dada ao elemento mais graduado ou mais antigo de
cada guarnição, abrangendo assim seu comandante, diretor, chefe ou outra denominação que tenha
ou venha a ter;
Lei Estadual 5.301, de 16Out69 – EPPM.

I – ao Governador do Estado e Comandante-Geral, em relação àqueles que estiverem


sujeitos a este Código;

38 / 70
II – ao Chefe do Estado-Maior, na qualidade de Subcomandante da Corporação, em
relação aos militares que lhe são subordinados hierarquicamente;
III – ao Corregedor da IME, em relação aos militares sujeitos a este Código, exceto o
Comandante-Geral, o Chefe do Estado-Maior e o Chefe do Gabinete Militar;

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 28/2002-CG


ASSUNTO: Solicitação de disponibilidade cautelar.
EMENTA: DISPONIBILIDADE CAUTELAR – SOLICITAÇÃO DE DEFERIMENTO DA MEDIDA –
HIPÓTESES DO ART. 27, DO CEDM – PEDIDO A SER FEITO COM REMESSA DE
DOCUMENTAÇÃO À CORREGEDORIA DA POLÍCIA MILITAR.
Considerando a natureza da medida solicitada e a competência fixada pelo art. 45, III, do CEDM, as
solicitações de disponibilidade cautelar, devidamente instruídas, previstas nos arts. 26 e 27, do
CEDM devem ser feitas ao Comandante-Geral, através da Corregedoria da Polícia Militar, que
preparará os atos de implementações necessários.
Caso seja a Corregedoria o órgão de solicitação, neste caso o pedido deverá ser encaminhado ao
Comando-Geral, via Chefia do EMPM.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

Art. 4º - Compete a Corregedoria, além de outras atribuições legais:


...
V – solicitar do Comandante-Geral ... o afastamento temporário cautelar do indiciado ou acusado;
Resolução 3553, de 22Set2000 – Competência da Corregedoria PM.

IV – ao Chefe do Gabinete Militar, em relação aos que servirem sob sua chefia ou
ordens;
V – aos Diretores e Comandantes de Unidades de Comando Intermediário, em relação
aos que servirem sob sua direção, comando ou ordens, dentro do respectivo sistema
hierárquico;
VI – aos Comandantes de Unidade, Chefes de Centro e Chefes de Seção do Estado-
Maior, em relação aos que servirem sob seu comando ou chefia.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 25/2002-CG


ASSUNTO: CAA não aplica sanção disciplinar nem recompensa.
EMENTA: FALTA DE COMPETÊNCIA PARA ADOÇÃO DE MEDIDA DISCIPLINAR PELO CAA –
AUSÊNCIA DE AUTONOMIA FUNCIONAL – ASSESSORIA DA UNIDADE INTERMEDIÁRIA.
Os CAA não possuem autonomia e/ou independência funcional, a ponto de exercer poder disciplinar
sobre os militares ali classificados.
O CAA é assessoria vinculada à Região de Polícia Militar, não possuindo competência perante o
CEDM, para adotar medida disciplinar ou implementar recompensa.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

§ 1º – Além das autoridades mencionadas nos incisos I, II e III deste artigo, compete
ao Corregedor ou correspondente, na Capital, a aplicação de sanções disciplinares a
militares inativos.

Art. 4º - Compete a Corregedoria, além de outras atribuições legais:


I – realizar, por meio de sindicâncias e de inquéritos policiais-militares, as apurações que forem de
sua competência;
II – apurar, por delegação do Comandante-Geral ou do Chefe do Estado-Maior, as irregularidades
em que estiverem envolvidos integrantes da Polícia Militar, quando se enquadrarem em uma das
seguintes situações:
d) envolver militares inativos residentes na RMBH;
39 / 70
Resolução 3553, de 22Set2000 – Competência da Corregedoria PM.

§ 2º – A competência descrita no parágrafo anterior é dos Comandantes de


Comandos Intermediários e de Unidades, na respectiva região ou área, exceto, em
ambos os casos, quanto aos oficiais inativos do último posto das IMEs.
Art. 46 – Quando a ocorrência disciplinar envolver militares de mais de uma Unidade,
caberá ao Comandante imediatamente superior, na linha de subordinação, apurar ou
determinar a apuração dos fatos, adotar as medidas disciplinares de sua
competência ou transferir para a autoridade competente o que lhe escapar à alçada.
§ 1º – Quando duas autoridades de postos diferentes, ambas com ação disciplinar
sobre o militar, conhecerem da falta, competirá à de posto mais elevado punir, salvo
se esta entender que a punição cabe nos limites da competência da outra autoridade.
§ 2º – No caso de ocorrência disciplinar na qual se envolvam militar das Forças
Armadas e militares estaduais, a autoridade competente das IMEs deverá tomar as
medidas disciplinares referentes àqueles que lhe são subordinados.
§ 3° – A competência de que trata este artigo e seus § § 1° e 2° será exercida também
pelo Corregedor da respectiva IME.

Art. 4º - Compete a Corregedoria, além de outras atribuições legais:


I – realizar, por meio de sindicâncias e de inquéritos policiais-militares, as apurações que forem de
sua competência;
II – apurar, por delegação do Comandante-Geral ou do Chefe do Estado-Maior, as irregularidades
em que estiverem envolvidos integrantes da Polícia Militar, quando se enquadrarem em uma das
seguintes situações:
...
III - atender e reduzir a termo próprio, as reclamações quanto à conduta social e profissional do
pessoal da Polícia Militar, oriundas da comunidade civil, do público interno, da Ouvidoria de Polícia e
de outros órgãos, encaminhando-as aos setores da Corporação para medidas pertinentes ou apura-
las, nas hipóteses previstas no inciso anterior;
...
VII – acompanhamento de apurações envolvendo integrantes de outras organizações (militares ou
policiais);
Resolução 3553, de 22Set2000 – Competência da Corregedoria PM.

Art. 47 – As autoridades mencionadas nos incisos I e II do art. 45 são competentes


para aplicar sanção disciplinar a militar que estiver à disposição ou a serviço de
órgão do poder público, independentemente da competência da autoridade sob cujas
ordens estiver servindo para aplicar–lhe as sanção legal por infração funcional.
Parágrafo único – A autoridade que tiver de ouvir militar ou que lhe houver aplicado
sanção disciplinar requisitará a apresentação do infrator, devendo tal requisição ser
atendida no prazo de cinco dias após seu recebimento.

CAPÍTULO VI
Anulação

Art. 48 – A anulação da punição consiste em tornar totalmente sem efeito o ato


punitivo, desde sua publicação, ouvido o Conselho de Ética e Disciplina da Unidade.

40 / 70
§ 1º – Na hipótese de comprovação de ilegalidade ou injustiça, no prazo máximo de
cinco anos da aplicação da sanção, o ato punitivo será anulado.

O Chefe do Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil, usando das atribuições
contidas no art. 1º do decreto n. 19.398, de 11 de novembro de 1930, decreta:
Art. 1º - As dividas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer
direito ou ação contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza,
prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem.
Decreto Federal 20.910, de 06Jan31 - Regula a Prescrição Qüinqüenal.

Art. 68 O processo de que resultar sanção ou indeferimento pode ser revisto a pedido ou de ofício
quando for alegado fato novo ou circunstância que justifique a revisão.
§ 1º O prazo para revisão é de cinco anos contados da decisão definitiva.
§ 2º Da revisão não pode decorrer agravamento de punição.
Lei Estadual 14.184, de 31Jan02 – Dispõe sobre o Processo Adm na Administração Estadual.
§ 2º – A anulação da punição eliminará todas as anotações nos assentamentos
funcionais relativos à sua aplicação.
Art. 49 – São competentes para anular as sanções impostas por elas mesmas ou por
seus subordinados as autoridades discriminadas no art. 45.

TÍTULO IV
Recompensas
CAPÍTULO I
Definições e Especificações

Art. 50 – Recompensas são prêmios concedidos aos militares em razão de atos


meritórios, serviços relevantes e inexistência de sanções disciplinares.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 29/2002-CG


ASSUNTO: Concessão de Elogio e Nota Meritória.
EMENTA: EXIGÊNCIAS DO DECRETO N.º 42.843, DE 16AGO02 - SUBSÍDIOS PARA DECISÃO
DA AUTORIDADE COMPETENTE – OBSERVÂNCIA DAS PRESCRIÇÕES DO DECRETO N.º
42.843/02 – BREVE EMISSÃO DE PARECER, NOS CASOS DE NOTA MERITÓRIA.
A manutenção da disciplina decorre da ação de comando de cada Diretor, Comandante ou Chefe.
As recompensas previstas nos artigos 50 e 51, do CEDM, especialmente o elogio e a nota meritória,
carecem, para suas concessões, do cumprimento das exigências previstas no Decreto n.º 42.843, de
16Ago02, que se distinguem inteiramente da sistemática utilizada no extinto Regulamento Disciplinar
(RDPM).
Considerando que as recompensas em tela, por força do art. 18, § 2º, do CEDM, influem na
aplicação da sanção disciplinar (incidência no cômputo final da pontuação prevista no art. 22), os
requisitos de admissibilidade do elogio individual e da nota meritória, como previstos no Decreto n.º
42.843/02, devem ser rigorosamente observados.
De modo diverso, nos casos de nota meritória, a exigência documental do art. 10, aplicado por força
do art. 19, deve significar a emissão de breve relatório que contenha parecer, favorável ou não,
acerca da concessão desta espécie de recompensa.
De outro modo, o art. 10, nos casos de elogio, não pode ser interpretado sob o mesmo alcance da
nota meritória, por exigir requisitos de admissibilidade que devem estar adequados às prescrições do
art. 8º, devendo o parecer espelhar as circunstâncias e as condições de fato necessárias à
concessão de elogio, por tratar-se, à luz do art. 5º, a primeira recompensa, por ordem decrescente
de importância.
Belo Horizonte, 30 de setembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

41 / 70
§ 1º – Além de outras previstas em leis e regulamentos especiais, são recompensas
militares:
I – elogio;
II – dispensa de serviço;
III – cancelamento de punições;
IV – consignação de nota meritória nos assentamentos do militar, por atos relevantes
relacionados com a atividade profissional, os quais não comportem outros tipos de
recompensa.
§ 2º – A dispensa de que trata o inciso II do § 1° será formalizada em documento
escrito em duas vias, sendo a segunda entregue ao beneficiário.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 01/2002-CG


ASSUNTO: Necessidade de encaminhamento dos processos e procedimentos disciplinares
ao Conselho de Ética e Disciplina da Unidade (CEDMU).
EMENTA: VERIFICAÇÃO DA APENAÇÃO DISCIPLINAR – EXIGÊNCIA DO CÓDIGO DE ÉTICA E
DISCIPLINA DOS MILITARES DO ESTADO DE MINAS GERAIS – INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
50, § 2o E 78, “CAPUT”.
Todo e qualquer processo ou procedimento administrativo-disciplinar, antes de ser encaminhado ao
Comandante da Unidade ou outra autoridade competente, deverá primeiramente passar pelo
Conselho de Ética e Disciplina Militar da Unidade (CEDMU) do militar, cujo ato está sendo
apreciado, para fins de análise e parecer, inclusive para aqueles já concluídos e que ainda não
foram publicados.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 19/2002-CG


ASSUNTO: Cancelamento de punições.
EMENTA: CANCELAMENTO DE PUNIÇÕES – ATO ADMINISTRATIVO VINCULADO AO
DECURSO DE TEMPO SEM PUNIÇÕES – MEDIDA EXIGÍVEL DE OFÍCIO DA ADMINISTRAÇÃO
MILITAR – RECOMPENSA – ARTS. 50, III E 94, “CAPUT”.
O cancelamento de punições é uma espécie de recompensa, prevista no art. 50, III, do CEDM.
A sua aplicação está condicionada ao decurso temporal de cinco anos de efetivo serviço, a contar da
data da publicação da última transgressão (transgressão não justificada com ou sem efetivação da
sanção).
Não pode a Administração Militar transigir sobre o cancelamento se estiverem preenchidos os
requisitos do art. 94, “caput”, do CEDM, atentando-se para o fato de que deve ser também
considerada, a partir de 04 de agosto de 2002, a sanção “Advertência”.
Uma vez cancelados os registros punitivos, estes devem obedecer o contido no art. 94, § 1º, do
CEDM.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 37/2002-CG


ASSUNTO: Publicidade do cancelamento de punição e da medida cogitada pelo Art. 10, do
CEDM.
EMENTA: PUBLICAÇÃO DE ATOS EM BOLETIM RESERVADO – REGULARIDADE – MOTIVAÇÃO
DA MEDIDA ADMINISTRATIVA – EXEQÜIBILIDADE – SEGURANÇA PARA A ADMINISTRAÇÃO.
O cancelamento de punições deve ser publicado para segurança jurídica e regularidade das
medidas levadas a efeito pela Administração, considerando-se que o disposto no Art. 50, § 1º, III, do
CEDM, trata-se de uma modalidade de recompensa.
Semelhantemente, caso seja aplicado o disposto no Art. 10, do CEDM – aconselhamento ou
advertência verbal pessoal – esta medida deve ser inserida e publicada no contexto do mesmo ato
administrativo, haja vista ter existido a falta e definida a sanção aplicável, sendo, contudo verificada
a conveniência e oportunidade de sua substituição.
É importante ressaltar que a cogitação da aplicação do Art. 10 é atribuição exclusiva da autoridade
com competência para aplicar sanção disciplinar, não devendo o CEDMU, originalmente, sugerir
esta medida, mas tão-somente apreciá-la, caso haja proposição pelo Comandante, Diretor ou Chefe.
42 / 70
As duas situações devem ser transcritas em campos próprios do SMAB.
Belo Horizonte, 06 de dezembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

Art. 51– As recompensas, regulamentadas em normas específicas, serão pontuadas


positivamente, conforme a natureza e as circunstâncias dos fatos que as originaram,
nos seguintes limites:
I – elogio individual: cinco pontos cada;
II – nota meritória: três pontos cada;
III – comendas concedidas pela instituição:
a) Alferes Tiradentes na Polícia Militar de Minas Gerais –PMMG – ou equivalente no
Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais – CBMMG: três pontos;
b) Mérito Profissional: três pontos;
c) Mérito Militar: três pontos;
d) Guimarães Rosa na PMMG ou equivalente no CBMMG: três pontos.
§ 1° – A pontuação a que se refere este artigo tem validade por doze meses a partir da
data da concessão.

INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 239/02-DRH, DE 02/08/2002


Estabelece orientações de procedimentos para elaboração do enquadramento disciplinar,
face à Lei 14.310, de 19jun02.
O Coronel PM Diretor de Recursos Humanos da Polícia Militar, no uso de sua atribuição prevista no
art. 10, inciso I do R-100, aprovado pelo Decreto nº 18.445, de 15abr77, baixa a seguinte instrução:
Art. 1º - O enquadramento disciplinar, último esforço para imposição de uma sanção administrativa,
é, na vigência do Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais (CEDM),
objetivo e tem por finalidade, analisar as transgressões cometidas pelos militares da ativa,
atribuindo-lhes pontuação, até a aplicação ou não de determinada sanção.
Art. 2º - De posse de toda documentação referente à transgressão disciplinar, o enquadramento
deverá ser elaborado, observando-se o seguinte:
...
II – verificação do reconhecimento de atenuantes e/ou agravantes, previamente levantados pelo
CEDMU.
III – levantamento da existência de recompensas e comendas concedidas ao militar transgressor:
a) na vigência da Lei 14.310/02;
b) há menos de doze meses do cometimento da transgressão;
c) que ainda não tenham sido utilizadas na análise de qualquer transgressão, considerando a
totalidade dos pontos a elas atribuídos.
IV – verificação de saldo de pontos positivos decorrentes de enquadramentos anteriores, em razão
das recompensas e/ou comendas que foram utilizadas na análise da transgressão, mas que não
tiveram seus pontos computados na totalidade.
Art. 3º - A data de concessão das recompensas e medalhas será a data de publicação do respectivo
ato, a exceção da Medalha de Mérito Militar, que vale a data de concessão, estipulada no próprio
ato.
...
Art. 5º - Quando da análise da transgressão, restar pontos positivos, embora configurada a
transgressão disciplinar, o enquadramento seguirá seu trâmite normal e a transgressão, com a
devida justificativa pela não punição, será publicada em Boletim Reservado, bem como será incluída
no SMAB/SIRH, conforme orientações contidas na Instrução de Recursos Humanos nº 238/02.
§ 1º - Os pontos referentes às recompensas e comendas serão computados no enquadramento até
que inexistam pontos negativos ou que reste saldo positivo.
§ 2º - As recompensas e comendas, a partir de sua concessão, só serão utilizadas uma única vez na
análise de transgressão disciplinar, podendo, no entanto, haver utilização do saldo de pontos
positivos para análise de nova transgressão disciplinar que porventura venha a ser cometida, desde
que isto ocorra dentro do prazo de validade constante do art. 51, § 1º do CEDM.
43 / 70
§ 3º - O controle da utilização das recompensas e/ou comendas será feito, a princípio, no verso do
ato punitivo que deverá ter o ciente do militar transgressor.
...
Art. 9º - Para as recompensas/comendas utilizadas na análise da transgressão, deverão ser
digitados o número, data e Unidade do Boletim de publicação de sua concessão.
...
Art. 14 – Aplicada ou não a sanção, dever-se-á colher o ciente do militar transgressor, na frente e no
verso do enquadramento, podendo lhe ser fornecida uma segunda via.
...
Art. 16 – Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação.
Belo Horizonte, 02 de agosto de 2002.
a) Valdelino Leite da Cunha – Cel PM / Diretor de Recursos Humanos

§ 2° – A concessão das recompensas de que trata o “caput” deste artigo será


fundamentada, ouvido o CEDMU.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 17/2002-CG


ASSUNTO: Análise de recompensa.
EMENTA: ANÁLISE DE RECOMPENSA – MEDIDA SUJEITA À ANÁLISE DO CEDMU –
CONCESSÃO A MILITARES DE DIVERSAS UNIDADES – PRATICIDADE.
Toda recompensa, antes de ser concedida pela autoridade competente, deverá ser fundamentada e
remetida ao CEDMU para análise e parecer pertinentes. No entanto, especificamente no caso de
concessão de recompensas, o Comandante-Geral, o Chefe do Estado-Maior, o Diretor e o
Comandante de Região Militar podem nomear CEDMU geral para apreciar e julgar o mérito da ação
ou atuação de militares de Unidades diversas, observada a competência para a concessão de
recompensa.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

CAPÍTULO II
Competência para Concessão

Art. 52 – A concessão de recompensa é função inerente ao cargo e não ao grau


hierárquico, sendo competente para fazê-la aos militares que se achem sob o seu
Comando:
I – o Governador do Estado, as previstas nos incisos I, III e IV do § 1° do art. 50 e as
que lhe são atribuídas em leis ou códigos;
II – o Comandante-Geral, as previstas no § 1° do art. 50, sendo a dispensa de serviço
por até vinte dias;
III – o Chefe do Estado-Maior, as recompensas previstas no § 1° do art. 50, sendo a
dispensa de serviço por até quinze dias;
IV – as autoridades especificadas nos incisos III a VI do art. 45, as recompensas
previstas no § 1° do art. 50, sendo a dispensa de serviço por até dez dias;
V – o Comandante de Companhia e Pelotão destacados, dispensa de serviço por até
três dias.

CAPÍTULO III
Ampliação, Restrição e Anulação

44 / 70
Art. 53 – A recompensa dada por uma autoridade pode ser ampliada, restringida ou
anulada por autoridade superior, que motivará seu ato.
Parágrafo único – Quando o serviço ou ato meritório prestado pelo militar ensejar
recompensa que escape à alçada de uma autoridade, esta diligenciará a respectiva
concessão perante a autoridade superior competente.

CAPÍTULO IV
Regras para Concessão

Art. 54 – A concessão das recompensas está subordinada às seguintes prescrições:


I – só se registram nos assentamentos dos militares os elogios e as notas meritórias
obtidos no desempenho de atividades próprias das IMEs e concedidos ou
homologados por autoridades competentes;
II – salvo por motivo de força maior, não se concederá a recompensa prevista no
inciso II do § 1° do art. 50 a discentes, durante o período letivo, nem a militar, durante
o período de manobras ou em situações extraordinárias;
III – a dispensa de serviço é concedida por dias de vinte e quatro horas, contadas da
hora em que o militar começou a gozá-la.
Art. 55 – A dispensa de serviço, para ser gozada fora da sede, fica condicionada às
mesmas regras da concessão de férias previstas no EMEMG.

TÍTULO V
Comunicação e Queixa Disciplinares
CAPÍTULO I
Comunicação Disciplinar

Art. 56 – A comunicação disciplinar é a formalização escrita, assinada por militar e


dirigida à autoridade competente, acerca de ato ou fato contrário à disciplina.
§ 1º – A comunicação será clara, concisa e precisa, sem comentários ou opiniões
pessoais, e conterá os dados que permitam identificar o fato e as pessoas ou coisas
envolvidas, bem como o local, a data e a hora da ocorrência.
§ 2º – A comunicação deve ser a expressão da verdade, cabendo à autoridade a quem
for dirigida encaminhá-la ao acusado, para que, no prazo de cinco dias úteis,
apresente as suas alegações de defesa por escrito.
Art. 57 – A comunicação será apresentada no prazo de cinco dias úteis contados da
observação ou do conhecimento do fato.
§ 1° – A administração encaminhará a comunicação ao acusado mediante notificação
formal para que este apresente as alegações de defesa no prazo improrrogável de
cinco dias úteis.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 12/2002-CG


ASSUNTO: Transgressão residual e/ou subjacente
EMENTA: SANÇÃO DISCIPLINAR – TRANSGRESSÕES RESIDUAIS E/OU SUBJACENTES –
PROCEDIMENTO ADEQUADO ATRAVÉS DE FOTOCÓPIAS DE INTEIRO TEOR.
Transgressão residual ou subjacente ao IPM/APF deverá ser tratada extra-autos.
45 / 70
Após a solução e remessa dos autos de IPM/APF à JME, a Administração providenciará cópias, em
inteiro teor, do referido procedimento, e abrirá vistas ao transgressor, observando-se as demais
orientações alusivas à comunicação disciplinar.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 31/2002-CG


ASSUNTO: Notificação em Sindicância Regular.
EMENTA: NOVA SISTEMÁTICA DA SINDICÂNCIA REGULAR – DISTINÇÃO DAS ETAPAS
APURATÓRIA E INVESTIGATÓRIA – EXISTÊNCIA DE FASE INSTRUTÓRIA (ARTS. 4º, I; 5º, I; 31,
§ 3º, III E 38, TODOS DO MAPPAD) NA ETAPA ACUSATÓRIA – DIFERENCIAÇÃO ENTRE FASE
E ETAPA – NOTIFICAÇÃO NA ETAPA ACUSATÓRIA.
Com a edição do MAPPAD, a Sindicância Regular (SR) pode ter 02 (duas) etapas: uma
investigatória e outra acusatória. Ambas decorrem do art. 31, “caput”, sendo a segunda destinada a
assegurar o exercício da ampla defesa e do contraditório ao(s) Sindicado(s).
Por força do art. 31, § 3º, a SR possui as mesmas fases do Processo Administrativo-Disciplinar,
todavia a fase instrutória definida pelo art. 4º, I (libelo acusatório), só é própria na etapa acusatória,
isto é, quando houver delimitação do objeto da acusação.
A notificação do(s) Sindicado(s) exigida na parte inicial do art. 31, § 3º, III, diz respeito, portanto, à
etapa acusatória da SR, haja vista este artigo prever, em sua parte final, que até o término desta
fase, a Sindicância não poderá ser acompanhada pelo(s) Sindicado(s) ou defensor(es)
constituído(s), característica esta inerente à etapa investigatória, o que não obsta a audição do(s)
Sindicado(s) (art. 38, § 1º, II). De idêntica forma, a notificação exigida pelo art. 5º, I, diz respeito
somente à etapa acusatória.
Na etapa investigatória, o militar pode ser convocado para ser ouvido de maneira inquisitorial (vide
DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 13-SEPARATA DO BGPM N.º 071/02), a fim de subsidiar a busca
de provas para uma eventual acusação, não sendo necessário, para sua audição, a utilização da
notificação constante do modelo n.º 03, do Anexo II, do MAPPAD, bastando, para tal finalidade, uma
convocação devidamente fundamentada, devendo a notificação do modelo mencionado ser utilizada
apenas na etapa acusatória.
O que deve ficar claro é que a fase instrutória da SR existe em ambas as etapas, contudo, a
notificação do(s) Sindicado(s) só ocorrerá na etapa acusatória, significando, para tal, a
instrumentalização de ato que exprima ao(s) Sindicado(s) o conhecimento sobre o fato disciplinar
que pesa contra sua(s) pessoa(s) e a oportunidade de contraditá-lo ou não (art. 38, § 2º, I).
Belo Horizonte, 22 de outubro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 36/2002-CG


ASSUNTO: Razões escritas de defesa prévia na Sindicância Regular.
EMENTA: NOTIFICAÇÃO DO ACUSADO – MODELO N.º 03, DO ANEXO II, DO MAPPAD –
DEFESA PRÉVIA – ETAPA ACUSATÓRIA DA SINDICÂNCIA REGULAR.
A providência de notificação do sindicado (vide Art. 31, X, “a” e “b”; Art. 38, § 2º, I e II; Art. 42, nº 11,
12 e 13, tudo do MAPPAD) é feita nos moldes do modelo nº 03, do Anexo II, do Manual, somente na
etapa acusatória (VIDE DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 31/02-PUBLICADA NO BGPM N.º 80/02).
A manifestação escrita do sindicado, no prazo mínimo de 48 horas, constitui, nesta etapa, defesa
prévia, sendo o prazo para sua apresentação contabilizado no de conclusão previsto para o
sindicante (vide item 2, das observações do modelo nº 03, do anexo II, do MAPPAD).
É importante, em regra, que o primeiro ato do sindicante, após a notificação, seja o da coleta das
declarações do sindicado, momento em que o encarregado receberá a defesa prévia.
A defesa prévia, embora de caráter facultativo, caracteriza-se pelas primeiras alegações do
sindicado em relação ao fato disciplinar de que é acusado, momento que poderá solicitar diligências
e apresentar rol de testemunhas (vide Art. 31, XI e XII, do MAPPAD). O sindicante, após análise
do(s) pedido(s), poderá deferir ou indeferir a pretensão do sindicado, motivando sua decisão através
de despacho que será juntado aos autos da sindicância.
A efetivação da defesa prévia possibilitará ao sindicante um direcionamento mais apropriado de seus
trabalhos.
Esta defesa, nas circunstâncias cogitadas, não se confunde com as razões escritas e finais de
defesa (vide modelo nº 09, do Anexo II, do MAPPAD), a ser preparada pelo sindicado ou por seu
defensor, após a adoção das providências complementares do sindicante, permanecendo a
imputação de responsabilidade disciplinar (vide Art. 31, XIII; Art. 38, § 2º, III; Art. 42, nº 15, tudo do
MAPPAD).
Belo Horizonte, 06 de dezembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral
46 / 70
Artigo 3º - Em se tratando de Inquérito Policial Militar ... a Administração deverá providenciar e
entregar para o indiciado/acusado cópia ... da Solução do procedimento, para subsidiar o novo
procedimento administrativo que será instaurado, referente às faltas residuais (subjacentes,
porventura existentes), ...
Instrução de Recursos Humanos 217/01 – DRH, de 28Set01.

