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PSICOLOGIA, PRÁTICAS
EM ACONSELHAMENTO E
CAPELANIA CRISTÃS
GRADUAÇÃO
TEOLOGIA
MARINGÁ-PR
2010
Reitor: Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor: Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração: Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão: Flávio Bortolozzi
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“As imagens utilizadas nessa apostila foram obtidas a partir do site PHOTOS.COM”.
PSICOLOGIA, PRÁTICAS EM
ACONSELHAMENTO E CAPELANIA
CRISTÃS
Prof. Rubem Almeida Mariano
4 AUDITORIA DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO | Educação a Distância
SUMÁRIO
UNIDADE I
O QUE É PSICOLOGIA
UNIDADE II
EPISTEMOLOGIA DA PSICOLOGIA
UNIDADE III
AS RAÍZES DA PSICOPATOLOGIA
UNIDADE IV
TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE
UNIDADE V
ACONSELHAMENTO PSICANALÍTICO
ACONSELHAMENTO BEHAVIORISTA
ÉTICA E ACONSELHAMENTO
UNIDADE VI
Objetivos de Aprendizagem
• Constatar a importância do diálogo entre Teologia e Psicologia.
• Identificar o significado e o sentido do termo “Psicologia.”
• Conhecer, de forma introdutória, os fundamentos da Psicologia Científica.
• Distinguir as abordagens clássicas da Psicologia.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
Nesse particular, em nossos dias, há uma significativa demanda para a Teologia Prática, pois
vivemos tempos de novos paradigmas. Dessa forma, por que não dizer quais exigem maior
rigor e necessidades de atuação da Teologia?
Para dar conta do ementário proposto nessa disciplina, foram trabalhados os campos da
conceitual, da história, da cultura, do social e do religioso de corte cristão, sempre primando,
como pano de fundo, pelo diálogo intra-religioso, sem dar ênfase a esta ou àquela doutrina ou
confissão cristã determinada.
Essa opção não tira, em nada, o brilho e a riqueza das elaborações e contribuições da Teologia
Prática para ação evangélica nessa área. Pelo contrário, acredita-se que esse procedimento,
na verdade, marca de forma indelével o respeito e o entendimento que os conhecimentos
devem realmente exercitar, no contexto acadêmico, para o melhor conhecimento do objeto de
estudo comum entre esses dois saberes.
Em relação aos objetivos a serem alcançados nesta disciplina, procurou-se atender às três
áreas enfatizadas pela pedagógica e didática, a saberem: cognitivo, afetivo e motor. Nessa
seqüência e sentido, foram sendo elaborados os estudos, tema a tema, para que o aluno ou
a aluna, ao final desta disciplina, tenha condições de ver e refletir sobre os conhecimentos
necessários para o exercício da Teologia, em especial, nas áreas do aconselhamento e
capelania cristãs.
Sem entrar em maiores detalhes, o objetivo desse texto, e, também uma das justificativas, é de
estudar sobre Psicologia, Aconselhamento e Capelania Cristãs, em vez de ficar em exaustivas
considerações sobre essas questões. Neste trabalho, parte-se do pressuposto que o ser
humano, conforme Casera (1985) é ponto de encontro da Teologia e da Psicologia, ou seja,
tudo aquilo que é próprio da existência humana tem relação com ambas e, por sua vez, ambas
devem se ocupar, principalmente, no entendimento e em dar as devidas respostas.
Nesse sentido, toda Teologia é prática, como bem observa Sathler-Rosa (2004), porque
procura ressaltar o compromisso eclesial da Teologia. Esse mesmo autor questiona: “Mas não
seria o especifico da elaboração teológico-pastoral fazer correlação existência/teologia? (...)
toda teologia, independente de sua especialização, é teologia prática, isto é, o teologar tem
sempre uma relação com o cotidiano e com a igreja...” (p.59).
Portanto, a teologia prática está marcada, indelevelmente, pela existência humana e suas
questões mais básicas, do cotidiano, do hoje, do aqui, da contemporaneidade, das angústias
e das dores do ser humano, no seu contexto, à luz dos fundamentos bíblico-teológicos da
tradição cristã.
Nessa perspectiva, Sathler-Rosa (2004) entende que deve haver reciprocidade entre teologia
e a ação cristã, no mundo. Isso quer dizer que a Teologia Prática deve abrir canais de diálogo
com as ciências sociais e outras, de forma mais ampla, e de maneira mais objetiva, como é o
caso da Psicologia, quando o assunto, por exemplo, é o comportamento humano.
Portanto, compreende-se que o diálogo é necessário e salutar, tanto para Teologia quanto para
a Psicologia. Nesse sentido, as publicações interdisciplinares ou transdisciplinares reafirmam
a riqueza entre esses dois conhecimentos. Especialmente, na área do aconselhamento e da
capelania cristã, em que nota-se um diálogo enriquecedor.
O que é Psicologia? Esta é, quase sempre, a primeira pergunta que alguém se faz quando
se depara ou se interessa, ou, ainda, começa a estudar mais detidamente o conhecimento
psicológico. A pergunta é aparentemente simples, mas guarda significativa complexidade.
Por exemplo: quando observamos um novo objeto, temos certa tendência em determinar sua
compreensão futura a partir das primeiras referências construídas ou obtidas. A questão, então,
tem a ver com o sentido mais apropriado, que pautará uma compreensão inicial adequada
para dar conta, por exemplo, de entender esse termo “Psicologia” e, assim, acompanhar, na
realidade, na trama do dia-a-dia da história esse conhecimento, como foi se constituindo.
Por isso, dizer que Psicologia é tratar da alma, porque vem do grego psyché, “alma” + lógos,
“tratado”, não ajuda absolutamente em nada o seu entendimento. Ou, ainda, compreender
Psicologia sob o manto do significado apresentado nos dicionários como: “estudo científico
do pensamento, da percepção, da emoção, da aprendizagem e do comportamento dos seres
humanos e das suas relações e interações com o ambiente físico e social” (Dicionário on-
line Priberam, 2008), também não ajuda muito. Observa-se que esses significados expostos
nos dicionários passam a ideia de palavras soltas, seguidas de outras palavras que também
carecem de explicação para dar o devido sentido. É um caminho sem fim.
É bom afirmar, logo de início, para quem se aproxima desse conhecimento, que a Psicologia é
um conhecimento riquíssimo, vasto, complexo e com objetivos nobres, pois é construído pela
humanidade.
Um estudioso da Psicologia atual, chamado Figueiredo (2000), para explicar o que vem a ser o
conhecimento psicológico, usa de um recurso ilustrativo (imagem). Ele compara a Psicologia,
enquanto conhecimento, a um Arquipélago. Na língua portuguesa, arquipélago é o coletivo
de ilhas. Psicologia, portanto, usando dessa imagem, é um conhecimento variado (ilhas) na
sua forma, mas que, na sua essência, está ligada, de maneira indissociável, a um tronco
Tal entendimento de Psicologia demarca esse conhecimento no campo das Ciências Humanas,
vinculado a outros saberes necessários, por exemplo, as Ciências Sociais, Naturais e Exatas.
