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CURSO DE

ESPECIALIZAÇÃO EM
DIREITO TRIBUTÁRIO

SEMINÁRIO III – AÇÕES TRIBUTÁRIAS:


DECLARATÓRIA, ANULATÓRIA,
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO,
EMBARGOS À EXECUÇÃO E EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

JUAN CARLOS DE ALMEIDA SILVA

Versão 2019
O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©UNIFAI/IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou reprodução,
por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização.
1. Quanto à ação declaratória de inexistência de relação jurídica tributária,
pergunta-se:

a) Quando nasce o interesse processual para sua propositura? O manejo


do referido instrumento processual em momento anterior à constituição do
crédito configura questionamento de “lei em tese”?

O interesse processual para a propositura de ação declaratória de


inexistência de relação jurídica tributária nasce quando almeja-se declarar uma
relação jurídica inexistente.
Destarte, a propositura de ação declaratória de inexistência ou
existência de relação jurídica é legitimada pelo fato de o contribuinte desejar obter
certeza sobre a existência ou não de um relação jurídico-tributária.
Ao nosso sentir, não configura questionamento de “lei em tese, mas sim,
sobre o fato gerador determinado.

b) Há interesse jurídico na sua propositura após a expedição do ato


constitutivo do crédito tributário? Em caso afirmativo, quais seriam os
efeitos da referida tutela jurisdicional? (Vide anexos I e II)

Não, tendo em vista que a propositura de ação judicial após o efetivo


lançamento da exação, caberá ao contribuinte apresentar Ação Anulatória de
Débito Fiscal, com base no artigo 38 da Lei nº 6.830/80.
O efeito da ação declaratória é a nulidade da relação jurídica tributária.

2. Quanto à ação anulatória de débito fiscal, pergunta-se:

a) É viável a propositura de ação anulatória para desconstituição de relação


jurídica constituída pelo próprio contribuinte por meio de DCTF, cujo
recolhimento do tributo ainda não tenha ocorrido?

Sim, tendo em vista que mesmo diante do lançamento pelo sujeito


passivo, o contribuinte pode ingressar em juízo pleiteando a anulação do crédito
tributário assim formalizado. Tal ação objetiva a anulação do lançamento tributário.

b) E para a desconstituição de crédito tributário inserido em parcelamento,


onde houve confissão da dívida por parte do contribuinte? Em caso de
resposta positiva, indaga-se: qualquer tipo de questão poderá ser objeto
desta ação anulatória (questões de fato e/ou questões de direito)?

Sim, é possível o contribuinte discutir judicialmente, por meio da Ação


Anulatória de Débito Fiscal, inserido em parcelamento, quando houve a confissão
da dívida pelo mesmo.

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por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização.
Sendo assim, o professor Leandro Paulsen, com base em significativa
resenha jurisprudencial e doutrinária, “a confissão não inibe o questionamento da
relação jurídico-tributária.
Entretanto, a confissão da dívida pelo contribuinte impossibilitará a
discussão judicial quanto aos fatos, quando não for demonstrada o vício de
vontade.
Por fim, quanto as questões de direito, a confissão da dívida não inibe a
propositura de ação anulatória de débito fiscal que pretenda a desconstituição do
crédito tributário inserido no parcelamento.

c) Qual o prazo prescricional para a ação anulatória de débito fiscal? É


possível ingressar com ação anulatória de débito após a propositura da
ação executiva fiscal? E após o transcurso do prazo para apresentação dos
embargos à execução?

O prazo prescricional é de 5(cinco) anos. Sim, é possível o ingresso com


ação anulatória de débito após a propositura de ação executiva fiscal não
embargada.

Ressalta-se, por fim, que a jurisprudência pátria firmou entendimento


que o prazo prescricional para a propositura da ação anulatória de lançamento
fiscal é quinquenal, nos termos do art. 1º do Decreto 20.190/32, contado a partir da
notificação fiscal do ato administrativo do lançamento.

d) O depósito do valor do débito fiscal discutido na ação anulatória é


condição dessa específica ação?

Não, o descabimento do depósito como pressuposto de procedibilidade


ou como condição da ação anulatória tributária foi exemplarmente afastado nos
julgamentos das mais diversas cortes do País, merecendo destaque a Súmula 247
do extinto Tribunal Federal de Recursos.

3. Que relações podem existir entre as ações anulatória de débito, executiva


fiscal e embargos à execução: conexão, continência ou prejudicialidade
(ou nenhuma das alternativas)? Qual o juízo competente para julgá-las?
Deverão ser reunidas para julgamento conjunto? Responder a essa
pergunta, com base nas disposições do código de processo civil de 2015
que tratam da modificação da competência. (Vide anexos III e IV – aplicam-
se tais precedentes?)

