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O GUIDE PRATIQUE D'ÉDUCATION PHYSIQUE E O MÉTODO NATURAL DE GEORGES

HÉBERT

Carolina Nascimento Jubé1

Resumo: Em 1909 Georges Hébert sistematizou seu método e, como consequência,


publicou o livro Guide pratique d’éducation physique. O objetivo deste paper é
apresentar e discutir o Método Natural de Hébert a partir da experiência histórico-
profissional que culminou na sua sistematização. Esta investigação apoia-se
principalmente nos autores Andrieu (1981), Soares (2003) e Delaplace (2005).
Verificamos que o trabalho, os exercícios junto à natureza e as ações viris são princípios
norteadores da obra.
Palavras-chave: Georges Hébert. Método Natural. História da Educação Física.

Georges Hébert e o Método Natural – O tempo de esperança

“Sejamos fortes! Os fracos são inúteis ou covardes!”2. São esses alguns dos
preceitos de Georges Hébert, oficial da marinha francesa formado em “matemáticas
especiais” e fundador do Método Natural. Nascido em Paris em 27 de abril de 1875,
pertencia a uma família burguesa católica. Frequentou uma escola também católica em
Passy aos sete anos e, em seguida, o Liceu em Cherbourg. Este último serviu como
ensino preparatório para seu ingresso na escola naval. Em 1893, aos 18 anos, o jovem
Hébert entrou para a Escola Naval em Lorient, e seguiu, assim, sua carreira nas Forças
Armadas (DELAPLACE, 2005).
Aos vinte anos, Hébert deu início às suas viagens pelo mundo em um veleiro da
Marinha, entre os anos de 1895 e 1903 (ANDRIEU, 1981). Assim teve contato com
populações nativas, especialmente em terras do norte da África, Oceânia e América, na
época colônias francesas. Nesses locais pôde observar o nativo, “selvagem” ou
“primitivo”, como os caracterizou, em sua “condição natural”, percebendo toda
resistência, beleza, agilidade, virilidade e as grandes habilidades físicas desses sujeitos.

O homem no estado natural, o selvagem por exemplo, obrigado


a levar uma vida ativa para sobreviver às suas necessidades,
realiza esse desenvolvimento físico integral ao executar
unicamente os exercícios naturais e utilitários – caminhada,
corrida, salto, “trepar”, “levantar”, “lançar”, natação, defesa etc.
– e ao se consagrar às tarefas mais comuns3 (HÉBERT, 1909, p.1)