Segundo Teles (1991), nos séculos XVIII e XIX, a mente era objeto de estudo por parte
dos filósofos. Duas grandes correntes dominavam nesse período: O empirismo inglês e o
racionalismo alemão.
O empirismo inglês acreditava que todo conhecimento se baseava nas sensações: os órgãos
dos sentidos recebiam a estimulação do mundo exterior e os nervos a conduziam ao cérebro,
o resultado era a percepção dos objetos, base de todo conhecimento. Segundo John Locke,
a pessoa nasce com uma mente como uma tabula rasa, uma página em branco, em que a
experiência e a percepção sensorial inscrevem todo o conteúdo.
Contudo, Segundo Figueiredo (2000), é com Wundt (1832-1920) que a Psicologia se torna
Ciência Independente, no seguinte sentido: na criação de instituições destinadas à pesquisa e
ao ensino da psicologia, e na formação de inúmeros psicólogos.
Outra maneira é por meio da análise dos fenômenos culturais – como a linguagem, os sistemas,
os mitos etc. Segundo Wundt, manifestam-se os processos superiores da vida mental - como o
pensamento, a imaginação etc. (FIGUEIREDO, 2000).
Tanto Japiassu (1977) quanto Figueiredo (2004) tratam sobre essa problemática ressaltando
essa diversidade como sendo própria do conhecimento psicológico. Diante disso, Figueiredo
(2004) chega a afirmar que Psicologia é um conhecimento de “natureza dispersa”, mas que
encontra na subjetividade seu ponto de convergência fundante.
A partir da Psicologia Científica, com Wundt, no século XX, foram formadas escolas
psicológicas: Estruturalismo, Funcionalismo, Behaviorismo, Gestalt e Psicanálise. Segundo
Wertheimer (1989), essas escolas tiveram convicções particulares a respeito da definição e
da tarefa da Psicologia, bem como métodos adequados à execução dessa tarefa. Wertheimer
(1989) compreende, respectivamente, os seguintes objetivos dessas escolas:
a) Estruturalismo - descobrir tudo a respeito do conteúdo da mente e a estudava por intro-
specção.
A seguir, vejamos uma tabela que apresenta uma visão sintética de onde se encontram as
cinco escolas a respeito de algumas das importantes idéias da época:
Unidade de Estudo Elementos mentais Elementos mentais e Elementos S-R Antielementos (os Elementos e
processos conjuntos naturais ou processos
adaptativos gestalten)
Propósito: Pura ou Pura Pura e aplicada Pura e aplicada Preponderantemente Mais aplicada do que
aplicada? pura pura
Explicação Ligações fisiológicas Porquês e para quês Ligações fisiológicas Campos fisiológicos Impulsos biológicos?
fisiológica fisiológicos
d) Atenção dada aos fenômenos observáveis, mensuráveis, pela influência que o meio ambi-
ente exerce no indivíduo, e pela rejeição de toda introspecção.
Para Kahhale (2002), a Psicanálise vai além do entendimento positivista da época. Tem
caráter hermenêutico, compreensivo. As regras de interpretação da Psicanálise têm um
carácter próprio, uma vez que essa teoria atravessa a fronteira do biológico e vai à busca da
interpretação dos símbolos. Freud foi influenciado, dentre outros, pelo filósofo alemão Franz
Brentano (1838-1917).
Freud relacionou esses desejos reprimidos como sendo de natureza sexual, a libido. Ao
longo da vida de uma pessoa, esses desejos são lançados ao inconsciente e, com isso, são
esquecidos. Esses desejos se manifestam na realidade do dia-a-dia através dos sintomas
neuróticos, de forma simbólica. Sendo assim, mediante a Associação Livre, a pessoa chegaria
a acessar o inconsciente, onde residem esses desejos reprimidos, recalcados e, uma vez
sendo identificados, perderiam sua força causadora de sofrimento psicológico.
A Psicanálise é uma abordagem que tem diversas ramificações. De seu inicio até aos nossos
dias, fazem parte de seus estudos nomes como de: Alfred Adler (1870-1937), austríaco; Carl
Gustav Jung (1875-1961), suíço; Sandor Ferenczi (1873-1933), húngaro; Melanie Klein (1882-
1960), austríaca; Harry Stack Sullivan (1892-1949), norte-americano; Jacques Lacan (1901-
1981); Wilfred Ruprecht Bion (1897-1979), indiano; Donald Winnicott (1979-1983), inglês.
Por fim, a abordagem psicológica da Gestalt surge na Alemanha, por volta de 1910-1912.
Diferentemente das outras duas escolas, essa abordagem foi constituída a partir de vários
teóricos e não apenas de uma única personalidade, como Freud, na Psicanálise; ou Watson,
no Behaviorismo Metodológico. Seu elaborador inicial foi Max Wertheimer (1880-1943),
depois houve as contribuições Kurt Koffka (1886-1941) e Wolfgang Köhler (1887-1967). No
entendimento de Figueiredo e Santi (2000), essa abordagem partia da experiência imediata e
adotava, como procedimento para a captação da experiencia tal como se dava ao sujeito, o
método fenomenológico.
Diante disso, Freire (2002) observa “que não são as partes que determinam à natureza do todo,
mas sim, a natureza das partes é determinada pelo todo. As características e as qualidades
das partes dependem da relação entre as partes e o todo e ainda do lugar e da função, que
cada uma tem nesse todo.” (p.116).
Nesse sentido, observa Freire (2002) a Gestalt “interessou-se pela problemática da figura-
fundo. Toda a percepção é composta de figura e fundo e cada objeto é um todo. Uma unidade
com uma configuração delimitada chama-se figura, em comparação com o espaço que a
envolve e que lhe serve de fundo.” (p.117).
É importante considerar que, das três escolas apresentadas, a gestalt deixou de existir como
escola psicológica, diferentemente do Behaviorismo e da Psicanálise, desde os meados do
séc. XX. Contudo, continua presente nos campos aplicado à psicologia, principalmente na
educação, psicoterapia e aconselhamento como Gestalt-terapia.
1. Qual a posição do autor sobre o diálogo entre Teologia Prática e Psicologia? Ele é a favor
ou contra? Comente.
EPISTEMOLOGIA DA PSICOLOGIA
Prof. Rubem Almeida Mariano
Objetivos de Aprendizagem
• Desenvolver um espírito crítico.
• Constatar os tipos de epistemologias em Psicologia.
• Diferenciar as abordagens da Psicologia.
• Relacionar as possíveis conexões epistemológicas das abordagens.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
Este último livro trata, por sua vez, no capítulo: “Convergências e divergências: a questão das
No primeiro, a pessoa tranca-se dentro de suas crenças e ensurdece para tudo que possa
contestá-las. No segundo, indiscriminadamente, todas as crenças, métodos, técnicas e
instrumentos disponíveis, de acordo com a sua compreensão, são utilizados para atender a
prática. Essas duas defesas têm algo em comum contra a angústia, pode-se compreender que
ambas bloqueiam o acesso à experiência tão necessária ao conhecimento.