A ação de execução fiscal; a ação anulatória de débito tributário e


embargos à execução que discutem o mesmo crédito tributário devem ser reunidas
para julgamento conjunto, sob pena de serem prolatadas decisões conflitante.

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Inclusive, o STJ possui diversos precedentes que, na hipótese em
debate, deve ser reconhecida a conexão entre as ações uma vez que a execução
fiscal decorre de auto de infração que, por sua vez, é objeto de questionamento em
ação anulatória, evidenciada, assim, a relação de conexão entre as demandas e a
necessidade de serem reunidas para se evitar decisões contraditórias.
Ressalta-se, por fim, que de acordo com o art. 55, §2º, I, do CPC, há
conexão entre a execução de título extrajudicial e a ação de conhecimento relativa
ao mesmo ato jurídico, donde se conclui que são conexas a execução fiscal;
embargos à execução e a ação anulatória referentes aos mesmo débitos tributários.

4. Você é procurado pela empresa AZT Foods do Brasil Ltda. em função do


seguinte caso que lhe foi colocado por ela:
CASO CONCRETO – Em função de sua atividade a empresa AZT Foods do
Brasil Ltda. está sujeita ao pagamento de determinado tributo pela venda
de seu produto. Nos últimos 3 anos, em função de algumas dificuldades
financeiras, ela não o pagou (e sequer informou seus débitos ao Fisco),
pretendendo fazê-lo agora por se encontrar em melhores condições
financeiras. Contudo, em função do inadimplemento, a confissão do débito
para fins “denúncia espontânea” está sujeita a multa de 45%, cuja
instituição por ato normativo infralegal, de 45% do valor da operação
(venda de seu produto).
A AZT solicita um parecer em que você deverá apontar:
(a) a estratégia processual (a medida judicial ou medidas judiciais) a ser adotada
para a defesa dos seus interesses, devendo ser justificada a opção da(s)
medida(s), com a indicação do dispositivo de lei que determina o seu
cabimento;

Seria cabível ação declaratória objetivando o reconhecimento da


inexistência de relação jurídica tributária que levasse ao pagamento da multa, nos
termos do art. 19 do NCPC/15.

(b) o(s) fundamento(s) jurídico(s) que poderá(ão) ser(em) utilizado(s) para


afastar a exigência dessa multa – causa de pedir;

Poderão ser utilizados como fundamentos jurídicos para afastar a


exigência da multa: a) caráter confiscatório da multa; b) ilegalidade da multa instituída
por ato infra legal, pode descumprimento ao Art. 112 do CTN, que a Lei Tributária
define as infrações, a natureza da penalidade aplicável e a sua graduação.

(c) o pedido da ação (ou ações);

Declaração de inexistência de relação jurídica tributária que levasse ao


pagamento da multa, nos termos do art. 19 do NCPC/15.

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(d) o efeito da sentença pretendido com a ação (ou ações).

O efeito almejado é a declaração da ilegalidade da norma infra legal,


desconstituindo eventual lançamento ou declarando a impossibilidade de sua
cobrança, apesar da previsão legalmente prevista.

5. Quanto à exceção de pré-executividade, pergunta-se:

(a) Em que consiste a exceção de pré-executividade? É uma ação ou meio de


defesa?
A exceção de pré-executividade consiste em um meio de defesa
processual, que não previsão legal, tendo sua base na doutrina e jurisprudência.
Com esta medida o executado pleiteia a extinção da execução, sem garantia do juízo
e a oposição dos embargos.

(b) Qual seu fundamento legal?

Conforme mencionado, inexistência previsão legal.

(c) Há limite temporal no processo executivo para o seu oferecimento?

A qualquer momento ao longo da execução fiscal.

(d) E limite lógico-processual para o seu oferecimento?

Na primeira oportunidade que o Executado tiver ciência da matéria


passível de arguição.

(e) Quais matérias são passíveis de arguição?

Maior parte da doutrina e da jurisprudência afirmam que são admissíveis


quaisquer questões, desde que não demandem dilação probatória. Ou seja,
prescrição, decadência, pagamento do débito, legitimidade.

(f) A oposição de exceção de pré-executividade tem o condão de suspender o


trâmite do processo de execução?

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Não suspende diretamente o trâmite do processo de execução, isso
porque sua oposição é realizada no próprio processo de execução e não em ação
autônoma. Todavia, seu julgamento é imprescindível para o prosseguimento do
trâmite processual da execução fiscal.

(g) A oposição de exceção de pré-executividade impede o ajuizamento de


embargos à execução fiscal? Ao responder justifique suas respostas.

