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Existem 26 mil "escravos modernos" em Portugal

Existem 26 mil “escravos modernos” em Portugal, segundo um relatório da fundação


australiana Walk Free apresentado esta quinta-feira (19 de julho de 2019) nas Nações
Unidas. Angola, Brasil e Moçambique são os países lusófonos com mais habitantes
nestas condições, totalizando 720 mil.

O relatório, denominado “Índice de Escravatura Global 2018” e que analisou 167 países,
estima que o Brasil tenha 369 mil “escravos modernos”, seguindo-se Angola com 199
mil e Moçambique com 152 mil. No ‘ranking’ dos países lusófonos seguem-se Portugal,
com 26 mil, Guiné-Bissau, com 13 mil, Timor-Leste, com 10 mil, Guiné Equatorial, com 7
mil e Cabo Verde, com 2 mil “escravos modernos”. São Tomé e Príncipe não foi
reportado.

O relatório revela ainda que, embora tenha o maior número de “escravos modernos”, o
Brasil é o país lusófono que apresenta menor percentagem de habitantes nesta situação,
com 0,18%. Timor-Leste, com 0,77%, é o país lusófono que apresenta mais “escravos
modernos” por habitante, ocupando o 31.º lugar do ‘ranking’ presente no relatório.

O ‘ranking’, que ordena os países por ordem decrescente da taxa de “escravos”, coloca
a Guiné-Bissau, com 0,72%, na 36.ª posição, à frente de Angola que, com 0,75%, se
encontra no 39.º lugar. A Guiné Equatorial, com 0,64%, é a 50.ª da tabela, seguindo-se
Cabo Verde em 86.º, com 0,41%. Brasil, com os já mencionados 0,18%, e Portugal, com
0,25%, são os países de língua portuguesa melhor classificados, ocupando,
respetivamente, as posições 142 e 120.

No contexto do relatório, a “escravatura moderna” abrange um conjunto de conceitos


jurídicos específicos, incluindo trabalho forçado, servidão por dívida, casamento
forçado, tráfico de seres humanos, escravidão e práticas semelhantes à escravidão.

No número absoluto de pessoas consideradas como integrantes da “escravatura


moderna”, a Índia (7,99 milhões de indivíduos estimados), China (3,86 milhões),
Paquistão (3,19 milhões), Coreia do Norte (2,64 milhões), Nigéria (1,39 milhões), Irão
(1,29 milhões), Indonésia (1,22 milhões) e República Democrática do Congo (1,05
milhões) são os oito países acima do milhão de “escravos”, embora tal resulte do facto
de serem dos países mais populosos do mundo.

https://observador.pt/2018/07/19/existem-26-mil-escravos-modernos-em-portugal/
Desmantelada “a maior, mais ambiciosa e prolífica”
rede de escravatura moderna no Reino Unido

Prometiam-lhes casa e um trabalho a olho nu irrecusável, mas quando chegavam


ao Reino Unido, vindos da Polónia, percebiam que tinham sido enganados.
Dormiam em quartos sujos, em colchões sujos, com lençóis sujos, em casas sem
casa de banho, e quase todo o dinheiro que ganhavam, em trabalhos pesados em
centros de reciclagem, fábricas e quintas, servia para enriquecer o grupo de crime
organizado. Fez-se justiça esta semana, com a condenação dos seus membros a
penas de prisão, pelos crimes cometidos contra mais de 400 vítimas.

HELENA BENTO

Ajuíza do tribunal de Birmingham que ditou as sentenças considerou-a “a maior,


mais ambiciosa e prolífica” rede de escravatura moderna alguma vez
desmantelada no Reino Unido e as práticas e os métodos a que recorreram
durante anos não deixam dúvidas sobre a descrição.

O grupo de crime organizado, de que faziam parte pelo menos 18 polacos,


recrutava outros polacos através da Internet — em muitos casos, antigos
prisioneiros, sem-abrigo e pessoas com problemas de álcool — com promessas de
trabalho irrecusáveis a olho nu, que, na prática, não correspondiam senão a
trabalho servil em centros de reciclagem de lixo, quintas e fábricas de produção
animal.

Os membros do grupo controlavam as contas bancárias das vítimas (foram


identificadas 92, o mais novo com 17 anos e o mais velho, do sexo masculino, com
60, mas a polícia acredita que eram mais de 400, não tendo sido possível
encontrá-las, ou porque deixaram entretanto o país ou porque estavam
demasiado assustadas para prestar depoimento) e confiscavam-lhes quase todo
o dinheiro, tendo os trabalhadores apenas direito a 20 libras (cerca de 22 euros)
por semana.
WEST MIDLANDS POLICE

Além disso, obrigavam-nos a viver em condições degradantes em casas


abandonadas nas cidades de West Bromwich, Smethwick e Walsall: havia ratos
por todo o lado, os quartos eram demasiado pequenos para acomodar tanta gente,
os colchões, lençóis e mantas apresentavam marcas de sujidade (assim se vê nas
fotografias divulgadas) e não havia uma única casa de banho, tendo muitas vezes
os trabalhadores de tomar banho em canais. Quando uma das vítimas morreu,
por razões ou desconhecidas ou por revelar, o grupo escondeu os seus pertences
e os seus documentos de identificação para que a rede não fosse descoberta.

REDE FOI DENUNCIADA POR DUAS VÍTIMAS EM 2015


Isso mesmo acabaria, no entanto, por acontecer em 2015, depois de dois dos
trabalhadores terem fugido e denunciado a situação à organização Hope for
Justice, que tem sede em Manchester e a missão de combater o tráfico humano e
a escravidão moderna. As autoridades iniciaram uma investigação, que terminou
esta semana, com a condenação de 18 membros do grupo por tráfico, conspiração
e lavagem de dinheiro, a penas que vão dos três aos 11 anos de prisão.

Além de recrutar polacos em situação descrita como “vulnerável”, o grupo de


crime organizado chegou a contar com a colaboração de um funcionário de um
dos centros de emprego de Worcester, que criaria falsas ofertas de emprego para
candidatos que acabavam enleados na rede de escravatura. Citado pela BBC, o
líder da investigação policial considerou os atos dos membros do grupo
“repugnantes” e sublinhou a “pobreza e miséria” a que as vítimas foram
submetidas ao longo de vários anos.

Também revelou que muitas delas, quando se recusavam a trabalhar, “eram


violentadas ou ameaçadas de violência”, sendo-lhes dito que, se não
colaborassem, as suas famílias na Polónia seriam atacadas. A alguns foi dito,
aliás, que seriam levados para “a floresta” para cavar as suas próprias sepulturas.
Nick Dale, que conduziu a investigação, disse ainda que o grupo negou a ida ao
hospital a um trabalhador que teve um acidente, tendo o seu braço ficado com
lesões permanentes.
https://expresso.pt/internacional/2019-07-05-Desmantelada-a-maior-mais-ambiciosa-e-
prolifica-rede-de-escravatura-moderna-no-Reino-Unido

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