Isso quer dizer que a pessoa que não experiência o pensamento psicológico não desenvolve
o seu próprio ato de conhecer, pois não tem experiência própria, por exemplo. O que é
experimentar efetivamente senão entrar em contato com a alteridade? pergunta Figueiredo
(2002). Ele responde, observando, por fim, dois aspectos. O primeiro é de que deve haver
uma atitude necessária ligada aos movimentos construtivos e reflexivos. O segundo, cita
Heidegger: “Fazer uma experiência como o que quer que seja, uma coisa, um ser humano,
um deus, isto quer dizer: deixá-la vir sobre nós, para que nos atinja, nos caia em cima, nos
transforme e nos faça outro”.
PSICANÁLISE: UM CONHECIMEN-
TO SIMBÓLICO
As regras de interpretação da psicanálise têm um carácter próprio, uma vez que essa
teoria atravessa a fronteira do biológico e vai à busca da interpretação dos símbolos. Outra
ruptura dá-se devido o objeto de estudo da Psicanálise: o inconsciente. Diferentemente dos
parâmetros positivistas e científicos, a obra de Freud opõe-se, também, ao empirismo (ROSA,
E. Z.; RIBEIRO, A. M. E MARKUNAS, M., 2002).
Segundo as autoras Rosa, E. Z.; Ribeiro, A. M. e Markunas, M., 2002, foi Brentano quem
desenvolveu a Psicologia do Ato, que consiste em estudar a atividade mental como processo,
ou seja, importante não seria o conteúdo em si de qualquer atividade mental. Vale, portanto, a
experiência de ver, falar ou ouvir e não o conteúdo desses atos. O fundamental é o ato e não
o conteúdo das experiências mentais.
Diante disso, o projeto freudiano, em sua prática, é estudar, como objeto, o inconsciente
humano (teoria do id, ego e superego), o qual pretente atingir, pela observação mediante o
método de associação livre, atenção flutuante, análise dos sonhos, dos chistes, atos falhos,
dentre outros. O inconsciente, por conseguinte, seria observado, não de forma direta, mas
como instância real, investigado pelas suas manifestações, modo que pode ser utilizado para
observação e o conhecimento da estrutura psíquica humana.
Conforme as autoras Rosa, E. Z.; Ribeiro, A. M. e Markunas, M., 2002, Freud utilizava
experiências vivenciadas a partir do inconsciente, experiências estas que são percebidas
através da observação de fatos mentais como os sonhos ou associações livres, a respeito de
determinada temática emergente no processo terapêutico. Ele se ocupa do que é vivido pelo
sujeito, como percebido, assimilado, processado, e quais são seus produtos. Daí a formulação
do inconsciente como objeto de estudo.
Kahhale (2002) observa que os estímulos, assim como as respostas, podem ser simples ou
complexos. Os estímulos podem ser objetos físicos do meio ambiente ou uma situação mais
ampla, um agrupamento de estímulos específicos. Portanto, o comportamentalismo se ocupa
do comportamento do organismo inteiro com relação ao seu ambiente.
A Psicologia de Watson, diferentemente de seu tempo, prega uma libertação total das noções
mentalistas e de métodos subjetivos. Ele pretendia que a Psicologia fosse tão objetiva como
a Física. Por fim, Watson enfatiza a influência do ambiente sobre o comportamento dos
organismos (KAHHALE, 2002).
Já o behaviorismo de Skinner era radical, pois não aceitava as idéias mentalistas para explicar
o comportamento humano. Skinner, de escritor romancista a pesquisador renomado, sofreu
influência da filosofia de Russel (1927), da teoria da evolução natural de Charles Darwin,
do mecanicismo funcional que evidenciava as relações entre sensações, e de eventos
comportamentais e não mais causa e efeito (modelo newtoniano).
Devido às influencias da teoria da evolução, Skinner também re-elaborou sua teoria para dar
conta em compreender o comportamento humano, o qual é, para ele, altamente complexo.
Diante disso, ele desenvolve a teoria da tríplice determinação ambiental indissociável: a
espécie (filogenética), a vida do individuo (ontogenética) e a cultura (práticas culturais). Para
concluir essa parte, observe o comentário de Kahhale (2002) sobre as implicações dessa nova
elaboração de Skinner:
Isso implica uma mudança nos métodos e procedimentos para conhecer, pois a
fragmentação e isolamento, bem como a simples observação direta não permitem
entender a complexidade que o comportamento humano assume. O ambiente passa
a ser definido de maneira mais ampla e dinâmica, não é simples detonador de
comportamentos, mas sim, onde se modula e se seleciona os comportamentos. Este
modelo de seleção pelas contingências empresta unidade metodológica e epistemológica
ao estudo do comportamento: ele opera em todos os eventos comportamentais e em
todas as espécies (p.106).
A Psicologia Humanista foi constituída, de forma mais cristalina, na década de 60. Suas
elaborações mais recentes estão localizadas em meio às guerras, lutas pelo poder,
manipulação e morte, bem como no auge do poder positivista. Sua preocupação, ou seja,
em uma linguagem científica, seu objeto de estudo é o ser humano. Segundo Rosa, E. Z. e
Kahhale, E. M. P. (2002), para alguns teóricos, essa psicologia não é considerada uma escola,
do ponto de vista da Filosofia da Ciência, mas uma grande experiência que tem influência de
filósofos, como: Sören Kierkegaard (1813 – 1855), Edmundo Husserl (1859-1938) e Henri-
Louis Bérgson (1859-1941). Também tem influência de psicólogos, como: Carl Rogers (1902-
1987), Maslow (1908 -1970) e Rollo May (1909-1994).
A segunda idéia distintiva na filosofia de Bérgson é a seguinte: o ser humano e seu psiquismo
são marcados pelo “eu de superfície”, assim ele caracteriza-se por ser estático, mecanizado
e restrito ao que poderia ser denominado “eu social” do indivíduo, e pelo “eu profundo”, o
qual se caracteriza por sua duração pura e irreversível, em permanente mudança qualitativa
e irrepetição continua que mantém sua identidade por intermédio da memória (livre-arbítrio).
• O estudo de tudo o que tenha relevância para a condição humana (WILLIAM JAMES).
O presente item será desenvolvido a partir das idéias compiladas do texto “Psicologia Sócio-
O nome que se destaca é o de Vygotsky (1896-1934). Ele faz críticas à Psicologia, em especial,
à soviética, que se estabelecia dentro da lógica dualista: objetividade “versus” subjetividade
ou interno “versus” externo. Também, a partir, ora de um modelo elementarista, negando a
consciência, ora a partir de modelos subjetivistas, considerando a consciência e os processos
interiores desvinculados das condições materialistas que os constituíam.
A proposta de Vygotsky era construir uma Psicologia guiada pelos princípios e métodos do
materialismo dialético, de modo que sua produção se destinava à descrição e explicação da
construção e desenvolvimento do psiquismo e comportamento humano, a partir das funções
psicológicas superiores (pensamento, linguagem e consciência), guiando-se pelo princípio da
gênese social da consciência.