Artigo 15 – Concluído o IPM e surgindo necessidade de se abrir vistas ao indiciado, a respeito ... de
transgressão disciplinar residual ou subjacente, a Administração deverá extrair cópia do
procedimento para tal mister, ...
Instrução de Recursos Humanos 228/02- DRH, de 21Jan02.

Art. 99 – Quando se tratar de falta disciplinar residual ou subjacente à apuração de delito, através de
IPM ou APF, a Administração deverá adotar as seguintes providências:
...
II – tirar cópia dos autos do inteiro teor, especificando-se as faltas residuais/subjacentes, em tese,
cometidas pelo indiciado.
Resolução 3666, de 02Ago02 – MAPPAD.

§ 2° – A inobservância injustificada do prazo previsto no § 1° não inviabilizará os trabalhos


da autoridade, operando-se os efeitos da revelia.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 08/2002-CG


ASSUNTO: Exigência de notificação na comunicação disciplinar.
EMENTA: NOTIFICAÇÃO EM COMUNICAÇÃO DISCIPLINAR – ART. 57, § 1º, DO CEDM –
CONTAGEM DO PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DAS RAZÕES DE DEFESA.
A comunicação disciplinar deverá ser entregue ao militar acompanhada da Notificação, cujo modelo
encontra-se no MAPPAD, onde a Administração especificará, em tese, o enquadramento legal do
fato, em conformidade com o CEDM, para que o comunicado saiba, efetivamente, qual a falta que
pesa em seu desfavor e possa dela se defender, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contados do
recebimento da referida documentação.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

CAPÍTULO II
Queixa Disciplinar

Art. 58 – Queixa é a comunicação interposta pelo militar diretamente atingido por ato
pessoal que repute irregular ou injusto.
§ 1º – A apresentação da queixa será feita no prazo máximo de cinco dias úteis, a
contar da data do fato, e encaminhada por intermédio da autoridade a quem o
querelante estiver diretamente subordinado.
§ 2° – A autoridade de que trata o § 1° terá prazo de três dias para encaminhar a
queixa, sob pena de incorrer no disposto no inciso XVI do art. 14 desta lei.
§ 3° – Por decisão da autoridade superior e desde que haja solicitação do querelante,
este poderá ser afastado da subordinação direta da autoridade contra quem formulou
a queixa, até que esta seja decidida.
§ 4° – Na formulação da queixa, será observado o disposto no art. 56.

CAPÍTULO III
Recurso Disciplinar

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Art. 59 – Interpor, na esfera administrativa, recurso disciplinar é direito do militar que
se sentir prejudicado, ofendido ou injustiçado por qualquer ato ou decisão
administrativa.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 11/2002-CG


ASSUNTO: Recurso disciplinar e instâncias recursais.
EMENTA: RECURSO DISCIPLINAR – RECONSIDERAÇÃO EM 1ª INSTÂNCIA – NA HIPÓTESE
DE DIVERGÊNCIA O RECURSO É ANALISADO PELO ESCALÃO SUPERIOR.
O recurso disciplinar poderá ser solucionado pela Autoridade que aplicou a sanção disciplinar, se
acatar o pedido recursal, ouvido antes o CEDMU. Caso contrário, providenciará para que o recurso
seja devidamente instruído com toda documentação pertinente, inclusive subsidiado com autos em
seu inteiro teor, apresentando, ainda, argumentos que justifiquem o não acatamento do recurso.
Em seguida, remeterá toda documentação ao Comando hierárquico imediatamente superior, que
será, necessariamente, a 1ª instância recursal.
A 2ª instância recursal é o Comandante-Geral e, em ambas, o recurso possuirá efeito suspensivo,
não devendo ser efetivada a sanção disciplinar, qualquer que seja ela, até a decisão final do recurso.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

Art. 60 – Da decisão que aplicar sanção disciplinar caberá recurso à autoridade


superior, com efeito suspensivo, no prazo de cinco dias úteis, contados a partir do
primeiro dia útil posterior ao recebimento da notificação pelo militar.
Parágrafo único - Da decisão que avaliar o recurso caberá novo recurso no prazo de
cinco dias úteis.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 05/2002-CG


ASSUNTO: Conhecimento formal do acusado sobre o arquivamento de
processo/procedimento disciplinar.
EMENTA: NOTIFICAÇÃO PARA CONHECIMENTO DA DECISÃO ADMINISTRATIVA DE
APENAÇÃO E ARQUIVAMENTO.
O militar submetido a processo ou procedimento administrativo-disciplinar deverá, ao final, ser
formalmente cientificado da sua solução, mesmo no caso de arquivamento.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. - (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 07/2002-CG


ASSUNTO: Início de contagem de prazo para interposição de recurso e efetivação da sanção
disciplinar.
EMENTA: NOTIFICAÇÃO DO MILITAR QUANTO À APLICAÇÃO DA SANÇÃO DISCIPLINAR –
NECESSIDADE DA MEDIDA PARA FIXAÇÃO DO INÍCIO DA CONTAGEM DO PRAZO RECURSAL
– ART. 60, “CAPUT”, DO CEDM - EFETIVAÇÃO DA SANÇÃO DISCIPLINAR – NECESSIDADE DE
EXAURIMENTO DA FASE RECURSAL – CONDIÇÃO VINCULANTE – CONSEQÜÊNCIA DO
EFEITO SUSPENSIVO – ART. 60, “CAPUT”, DO CEDM.
O militar deverá ser formalmente notificado da sanção disciplinar que lhe for aplicada, sendo esta
medida necessária para início da contagem do prazo para interposição de recurso.
Só poderá ser efetivada a punição disciplinar, após decorrido o prazo recursal sem interposição de
recurso.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. - (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 41/2003-CG


ASSUNTO: Efeitos da solução do ato punitivo, objeto de recurso disciplinar.
EMENTA: MODIFICAÇÃO DE CONCEITO – ATENUAÇÃO DE PENALIDADE – HIPÓTESE DE NÃO
AGRAVAMENTO DE PENA.
O efeito suspensivo dos recursos obsta, até o esgotamento da discussão disciplinar, a alteração dos
registros funcionais decorrentes da sanção aplicada.

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Dentro desta sistemática, caso o militar venha a ser efetivamente penalizado por outra falta, a
definição de pontos para aferição de conceito e definição da sanção não sofrerão os efeitos da
questão discutida na esfera recursal.
Entretanto, sobrevindo causa que determine a modificação daquele ato punitivo, esta deverá influir
na melhoria conceitual e na eventual reforma da sanção aplicada, devendo, se for o caso, serem
procedidas as devidas correções funcionais e/ou patrimoniais, se existirem pontos positivos a serem
compensados.
Em sentido contrário, caso prevaleça a improcedência dos motivos recursais, a efetivação da
primeira sanção só produzirá alterações no conceito do militar, não se cogitando, nesta
circunstância, hipótese de agravamento de pena.
No entanto, quando o militar estiver enquadrado na hipótese legal do art. 64, I, do CEDM –
submissão à PAD por depreciação de conceito e cometimento de nova falta grave – é prudente que
a instauração aguarde a solução recursal da primeira sanção, por imperativo de economia
processual.
Belo Horizonte, 08 de abril de 2003. - (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

Art. 61 – O recurso disciplinar, encaminhado por intermédio da autoridade que


aplicou a sanção, será dirigido à autoridade imediatamente superior àquela, por meio
de petição ou requerimento, contendo os seguintes requisitos:

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 10/2002-CG


ASSUNTO: Pendência judicial.
EMENTA: PENDÊNCIA JUDICIAL – SOBRESTAMENTO DA DECISÃO JUDICIAL EM RELAÇÃO
AO MESMO OBJETO – DECRETO N.º 6.278, de 12JUN61.
Se o militar impetrar ação na Justiça sobre o mesmo objeto do recurso administrativo, fica a
Administração impossibilitada de solucioná-lo enquanto houver pendência judicial.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. - (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 39/2003-CG


ASSUNTO: Alcance e amplitude da Decisão Administrativa nº 10/02.
EMENTA: INTELIGÊNCIA NORMATIVA – EFEITOS DO DECRETO ESTADUAL Nº 6.278, DE
12JUN61 – ÓBICES À PROCRASTINAÇÃO – INDEPENDÊNCIA DAS INSTÂNCIAS –
REGULARIDADE DA AÇÃO ADMINISTRATIVA.
Os recursos disciplinares, cujo objeto tenha a mesma natureza da postulação judicial, não serão
apreciados pela Administração. Portanto, prevalecerá a efetivação de sanção com a imediata
aplicação da penalidade disciplinar, não se operando o efeito suspensivo previsto no CEDM.
Não pode e nem deve persistir o entendimento de que a reivindicação na esfera judicial tenha o
condão de obstar a aplicação das sanções disciplinares, salvo nas hipóteses de determinação
antecipada do respectivo Juízo.
Belo Horizonte, 01 de abril de 2003. - (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

I – exposição do fato e do direito;


II – as razões do pedido de reforma da decisão.
Parágrafo único – Recebido o recurso disciplinar, a autoridade que aplicou a sanção
poderá reconsiderar a sua decisão, no prazo de cinco dias, ouvido o CEDMU, se
entender procedente o pedido, e, caso contrário, encaminhá-lo-á ao destinatário,
instruído com os argumentos e documentação necessários.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 34/2002-CG


ASSUNTO: Parecer do CEDMU em Recurso Disciplinar.
EMENTA: APRECIAÇÃO DE RECURSO DISCIPLINAR PELO CEDMU –INTELIGÊNCIA DO ART.
61, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CEDM – ANÁLISE DO RECURSO PELO MESMO CONSELHO.

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O art. 61, parágrafo único, do CEDM, prevê que a autoridade competente para aplicação da sanção
disciplinar, na hipótese de recurso disciplinar, poderá, desde que ouvido o CEDMU, reconsiderar a
sua decisão, sendo desnecessário enviar a documentação ao escalão imediatamente superior, caso
entenda procedente o pedido.
A reconsideração do ato punitivo, especificamente sob o alcance da mencionada prescrição, vincula-
se à manifestação do mesmo CEDMU, pois a punição, a ser eventualmente reconsiderada, decorreu
de parecer precedente do Conselho.
Neste sentido, assim como a apenação só foi possível mediante aquiescência daquele CEDMU, a
reconsideração só se procederá mediante concordância deste mesmo Conselho.
A avaliação de recursos, nas demais circunstâncias, independerá de manifestação do CEDMU.
Belo Horizonte, 06 de dezembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

Art. 62 – A autoridade imediatamente superior proferirá decisão em cinco dias úteis,


explicitando o fundamento legal, fático e a finalidade.

TÍTULO VI
Processo Administrativo-Disciplinar
CAPÍTULO I
Destinação e Nomeação

Art. 63 – A Comissão de Processo Administrativo-Disciplinar – CPAD – é destinada a


examinar e dar parecer, mediante processo especial, sobre a incapacidade de militar
para permanecer na situação de atividade ou inatividade nas IMEs, tendo como
princípios o contraditório e a ampla defesa.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 13/2002-CG


ASSUNTO: MAPPAD e o exercício da ampla defesa e do contraditório.
EMENTA: PROCEDIMENTO SUMÁRIO QUE ANTECEDE UMA SR OU IPM – MEDIDA DE
CARÁTER INVESTIGATÓRIO – AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO – EDIÇÃO DO MAPPAD –
INSTAURAÇÃO DE NOVA SISTEMÁTICA PROCEDIMENTAL – EXTINÇÃO DO MASIN.
Não existe mais a denominada Sindicância Sumária, sendo substituída pelo Procedimento Sumário
que só pode ser elaborado em casos de menor gravidade ou de autoria incerta. Poderá anteceder a
uma SR, IPM ou funcionar, no máximo, como uma comunicação disciplinar.Não exige maiores
formalidades, devendo o encarregado observar as demais orientações do MAPPAD. Seu prazo
regulamentar é de 15 (quinze) dias, prorrogável por mais 10 (dez) dias, se necessário.
As Sindicâncias Regulares passaram a ser regidas pelo MAPPAD, podendo ter, conforme o caso,
duas etapas distintas, uma apuratória e outra acusatória, sendo 15 (quinze) dias corridos para cada
etapa.
A 1ª etapa será desenvolvida de forma inquisitorial, sem defensor. Ao término desta etapa,
aflorando-se, em tese, transgressão disciplinar, o sindicante notificará o militar, conforme modelo
existente no MAPPAD e iniciará a etapa acusatória, assegurando ao sindicado, o direito à ampla
defesa e ao contraditório, em toda sua plenitude, observando-se as orientações específicas contidas
no Manual em tela.
As sindicâncias que se encontram em andamento terão todos os seus atos validados, devendo o
Encarregado adequar os procedimentos pendentes às atuais normas em vigor.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. - (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 16/2002-CG


ASSUNTO: Patrocínio de defesa.
EMENTA: PATROCÍNIO DE DEFESA – EXERCÍCIO REGULAR POR ADVOGADO NO CASO DE
PROCESSO – EM PROCEDIMENTO É ADMISSÍVEL A AUTODEFESA OU POR OUTRO MILITAR.

