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CÁSSIO
CASAGRANDE
22/04/2019 12:10
Imagem: PIxabay
O equivalente ao código de
processo civil americano (Federal
Rules of Civil Procedure)
estabelece em sua regra 8 que as
petições devem ser “simples e
breves” (short and plain). Não raro,
os juízes determinam aos
advogados que sejam menos
prolixos e substituam as suas
petições por outras mais sucintas,
como já aconteceu na Justiça
Federal de Nova York, em decisão
do Juiz William Pauley III. A
Suprema Corte tem um
regulamento próprio e estabelece
em seu Regimento Interno (rule
33) um limite de nove mil palavras
para o writ of certiorari (equivalente
ao nosso “recurso extraordinário”).
Se o recorrente não apresentar sua
petição com precisão, brevidade e
clareza, o recurso poderá deixar de
ser conhecido (rule 14, 3 e 4).
Então, reduzir
compulsoriame
nte o tamanho
das petições
iria melhorar a
vida de todo
mundo.
Muitas pessoas
acreditam que é
na faculdade de
Direito onde se
aprende a
escrever uma
boa petição.
Não é.
O mais
importante
desses é o caso
Gideon v.
Wainwright,
372 U.S. 335
(1963), não só
porque o autor
recorreu sem
advogado, mas
porque esta
acabou sendo
uma das mais
importantes
decisões da
história da
Suprema Corte
no século XX –
ironicamente,
admitiu-se ali
pela primeira
vez a
imprescindibilid
ade do
advogado em
questões
criminais.
Em decisão
unânime, a
Corte modiecou
este
precedente,
para determinar
a
obrigatoriedade
de assistência
judiciária em
todo e qualquer
processo
criminal
perante a
Justiça dos
Estados.
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