Sendo assim, para a concepção sócio-histórica, não há natureza humana apriori. O humano se
constitui pela relação do ser humano com a realidade, não só enquanto meio social imediato,
mas como processo cultural historicamente produzido. A condição humana é construída,
sócio-historicamente, nas relações sociais e na ação dos seres humanos sobre a realidade.
Dentro dessa concepção, o ser humano é um ser ativo, histórico e social. O ser humano é,
essencialmente, um ser social;
A linguagem e os símbolos que emergem das relações sociais mediam o ser humano, o seu
psiquismo e a sua realidade. Sendo, assim, a matéria prima da consciência são a linguagem e
os signos. São o signo e a atividade que constroem a consciência. Para Vygotsky, a atividade
é semioticamente mediada, sendo preenchida por significações que constroem a subjetividade
humana.
O psiquismo humano é construído na relação dialética que o ser humano estabelece com o
meio, em sua dimensão social e histórica. Ele está, intrinsecamente, ligado à realidade deste
sujeito com a realidade, e, também, ao processo de apropriação e construção de signos
ATIVIDADE DE AUTO-ESTUDO
Objetivos de Aprendizagem
• Conhecer as raízes históricas da Psicopatologia.
• Definir o campo de estudo da Psicopatologia.
• Identificar os principais fundamentos e sintomas em Psicopatologia.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
A partir do século XVII, com os avanços da medicina nos campos da fisiologia e anatomia,
os problemas mentais seriam entendidos como provenientes do funcionamento anormal do
organismo. A loucura, assim, perde seu caráter mágico.
Quem estuda Psicopatologia deve estar preparado para a complexidade do tema (PAIM,
1993). Hoje, ela goza da qualificação de ciência, contudo esse caminho foi e ainda é ardoroso.
Por exemplo, não é fácil descobrir a origem do termo.
Segundo Miranda-Sá Jr. (2001), psicopatologia se difere da psiquiatria, pelo objeto de estudo
e método. Enquanto aquela estuda os aspectos diagnósticos das perturbações mentais
mediante, inicialmente, o método fenomenológico; esta, por sua vez, estuda de forma
sistemática as enfermidades mentais, nos seus aspectos relacionais e terapêuticos, através
do método experimental.
Foi com o filósofo Karl Jaspers, em 1913, no livro Psicopatologia Geral, que a Psicopatologia
foi sistematizada. Jaspers compreendia que a psicopatologia deveria cuidar, unicamente, da
atividade cognitiva científica descritiva. Ele era um fenomenista.
Atualmente, conforme observa Miranda-Sá Jr. (2001), a psicopatologia tem como objetivo
estudar e explicar as relações recíprocas que se estabelecem entre os estados mentais
e os comportamentos de um lado, e as enfermidades de outro. Para que a psicopatologia
tenha condição de desenvolver essa atividade, ela precisa das ciências de apoio, como as
neurociências, as ciências sociais e as humanas.
Miranda-Sá Jr. (2001) observa que, por causa das características do objeto de estudo da
psicopatologia, os fenômenos e processos psíquicos transtornados patologicamente (nesse
sentido o termo que melhor define esse campo de estudo é psicologia do patológico como já
foi observado por Paim (1993) no livro: “História da Psicopatologia”), a psicopatologia deve ser
considerada como uma ciência de transição, situada na intersecção de quatro mundos em que
ela serve-se e beneficia a todos, são eles:
b) O mundo social.
c) O mundo da saúde.
d) O mundo da doença.
Este item da presente unidade está baseado em dois capítulos do livro “Psicopatologia e
Psiquiatria Básicas”, que têm como autor Geraldo José Ballone (2004).
Esses termos, inicialmente, parecem fáceis de ser entendidos, contudo em psiquiatria há uma
forte complicação. Vejamos:
DOENÇA MENTAL
É comum, popularmente, julgar a sanidade mental de uma pessoa à obediência aos familiares,
o sucesso no sistema de produção, a postura sexual etc. Contudo, a doença mental deve ser
compreendida, fundamentalmente, como uma variação mórbida do normal, ou seja, variação
esta capaz de produzir prejuízo no desempenho global da pessoa e/ou nas pessoas com quem
convive.
Quem corrobora com essa ideia é Ballone (2008) ao caracterizar o quadro de doença mental:
Um bom exemplo é relacionar duas pessoas, sendo que a primeira tem um rompante de furor
e a segunda é acometida por uma reclusão total (isolamento em um quarto, há dois dias).
Aparentemente, o primeiro é mais doente do que o segundo. Contudo, um rompante pode ser
passageiro, enquanto o segundo pode levar à morte.
Principais sintomas
b) Sintomas de pensamentos.
c) Sintomas de sensopercepção.
Do ponto de vista patológico, a afetividade pode sofrer alterações, e estas serem patológicas.
É o caso da hipertimia. São considerados, por alguns autores como sendo afetos agradáveis,
pois apresentam uma afetividade de prazer, confiança e felicidade. Contudo, quando a
pessoa está nesse estado, ela pode desenvolver a euforia. Esse estado afetivo expansivo
se manifesta por um estado mórbido e sem base real de completa satisfação e felicidade. A
pessoa apresenta as seguintes características:
a) Alterações no curso e aceleração do ritmo do pensamento.
b) Loquacidade.
e) Excitação sexual.
h) Fala muito.
Exemplo de juízo:
Exemplo de raciocínio:
João é homem.
Exemplo: Uma pessoa eufórica tem pensamentos acelerados e uma pessoa deprimida tem
pensamentos bem lentos.
Definição de fuga de idéias: é uma expressão do pensamento, que se caracteriza por variação
incessante do tema e dificuldade importante para se chegar a uma conclusão.
Exemplo: “Eu não gosto de batatas, mas acho que em São Paulo o clima é melhor. Por que o
senhor não compra um carro novo?”
Exemplo: “Então a minha mãe corria atrás da gente com uma faca, ai eu ia buscar a Genizinha
que sabia benzer ela, então chegava e benzia e minha mãe corria atrás da gente com uma
faca, ai eu ia buscar a Genizinha que sabia benzer ela, então chegava e benzia minha mãe
que corri atrás da gente...”
Exemplo de Delírio de Perseguição: “a pessoa percebe o ambiente como hostil, acredita ser
perseguido por pessoas ou entidades que o querem prejudicar, ferir ou mesmo matar.”
É importante observar que esses dois elementos atuam dentro de uma condição de
aprendizagem, em que a pessoa, previamente, tem o conhecimento, por convenção social. Por
exemplo, uma pessoa em estado de inércia, imóvel, em um sofá da sala, após ser chamada
e sacudida por outra pessoa, por um tempo convencional aceitável, e não responde, pode-
se concluir que esta pessoa está tendo algum tipo de problema. Veja como estão presentes
sensação e percepção nesse exemplo.