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A defesa em PAD ou PADS só poderá ser patrocinada por advogado regularmente constituído.
Nos demais procedimentos administrativos-disciplinares, como sindicâncias, comunicações
disciplinares, faltas residuais e/ou subjacentes ao IPM/APF, a defesa poderá ser realizada pelo
próprio militar ou por defensor por ele constituído, civil ou militar, operando-se os efeitos da revelia,
se as Razões Escritas da Defesa não forem apresentadas no prazo regulamentar. Neste último
caso, deve-se preencher o denominado Termo de Revelia e observar as demais providências
especificadas no MAPPAD.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. - (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

Art. 64 – Será submetido a Processo Administrativo-Disciplinar o militar, com no


mínimo três anos de efetivo serviço, que:
I – vier a cometer nova falta disciplinar grave, se classificado no conceito “C”;

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 41/2003-CG


ASSUNTO: Efeitos da solução do ato punitivo, objeto de recurso disciplinar.
EMENTA: MODIFICAÇÃO DE CONCEITO – ATENUAÇÃO DE PENALIDADE – HIPÓTESE DE NÃO
AGRAVAMENTO DE PENA.
O efeito suspensivo dos recursos obsta, até o esgotamento da discussão disciplinar, a alteração dos
registros funcionais decorrentes da sanção aplicada.
Dentro desta sistemática, caso o militar venha a ser efetivamente penalizado por outra falta, a
definição de pontos para aferição de conceito e definição da sanção não sofrerão os efeitos da
questão discutida na esfera recursal.
Entretanto, sobrevindo causa que determine a modificação daquele ato punitivo, esta deverá influir
na melhoria conceitual e na eventual reforma da sanção aplicada, devendo, se for o caso, serem
procedidas as devidas correções funcionais e/ou patrimoniais, se existirem pontos positivos a serem
compensados.
Em sentido contrário, caso prevaleça a improcedência dos motivos recursais, a efetivação da
primeira sanção só produzirá alterações no conceito do militar, não se cogitando, nesta
circunstância, hipótese de agravamento de pena.
No entanto, quando o militar estiver enquadrado na hipótese legal do art. 64, I, do CEDM –
submissão à PAD por depreciação de conceito e cometimento de nova falta grave – é prudente que
a instauração aguarde a solução recursal da primeira sanção, por imperativo de economia
processual.
Belo Horizonte, 08 de abril de 2003. - (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

II – praticar ato que afete a honra pessoal ou o decoro da classe, independentemente


do conceito em que estiver classificado.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 14/2002-CG


ASSUNTO: Características do Processo administrativo.
EMENTA: PROCESSO ADMINISTRATIVO-DISCIPLINAR – SUMÁRIO E ORDINÁRIO – REMESSA
DE DOCUMENTAÇÃO PARA INSTAURAÇÃO DO PAD OU PADS.
No Caso de submissão de militar a PAD (antigo CD) e PADS (antigo PSA), o Comandante da
Unidade deverá remeter toda documentação de origem, devidamente instruída, ao Comando
Intermediário, o qual é, a princípio, a autoridade competente para determinar a submissão do militar
ao Processo, designando uma Comissão (CPAD) para desenvolver os trabalhos.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. - (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 23/2002-CG


ASSUNTO: Submissão a PADS e a PAD.
EMENTA: SUBMISSÃO A PADS E A PADS – HIPÓTESES DISTINTAS DOS ARTS. 34, I E 64, I –
CONDIÇÕES DE IDENTIFICAÇÃO DA FALTA GRAVE COMO CONDIÇÃO DE SUBMISSÃO AO
PROCESSO ADMINISTRATIVO-DISCIPLINAR.
Os artigos 34, I e 64, I, do CEDM, versam, respectivamente, sobre as condições de submissão do
militar, não estável e estável, a Processo Administrativo-Disciplinar, quando incursos no conceito “C”.
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No primeiro caso, há necessidade que o militar seja reincidente em falta de intensidade grave,
enquanto que, no segundo, a falta grave pode ser originária, isto é, não se exige a reincidência, mas
tão-somente o cometimento de falta disciplinar grave.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. - (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

Art. 65 – A CPAD será nomeada e convocada:


I – pelo Comandante Regional ou autoridade com atribuição equivalente;
II – pelo Chefe do Estado–Maior, ou por sua determinação;
III – pelo Corregedor da IME.
Art. 2º - A Corregedoria de Polícia Militar, em concorrência com a Diretoria de Pessoal, é
encarregada de planejar, coordenar, executar, fiscalizar e controlar as atividades de Polícia
Judiciária Militar e dos processos administrativo disciplinares, referentes a atos e fatos envolvendo a
participação de militares estaduais, integrantes da Polícia Militar, nos termos desta Resolução,
observada a precedência hierárquica e o canal de comando.
...

Art. 4º - Compete a Corregedoria, além de outras atribuições legais:


I – realizar, por meio de sindicâncias e de inquéritos policiais-militares, as apurações que forem de
sua competência;
II – apurar, por delegação do Comandante-Geral ou do Chefe do Estado-Maior, as irregularidades
em que estiverem envolvidos integrantes da Polícia Militar, quando se enquadrarem em uma das
seguintes situações:
a) infrações envolvendo Comandantes de Unidades e Companhias Independentes e Especiais;
b) pertencerem a Unidades Intermediárias distintas;
c) tratar-se de fatos de maior gravidade, com considerável repercussão para a imagem da
Instituição;
d) envolver militares inativos residentes na RMBH;
e) oriundas da Ouvidoria de Polícia, Corregedoria de Polícia Civil, Ministério Público e/ou Poder
Judiciário.
III - atender e reduzir a termo próprio, as reclamações quanto à conduta social e profissional do
pessoal da Polícia Militar, oriundas da comunidade civil, do público interno, da Ouvidoria de Polícia e
de outros órgãos, encaminhando-as aos setores da Corporação para medidas pertinentes ou apura-
las, nas hipóteses previstas no inciso anterior;
IV – requisitar ou solicitar documentos ou informações a órgãos públicos e/ou privados, necessários
a instrução de procedimentos apuratórios;
V – solicitar do Comandante-Geral ou Chefe do Estado-Maior o afastamento temporário cautelar do
indiciado ou acusado;
VI – propor ao Comandante-Geral ou Chefe do Estado-Maior que as Unidades procedam o IPM,
Sindicância, Conselhos de Justificação e de Disciplina, nos termos regulamentares;
VII – acompanhamento de apurações envolvendo integrantes de outras organizações (militares ou
policiais);
VIII – contatos com a Polícia Civil, através da Corregedoria Geral de Polícia Civil, visando a
apresentação de militares a órgãos daquela Corporação e vice-versa;
IX – apresentação de militares requisitados pela Justiça Militar ou Comum;
X – fornecer dados estatísticos sobre os trabalhos realizados;
XI – proceder a análise, estudo e saneamento de processos disciplinares no âmbito da Corporação,
preparando a solução cabível para decisão do Comandante-Geral ou Chefe do Estado-Maior,
conforme suas atribuições;
XII – propor correições de atos administrativo-disciplinares, especialmente quanto à anulação,
relevação, agravação e atenuação de penas;
XIII – acompanhar e controlar a atuação de Oficiais que compõem os Conselhos de Justiça Militar,
bem como os militares à disposição das auditorias militares;
XIV – propor correições de militares em atividades operacionais, através de supervisões inopinadas.
Resolução 3553, de 22Set2000 – Competência da Corregedoria PM.

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Art. 66 – A CPAD compõe-se de três militares de maior grau hierárquico ou mais
antigos que o submetido ao processo.
§ 1° - Poderão compor a CPAD integrantes dos seguintes quadros:
I - Quadro de Oficiais Policiais Militares – QOPM –;
II - Quadro de Oficiais Bombeiros Militares – QOBM –;
III - Quadro de Oficiais Administrativos – QOA –;
IV - Quadro de Praças Policiais Militares – QPPM –;
V - Quadro de Praças Bombeiros Militares – QPBM .
§ 2º – O oficial do QOPM ou QOBM, de maior posto ou mais antigo, será o presidente;
o militar de menor grau hierárquico ou mais moderno, o escrivão; o que o preceder, o
interrogante e relator do processo.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 24/2002-CG


ASSUNTO: Escrevente em PAD.
EMENTA: ESCREVENTE EM PADS – POSSIBILIDADE DE EXTENSÃO AO PAD –
POSSIBILIDADE DE DESIGNAÇÃO.
Embora não conste, textualmente, no MAPPAD, a previsão de designação de escrevente para o
PAD é possível.
Ambos, PAD E PADS, destinam-se à mesma finalidade, ou seja, verificação da permanência ou não
do militar estável ou não estável, na Corporação.
É importante assinalar que a figura do escrevente, como definida pelo art. 39, XXIX, “b” e “c”, c/c o
art. 85, § 2º, do MAPPAD, também é autorizada em sede de procedimento administrativo.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. - (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

§ 3º – Fica impedido de atuar na mesma Comissão o militar que:


I – tiver comunicado o fato motivador da convocação ou tiver sido encarregado do
inquérito policial-militar, auto de prisão em flagrante ou sindicância sobre o fato
acusatório;
II – tenha emitido parecer sobre a acusação;
III – estiver submetido a Processo Administrativo-Disciplinar;
IV – tenha parentesco consangüíneo ou afim, em linha ascendente, descendente ou
colateral, até o 4° grau, com quem fez a comunicação ou realizou a apuração ou com
o acusado.
§ 4º – Ficam sob suspeição para atuar na mesma Comissão os militares que:
I – sejam inimigos ou amigos íntimos do acusado;
II – tenham particular interesse na decisão da causa.
§ 5º – O militar que se enquadrar em qualquer dos incisos dos §§ 3° e 4° suscitará
seu impedimento ou suspeição antes da reunião de instalação da Comissão.
Art. 67 – Havendo argüição de impedimento ou suspeição de membro da CPAD, a
situação será resolvida pela autoridade convocante.
§ 1º – A argüição de impedimento poderá ser feita a qualquer tempo e a de suspeição
até o término da primeira reunião, sob pena de decadência, salvo quando fundada em
motivo superveniente.
§ 2º – Não constituirá causa de anulação ou nulidade do processo ou de qualquer de
seus atos a participação de militar cuja suspeição não tenha sido argüida no prazo
estipulado no § 1°, exceto em casos de comprovada má-fé.
53 / 70
CAPÍTULO II
Peças Fundamentais do Processo

Art. 68 – São peças fundamentais do processo:


I – a autuação;
II – a portaria;
III – a notificação do acusado e de seu defensor, para a reunião de instalação e
interrogatório;
IV – a juntada da procuração do defensor e, no caso de insanidade mental, do ato de
nomeação do seu curador;
V – o compromisso da CPAD;
VI – o interrogatório, salvo o caso de revelia ou deserção do acusado;
VII – a defesa prévia do acusado, nos termos do §1° deste artigo;
VIII – os termos de inquirição de testemunhas;
IX – as atas das reuniões da CPAD;
X – as razões finais de defesa do acusado;
XI – o parecer da Comissão, que será datilografado ou digitado e assinado por todos
os membros, que rubricarão todas as suas folhas.
§ 1° – O acusado e seu representante legal devem ser notificados para apresentar
defesa prévia, sendo obrigatória a notificação por edital quando o primeiro for
declarado revel ou não for encontrado.
§ 2º – A portaria a que se refere o inciso II deste artigo conterá a convocação da
Comissão e o libelo acusatório, sendo acompanhada do Extrato dos Registros
Funcionais – ERF – do acusado e dos documentos que fundamentam a acusação.
§ 3º – Quando o acusado for militar da reserva remunerada e não for localizado ou
deixar de atender à notificação escrita para comparecer perante a CPAD, observar-se-
ão os seguintes procedimentos:
I – a notificação será publicada em órgão de divulgação na área do domicílio do
acusado ou no órgão oficial dos Poderes do Estado;
II – o processo correrá à revelia, se o acusado não atender à publicação no prazo de
trinta dias;
III – será designado curador em favor do revel.
Art. 69 – A nulidade do processo ou de qualquer de seus atos verificar-se-á quando
existir comprovado cerceamento de defesa ou prejuízo para o acusado, decorrente
de ato, fato ou omissão que configure vício insanável.
§ 1º – Os membros da CPAD manifestar-se-ão imediatamente à autoridade
convocante sobre qualquer nulidade que não tenham conseguido sanar, para que a
autoridade convocante mande corrigir a irregularidade ou arquivar o processo.
§ 2º – A nulidade de um ato acarreta a de outros sucessivos dele dependentes.