1
Doutoranda em Educação. Faculdade de Educação – UNICAMP, Campinas, São Paulo, Brasil. Email:
caroljube@gmail.com
2
“Soyons forts!Les faibles son des inutilesou des lâches!”(HÉBERT, 1918).
3
L’homme à l’état de nature, le sauvage par exemple, obligé de mener un vie active pour subvenir à ses
besoins, realize ce développement physique integral en executant uniquement les exercices naturels et
utilitaires: marche, course, saut, <<grimper>>, <<lever>>, <<lancer>>, natation, défense, etc., et en se
livrant aux besognes les plus communes.
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Ao fim desse período de viagens, em 1903, com vinte e oito anos, solicitou
ingresso na Escola de Ginástica da Marinha em Lorient. A partir de sua observação sobre
os nativos, Hébert iniciou nessa instituição uma série de experimentações que deram
origem ao que conhecemos hoje como Método Natural (ANDRIEU, 1981).
Nesse momento inicial sistematizou uma sequência derivada dos exercícios
supracitados, e criou uma série com dez exercícios, nomeadamente: caminhada;
corrida; quadrupedismo; salto; grimpar; equilibrismo; lançar; levantar; defesa e natação
(HÉBERT, 1909). Assim, movimentos utilitários em confronto com os elementos da
natureza constituem a ideia central de seu método, exigindo dos praticantes ação
contínua e por toda a vida.
Desse modo, o que pretendia com tais grupos de ações corporais era a retomada
dos exercícios físicos nas condições mais naturais possíveis, que são inspiradas pelo
estudo do modo de vida dos povos encarados por ele como “primitivos”. Hébert propôs,
assim, um novo modo de pensar o “selvagem”, seu corpo e sua educação. Esses povos,
antes estigmatizados pela chamada “cultura ocidental”, passaram a trazer novos
referenciais em prol da valorização do corpo forte e viril no começo do século XX. Com
isso, nota-se o resgate do corpo belo, forte e útil, contemplado na vida junto à natureza;
para produzir esse corpo, estimula-se constantemente a prática de exercícios físicos em
“condições naturais”.
Faz-se importante ressaltar que os traços gerais do que se tornaria
posteriormente seu método ginástico podem ser resumidos na afirmação de um retorno
à natureza como forma de se desenvolver a aptidão, a resistência e a utilidade das ações.
Além disso, segundo o próprio autor, seu método pretendia-se universal, visando o
desenvolvimento completo e utilitário, sendo conveniente e aplicável a todos e nos mais
variados ambientes, da escola ao exército (HÉBERT, 1911, p. x).
Entre os anos de 1904 e 1905 o modelo ginástico de Hébert ganhou notoriedade,
mais precisamente quando ele o enviou, sob a forma de projeto de ginástica direcionado
ao treinamento dos marinheiros a serviço do Estado Maior da Marinha (DELAPLACE,
2005). O método proposto consistia em um conjunto de movimentos para exercitar o
corpo a partir de um retorno à natureza de modo racional, como dito anteriormente,
salientando a importância das atividades ao ar livre, do sol e da nudez controlada.
Ainda no ano de 1905, seu “tempo de esperança”, o método sofreu grande
difusão, no momento em que Hébert pôs em prática seu programa de ensino de
exercícios físicos na Escola de Fuzileiros Navais, em Lorient, e também quando assumiu
o cargo de diretor técnico de ensino de exercícios físicos. Dando continuidade ao seu
trabalho, até o ano de 1911 se ocupou com a sistematização do método proposto. Dois
anos mais tarde, rompeu com as Forças Armadas francesas, por causa dos regulamentos
que vigoravam na época e assumiu a direção do Collège d’athlètes em Reims4. Nessa
instituição conseguiu as condições apropriadas para progredir com suas ideias e
desenvolver seus estudos. No mesmo ano, portanto, realizou uma apresentação do
Método Natural no Congresso de Paris (ANDRIEU, 1981).
Com o advento da Primeira Grande Guerra, que se estendeu de 1914 a 1918,
Hébert se viu obrigador a retornar temporariamente às suas atividades nas Forças
Armadas. Segundo Delaplace (2005), vários batalhões que foram treinados por ele

4
O Colégio contava com uma estrutura inovadora para a época; seu método de ensino foi proposto pelo
próprio Hébert. Originalmente criado no local da atual frota de Champagne, foi destruído após a guerra.
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tiveram poucas baixas em comparação com outros do mesmo período. Aos alunos,
oficiais combatentes, Hébert informou que entre seus deveres encontrava-se a
“moralidade física”, resumida “em uma dupla fórmula: desenvolver-se e conservar-se.”
Em outras palavras, deve-se desenvolver as qualidades físicas e viris a fim de servir ao
bem comum – a res publica – e conservar suas qualidades, afastando-se de tudo que as
possa degenerar (HÉBERT, 1918).
A partir dos preceitos do Método Natural, Hébert desenvolveu a noção de que a
Educação Física tem como finalidade desenvolver homens e mulheres fortes, sendo ela
própria “uma Educação Física sistematizada, praticada em pleno ar, em qualquer
estação do ano, que concorrerá para criar essa força física e moral.” (SOARES, 2003,
p.32). A moralidade, então, extrapola os limites físicos e avança para valores da
sociedade da época. Imbuído desse espírito, Hébert afirmou que,