Patologicamente, as alucinações auditivas são aquelas em que a pessoa ouve vozes bem
definidas como um diálogo, comentários, críticas, infâmias, difamações. Essas vozes
comumente advêm do mundo sobrenatural, de demônios ou de deuses, exemplo típico são
aquelas vozes de comando: “... faça isso ou aquilo nesse exato momento, agora!...”. As visuais,
por sua vez, são percepções de objetos que não existem, mas que, para a pessoa que alucina,
são verdades absolutas que não podem ser questionadas em hipótese alguma. Exemplo: “Ver
uma cobra ficar em pé e sair andando tranquilamente no meio de outras pessoas”
ATIVIDADE DE AUTO-ESTUDO
2. Explique como se chega a um diagnóstico sobre a doença metal, a partir dos critérios es-
tatístico e valorativo.
Objetivos de Aprendizagem
• Definir as estruturas e os transtornos da Personalidade.
• Apontar as características das estruturas e dos transtornos de Personalidade.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
A justificativa, por ora, desse conhecimento é um requisito fundamental para quem, de uma
maneira ou de outra, almeja ou desenvolve a prática do aconselhamento, em especial o
pastoral.
Por sua vez, para Ballone (2005), “Psicoses são distúrbios psiquiátricos graves onde o paciente
perde contato com a realidade, emite juízos falsos (delírios), podendo também apresentar
alucinações (ter percepções irreais quanto à audição, visão, tato), distúrbios de conduta levando
à impossibilidade de convívio social, além de outras formas bizarras de comportamento.” (In:
<www.psiqweb.med.br>)
Por fim, do ponto de vista nosológico, há diversas psicoses, dentre as quais destacamos:
as orgânicas (comprometimento cerebral), do envelhecimento (Alzheimer), alcoólicas (delirium
tremens); psicoses puerperais (durante e após a gravidez); psicoses funcionais (esquizofrenia,
afetivas, estados paranóides e psicoses reativas ou situacionais).
Fonte: PHOTOS.COM
Neurótico Psicótico
A realidade tem o mesmo significado, A realidade tem significados
com exceção de aspectos específicos. diferentes, é mudada pela pessoa.
A linguagem não está perturbada. A linguagem é alterada e expressa
diretamente os conteúdos
conscientes do pensamento.
As manifestações inconscientes não As manifestações inconscientes são
ultrapassam a expressão simbólica. vividas na realidade, há uma
regressão primitiva.
Por fim, Ballone (2008) apresenta as seguintes diferenças entre Neuroses e Psicoses, nos
seguintes termos:
A grosso modo, podemos dizer que Neuroses são alterações quantitativas dos fenômenos
psíquicos, capazes de produzir sofrimento e/ou prejuízo na maneira da pessoa viver. Isso
significa que os neuróticos não apresentam nenhuma novidade ou nenhuma característica
psíquica que não exista nas pessoas normais em quantidades mais adequadas. Ansiedade,
angústia, sentimentos depressivos, idéias com tendência obsessivas, teatralidade, medo,
etc., são ocorrências psíquicas normais mas nos neuróticos elas estariam exageradamente
Por volta da década de 30, o diagnóstico de Borderline foi apresentado para rotular paciente
com problemas que pareciam se situar entre a neurose e a psicose (Beck, Freeman e Davis,
2005). Com o passar dos tempos, o termo foi se desenvolvendo marcado por um “quê”, como
se fosse uma entidade vaga e imprecisa. Contudo, Dalgalarrondo e Vilela (1999) observam
que, atualmente, esse transtorno tem conquistado outra compreensão e deixado àquela ideia
de uma síndrome relativamente vaga de estados intermediários, de neurose-psicose, para ser
um distúrbio específico de personalidade, no qual comportamentos impulsivos, autolesivos,
sentimentos de vazio interno, e defesas egóicas muito primitivas seriam predominantes.
Para Dalgalarrondo e Vilela (1999), a fim de precisar o diagnóstico, deve-se ter em mente
que o típico do transtorno de personalidade borderline são os seguintes fenômenos clínicos:
sentimentos crônicos de vazio, impulsividade, automutilação, episódios psicóticos de curta
duração, tentativas manipuladoras de suicídio e, freqüentemente, relações interpessoais muito
conturbadas e insatisfatórias.
6. São pouco capazes de se empenharem em uma tarefa com persistência e acuidade. De-
sistem do esforço e circulam em torno daquilo que é preciso fazer, mas não fazem.
7. Essa personalidade é uma peça de teatro onde os atores coadjuvantes estão sempre es-
perando ele: o ator principal. Trata-se de um ego que não tolera o vazio, a separação, a
ausência, não sabe superar, com equilíbrio, os conflitos.
Personalidade Explosiva – Outros termos que denominam essa personalidade são: epiléptico
e epileptóide. A marca principal é que o comportamento habitual dessa pessoa é de uma
explosão de raiva com agressividade verbal e física. São pessoas de fácil excitação diante de
um ambiente em que não são capazes de se controlarem. Após as atitudes explosivas de raiva
e agressão, sobrevém arrependimento e culpa. São pessoas que se escondem atrás de uma
máscara de condições normais de vida, a egocentricidade, o pedantismo, a circunstancialidade
e a religiosidade.
A história de vida dessas pessoas é marcada por relacionamentos perturbados, desde a infância,
com traumas de separação e abandono por parte dos pais e de adultos significantes. Esses
traços parecem estar mais associados às mulheres, contudo também têm se desenvolvido em
homens que têm uma sexualidade frágil.
Essas pessoas, geralmente, são de lares desarmônicos, quase sempre filhos não desejados
e ilegítimos. A mãe é figura sofrida, tem conflitos no casamento, muitas vezes chega a se
separar. Quase sempre a criança é abandonada aos cuidados dos outros, passando de um
para o outro constantemente devido aos problemas que ocorrem.
Psicanaliticamente, essa personalidade tem pontos de contato com os tipos de carácter oral
e sádico-anal, marcados por um ambiente exigente e sem o devido enfrentamento (atitude de
passividade) por parte da pessoa, o que leva à regressão.
Possivelmente, a origem dessa personalidade está associada a uma dinâmica familiar em que
prevaleceu a dependência nas relações, entre pais e filhos ou entre os cônjuges.
4. Em sua opinião, a partir dos estudos sobre transtornos de personalidade, há alguma rela-
ção entre os transtornos de personalidade obsessivo-compulsiva e histérica com os com-
portamentos religiosos fanáticos?
Objetivos de Aprendizagem
• Conceituar aconselhamento psicológico.
• Conhecer as teorias de aconselhamentos em Psicologia.
• Identificar as fases do aconselhamento.
• Apontar as características do conselheiro eficiente.
• Refletir sobre ética no aconselhamento.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
Contudo, é com Carl Rogers, em 1942, que o aconselhamento ganha sentido de um serviço
de ajuda humana, principalmente na assistência social e na educação. A abordagem rogeriana
enfatizava o potencial de cada individuo e definia o papel do conselheiro como facilitador do
crescimento pessoal (PATTERSON E EISENBERG, 1995).