CAPÍTULO III
Funcionamento do Processo

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Art. 70 – A CPAD, no funcionamento do processo, atenderá ao seguinte:
I – funcionará no local que seu presidente julgar melhor indicado para a apuração e
análise do fato;
II – examinará e emitirá seu parecer, no prazo de quarenta dias, o qual, somente por
motivos excepcionais, poderá ser prorrogado pela autoridade convocante, por até
vinte dias;
III – exercerá suas atribuições sempre com a totalidade de seus membros;
IV – marcará, preliminarmente, a reunião de instalação no prazo de dez dias, a contar
da data de publicação da portaria, por meio de seu presidente, o qual notificará o
militar da acusação que lhe é feita, da data, hora e local da reunião, com até quarenta
e oito horas de antecedência, fornecendo-lhe cópia da portaria e dos documentos
que a acompanham;
V – a reunião de instalação terá a seguinte ordem:
a) o presidente da Comissão prestará o compromisso, em voz alta, de pé e
descoberto, com as seguintes palavras: "Prometo examinar, cuidadosamente, os
fatos que me forem submetidos e opinar sobre eles, com imparcialidade e justiça", ao
que, em idêntica postura, cada um dos outros membros confirmará: "Assim o
prometo";
b) o escrivão autuará todos os documentos apresentados, inclusive os oferecidos
pelo acusado;
c) será juntada aos autos a respectiva procuração concedida ao defensor constituído
pelo acusado;
VI – as razões escritas de defesa deverão ser apresentadas pelo acusado ou seu
procurador legalmente constituído, no prazo de cinco dias úteis, no final da
instrução;
VII – se o processo ocorrer à revelia do acusado, ser-lhe-á nomeado curador pelo
presidente;
VIII – nas reuniões posteriores, proceder-se-á da seguinte forma:
a) o acusado e o seu defensor serão notificados, por escrito, com antecedência
mínima de quarenta e oito horas, exceto quando já tiverem sido intimados na reunião
anterior, observado o interstício mínimo de vinte e quatro horas entre o término de
uma reunião e a abertura de outra;
b) o militar que, na reunião de instalação, se seguir ao presidente em hierarquia ou
antigüidade procederá ao interrogatório do acusado;
c) ao acusado é assegurado, após o interrogatório, prazo de cinco dias úteis para
oferecer sua defesa prévia e o rol de testemunhas;
d) o interrogante inquirirá, sucessiva e separadamente, as testemunhas que a
Comissão julgar necessárias ao esclarecimento da verdade e as apresentadas pelo
acusado, estas limitadas a cinco, salvo nos casos em que a portaria for motivada em
mais de um fato, quando o limite máximo será de dez;
e) antes de iniciado o depoimento, o acusado poderá contraditar a testemunha e, em
caso de acolhimento pelo presidente da Comissão, não se lhe deferirá o
compromisso ou a dispensará nos casos previstos no Código de Processo Penal
Militar – CPPM;

55 / 70
IX – providenciará quaisquer diligências que entender necessárias à completa
instrução do processo, até mesmo acareação de testemunhas e exames periciais, e
indeferirá, motivadamente, solicitação de diligência descabida ou protelatória;
X – tanto no interrogatório do acusado como na inquirição de testemunhas, podem
os demais membros da Comissão, por intermédio do interrogante e relator, perguntar
e reperguntar;
XI – é permitido à defesa, em assunto pertinente à matéria, perguntar às
testemunhas, por intermédio do interrogante, e apresentar questões de ordem, que
serão respondidas pela Comissão quando não implicarem nulidade dos atos já
praticados;
XII – efetuado o interrogatório, apresentada a defesa prévia, inquiridas as
testemunhas e realizadas as diligências deliberadas pela Comissão, o presidente
concederá o prazo de cinco dias úteis ao acusado para apresentação das razões
escritas de defesa, acompanhadas ou não de documentos, determinando que se lhe
abra vista dos autos, mediante recibo;
XIII – havendo dois ou mais acusados, o prazo para apresentação das razões escritas
de defesa será comum de dez dias úteis;
XIV – se a defesa não apresentar suas razões escritas, tempestivamente, novo
defensor será nomeado, mediante indicação pelo acusado ou nomeação pelo
presidente da Comissão, renovando-se-lhe o prazo, apenas uma vez, que será
acrescido ao tempo estipulado para o encerramento do processo;
XV – findo o prazo para apresentação das razões escritas de defesa, à vista das
provas dos autos, a Comissão se reunirá para emitir parecer sobre a procedência
total ou parcial da acusação ou sua improcedência, propondo as medidas cabíveis
entre as previstas no art. 74;
XVI – na reunião para deliberação dos trabalhos da Comissão, será facultado ao
defensor do acusado assistir à votação, devendo ser notificado pelo menos quarenta
e oito horas antes da data de sua realização;
XVII – o parecer da Comissão será posteriormente redigido pelo relator, devendo o
membro vencido fundamentar seu voto;
XVIII – as folhas do processo serão numeradas e rubricadas pelo escrivão,
inutilizando-se os espaços em branco;
XIX– os documentos serão juntados aos autos mediante despacho do presidente;
XX – as resoluções da Comissão serão tomadas por maioria de votos de seus
membros;
XXI – a ausência injustificada do acusado ou do defensor não impedirá a realização
de qualquer ato da Comissão, desde que haja um defensor nomeado pelo presidente;
XXII – de cada sessão da Comissão o escrivão lavrará uma ata que será assinada por
seus membros, pelo acusado, pelo defensor e pelo curador, se houver.
Art. 71 – Na situação prevista no inciso I do art. 64, a Comissão, atendendo a
circunstâncias especiais de caso concreto e reconhecendo a possibilidade de
recuperar o acusado, poderá sugerir, ouvido o CEDMU, a aplicação do disposto no §
2° do art. 74.

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§ 1º – Se, no prazo estabelecido no artigo, o militar cometer transgressão disciplinar,
será efetivada a sua demissão.
§ 2º – O benefício a que se refere este artigo será concedido apenas uma vez ao
mesmo militar.
Art. 72 – Quando forem dois ou mais os acusados por faltas disciplinares conexas
que justifiquem a instauração de Processo Administrativo-Disciplinar, adotar-se-á o
princípio da economia processual, com instalação de um único processo.
§ 1º – Quando os envolvidos forem de Unidades diferentes dentro do mesmo sistema
hierárquico, o Comandante da Unidade de Direção Intermediária instaurará o
Processo Administrativo-Disciplinar; quando não pertencerem ao mesmo sistema
hierárquico, a instauração caberá ao Corregedor da IME.

Art. 4º - Compete a Corregedoria, além de outras atribuições legais:


I – realizar, por meio de sindicâncias e de inquéritos policiais-militares, as apurações que forem de
sua competência;
...
VI – propor ao Comandante-Geral ou Chefe do Estado-Maior que as Unidades procedam o IPM,
Sindicância, Conselhos de Justificação e de Disciplina, nos termos regulamentares;
Resolução 3553, de 22Set2000 – Competência da Corregedoria PM.
§ 2º – Quando ocorrer a situação descrita neste artigo, o processo original ficará
arquivado na pasta funcional do militar mais graduado ou mais antigo, arquivando-se
também cópia do parecer e da decisão nas pastas dos demais acusados.
§ 3º – A qualquer momento, surgindo diferenças significativas na situação pessoal
dos acusados, poderá ocorrer a separação dos processos, aproveitando–se, no que
couber, os atos já concluídos.

Art. 73 – Surgindo fundadas dúvidas quanto à sanidade mental do acusado, o


processo será sobrestado pela autoridade convocante que, mediante fundamentada
solicitação do presidente, encaminhará o militar à Junta Central de Saúde – JCS –,
para realização de perícia psicopatológica.
Parágrafo único – Confirmada a insanidade mental, o processo não poderá
prosseguir, e a autoridade convocante determinará seu encerramento, arquivando-o
na pasta funcional do acusado para futuros efeitos e remetendo o respectivo laudo à
Diretoria de Recursos Humanos para adoção de medidas decorrentes.

CAPÍTULO IV
Decisão

Art. 74 – Encerrados os trabalhos, o presidente remeterá os autos do processo ao


CEDMU, que emitirá o seu parecer, no prazo de dez dias úteis, e encaminhará os
autos do processo à autoridade convocante, que proferirá, nos limites de sua
competência e no prazo de dez dias úteis, decisão fundamentada, que será publicada
em boletim, concordando ou não com os pareceres da CPAD e do CEDMU:
I – recomendando sanar irregularidades, renovar o processo ou realizar diligências
complementares;
57 / 70
II – determinando o arquivamento do processo, se considerar improcedente a
acusação;
III – aplicando, agravando, atenuando ou anulando sanção disciplinar, na esfera de
sua competência;
IV – remetendo o processo à Justiça Militar ou ao Ministério Público, se constituir
infração penal a ação do acusado;
V – opinando, se cabível, pela reforma disciplinar compulsória;
VI – opinando pela demissão.
§ 1° – Os autos que concluírem pela demissão ou reforma disciplinar compulsória de
militar da ativa serão encaminhados ao Comandante-Geral para decisão.
§ 2° – O Comandante-Geral poderá conceder o benefício da suspensão da demissão
pelo período de um ano, caso o militar tenha sido submetido a processo com base no
inciso I do art. 64.
§ 3° – Quando for o caso de cumprimento do disposto no § 1° do art. 42 combinado
com o inciso VI do § 3° do art. 142 da Constituição da República, o Comandante-Geral
remeterá o processo, no prazo de três dias, à Justiça Militar, para decisão.
Art. 75 – Se, ao examinar o parecer, a autoridade julgadora verificar a existência de
algum fato passível de medida penal ou disciplinar que atinja militar que não esteja
sob seu comando, fará a remessa de cópias das respectivas peças à autoridade
competente.

Art. 76 – A autoridade que convocar a CPAD poderá, a qualquer tempo, tornar


insubsistente a sua portaria, sobrestar seu funcionamento ou modificar sua
composição, motivando administrativamente seu ato.
Parágrafo único – A modificação da composição da CPAD é permitida apenas quando
indispensável para assegurar o seu normal funcionamento.
Art. 77 – O Comandante-Geral poderá modificar motivadamente as decisões da
autoridade convocante da CPAD, quando ilegais ou flagrantemente contrárias às
provas dos autos.

TÍTULO VII
Conselho de Ética e Disciplina Militares da Unidade
CAPÍTULO I
Finalidade e Nomeação

Art. 78 – O Conselho de Ética e Disciplina Militares da Unidade – CEDMU – é o órgão


colegiado designado pelo Comandante da Unidade, abrangendo até o nível de
Companhia Independente, com vistas ao assessoramento do Comando nos assuntos
de que trata este Código.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 01/2002-CG


ASSUNTO: Necessidade de encaminhamento dos processos e procedimentos disciplinares
ao Conselho de Ética e Disciplina da Unidade (CEDMU).

