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Seminário Teológico
Império Bizantino
Sua capital era Constantinopla (a atual Istambul) que foi convertida na capital do Império
Romano do Oriente no ano 330, depois que Constantino I, o Grande, fundou-a no lugar da antiga
cidade de Bizâncio, dando-lhe seu próprio nome. Foi a capital das províncias romanas orientais,
ou seja, daquelas áreas do Império localizadas no sudeste de Europa, sudoeste da Ásia e na parte
nordeste de África, que também incluíam os países atuais da península Balcânica, Turquia
ocidental, Síria, Jordânia, Israel, Líbano, Chipre, Egito e a região mais oriental da Líbia. Seus
imperadores consideraram os limites geográficos do Império Romano como os seus próprios e
buscaram em Roma suas tradições, seus símbolos e suas instituições.
O maior imperador macedônico foi Basílio II, que reprimiu vigorosamente uma
abrangente rebelião búlgara (1.014) e ampliou seu controle até os principados independentes da
Armênia e Geórgia.
Em 1071, os Seljúcidas invadiram a maior parte da Ásia Menor bizantina. Os bizantinos perderam
suas últimas possessões na Itália e foram separados do Ocidente cristão devido ao cisma de 1054
aberto entre a Igreja ortodoxa e o Papado.
O imperador Aleixo I Comneno, fundador da dinastia dos Comnenos, pediu ajuda ao Papa
contra os turcos. A Europa Ocidental respondeu com a primeira Cruzada (1096-1099). Embora,
em um primeiro momento, o Império tenha se beneficiado das Cruzadas, recuperando alguns
territórios na Ásia Menor, estas precipitaram sua decadência.
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O imperador Miguel VIII Paleólogo, recuperou Constantinopla das mãos dos latinos em
1261 e fundou a dinastia dos Paleólogos, que governaram até 1453. Os turcos otomanos, em plena
ascensão, conquistaram o resto da Ásia Menor bizantina no princípio do século XIV. Depois de
1354, ocuparam os Balcãs e finalmente tomaram Constantinopla, o que representou o fim do
Império em 1453.
Contudo, a tradição intelectual bizantina não morreu em 1453: os eruditos bizantinos que
visitaram a Itália durante os séculos XIV e XV, exerceram uma forte influência sobre o
Renascimento italiano.
Cultura Bizantina
O imperador Aleixo I Comneno, fundador da dinastia dos Comnenos, pediu ajuda ao Papa
contra os turcos. A Europa Ocidental respondeu com a primeira Cruzada (1096-1099). Embora,
em um primeiro momento, o Império tenha se beneficiado das Cruzadas, recuperando alguns
territórios na Ásia Menor, estas precipitaram sua decadência.
O imperador Miguel VIII Paleólogo, recuperou Constantinopla das mãos dos latinos em 1261 e
fundou a dinastia dos Paleólogos, que governaram até 1453. Os turcos otomanos, em plena
ascensão, conquistaram o resto da Ásia Menor bizantina no princípio do século XIV. Depois de
1354, ocuparam os Balcãs e finalmente tomaram Constantinopla, o que representou o fim do
Império em 1453.
Contudo, a tradição intelectual bizantina não morreu em 1453: os eruditos bizantinos que
visitaram a Itália durante os séculos XIV e XV, exerceram uma forte influência sobre o
Renascimento italiano.
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Império Bizantino X Império Árabe
Enquanto na Europa Ocidental o Império Romano se desagregava, sofrendo invasões
bárbaras e a formação de novos reinos, na parte oriental do Império Romano a situação era
totalmente diversa.
Desde o século IV, quando os filhos do imperador Teodósio herdaram as duas metades do Império
Romano, a parte situada a leste e com capital em Constantinopla prosperou. Durante mil anos,
uma mistura de influências romanas, gregas e orientais criou uma civilização com características
originais, cujas maiores contribuições situaram-se no campo da arte e da cultura.
Ao mesmo tempo, partindo da região da Península Arábica, um povo nômade, habitante de regiões
desérticas, iniciou sua expansão em direção à Ásia e à África. Impulsionado pelas palavras de um
profeta de nome Maomé, chegou a invadir a Península Ibérica, deixando sinais de sua presença na
arquitetura e na língua de seus habitantes.