A exceção de pré-executividade é o meio de defesa que não requer


garantia prévia do juízo. Trata-se de instrumento incidental. Se julgado improcedente,
em nada impede a interposição de embargos à execução, posto que o curso da
execução fiscal seguirá normalmente, dentro dos trâmites da lei.

6. Na ação de consignação em pagamento, o que extingue a obrigação


tributária: (i) a consignação em pagamento; (ii) a conversão em renda do
valor consignado; (iii) a sentença que julga procedente a ação de
consignação em pagamento; (iv) a decisão judicial de procedência da ação
transitada em julgado? Fundamente sua resposta.

A Ação de Consignação em Pagamento tem por objetivo a satisfação do


crédito tributário, por meio da intervenção da autoridade judiciária, nas hipóteses
expressamente previstas na lei. Em matéria tributária, o trânsito em julgado da
Decisão de Procedência da ação consignatória tem por finalidade a extinção do
crédito e de sua respectiva obrigação.
Destaca-se que a consignação em pagamento permite que o sujeito
passivo da obrigação tributária exerça seu direito de pagar o tributo, conforme as
hipóteses previstas no artigo 164 do CTN. Nos termos desse dispositivo legal, o
contribuinte pode consignar o pagamento de tributo que entende devido e que, por
determinada razão, não consegue recolher aos cofres públicos.
Sendo assim, com o trânsito em julgado da Decisão de procedência da
ação de consignação em pagamento, estará o contribuinte liberto da obrigação
tributária. Caso a ação seja julgada improcedente o contribuinte será considerado
em mora desde o momento do vencimento da obrigação.

7. Contribuinte sediado no Estado de São Paulo tem lavrado em seu desfavor


auto de infração de ICMS pelo Estado do Mato Grosso (problemas atinentes à
documentação fiscal que acompanhava a mercadoria, bem como ao não
destaque do diferencial de alíquotas supostamente devido ao Estado do Mato
Grosso). Inconformado com essa situação, referido contribuinte lhe procura
para que ajuíze ação anulatória, questionando-se acerca do foro competente
no qual deva ser processada a referida ação. Apresente, de forma
fundamentada, sua resposta a esse questionamento, analisando a redação do
parágrafo único do artigo 52 do Código de Processo Civil.

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por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização.
Primeiramente, importante ressaltar que em se tratando de futura demanda
judicial (execução fiscal) em que figura no polo ativo o Estado do Mato Grosso, a
propositura da mesma deve ser, exclusivamente, no foro de domicílio do réu
(contribuinte sediado em São Paulo) , nos termos do parágrafo único do art. 52 do
CPC/2015, in verbis:

Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que


seja autor Estado ou o Distrito Federal.

Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a


ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de
ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da
coisa ou na capital do respectivo ente federado. (Grifei)

Entretanto, no caso de ação anulatória do débito fiscal ajuizada pelo


contribuinte em face do Estado do Mato Grosso, esta pode ser proposta ou no Estado
de São Paulo ou no Estado do Mato Grosso, em conformidade com o art. 52, §único,
do NCPC/15.

Devendo, em conformidade com o art. 55 do NCPC/15, as futuras ação de


execução fiscal e de embargos à execução serem reunidas para julgamento em
conjunto no local da propositura de escolha do contribuinte.

8. Observadas as situações concretas abaixo descritas, identifique o(s)


instrumento(s) processual(is) judicial(is) adequado(s) para a defesa dos
interesses do sujeito passivo da obrigação tributária:

a) Exercício da competência tributária pelo ente político com a edição e


publicação da regra-matriz de incidência tributária, mas antes da
constituição da obrigação tributária;

Ação Declaratória de Inexistência de relação jurídico tributária.

b) Constituição da obrigação tributária sem que tenha havido a intimação do


sujeito passivo da obrigação tributária;

Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídico Tributária.

c) Dúvida a respeito do sujeito ativo da obrigação tributária;

Ação de Consignação de pagamento.

d) Inscrição do crédito tributário em dívida ativa;

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Ação Anulatória de Débito Fiscal.

e) Constituição da obrigação tributária com a intimação do sujeito passivo da


obrigação tributária;

Ação Anulatória de Débito Fiscal.

f) Ajuizamento de execução fiscal cobrando crédito tributário prescrito;


Exceção de Pré-Executividade.

g) O sujeito ativo da obrigação tributária está condicionando o pagamento do


tributo ao pagamento de uma multa instituída por instrução normativa;

Ação de consignação do pagamento do tributo.

h) Intimação de penhora de bens nos autos de execução fiscal.

Embargos à Execução fiscal.

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