Quem faz uma boa síntese histórica do termo é a estudiosa do assunto, Scheeffer (1989), ao
afirmar:
Tradicionalmente, o termo aconselhamento foi usado em conexão a varias situações,
tais como: fornecer informações, dar conselhos, criticar, elogia, encorajar, apresenta
e sugestões e interpretar ao cliente significado do seu comportamento. Na realidade,
a apalavra aconselhamento foi empregada na sua evolução para designar atividades
que variam de punição e coerção a relação permissiva que proporciona a liberação
emocional do indivíduo e facilita o seu desenvolvimento. À medida que as suas
técnicas se tornaram mais elaboradas e a sua aplicação ampliada, constituindo, como
já dissemos um novo ramo da psicologia científica, as definições de aconselhamento
sofreram idêntica evolução (SCHEEFFER, 1989, p. 12).
Por fim, os autores assinalam que o aconselhamento deve resultar em comportamento livre e
responsável, sendo acompanhado de capacidade para compreender e controlar a ansiedade.
Atualmente, existe literatura clássica que aborda sobre o assunto, em língua portuguesa,
dentre as quais se destacam os seguintes autores: Scheeffer (1980 e 1985), Corey (1983) e
Patterson e Eisenberg (1988). O texto a seguir estará fundamentado nas idéias de Patterson
Assim, fica a indicação de uma leitura mais aprofundada no que concerne à prática em
aconselhamento, o texto de Corey (1983), que, de forma sistemática, apresenta técnicas
associadas às devidas abordagens teóricas, possibilitando o devido aprofundamento inicial.
b) Coerência ou autenticidade – ser como você parece, sempre coerente, digno de confiança
no relacionamento.
ACONSELHAMENTO GESTÁLTICO
Inicialmente, o conceito central é a idéia de todo. Essa idéia traduz o termo Gestalt, de
forma bem elementar. Nesse sentido, o todo é mais importante que a soma das partes para
essa abordagem. O ser humano funciona como um todo sempre em busca de equilíbrio. O
desequilíbrio é proveniente das ameaças externas e pelos conflitos internos. Sendo assim, cabe
ao aconselhamento preservar o equilíbrio entre todas as áreas da vida de uma pessoa, dentre
elas, as fisiológicas e as psicológicas e, ainda, nessa abordagem, não há comportamento
“ruim” ou “bom”, mas comportamento “efetivo” ou “inefetivo”.
• Etapa de contato final. Nessa fase a percepção, a ação e o sentimento caminham juntos.
Primeiro: se a pessoa, por seu insuficiente contato com o ambiente, não olha para a pessoa
com quem fala, nem olha para os objetos que descreve e, em geral, lhe passam despercebidos
todos os seus gestos, seus movimentos, seu tom de voz, e, consequentemente, seu contato
com o ambiente fica reduzido e seu dar conta, através de um dos mais importantes sentidos
com a vista, lhe passa despercebido;
Terceiro: a repressão – quando a pessoa, por diversos motivos inibe sua expressão, a qual se
dá através do seu organismo, através do processo muscular. A repressão é um dos principais
mecanismos que impedem a formação de gestalts.
Por fim, as técnicas usadas pelo conselheiro da Gestalt visam trazer experiências “passadas e
distantes” para o “aqui e agora”, como a dramatização, jogos de exageração e do “eu assumo
responsabilidade”, dentre outras. É importante ressaltar que compete ao conselheiro chamar a
atenção do cliente para as tentativas de defesas como imposturas, mas sim incentivá-lo a ter
uma postura autêntica que reflita seu estado interior, o que não é algo simples.
ACONSELHAMENTO PSICANALÍTICO
A Psicanálise foi uma criação de Sigmund Freud (1856-1939), que nasceu em Freiberg,
Moravia, no império austro-húngaro (hoje Pribor, Checoslováquia). Estudou na Universidade
de Viena em 1873, primeiro fez filosofia e depois medicina, e se especializou em fisiologia
nervosa.
Inicialmente, a Psicanálise não estava voltada para o aconselhamento, após Rogers ela toma um
novo rumo. Nesse sentido, a psicanálise se constitui um processo de ajuda minucioso e longo,
que colocava bastante ênfase no desenvolvimento psicossexual do cliente. Segundo Patterson
e Eisenberg, (1995), o aconselhamento e a psicoterapia, orientados psicanaliticamente, são as
práticas mais adotadas de ajuda humana.
b) O inconsciente é uma das idéias mais importantes da teoria psicanalítica, em que o indi-
viduo não tem consciência de grande parte do seu processo mental e da atividade mental
por ser inconsciente.
d) Por fim, os mecanismos de defesa são responsáveis em “proteger” o ego quando este
não dá conta. É quando a pessoa se encontra em estado de ansiedade, o qual ameaça a
sua estrutura psíquica. Por fim, os mecanismos de defesa atuam para reduzir e suavizar a
tensão do ego diante das incursões das energias do id e do superego. Os mecanismos de
defesa são: racionalização, projeção, sublimação, formação reativa, negação, regressão,
repressão, deslocamento, isolamento.
ACONSELHAMENTO BEHAVIORISTA
O processo de aconselhamento behaviorista tem sua ênfase na definição clara dos objetivos,
como por exemplo: se uma pessoa quer ter um melhor relacionamento com os pais, então, um
objetivo claro seria: “jantarei em casa pelo menos quatro noites por semana e farei tudo o que
posso para ter, em boa parte de minha vida, conversas agradáveis com eles”.
Aconselhamento é um encontro. Esse encontro, por sua vez, para que se torne efetivamente
um aconselhamento psicológico deve ter uma dinâmica própria. O aconselhamento psicológico
é mais bem compreendido quando se usa o termo “processo”. Essa expressão sinaliza uma
seqüência lógica, de certa harmonia, que tem uma estrutura, que se pode chamar fases.
Segundo Patterson e Eisenberg, (1995):
No aconselhamento também existe um conjunto predizível de etapas que ocorrem numa
seqüência completa. Inicialmente, o conselheiro e o cliente devem estabelecer contato,
definirem juntos “em que ponto o cliente está” em relação a sua vida, e identificar os
problemas. Segue-se uma conversa, que leva a uma compreensão mais aprofunda
das necessidades e desejos do cliente no contexto de seu mundo interpessoal, com
objetivos de mudança emergindo netamente, por fim, há o planejamento de ações
apropriadas, para realizar alguns objetivos identificados. (p.27)
Vejamos a seguir as três fases propostas por Patterson e Eisenberg (1995): 1) Descoberta
Inicial, 2) Exploração em Profundidade, e 3) Preparação para a ação.
Nessa fase, cabe ainda ao conselheiro exercer a continência para auxiliar o cliente em suas
articulações, de forma que fique clara qual a sua real preocupação que o trouxe à sessão.
Nesta etapa, ainda, é indispensável que sejam construídos os devidos vínculos que possibilitem
encorajamento ao cliente. Para isso, as idéias rogerianas, sobre a relação de ajuda inicial e
durante todo o processo, são imprescindíveis:
a) A empatia – compreender a experiência do outro.
Deve o conselheiro começar a trazer, de forma sutil, suas impressões diagnósticas sobre as
dinâmicas e os comportamentos de luta do cliente para o debate, bem como apresentar suas
reações às afirmações do cliente. Deixando claro que o “conselho” dado não é uma crítica pela
crítica, mas tem uma razão de ser, por isso cabe ao conselheiro a advertência de desenvolver
um comportamento pautado nas características de ajuda de Rogers.