A educação física considerada dentro de seu sentido mais amplo


compreende: 1ºa cultura puramente física, ou seja, o
desenvolvimento de todas as partes do organismo: pulmões,
coração, sistema muscular; o aperfeiçoamento das aptidões em
todos os gêneros de exercícios naturais e utilitários, 2ºa cultura
viril, ou seja, o desenvolvimento de qualidades de ação, tais
como: a energia, a vontade, a coragem, o sangue frio e, em geral,
tudo o que ajuda na formação do caráter.5 (HÉBERT, 1918, p.5-
6, grifos do autor)

O sucesso de Hébert foi tanto que, em 1918, seu método terminou por ser
adotado como padrão para o treinamento de todo o exército francês. Em seguida, já em
1919, havia se tornado o método ginástico adotado na educação pública em território
francês (GLEYSE; DALBEN; SOARES, 2013), atingindo assim o ideal de universalidade
pretendido pelo autor.

Objetivo

O objetivo deste trabalho é apresentar e discutir o Método Natural proposto por


Georges Hébert por meio da análise da experiência histórico-profissional que culminou
na sua sistematização e na publicação da obra Guide pratique d’éducation physique
(1909).

Metodologia

O Método Natural é o tema central da obra de Georges Hébert, escrita no limiar


do século XX. A veiculação dos livros de Hébert teve início na França, no ano de 1905,
quando ele publicou o manual de ginástica especial para a Marinha, o L’Éducation

5
“L’éducation physique en visagée dans on sens le plus large comprend: 1° La culture purement physique,
c’est-à-dire le développement de toutes les parties de l’organisme: poumons, coeur, système musculaire;
et la perfectionnement des aptitudes dans tous les genres d’exercices naturels et utilitaires; 2° La culture
virile, c’est-à-dire le développement des qualités d’action, telles que: l’énergie, la volonté, le courage, les
sang-froid, et, en general, de tout ce qui aide à la formation du caractère.”
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physique raisonnée. O ano de 1909 foi marcado pelo lançamento do livro Guide pratique
d’éducation physique, e nesse momento iniciou-se um estudo sistematizado dos efeitos
produzidos pelo novo método, tendo sido o Método Natural estendido a toda Marinha
(ANDRIEU, 1981). Suas publicações finais datam de c.1959, momento em que divulgou
o quinto e último tomo, sobre técnicas de exercícios e tecnologia da natação, do livro
L’Éducation physique, virile et morale pas la Méthode Naturelle.
O Guide pratique d’éducation physique, foi escolhido neste paper por ser um
marco na experiência histórico-profissional e na composição do autor. É,
provavelmente, um dos primeiros a trazer de forma acabada uma sistematização
complexa do método, apresentando seus grupos de exercícios utilitários. É possível
observar nele também os princípios que acompanharam o autor por toda sua obra,
como a educação moral e viril alcançada por meio das práticas corporais realizadas junto
à natureza; destaca-se igualmente ali a importância de características como a destreza,
a força e o caráter na formação do cidadão.
Os demais trabalhos que dão sustentação à nossa pesquisa são, inicialmente
Jean-Michel Delaplace (2005), que dedicou sua tese de doutorado ao estudo da obra de
Hébert. No livro Georges Hébert sculpteur de corps, o autor traçou três momentos
significativos para seu estudo: o primeiro, que tomamos como período inicial de
referência para esta pesquisa, “O tempo de esperança (1905-1914)”; o segundo, “O
tempo de conflitos (1918-1936)”; o último, “O tempo do isolamento (1936-1957)”. É a
partir dessa categorização que os principais momentos da vida e da obra de Hébert
tornam-se mais claros. Outros autores, da mesma forma, serão importantes.
Apontamos, por ora, os trabalhos de Andrieu (1981), Soares (2003), Gleyse, Dalben e
Soares (2013) visto que esses trabalhos nos ajudam a compreender a origem do método
de Hébert, bem como suas peculiaridades.