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EMENTA: VERIFICAÇÃO DA APENAÇÃO DISCIPLINAR – EXIGÊNCIA DO CÓDIGO DE ÉTICA E
DISCIPLINA DOS MILITARES DO ESTADO DE MINAS GERAIS – INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
50, § 2o E 78, “CAPUT”.
Todo e qualquer processo ou procedimento administrativo-disciplinar, antes de ser encaminhado ao
Comandante da Unidade ou outra autoridade competente, deverá primeiramente passar pelo
Conselho de Ética e Disciplina Militar da Unidade (CEDMU) do militar, cujo ato está sendo
apreciado, para fins de análise e parecer, inclusive para aqueles já concluídos e que ainda não
foram publicados.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. - (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

Art. 79 – O CEDMU será integrado por três militares, superiores hierárquicos ou mais
antigos que o militar cujo procedimento estiver sob análise, possuindo caráter
consultivo.
§ 1º – Poderá funcionar na Unidade, concomitantemente, mais de um CEDMU, em
caráter subsidiário, quando o órgão colegiado previamente designado se achar
impedido de atuar.
§ 2º – A qualquer tempo, o Comandante da Unidade poderá substituir membros do
Conselho, desde que haja impedimento de atuação ou suspeição de algum deles.
§ 3º – A Unidade que não possuir os militares que preencham os requisitos previstos
neste Código solicitará ao escalão superior a designação dos membros do CEDMU.
§ 4º – Tratando-se de punição a ser aplicada pela Corregedoria da IME, esta ouvirá o
CEDMU da Unidade do militar faltoso.
§ 5º – O integrante do CEDMU será designado para um período de seis meses,
permitida uma recondução.
§ 6º – Após o interstício de um ano, contado do término do último período de
designação, o militar poderá ser novamente designado para o CEDMU.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 02/2002-CG


ASSUNTO: Composição do Conselho de Ética e Disciplina da Unidade - CEDMU.
EMENTA: COMPOSIÇÃO DO CEDMU – EXIGÊNCIA DE SUPERIOR HIERÁRQUICO OU MAIS
ANTIGO QUE O MILITAR ACUSADO EM PROCESSO/PROCEDIMENTO – COMPOSIÇÃO MÍNIMA
POR SARGENTO FACULTATIVA – DISCRICIONARIEDADE DE QUEM DETÉM PODER
DISCIPLINAR NA ESCOLHA DOS INTEGRANTES – ART. 79, “CAPUT”, DO CEDM.
Poderá ser criado mais de um CEDMU, e seus membros deverão ser mais antigos ou de maior grau
hierárquico que o militar cujo Processo ou Procedimento administrativo esteja sendo analisado.
Sugere-se que a composição básica do CEDMU seja de Oficiais e Praças, no mínimo 1º Sgt PM,
para que possa apreciar a maioria dos documentos que se encontram pendentes ou em andamento
nas Unidades, podendo ser subsidiado por outros Conselhos compostos por militares de outros
postos e graduações.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. - (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 38/2003-CG


ASSUNTO: Procedimento disciplinar envolvendo militar, cuja antiguidade impossibilite a
nomeação de CEDMU, no âmbito da PMMG.
EMENTA: INAPLICABILIDADE DOS ARTIGOS 78 E 79, CAPUT, DO CEDM –ENVOLVIMENTO DE
MILITAR, CUJA ANTIGUIDADE IMPOSSIBILITE A NOMEAÇÃO DE CEDMU - OMISSÃO DA LEI.
NORMATIZAÇÃO AUTORIZADA PELO ARTIGO 97.
Em caso de impossibilidade de nomeação de Conselho de Ética e Disciplina da Unidade no âmbito
da Polícia Militar, nos moldes e requisitos exigidos pelo artigo 79, caput, em virtude da antiguidade
do militar a ser sancionado, e à vista da omissão do Código de Ética e Disciplina dos Militares, e
ainda considerando o previsto em seu art. 97, a decisão fundar-se-á somente nos autos, elidindo-se
a hipótese de assessoramento pelo CEDMU.
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Belo Horizonte, 23 de janeiro de 2003. - (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

CAPÍTULO II
Funcionamento

Art. 80 – Recebida qualquer documentação para análise, o CEDMU lavrará termo


próprio, o qual será seguido de parecer destinado ao Comandante da Unidade,
explicitando os fundamentos legal e fático e a finalidade, bem como propondo as
medidas pertinentes ao caso.
DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 27/2002-CG
ASSUNTO: Documentação que não carece ser enviada ao CEDMU.
EMENTA: ASSESSORIA DO CEDMU – ANÁLISE DO FATO SUPOSTAMENTE ATENTATÓRIO À
DISCIPLINA – INEXISTÊNCIA DE FALTA.
O CEDMU, ao receber a documentação para análise, deve verificar se houve exercício do
contraditório e ampla defesa, a fim de que possa assessorar sobre a decisão a ser tomada.
Os procedimentos meramente investigatórios ou inquisitoriais, dos quais não restem existência de
falta disciplinar, não carece de manifestação do CEDMU.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. - (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 38/2003-CG


ASSUNTO: Procedimento disciplinar envolvendo militar, cuja antiguidade impossibilite a
nomeação de CEDMU, no âmbito da PMMG.
EMENTA: INAPLICABILIDADE DOS ARTIGOS 78 E 79, CAPUT, DO CEDM –ENVOLVIMENTO DE
MILITAR, CUJA ANTIGUIDADE IMPOSSIBILITE A NOMEAÇÃO DE CEDMU - OMISSÃO DA LEI.
NORMATIZAÇÃO AUTORIZADA PELO ARTIGO 97.
Em caso de impossibilidade de nomeação de Conselho de Ética e Disciplina da Unidade no âmbito
da Polícia Militar, nos moldes e requisitos exigidos pelo artigo 79, caput, em virtude da antiguidade
do militar a ser sancionado, e à vista da omissão do Código de Ética e Disciplina dos Militares, e
ainda considerando o previsto em seu art. 97, a decisão fundar-se-á somente nos autos, elidindo-se
a hipótese de assessoramento pelo CEDMU.
Belo Horizonte, 23 de janeiro de 2003. - (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

Art. 81 – O CEDMU atuará com a totalidade de seus membros e deliberará por maioria
de votos, devendo o membro vencido justificar de forma objetiva o seu voto.
Parágrafo único – A votação será iniciada pelo militar de menor posto ou graduação
ou pelo mais moderno, sendo que o presidente votará por último.

INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 239/02-DRH, DE 02/08/2002


Estabelece orientações de procedimentos para elaboração do enquadramento disciplinar,
face à Lei 14.310, de 19jun02.
O Coronel PM Diretor de Recursos Humanos da Polícia Militar, no uso de sua atribuição prevista no
art. 10, inciso I do R-100, aprovado pelo Decreto nº 18.445, de 15abr77, baixa a seguinte instrução:
Art. 1º - O enquadramento disciplinar, último esforço para imposição de uma sanção administrativa,
é, na vigência do Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais (CEDM),
objetivo e tem por finalidade, analisar as transgressões cometidas pelos militares da ativa,
atribuindo-lhes pontuação, até a aplicação ou não de determinada sanção.
Art. 2º - De posse de toda documentação referente à transgressão disciplinar, o enquadramento
deverá ser elaborado, observando-se o seguinte:
I – definição do artigo e respectivo inciso em que estiver tipificada a falta disciplinar, se tal
procedimento não tiver sido adotado pelo Conselho de Ética e Disciplina da Unidade (CEDMU) que
analisou a transgressão.
II – verificação do reconhecimento de atenuantes e/ou agravantes, previamente levantados pelo
CEDMU.
III – levantamento da existência de recompensas e comendas concedidas ao militar transgressor:
na vigência da Lei 14.310/02;
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há menos de doze meses do cometimento da transgressão;
c) que ainda não tenham sido utilizadas na análise de qualquer transgressão, considerando a
totalidade dos pontos a elas atribuídos.
IV – verificação de saldo de pontos positivos decorrente de enquadramentos anteriores, em razão
das recompensas e/ou comendas que foram utilizadas na análise da transgressão, mas que não
tiveram seus pontos computados na totalidade.
Art. 3º - A data de concessão das recompensas e medalhas será a data de publicação do respectivo
ato, a exceção da Medalha de Mérito Militar, que vale a data de concessão, estipulada no próprio
ato.
Art. 4º - Para a sanção “Prestação de Serviço”, o Cmt da Unidade deverá, no próprio enquadramento
disciplinar, estipular dia, local e horário para cumprimento.
Art. 5º - Quando da análise da transgressão, restar pontos positivos, embora configurada a
transgressão disciplinar, o enquadramento seguirá seu trâmite normal e a transgressão, com a
devida justificativa pela não punição, será publicada em Boletim Reservado, bem como será incluída
no SMAB/SIRH, conforme orientações contidas na Instrução de Recursos Humanos nº 238/02.
§ 1º - Os pontos referentes às recompensas e comendas serão computados no enquadramento até
que inexistam pontos negativos ou que reste saldo positivo.
§ 2º - As recompensas e comendas, a partir de sua concessão, só serão utilizadas uma única vez na
análise de transgressão disciplinar, podendo, no entanto, haver utilização do saldo de pontos
positivos para análise de nova transgressão disciplinar que porventura venha a ser cometida, desde
que isto ocorra dentro do prazo de validade constante do art. 51, § 1º do CEDM.
§ 3º - O controle da utilização das recompensas e/ou comendas será feito, a princípio, no verso do
ato punitivo que deverá ter o ciente do militar transgressor.
Art. 6º - Fica adotada, como padrão, a planilha, anexa à presente instrução, elaborada no programa
“Excel for Windows”.
Art. 7º - A data referência para os cálculos da planilha será a data do cometimento da falta ou, caso
essa não possa ser definida, valerá a data da comunicação disciplinar.
Art. 8º - Os dados da transgressão deverão ser digitados na planilha “Dados Básicos” e,
simultaneamente, conferidos na planilha “Enquadramento”, até que estejam compensados os pontos
negativos pelos positivos ou reste o saldo positivo, definido no art. 5º desta Instrução.
Art. 9º - Para as recompensas/comendas utilizadas na análise da transgressão, deverão ser
digitados o número, data e Unidade do Boletim de publicação de sua concessão.
Art. 10 – Para visualização do conceito atual do militar, deverá ser digitado apenas a pontuação na
célula correspondente da planilha “dados básicos”.
Art. 11 – A planilha “Enquadramento” está completamente travada, servindo exclusivamente para
impressão do ato punitivo.
Art. 12 – Impresso o ato punitivo, o Cmt da Unidade deverá preencher, de próprio punho, os dados
referentes à sanção “Prestação de Serviços” ou o número de dias aplicados no caso da sanção
“Suspensão”, na conformidade do art. 31 da Lei 14.310/02.
Art. 13 – Quando o militar, em decorrência da pontuação final, ingressar ou permanecer no Conceito
“C”, no enquadramento aparecerá uma notificação cientificando-o desta situação, bem como
advertindo de submissão a Processo Administrativo Disciplinar, nos casos previstos no Código de
Ética e Disciplina.
Art. 14 – Aplicada ou não a sanção, dever-se-á colher o ciente do militar transgressor, na frente e no
verso do enquadramento, podendo lhe ser fornecida uma segunda via.
Art. 15 – Encontra-se em anexo, o modelo do ato punitivo, decorrente da planilha desenvolvida no
Excel for Windows.
Art. 16 – Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação.
Belo Horizonte, 02 de agosto de 2002.
a) Valdelino Leite da Cunha – Cel PM - Diretor de Recursos Humanos

Art. 82 – Após a conclusão e o encaminhamento dos autos de procedimento


administrativo à autoridade delegante, e havendo em tese prática de transgressão
disciplinar, serão remetidos os documentos alusivos ao fato para o CEDMU.

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Art. 83 – O militar que servir fora do município-sede de sua Unidade, ao ser
comunicado disciplinarmente, será notificado por seu chefe direto para a
apresentação da defesa escrita, observando-se o que prescreve o art. 57.
Parágrafo único – É facultado ao militar comparecer à audiência do CEDMU.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 03/2002-CG


ASSUNTO: O exercício da atividade de integrante do CEDMU e o comparecimento do militar
acusado na reunião do Colegiado.
EMENTA: EXERCÍCIO DE ATIVIDADES JUNTO AO CEDMU – ENCARGO ADMINISTRATIVO DA
UNIDADE – ADEQUAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO HABITUAL – COMPARECIMENTO
FACULTATIVO EM AUDIÊNCIA DO CEDMU - ART. 83, PARÁGRAFO ÚNICO.
As atividades dos membros do CEDMU deverão ser desenvolvidas como encargo, mas as horas
trabalhadas deverão ser computadas na carga-horária semanal do referido militar.
O dia, horário e local de funcionamento do Conselho deverão ser adequados à demanda e às
peculiaridades de cada Unidade.
O militar, cujo processo/procedimento será apreciado pelo CEDMU, deverá ser previamente
comunicado para que, caso queira, participe da reunião deliberativa do Conselho. Deve ser
observado o prazo para a notificação do interessado, conforme o contido no art. 47, § 1º, do Decreto
n.º 42.843, de 16Ago02.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. - (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral
Art. 84 – Havendo discordância entre o parecer do CEDMU e a decisão do
Comandante da Unidade, toda a documentação produzida será encaminhada ao
comando hierárquico imediatamente superior, que será competente para decidir
sobre a aplicação ou não da sanção disciplinar.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 35/2002-CG


ASSUNTO: Decisão do escalão superior.
EMENTA: DECISÃO DO ESCALÃO SUPERIOR – INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 84, DO CEDM –
ALCANCE DO DISPOSITIVO.
A manifestação do CEDMU, de acordo com os termos da Lei nº 14.310, de 19Jun02, refere-se as
questões de caráter disciplinar, ficando, inclusive, conforme depreende-se do Art. 84, a decisão
condicionada à concordância do Comandante da Unidade e o parecer do Conselho.
Na hipótese de discordância, a decisão que caberá ao escalão imediatamente superior, independe
de manifestação do CEDMU, haja vista que, nesta etapa, exige-se apenas o desembaraço entre as
duas manifestações, devendo a autoridade competente decidir pela aplicabilidade ou não da sanção
disciplinar, bem como a adoção das demais medidas vinculadas ao fato.
A decisão do Comandante em discordância do parecer do CEDMU, em assunto diverso da questão
disciplinar, não constitui causa de remessa ao escalão superior.
Belo Horizonte, 06 de dezembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

TÍTULO VIII
Disposições Gerais

Art. 85 – A classificação de conceito obedecerá ao previsto neste Código, a partir de


sua vigência.

Art. 86 – Os prazos previstos neste Código são contínuos e peremptórios, salvo


quando vencerem em dia em que não houver expediente na IME, caso em que serão
considerados prorrogados até o primeiro dia útil imediato.

62 / 70
Parágrafo único – A contagem do prazo inicia-se no dia útil seguinte ao da prática do
ato.