Preparação para a ação – Chegou a hora de agir! Nessa fase, o cliente deve precisar os
objetivos a seguir, ou seja, o que fazer diante das preocupações que foram definidas, como
sendo fundamentais em seu conflito vivenciado. Agora, é decidir quais as ações abertas, se
houver alguma, para minorar as preocupações identificadas.
Portanto, nessa fase deve haver a tomada de decisão e ação. É o cliente que considera as ações
possíveis e escolhe uma para colocar à prova. Ao conselheiro, cabe apoiar a experimentação
de novos comportamentos e ajudar o cliente a avaliar a eficácia dos mesmos – ou de novas
concepções da realidade – à medida que possam se relacionar à redução da tensão. Segundo
Patterson e Eisenberg, (1995), quando o cliente percebe que os novos comportamentos estão
sendo satisfatórios, o aconselhamento está terminando.
AS CARACTERÍSTICAS DO CONSELHEIRO
EFICIENTE
4. O conselheiro eficiente transmite interesse e respeito pelas pessoas que estão procurando
ajuda, quando age colocando-se junto a elas nos seus momentos de felicidade ou de triste-
za, sendo uma presença que pode ser, acima de tudo, sentida como real.
5. O conselheiro eficiente gosta de si mesmo, respeita-se, e não usa as pessoas a quem está
tentando ajudar para satisfazer suas próprias necessidades, pois está ciente da sua missão
e profissionalismo.
6. O conselheiro eficiente tem conhecimento específico em alguma área, que será de espe-
cial valor para a pessoa que está sendo ajudada, pois utiliza os seus conhecimentos para
auxiliar e não manipular a favor de seus próprios dogmas.
11. O conselheiro eficiente consegue ajudar o outro a olhar para si mesmo e responder não -
defensivamente à pergunta, pois tem, na sua própria dinâmica de vida, a abertura para a
aprendizagem e o crescimento, de forma sincera.
Como vimos, e se pode inferir, são muitas as exigências para garantir um bom desempenho
profissional de conselheiro. Nesse sentido, torna-se caminho comum e necessário o tema da
ética. Ela está em alta.
É bom observar que esse assunto não é mais um modismo, ou seja, uma coisa que só tem
valor agora, depois passa. É o mesmo que acontece quando surge um fenômeno televisivo
que faz moda de um dia para o outro: como um penteado, uma roupa, ou um jeito de ser que
impacta a massa, mas rapidamente também se vai. Cai no esquecimento ou saudosismo.
Ética profissional não é nada disso. Não é modismo. Pelo contrário, é uma questão necessária
e urgente para a sociedade e para a vida de quem quer ser realmente um profissional
(MARIANO, 2007).
Relação terapeuta cliente - devem-se deixar claras, para o cliente, as limitações da relação,
além do mais o aconselhamento só é suficiente quando o cliente deseja cooperar com o
conselheiro no trabalho.
Autoconsciência - evitar exercer qualquer atividade em que seus problemas pessoais possam
resultar em prejuízo ao cliente, e, se estiver envolvido na atividade, ao perceber tais problemas,
ter consciência de procurar assistência profissional competente.
O conselheiro deve conhecer sua própria intimidade para conhecer a intimidade de seu cliente,
por isso há a necessidade de entrar em processo de terapia antes de iniciar o aconselhamento
em outra pessoa. O conselheiro deve reconhecer o valor de assumir para si o que oferecem de
valioso para o cliente, e passando por alguma forma de experiência de crescimento pessoal,
estará mais bem qualificado no sentido de evitar prejuízos para seus clientes.
São áreas específicas da personalidade do conselheiro que podem ter reflexos sobre o cliente:
1) poder do conselheiro e o uso feito por ele do controle. 2) necessidade de servir de apoio
sentido pelo conselheiro.
5. Quais as atitudes éticas que o texto aborda como sendo necessárias para a prática do
aconselhamento?
Objetivos de Aprendizagem
• Assinalar os aspectos fundamentais do aconselhamento e da Capelania Cristãos.
• Ressaltar os fundamentos bíblico-teológicos do Aconselhamento e da Capelania
Cristã.
• Apontar atitudes em Aconselhamento e em Capelania.
• Identificar as características necessárias para o exercício do Aconselhamento Cris-
tão.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
Clinebell (2000) apresenta imagens, como ele se refere, aos fundamentos bíblico-teológicos
da poimênica e do aconselhamento pastoral, contudo quero destacar duas grandes idéias:
1. O testemunho bíblico enfatiza, reiteradamente, as notáveis potencialidades dos
seres humanos – o ser humano é um pouco menor que Deus (Sl 8.5), pois foi criado à
imagem e semelhança de Deus, imago Dei, (Gn 1:17). Jesus veio para conceder vida e
vida em abundância (Jo. 10:10), assim o ser humano tem condições de desenvolver seus
potenciais de sabedoria e de vida, segundo a parábola dos talentos (Mt. 25:14-30) e as
admoestações de Paulo a Timóteo para acender a chama do dom de Deus que há em ti
(...) pois o espírito de Deus deu é (...) para inspirar poder, amor e autodisciplina (2 Tm. 1:6).
É importante, ressaltar, por fim, que a concepção bíblica nessa perspectiva deixa claro que
os seres humanos não são Deus, mas é essencial estar ciente da finitude, limitações e as
condições efêmeras da humanidade.
2. A compreensão hebraica das pessoas era essencialmente não dualista – a Bíblia as-
sinala que a vida humana deve ser entendida de forma integral, unidade de dimensões,
dentro de uma visão holística, corpo, mente e espírito em comunidade. É assim que a
Bíblica reafirma que se deve glorificar a Deus no corpo (1Cor. 6:19), e não fora dele ou
desconsiderando-o, e que se deve amar a Deus com todas as dimensões humanas (Mc.
12:30), além de viver a vida alimentado em relacionamentos, em paz, shalom, do Antigo
testamento, ou, em comunhão, koinonia, na perspectiva do Novo Testamento. O respeito à
criação (ecologia) como ato único da vida. E viu Deus que tudo era bom. Assim, a liberta-
ção é tanto pessoal quando social. Tanto o pecado quando a salvação são comunitários e
sociais, assim como individuais, onde o Novo Testamento afirma “Conheceres a liberdade
e a verdade vos libertará” (Jo. 8:32).
Portanto, a forma como o ser humano é visto pelas escrituras, em uma dimensão holística
e integral para o crescimento, deve mobiliar, positivamente, o fazer do aconselhamento
e da capelania cristãs, pois ressalta tanto as condições existenciais da humanidade, suas
potencialidade advindas do Criador, quanto os propósitos cristãos para essa humanidade, ou
seja, em Cristo, essa humanidade tem vida e vida em abundância!
Fonte: PHOTOS.COM
aos temas do aconselhamento e da
capelania para a formação universitária.
Não obstante, o leitor atento e
interessado deve buscar, na literatura
especializada, seu aprofundamento. É
verdade, até então, que há bem mais
material disponível em aconselhamento
do que em capelania.