O Guide Pratique d'Éducation Physique e a sistematização do Método

O livro Guide pratique d’éducation physique6 teve sua 1ª edição publicada no ano
de 1909; a 2ª edição, sete anos mais tarde, em 1916. Ambas foram editadas em Paris
pela Vuibert. Em toda a obra o autor exibe cerca de 358 imagens, entre fotografias e
desenhos. Em algumas delas temos imagens de “selvagens” que ostentam corpos firmes
e musculosos. Há também algumas reproduções nas quais Hébert aparece em diversas
posturas, como o discóbolo, por exemplo (cf. figura 8, p.39). Tem-se, assim, a ilustração
dos “resultados da educação física”, ou seja, como deve ser o corpo possuidor de um
desenvolvimento muscular completo.
São igualmente recorrentes fotografias de seus alunos executando exercícios
coletivos ou em duplas e/ou trios, em diversos aparelhos (como a barra fixa, obstáculos,
trampolins, extensores elásticos, halteres, etc.) ao ar livre. Encontramos imagens dos
mesmos trepados em árvores, escadas ou cordas, e em muitas delas os alunos estão à
beira de um lago e/ou rio, em meio a um bosque, ou seja, junto à natureza. A semi-

6
Não existe tradução dessa obra e de nenhum outro livro de Hébert, na íntegra para o português. O que
foi possível encontrar são traduções em forma de artigos, de parte de seus livros publicados na França,
para a Revista “Educação Física” (1932-1945).
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nudez, ou a nudez controlada é comum a quase todas as imagens7, pois vão ao encontro
dos preceitos de Hébert e assim são capazes de exibir a musculatura rígida pretendida
pelo princípios do autor. São expostas, ainda, inúmeras tabelas, composições e
desenhos que ilustram tanto as plantas baixas dos centros de treinamento, os
obstáculos, quanto as fórmulas dos exercícios, representantes de sua metodologia de
trabalho.
Já sobre a divisão do livro, deparamo-nos com um prefácio, cinco partes, num
total de vinte e seis capítulos e dois apêndices, totalizando 568 páginas. A primeira
parte, a “Exposição do Método”, contém 11 capítulos. Nela Hébert apresenta seu
método natural e suas concepções de ensino prático e utilitário da Educação Física. Trata
também da higiene a partir dos banhos, dos usos da água, do ar e da resistência ao frio.
E finaliza essa primeira parte ao abordar a organização e a preparação necessária do
terreno para a prática e o ensino dos exercícios físicos.
A segunda parte, intitulada “Os exercícios educativos elementares”, possui 12
capítulos. Agora, o autor discorre sobre as condições gerais e os princípios de execução
da prática dos exercícios elementares. Em seguida, apresenta as práticas necessárias
para exercitar braços, pernas e tronco, além daquelas em suspensão, apoio, equilíbrio
e também os exercícios respiratórios. Por fim, encerra citando os exercícios a serem
executados com o uso de aparelhos.
A terceira parte, intitulada “Os exercícios utilitários indispensáveis”, engloba 08
capítulos. Nas páginas seguintes Hébert se dedica a explicar os princípios de cada um
dos exercícios utilitários, sendo eles apresentados na seguinte ordem: a marcha, a
corrida, o salto, a natação, o trepar, o levantar, o lançar e os exercícios de defesa. Ele
expõe nessa seção basicamente seus princípios gerais, diferenças, mecanismos de
progressão, os exercícios preparatórios e mecanismos de execução.
A quarta parte, trata sobre os “Jogos, esportes e trabalhos manuais”. Aqui o
autor traz a percepção de que a Educação Física se completa por meio dos jogos,
esportes e trabalhos manuais. Nela, Hébert enfatiza que esses componentes devem ser
realizados em meio à natureza para atingir uma educação higiênica, utilitária e moral.
Ao longo dessa penúltima parte muitos exemplos são oferecidos quanto aos elementos
supracitados, apresentando os esportes náuticos, as lutas e danças de todos os tipos,
assim como os demais esportes utilitários e os trabalhos manuais, a exemplo da
jardinagem, da carpintaria e, etc.
A quinta e última parte, intitulada “Exemplos típicos de lições, sessões e
programas de trabalho”, contém 06 capítulos. Na seção final de seu livro, Hébert expõe
sistematicamente uma série de exemplos de lições para as aulas propostas. Ocupa-se
com as lições utilitárias, completas e com os programas de trabalho. Como exemplo de
uma aula ordinária, temos uma lição elementar, dividida em sete séries. O autor
apresenta posições elementares, flexões, elevações, suspensões, apoios e equilíbrios de
tronco, braços e pernas. E finaliza seu exemplo com um jogo simples, uma corrida e
movimentos respiratórios(cf. Lição 1, p.509)..
Hébert termina seu livro oferecendo dois apêndices. O primeiro é a “Tabela de
classificação dos exercícios”, onde o autor fornece uma divisão entre exercícios de força
muscular e resistência. Além disso, dita práticas específicas para cada parte do corpo,