Produtos do Extremo Oriente, tais como sedas, especiarias e marfim, eram revendidos na
Europa Ocidental, juntamente com os produtos locais (tecidos, jóias, artesanato fino). Essa grande
movimentação atraiu para a cidade comerciantes de todas as nacionalidades.
Constantinopla tornou-se a "capital do Oriente", abrigando uma enorme população, embora o
Império Bizantino possuísse outra grandes cidades, como Nicéia, Antioquia, Salônica ou
Alexandria. Algumas delas situavam-se em regiões férteis e produziam importantes itens agrícolas,
como o trigo, ou uvas para a produção vinícola.
A organização política tinha como expressão máxima a figura do imperador, o qual, auxiliado por
inúmeros funcionários, comandava o exército e liderava a Igreja, que se autodenominava
ortodoxa. O imperador era, portanto, muito poderoso e considerado um representante de Deus
na terra, chegando mesmo a ser retratado com uma auréola em torno da cabeça. Com a Igreja
local estivesse subordinada à sua autoridade, foi havendo um afastamento cada vez maior em
relação à Igreja ocidental, que obedecia ao papa. Mais tarde, esses laços foram rompidos
definitivamente, existindo até hoje a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa.
Além da rica nobreza, também os comerciantes e artesãos tinham uma situação econômica
privilegiada. Os camponeses, entretanto, viviam sob um regime de servidão e pobreza.
A Era do Justiniano
Foi durante o governo do Imperador Justiniano, de 527 a 565, que Constantinopla e todo o
império experimentaram seu esplendor máximo. Nesse período foram conquistados o norte da
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África, a Península Itálica e parte da Península Ibérica, regiões que estavam em poder dos bárbaros,
tendo pertencido ao antigo Império Romano.
Procurando manter a tradição do direito romano, Justiniano foi responsável pela reunião das
antigas leis do império no Corpo de Direito Civil - também conhecido como Código de Justiniano
-, que agrupa quatro livros: Código, coletânea das leis romanas desde o imperador Adriano (117
d.C.); Digesto: comentários de juristas romanos sobre as leis do Código; Institutas, livro destinado
aos estudantes de direito que resumia e estudava o direito romano; e finalmente as Novelas,
conjunto das leis elaboradas por Justiniano.
Durante o governo de Justiniano foi construída a Catedral de Santa Sofia, que une a grandiosidade
da arquitetura romana ao luxo da decoração oriental. Havia ainda em Constantinopla palácios
suntuosos e um gigantesco hipódromo.
Como elementos decorativos eram usados magníficos mosaicos e pinturas.
Por sua extensão e riqueza, o Império Bizantino exerceu grande influência sobre o Ocidente.
Durante o governo de Carlos Magno, por exemplo, muitos sábios, artistas e professores
provinham dessas regiões orientais.
Também seus religiosos deixaram marcas profundas em algumas áreas da Europa, por seu trabalho
de evangelização do bárbaros, em particular dos eslavos. Por essa razão, praticamente toda a
Europa Ocidental moderna segue a Igreja Ortodoxa. Da mesma forma, o alfabeto utilizado pelos
russos - chamado cirílico - é uma adaptação do alfabeto grego, feita por um monge bizantino de
no Cirilo.
Após o governo de Justiniano, porém, o Império Bizantino entrou em lenta decadência, sendo a
maior parte de seus territórios conquistada pelos bárbaros e árabes. Manteve-se, no entanto, até
1453, quando Constantinopla foi tomada pelos turcos.
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decoração interior. As paredes, o teto e a cúpula eram revestidos de mosaicos coloridos - a
contribuição fundamental do Oriente à arte bizantina. Os mosaicos eram feitos com uma massa
bastante maleável, sobre a qual se aplicavam pequenos cubos coloridos, um ao lado do outro,
intercalado por estreitas fileiras de ouro e prata. Observado à distância, o conjunto assume formas
que geralmente representam cenas bíblicas, onde as personagens chegam a ser alteradas para
parecerem mais devotas.
Fonte de pesquisa:
https://www.historiadomundo.com.br/idade-media/imperio-bizantino-e-imperio-arabe.htm