Art. 87 – A não interposição de recurso disciplinar no momento oportuno implicará


aceitação da sanção, que se tornará definitiva.

Art. 88 – A CPAD não admitirá em seus processos a reabertura de discussões em


torno do mérito de punições definitivas.

Art. 89 – A forma de apresentação do recurso disciplinar não impedirá seu exame,


salvo quando houver má-fé.

Art. 90 – Contados da data em que foi praticada a transgressão, a ação disciplinar


prescreve em:

I – cento e vinte dias, se transgressão leve;

II – um ano, se transgressão média;

III – dois anos, se transgressão grave.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 09/2002-CG


ASSUNTO: Ação disciplinar.
EMENTA: AÇÃO DISCIPLINAR – PRAZO PRESCRICIONAL – INTERRUPÇÃO - POSSIBILIDADE
DE ENCETAR MEDIDAS DISCIPLINARES.
A ação disciplinar, que é a comunicação disciplinar ou confecção de qualquer documento formal pela
Administração, interrompe o prazo da prescrição prevista no art. 90, do CEDM, observado o art. 200
do MAPPAD.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

Art. 4º - Não corre a prescrição durante a demora que, no estudo, no reconhecimento ou no


pagamento da divida, considerada liquida, tiverem as repartições ou funcionários encarregados de
estudar e apura-la.
Parágrafo único. - A suspensão da prescrição, neste caso, verificar-se-a pela entrada do
requerimento do titular do direito ou do credor nos livros ou protocolos das repartições publicas, com
designação do dia, mês e ano.
Art. 5º - Não tem efeito de suspender a prescrição a demora do titular do direito ou do credito ou do
seu representante em prestar os esclarecimentos que lhe forem reclamados ou o fato de não
promover o andamento do feito judicial ou do processo administrativo durante os prazos
respectivamente estabelecidos para extinção do seu direito a ação ou reclamação.
...
Art. 8º. - A prescrição somente poderá ser interrompida uma vez.
Art. 9º. - A prescrição interrompida recomeça a correr, pela metade do prazo, da data do ato que a
interrompeu ou do ultimo ato ou termo do respectivo processo.
Decreto Federal 20.910, de 06Jan31 - Regula a Prescrição Qüinqüenal.

Art. 60 Salvo previsão legal ou motivo de força maior comprovado, os prazos processuais não se
interrompem nem se suspendem.
Lei Estadual 14.184, de 31Jan02 – Dispõe sobre o Processo Adm na Administração Estadual.
63 / 70
Art. 91 – O Governador do Estado poderá baixar normas complementares para a aplicação
deste Código.

- vide Decreto Estadual 42.841, de 18Ago02 – Altera o RPP;


- vide Decreto Estadual 42.842, de 18Ago02 – Altera o RPO;
- vide Decreto Estadual 42.843, de 18Ago02 – Normatiza o CEDMU;

Art. 92 – Os militares da reserva remunerada sujeitam-se às transgressões


disciplinares especificadas nos incisos II, III e VI do art. 13.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 18/2002-CG


ASSUNTO: Conceito para militares da reserva remunerada e aplicação de medida disciplinar
correspondente.
EMENTA: CONCEITO PARA MILITARES DA RESERVA – ART. 94, § 2º, DO CEDM – HIPÓTESE
COGITÁVEL APENAS PARA OS MILITARES NO CONCEITO “C” – COTEJO DOS ARTIGOS 2º, II;
13, II, III e VI; 24, VII e 94, § 2º.
A hipótese do art. 94, § 2º, do CEDM só diz respeito aos militares no conceito “C”.
A reclassificação determinada pelo artigo mencionado deve ser considerada no sentido literal da
prescrição, o que vale dizer que o conceito “B”, atribuído ao militar da reserva, nos limites do art. 94,
§ 2º, é definido sem qualquer atribuição de pontos.
Embora o art. 92, do CEDM, defina as hipóteses do art. 13, II, III e VI, como possíveis de aplicação
ao militar da reserva, ao se cotejar este artigo com as demais prescrições legais do CEDM, em
especial a do art. 94, é possível afirmar que o alcance do art. 2º, II (aplicação do CEDM ao militar da
reserva), restringe-se à aplicação do art. 64, II (submissão a processo administrativo-disciplinar pela
prática de ato que afete a honra pessoal ou o decoro da classe, independentemente do conceito em
que estiver classificado).
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

Art. 93 – Para os fins de competência para aplicação de sanção disciplinar, são


equivalentes à graduação de Cadete as referentes aos alunos do Curso Especial de
Formação de Oficiais ou do Curso de Habilitação de Oficiais.

Art. 94 – Decorridos cinco anos de efetivo serviço, a contar da data da publicação da


última transgressão, o militar sem nenhuma outra punição terá suas penas
disciplinares canceladas automaticamente.

- ATENÇÃO: o “caput” do artigo se refere à data da última punição publicada;no RDPM a


Advertência não era publicada, portanto, a punição de Advertência exarada no vigor do RDPM, não
possui valor, devendo ser desconsiderada no cômputo para esses cinco anos sem nenhuma outra
punição e conseqüente cancelamento automático. Vejamos o que dizia o RDPM, “ex vi legis”:
Art. 25 - Advertência - É a forma mais branda de punir, consistindo numa admoestação feita
verbalmente ao transgressor, podendo ser em caráter particular ou ostensivo.
§ 1º - Quando ostensiva, a advertência poderá ser na presença de superiores, nos círculos de seus
pares ou na presença de toda ou parte da OPM.
§ 2º - A advertência, por ser verbal, não deve constar das alterações do punido, devendo, entretanto,
ser registrada na ficha disciplinar da praça ou no caderno de registro, se oficial.
Decreto Estadual 23.085, de 10Out83 – RDPM.

INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 260/03 – DRH, DE 13/01/2003.


Estabelece orientações sobre aplicação do artigo 10 da Lei 14.310, de 19 de junho de 2002
(Aconselhamento Verbal ou Advertência Verbal Pessoal) e esclarece sobre lançamento de
dados nos sistemas SMAB/SIRH.

64 / 70
O CORONEL PM DIRETOR DE RECURSOS HUMANOS DA POLÍCIA MILITAR, no uso de suas
atribuições previstas no artigo 6º, inciso XII, da Resolução nº 3213, de 18 de outubro de 1995 (R-
103) e considerando a necessidade de adequação dos sistemas SMAB/SIRH em face da Lei 14.310,
de 19 de Jun02, que instituiu o Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais
(CEDM), exara a seguinte Instrução:
Art 1º - A aplicação do artigo 10 do CEDM, por ser eminentemente de caráter discricionário,
condiciona a autoridade competente e os membros do CEDMU à observância irrestrita aos aspectos:
I- Análise meticulosa das circunstâncias em que o fato ocorreu;
II- Levantamento de dados funcionais do servidor, a serem considerados no julgamento;
III- Fundamentação e motivação do ato administrativo a ser expedido.
Art 2º - Os princípios que regem o ato administrativo deverão ser observados quando da aplicação
do Aconselhamento Verbal ou Advertência Verbal Pessoal, mormente o da publicidade.
Art 3º - O Aconselhamento Verbal ou Advertência Verbal Pessoal, impreterivelmente, será lançado
nos sistemas SMAB/SIRH, na tela de punição, campo tipo, com a abreviatura “AV”, sendo obrigatório
também o preenchimento dos campos destinados ao artigo e à classificação da transgressão.
Art 4º - No SIRH o código de assunto do Aconselhamento Verbal ou Advertência Verbal Pessoal
será 437.
Art 5º - Na tela de punição, preenchendo-se o campo tipo, com a variável “TR” ou “AV”, haverá
necessidade de ativação, tal como as demais variáveis.
Art 6º - Aplicando-se o Aconselhamento Verbal ou Advertência Verbal Pessoal, opera-se os mesmos
efeitos administrativos constantes do artigo 8º, inciso III da Instrução de Recursos Humanos nº 254,
de 21Out02, quais sejam: instituto da reincidência (artigo 21, inciso III do CEDM) e cancelamento de
punições (artigo 94 do CEDM).
Art 7º - Esta instrução entra em vigor na data da sua publicação.
(a) Odilon de Souza Couto, Cel PM - Resp/ p/ Diretoria de Recursos Humanos

O Chefe do Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil, usando das atribuições
contidas no art. 1º do decreto n. 19.398, de 11 de novembro de 1930, decreta:
Art. 1º - As dividas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer
direito ou ação contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza,
prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem.
Decreto Federal 20.910, de 06Jan31 - Regula a Prescrição Qüinqüenal.

Art. 68 O processo de que resultar sanção ou indeferimento pode ser revisto a pedido ou de ofício
quando for alegado fato novo ou circunstância que justifique a revisão.
§ 1º O prazo para revisão é de cinco anos contados da decisão definitiva.
§ 2º Da revisão não pode decorrer agravamento de punição.
Lei Estadual 14.184, de 31Jan02 – Dispõe sobre o Processo Adm na Administração Estadual.

§ 1° – As punições canceladas serão suprimidas do registro de alterações do militar,


proibida qualquer referência a elas, a partir do ato de cancelamento.
§ 2° – Após dois anos de sua transferência para a inatividade, o militar classificado
no conceito “C” será automaticamente reclassificado.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 18/2002-CG


ASSUNTO: Conceito para militares da reserva remunerada e aplicação de medida disciplinar
correspondente.
EMENTA: CONCEITO PARA MILITARES DA RESERVA – ART. 94, § 2º, DO CEDM – HIPÓTESE
COGITÁVEL APENAS PARA OS MILITARES NO CONCEITO “C” – COTEJO DOS ARTIGOS 2º, II;
13, II, III e VI; 24, VII e 94, § 2º.
A hipótese do art. 94, § 2º, do CEDM só diz respeito aos militares no conceito “C”.
A reclassificação determinada pelo artigo mencionado deve ser considerada no sentido literal da
prescrição, o que vale dizer que o conceito “B”, atribuído ao militar da reserva, nos limites do art. 94,
§ 2º, é definido sem qualquer atribuição de pontos.
Embora o art. 92, do CEDM, defina as hipóteses do art. 13, II, III e VI, como possíveis de aplicação
ao militar da reserva, ao se cotejar este artigo com as demais prescrições legais do CEDM, em
especial a do art. 94, é possível afirmar que o alcance do art. 2º, II (aplicação do CEDM ao militar da
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reserva), restringe-se à aplicação do art. 64, II (submissão a processo administrativo-disciplinar pela
prática de ato que afete a honra pessoal ou o decoro da classe, independentemente do conceito em
que estiver classificado).
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 19/2002-CG


ASSUNTO: Cancelamento de punições.
EMENTA: CANCELAMENTO DE PUNIÇÕES – ATO ADMINISTRATIVO VINCULADO AO
DECURSO DE TEMPO SEM PUNIÇÕES – MEDIDA EXIGÍVEL DE OFÍCIO DA ADMINISTRAÇÃO
MILITAR – RECOMPENSA – ARTS. 50, III E 94, “CAPUT”.
O cancelamento de punições é uma espécie de recompensa, prevista no art. 50, III, do CEDM.
A sua aplicação está condicionada ao decurso temporal de cinco anos de efetivo serviço, a contar da
data da publicação da última transgressão (transgressão não justificada com ou sem efetivação da
sanção).
Não pode a Administração Militar transigir sobre o cancelamento se estiverem preenchidos os
requisitos do art. 94, “caput”, do CEDM, atentando-se para o fato de que deve ser também
considerada, a partir de 04 de agosto de 2002, a sanção “Advertência”.
Uma vez cancelados os registros punitivos, estes devem obedecer o contido no art. 94, § 1º, do
CEDM.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

Art. 95 – O militar que presenciar ou tomar conhecimento de ato ou fato contrário à


moralidade ou à legalidade praticado por outro militar mais antigo ou de maior grau
hierárquico poderá encaminhar relatório reservado e fundamentado à autoridade
imediatamente superior ou órgão corregedor das IMEs, contendo inclusive meios
para demonstrar os fatos, ficando-lhe assegurado que nenhuma medida
administrativa poderá ser aplicada em seu desfavor.

Art. 2º - A Corregedoria de Polícia Militar, em concorrência com a Diretoria de Pessoal, é


encarregada de planejar, coordenar, executar, fiscalizar e controlar as atividades de Polícia
Judiciária Militar e dos processos administrativo disciplinares, referentes a atos e fatos envolvendo a
participação de militares estaduais, integrantes da Polícia Militar, nos termos desta Resolução,
observada a precedência hierárquica e o canal de comando.
...
Art. 4º - Compete a Corregedoria, além de outras atribuições legais:
I – realizar, por meio de sindicâncias e de inquéritos policiais-militares, as apurações que forem de
sua competência;
II – apurar, por delegação do Comandante-Geral ou do Chefe do Estado-Maior, as irregularidades
em que estiverem envolvidos integrantes da Polícia Militar, quando se enquadrarem em uma das
seguintes situações:
a) infrações envolvendo Comandantes de Unidades e Companhias Independentes e Especiais;
b) pertencerem a Unidades Intermediárias distintas;
c) tratar-se de fatos de maior gravidade, com considerável repercussão para a imagem da
Instituição;
...