7
Exceto naqueles momentos em que o uso da roupa é estritamente necessário, como no caso de um
exercício de salvamento realizado no mar (cf. figura 192, p.311).
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dividindo-as em membros superiores e inferiores. Enuncia exercícios que supostamente
garantem a destreza e desenvolvem a viriliadade (energia, coragem, sangue-frio,
resistência e força), sendo igualmente necessários banhos de sol, banhos de mar, boxe
e natação. Já no segundo e último apêndice, “Esboços e padrões anatômicos”, o autor
exibe desenhos para o estudo da anatomia humana, que tinham como objetivo facilitar
o estudo dos efeitos dos diferentes exercícios, dando enfâse ao sistema locomotor.

Conclusão

Georges Hébert tornou pública a sistematização ordenada e cuidadosa de seu


Método Natural com a publicação do Guide pratique d’éducation physique. Nele, Hébert
realizou uma verdadeira organização metodológica, classificou e justificou cada
fundamento, regra e exercício, tendo como referência a natureza e a vida natural do
homem. Encontramos, portanto, de forma estruturada, um retorno racional à natureza,
cuidadosamente adaptado à realidade da vida urbana/social.
São encontrados, da mesma forma, os fundamentos da sua proposta, que foram
inferidos por meio de observações do homem em confronto com seu meio natural.
Enaltecemos quatro grandes categorias recuperadas ao fim desta investigação: 1) a
jornada de trabalho que oferece o desenvolvimento da resistência; 2) a prática metódica
dos exercícios utilitários; 3) o endurecimento pelo confronto com os elementos naturais
(sol, frio, etc.) em estado de seminudez ou de nudez controlada; 4) o destaque para as
qualidades de ação ou princípios viris: a energia, a vontade, a coragem, o “sangue-frio”.
Desdobrados desses princípios a obra evoca o desenvolvimento de outras qualidades,
tais como a resistência, a destreza, a velocidade e a força.
Desse modo, Hébert inaugurou, a partir de uma série de viagens realizadas a
serviço da Marinha no início do século XX, uma proposta inovadora de Educação Física,
que ultrapassava os princípios biológicos e se estendia à moral e à formação do caráter.

Referências Bibliográficas

Andrieu, Gilbert. Georges Hébert (1875-1957). In:Arnaud, Pierre (Org.). Le corps en


mouvement – precurseurs et pionniers de l’éducation physique. Toulouse: Privat, 1981.
p.291-321.

DELAPLACE, Jean-Michel. George Hébert: Sculpteur du corps. Paris: Vuibert, 2005.

HÉBERT, Georges.L’Éducation physique raisonnée. Paris:Vuibert, 1905.

__________.Guide pratique d’education physique. Paris:Vuibert et Nony, 1909.

__________.La culture virile et lês devoir physique de l’officier combattant.2 ed. Paris:
Vuibert, 1918.

__________.L’Éducation physique, virile et morale pas la Méthode Naturelle. Tome V


natation. Paris:Vuibert, 1959.