III - atender e reduzir a termo próprio, as reclamações quanto à conduta social e profissional do
pessoal da Polícia Militar, oriundas da comunidade civil, do público interno, da Ouvidoria de Polícia e
de outros órgãos, encaminhando-as aos setores da Corporação para medidas pertinentes ou apura-
las, nas hipóteses previstas no inciso anterior;
...
V – solicitar do Comandante-Geral ou Chefe do Estado-Maior o afastamento temporário cautelar do
indiciado ou acusado;
VI – propor ao Comandante-Geral ou Chefe do Estado-Maior que as Unidades procedam o IPM,
Sindicância, Conselhos de Justificação e de Disciplina, nos termos regulamentares;
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Resolução 3553, de 22Set2000 – Competência da Corregedoria PM.

§ 1º – A comunicação infundada acarretará responsabilidade administrativa, civil e


penal ao comunicante.
§ 2º – A autoridade que receber o relatório, quando não lhe couber apurar os fatos,
dar-lhe-á o devido encaminhamento, sob pena de responsabilidade administrativa,
civil e penal.
Art. 96 – Ficam definidas as seguintes regras de aplicação dos dispositivos deste
Código, a partir de sua vigência:
I – o militar que possuir registro de até uma detenção em sua ficha funcional nos
últimos cinco anos fica classificado no conceito “A”;
II – o militar que possuir registro de menos de duas prisões em sua ficha funcional no
período de um ano ou de até duas prisões em dois anos fica classificado no conceito
“B”, com zero ponto;

INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 254/02 – DRH


Estabelece orientações sobre alterações nos sistema SMAB/SIRH, face à Lei 14.310, de 19 de
junho de 2002.
O CORONEL PM DIRETOR DE RECURSOS HUMANOS DA POLÍCIA MILITAR, no uso de suas
atribuições previstas no artigo 6º, inciso XII, da Resolução nº 3213, de 18 de outubro de 1995 (R-
103) e considerando que em 04Ago02, entrou em vigor a Lei 14.310, de 19 de Jun02, que instituiu o
Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais (CEDM), implicando a adoção
de procedimentos técnicos de lançamento nos sistemas SMAB/SIRH, exara a seguinte instrução:
Art 1º - Ao aplicar-se a regra do art.96 da lei em fulcro, dever-se-á observar a equiparação inserta no
art.59, parágrafo 1º do Decreto nº 23.085, de 10Out83.
Art 2º - Para fins de estabelecer o conceito inicial do servidor, atribuir-se-á dez pontos positivos a
cada ano retroagido, a contar de 04Ago02, sem que haja qualquer registro de punição, totalizando-
se no máximo quarenta pontos positivos.
§ 1º - Ao se efetivar a retroação, deparando-se com qualquer registro de punição, cessar-se-á a
aplicação da regra constante no “caput” do artigo, computando-se tão somente os pontos já
considerados.
§ 2º - Ao servidor incluído a menos de um ano antes de 04Ago02, será atribuído o conceito “B”, zero
pontos.
Art 3º - Apesar de constar do inciso II, do art 96 do CEDM a condição: “ou de até duas prisões em
dois anos”, verifica-se que tal circunstância em hipótese alguma ocorrerá, sendo, portanto, letra
morta.
....
Art 16 - Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando a IRH nº 283, de 26 de
julho de 2002.
Belo Horizonte, 21 de outubro de 2002.
(a) Valdelino Leite da Cunha, Coronel PM / Diretor de Recursos Humanos

III – o militar que possuir registro de até duas prisões em sua ficha funcional no
período de um ano fica classificado no conceito “B”, com vinte e cinco pontos
negativos;
IV – o militar que possuir registro de mais de duas prisões em sua ficha funcional no
período de um ano fica classificado no conceito “C”, com cinqüenta e um pontos
negativos;
V – as punições aplicadas anteriormente à vigência deste Código serão consideradas
para fins de antecedentes e outros efeitos inseridos em legislação específica;

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VI – aplicam-se aos procedimentos administrativo-disciplinares em andamento as
disposições deste Código, aproveitando-se os atos já concluídos;

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 04/2002-CG


ASSUNTO: Validade dos atos praticados sob a égide do Regulamento Disciplinar aprovado
pelo Decreto no 23.085, de 10Out83.
EMENTA: APROVEITAMENTO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS PRATICADOS – TRANSIÇÃO
ENTRE OS REGRAMENTOS DISCIPLINARES – IRRETROATIVIDADE – APLICAÇÃO IMEDIATA
DO CEDM – ART. 96, VI, DO CEDM.
Todos os atos já concluídos, relativos aos diversos processos e procedimentos administrativos
disciplinares em andamento, têm valor e não necessitam ser refeitos, contudo, os novos atos,
elaborados a partir de 04 de agosto de 2002, deverão estar de acordo com o CEDM e o MAPPAD,
inclusive observando-se os modelos existentes no referido Manual e cumprindo-se as orientações e
normas específicas em ambos os documentos.
As soluções dos processos e/ou procedimentos não devem escudar-se em dispositivos do RDPM.
Os respectivos atos administrativos serão, caso necessário, adaptados às prescrições do novo
Diploma Legal.
Por hipótese, militar submetido a Conselho de Disciplina como incurso no art. 76, III, do RDPM
revogado, terá a solução adaptada ao art. 64, II, do CEDM.
Belo Horizonte, 20 de setembro de 2002. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral

VII – fica abolido o caderno de registros como instrumento de avaliação do oficial da


PMMG e do CBMMG, ficando instituída a avaliação anual de desempenho e
produtividade.

Art. 1o - Todos os oficiais da Polícia Militar, até o posto de Tenente-Coronel, deverão ser submetidos
a Avaliação Anual de Desempenho e Produtividade – AADP para fins de pontuação na ficha de
promoção de oficiais.
Art. 2o - A AADP será realizada anualmente quando os avaliadores, nos diversos níveis, preencherão
a planilha constante no anexo “A” desta Resolução e encaminharão à Comissão de Promoção de
Oficiais – CPO, conforme o art. 11 desta Resolução.
§ 1o - A avaliação deverá ser realizada e entregue na CPO no período de 1 o de agosto a 30 de
setembro.
§ 2o - O avaliador, ao afastar-se de sua função, antes do preenchimento da AADP, deverá avaliar
seus comandados, desde que tenha permanecido nesta, por mais de seis meses.
§ 3o – O oficial movimentado, nas condições previstas no parágrafo anterior, será avaliado antes de
seu desligamento.
§ 4o - Os Comandantes Intermediários e de Unidades deverão acompanhar e determinar o
cumprimento do previsto neste artigo.
Art. 3o - O preenchimento da AADP deverá ser realizado com observação sistemática e permanente
das habilidades individuais e funcionais dos oficiais, observados os diferentes graus de
complexidade e exigência requeridos para o desempenho das diversas atribuições.
Art. 4o - A emissão do conceito é ato discricionário do avaliador, devendo ser coerente com o
desempenho e a produtividade do avaliado no período observado.
Parágrafo único - Quando a aferição da habilidade for decorrente de observação de outra pessoa, o
fato deverá ser descrito no campo destinado a complementações da avaliação realizada.
Art. 5o - Quando o avaliador não possuir informações suficientes para avaliar uma habilidade, deverá
ser preenchido o campo “sem informações” – SI.
§ 1o - Este procedimento deve ser evitado, sendo dever e responsabilidade dos avaliadores, nos
diversos níveis, a observância de todas habilidades, previstas no anexo “A”, relativas aos avaliados
sob seu comando.
§ 2o - A habilidade considerada “sem informações” não será computada para cálculo da média final
da AADP.
§ 3o - Caso o avaliador opte pelo apontamento “sem informações”, deverá justificar sua decisão.
Art. 6o - Os avaliadores devem manter acompanhamento das habilidades de todos os avaliados sob
seu comando.

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§ 1o - O acompanhamento servirá de base para que a avaliação seja justa e coerente, bem como
poderá servir de argumentação para emissão da nota, caso haja divergência na entrevista com o
avaliado.
§ 2o - Eventual registro do acompanhamento é de conhecimento e responsabilidade de quem o
produz, não podendo servir de fundamentação para emissão do conceito de outra autoridade ou ser
remetida para outra Unidade por ocasião de movimentação do oficial.
Art. 7o - Todo oficial realizará sua auto-avaliação, preenchendo o anexo único desta Resolução, que
será discutida com os avaliadores, no momento da entrevista.
§ 1o - A auto-avaliação constituir-se-á num instrumento de reflexão, tanto para o avaliador quanto
para o avaliado, sobre a percepção que se tem deste, naquele período.
§ 2o - A auto-avaliação não será computada na nota final da AADP.
Art. 8o - Preenchido o anexo único, o avaliado será entrevistado, quando deverá ter conhecimento
das notas que lhe foram atribuídas, assinando em campo próprio.
§ 1o - A entrevista deverá ocorrer individualmente entre o avaliador e o avaliado, com a apresentação
da percepção auferida quanto à atuação deste.
§ 2o - Durante a entrevista a nota emitida poderá ser alterada.
Art. 9o - O avaliado poderá recorrer à Comissão de Promoção de Oficiais, solicitando reavaliação da
nota que lhe foi atribuída.
§ 1o - O requerimento deverá ser objetivo e baseado em fatos concretos, evitando-se comentários ou
opiniões pessoais.
§ 2o - O recurso deverá ser apresentado, no prazo de cinco dias úteis a contar da data de realização
da entrevista.
§ 3o - Recebido o recurso o avaliador poderá reconsiderar a sua avaliação, no prazo de cinco dias
úteis, se entender procedente as razões, e, caso contrário, providenciará o encaminhamento a CPO,
instruído com os argumentos e documentação necessários.
§ 4o - O recurso, até o posto de Capitão, será encaminhado por intermédio do Comandante da
Unidade, e pelo Comandante Intermediário, para os demais postos.
Art. 10 - A CPO deliberará e divulgará seus atos através de publicação em Boletim, juntamente com
o Quadro de Acesso, podendo alterar a nota emitida pelos avaliadores mediante avaliação do
recurso ou em decorrência de documentos acidentais que comprovem e possam influenciar na
modificação da nota.
Parágrafo único - A alteração, neste caso, deverá se ater às habilidades correspondentes ao
documento apresentado.
Art. 11 - A AADP será realizada, individualmente por, no mínimo, dois oficiais, da seguinte forma:
I - Tenentes, pelo chefe direto, subcomandante ou equivalente e comandante de unidade;
II - Capitão, pelo chefe direto ou subcomandante e comandante de unidade;
III - Major, pelo chefe direto ou comandante de unidade e comandante de região ou diretor;
IV - Tenente-Coronel, pelo comandante de região ou diretor e Chefe do EMPM.
Parágrafo único - Nos casos em que não puder ser observado o contido neste artigo, o Comandante
de Região ou Diretor designará outro oficial, que tenha vinculação funcional com o avaliado para
proceder a avaliação.
Art. 12 - Para o ano de 2002, considerando a necessidade de adequação de prazos, fica
estabelecido o período de 1o de outubro a 30 de novembro para avaliação dos oficiais que não estão
cogitados para promoção de 25 de dezembro de 2002.
Art. 13 - Os casos omissos serão resolvidos pelo Comandante-Geral, ouvida a CPO.
Art. 14 - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Resolução 3.676 - CG, de 16Set02 – Dispõe sobre a AADP.

Art. 97 – Os casos omissos ou duvidosos, resultantes da aplicação deste Código,


serão normatizados pelo Comandante-Geral, mediante atos publicados no Boletim
Geral das IMEs ou equivalente no CBMMG.

DECISÃO ADMINISTRATIVA N.º 38/2003-CG


ASSUNTO: Procedimento disciplinar envolvendo militar, cuja antiguidade impossibilite a
nomeação de CEDMU, no âmbito da PMMG.
EMENTA: INAPLICABILIDADE DOS ARTIGOS 78 E 79, CAPUT, DO CEDM –ENVOLVIMENTO DE
MILITAR, CUJA ANTIGUIDADE IMPOSSIBILITE A NOMEAÇÃO DE CEDMU - OMISSÃO DA LEI.
NORMATIZAÇÃO AUTORIZADA PELO ARTIGO 97.
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Em caso de impossibilidade de nomeação de Conselho de Ética e Disciplina da Unidade no âmbito
da Polícia Militar, nos moldes e requisitos exigidos pelo artigo 79, caput, em virtude da antiguidade
do militar a ser sancionado, e à vista da omissão do Código de Ética e Disciplina dos Militares, e
ainda considerando o previsto em seu art. 97, a decisão fundar-se-á somente nos autos, elidindo-se
a hipótese de assessoramento pelo CEDMU.
Belo Horizonte, 23 de janeiro de 2003. / (a) Álvaro Antônio Nicolau – Cel PM – Cmt Geral
Art. 98 – Esta lei entra em vigor quarenta e cinco dias após a data de sua publicação.

- O CEDM entrou em vigor no dia 04Ago02-Dom.

Art. 99 – Revogam-se as disposições em contrário, especialmente as contidas no


Regulamento aprovado pelo Decreto n° 23.085, de 10 de outubro de 1983, e os art. 1°
a 16 da Lei n° 6.712, de 3 de dezembro de 1975.

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 19 de junho de 2002.

Itamar Franco - Governador do Estado

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