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GLEYSE, Jacques; DALBEN, André; SOARES, Carmen Lúcia. Estudo comparativo da
recepção do Método Natural de Georges Hébert no Brasil e na França. In: XIII Congress
of the International Society for the History of Physical Education and Sport and XII
Brazilian Congress for the History of Physical Education and Sport. 2013, Rio de Janeiro
Esporte e Educação Física ao Redor do Mundo: Passado, Presente e Futuro. 2013, Rio de
Janeiro: Gama Filho, 2013. v. 1. p. 107-117.

SOARES. Carmen L. Georges Hébert e o Método Natural: Nova sensibilidade, nova


Educação do corpo. Rev.Bras.Cienc.Esporte. Campinas, v.25, n.1, p.21-39, set. 2003.

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PROJETO BRINCADEIRAS COM MENINOS E MENINAS DE/E NA RUA: A EDUCAÇÃO
SOCIAL E SUA RELAÇÃO COM AS PRATICAS EDUCATIVAS ESCOLARES.

Carolina Rossato Volpini1


Paula Marçal Natali2
Verônica Muller3

Resumo: Este estudo tem por objetivo discutir a prática educativa do Projeto
Brincadeiras com Menino e Meninas de/e na Rua que atua no âmbito da educação social
em uma escola da cidade de Sarandi-PR. O projeto de extensão universitária ocorre há
17 anos em bairros periféricos na região de Maringá-PR com o objetivo de atuar com
crianças e adolescente com direitos violados, por meio de atividades lúdicas e
esportivas, problematizando o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990). O projeto
organiza-se em dois momentos, o primeiro que consiste em um momento de
preparação de seus educadores que são acadêmicos de diferentes cursos como
Educação Física, Historia, Pedagogia, Psicologia e da comunidade externa a Universidade
Estadual de Maringá-PR, nestes encontros são discutidos autores como Paulo Freire,
Graciani, Boaventura, e o ECA (1990) entre outros. Entende-se que o exercício do estudo
semanal junto com as discussões do que ocorre na pratica é de extrema relevância para
a formação dos educadores e para a execução da pratica demonstrando a importância
do método não formal que contraria a metodologia tradicional de ensino a educação
formal(tradicional). A formação de educador social é aliada com a prática que acontece
no projeto de forma não formal em âmbito escolar. Conseguimos através do
compromisso estabelecido entre educador/ educando trocas de conhecimentos.
Palavras-chave: Projeto Brincadeiras com Meninos e Meninas de/e na Rua. Formação
Profissional. Educação não formal.

Introdução

O Projeto Brincadeiras com Meninos e Meninas de e na Rua, da Universidade


Estadual de Maringá, é um projeto de extensão de caráter multidisciplinar que atua no
município de Sarandi desde 2007 no bairro Jardim Esperança e se desenvolve com o
apoio do PCA – Programa Multidisciplinar de Estudo, Pesquisa e Defesa da Criança e do
Adolescente. Atualmente o projeto tem 10 membros sendo que todos participam das
reuniões e freqüentam as atividades aos sábados. É regido pelos seguintes princípios:
respeito, compromisso, inclusão, participação e diálogo.
Os estudos ocorrem as sextas-férias proporcionando aos educadores maiores
conteúdos sobre os direitos das crianças e como ocorre a troca de conhecimentos entre
educador, crianças e adolescentes. Aos sábados são realizados encontros na Escola
Ayres Aniceto de Andrade, onde é utilizado todo o espaço escolar para as atividades.
Durante o desenvolvimento das atividades partimos do princípio de que às crianças e
adolescentes devem possuir voz ativa na sociedade, pois são sujeitos de direitos e
deveres, buscamos todo o tempo trabalhar isto com elas. Essa atuação acontece por

1
Graduanda, UEM, krolvolpini5@hotmail.com
2
Mestre, UEM, paulamnatali@gmail.com
3
Doutora, UEM, veremuller@gmail.com
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