Barrientos (1991) apresenta cinco objetivos do aconselhamento, e ainda destaca que o mesmo
não está indicado somente para os momentos de crise, mas como um meio de ajuda, com isso
corrobora-se a idéia acima de Clinebell (2000), vejamos os cinco objetivos:
1. Relatar a situação que está enfrentando.
3. Descobrir as causas.
4. Tomar decisões.
Deve-se observar, diante dessas considerações de Clinebell (2000), que cabe ao conselheiro
buscar ajuda, ou para si, em um processo de aconselhamento individual onde deve tratar as
suas próprias questões espirituais e emocionais; ou para quem lhe procura para ser ajudado.
O conselheiro deve fazer uma análise honesta e serena quando não reunir as devidas
competências para tratar o caso. Cabe, portanto, ao conselheiro buscar ajuda de outros
profissionais da área da psicologia ou da psiquiatria, para supervisão ou para encaminhamento
do caso.
- Carcerária.
- Hospitalar.
- Militar.
O capelão, seja qual for o contexto, tem a missão de ajudar a pessoa em seu crescimento,
utilizando os instrumentos próprios da ajuda pastoral, como: a bíblia, a oração, a visitação,
a meditação, a exortação, o perdão, a comunhão, dentre outras. Nesse sentido, cabe ao
capelão desenvolver procedimentos contextualizados à sua área de atuação, ou seja, escola,
universidade, guartel, presídio, hospital, buscando sempre uma atuação, em equipe, mas
que ressalta as contribuições especifica e próprias do trabalho espiritual. Sempre ciente
que a pessoa é um ser de várias dimensões, por isso deve exercer seu trabalho à luz da
interdisciplinaridade e da transciplinariedade.
Um bom exemplo é a atuação capelã no hospital. Esse contexto tem suas especificidades.
Ele é marcado, muitas vezes, por contradições que lhe são próprias, como a doença e a
morte. Porém, ainda, proporciona a convivência com diversos profissionais da área da
saúde e áreas afins, o que independente de suas possíveis crenças, pois tem uma formação
profissional específica que pauta a sua atuação, como é o caso da enfermagem, da medicina,
• Triagem de risco, identificando indivíduo cujos conflitos internos comprometem sua recupe-
• Intervenção em crise.
• Avaliação espiritualista.
Aconselhamento Cristão
Quem responde essa pergunta, com propriedade, é Clinebell (1987) quando trabalha a questão
das habilidades de poimênica e aconselhamento para o pastor, em especial. Para esse autor,
a chave para ser bem sucedido está na própria pessoa do conselheiro. Diante disso, Clinebell
(1987) lista seis características, qualidades ou habilidades, que são necessárias para o
exercício dessa competência.
Clinebell (1987) começa sua lista trazendo as idéias rogerianas, que são: congruência, calor
humano não possessivo (solicitude e respeito pela pessoa) e compreensão empática.
5. Sarador ferido - esta é uma expressão usada por Clinebell (1987) que evoca a atitude
terapêutica descrita por Henri Nouwen. Essa atitude provém de uma consciência vivida
de familiaridade com a doença e o pecado, a solidão, alienação e o desespero da pessoa
com distúrbio e, fundamentalmente, quando a pessoa do conselheiro se coloca também
nesse plano e o reconhecimento da ação superior de Deus na vida daquela pessoa, pois
ela mesma (conselheiro) também é suscetível e frágil, necessitado. No dizer de Clinebell
(1987), é necessário que o conselheiro, apesar de suas condições intelectuais ,como um
de seus aconselhando, principalmente, os que sofrem distúrbios, por isso Clinebell (1987)
afirma: “pela graça de Deus”, tenham a afirmação de fé necessária para o exercício do
aconselhamento cristão.
A seguir, estaremos expondo uma proposta de aconselhamento cristão, a qual não é inédita, mas
que procura identificar, de maneira básica e fundamental, quais devem ser os procedimentos
do conselheiro no contexto pastoral. Observe-se, ainda, que essa proposta, guardadas as
devidas proporções, serve também de base para o trabalho de capelania e suas mais diversas
atividades, especialmente, quando esse capelão atuar na condição de conselheiro.
É importante observar que há muitos escritos sobre o assunto, especificamente com teorias
e métodos devidamente elaborados. Há também diversos textos sobre o aconselhamento
cristão e a aconselhamento psicológico, que observam seus vínculos, contribuições, limites
e críticas, como: Szentmartoni (1999), Mannóia (1985), Sathler-Rosa (2004), Collins (1995),
Barrientos (1991), Casera (1985) Clinebell (2000), Pereira (2007).
• A falta de tempo do conselheiro pode ser entendida pelo aconselhando como desinteresse
de sua parte.
• Rotular, em vez de respeito pela diferença, é um equívoco que afasta e não possibilita
novos encontros entre conselheiro e aconselhando.
• Ser diretivo, por parte do conselheiro, é uma atitude que revela uma concepção de nega-
ção das potencialidades do ser humano, as quais são fundamentais para agir, de forma
adequada e saudável, por si só.
Por isso, nessa direção, uma proposta de aconselhamento passa, necessariamente, pelo
estabelecimento de vínculos entre o conselheiro e o aconselhando, sem os quais é impossível
um bom desenvolvimento do aconselhamento. Mannóia (1985) coloca, como premissa do
aconselhamento cristão, as relações pessoais e a centralidade da pessoa, no aconselhamento.
Da mesma forma, Szentmartoni (1999) também o faz, contudo ressalta, ainda, as marcas da
natureza do aconselhamento cristão, o que se pode inferir:
a) Contextualizada à missão e à evangelização da Igreja.
c) Uma atividade religiosa (conselheiro e aconselhando) que deve ser observada a pessoa e
seu relacionamento com Deus.
Por fim, Szentmartoni (1999) observa que o conselheiro tem de ter os devidos cuidados em
sua atividade, deve evitar colocações ou expressões que não contribuem para o objetivo
principal do aconselhamento, segundo Mannóia (1985), que “é o de facilitar o crescimento da
personalidade ao máximo nível de maturidade” (p.103). São observações que o conselheiro
passa ao aconselhando como sendo as suas conclusões, de forma moralista e não observa
as manifestações do seu aconselhando. Segundo Szentmartoni (1999), isso denota falta de
confiança nos recursos do outro, por parte do conselheiro e impede que o objetivo maior do
aconselhamento seja atingido.
6. Após ter lido a proposta de aconselhamento cristão, quais os aspectos positivos que desta-
cariam, e o que mais você acrescentaria para o enriquecimento dessa atividade?
7. Destaque e comente, em sua opinião, a partir das características necessárias para o exer-
cício do aconselhamento cristão, duas características que considera como sendo as princi-
pais.
BECK, A.T. Freeman, A. e DAVIS, D.D. e colaboradores. Terapia cognitiva dos transtornos
de personalidade. Artmed: Porto Alegre, 2005.
CLINEBELL, Howard J.; SCHLUPP, Walter O.; SANDER, Luís M. Aconselhamento pastoral:
modelo centrado em libertação e crescimento. São Paulo: Paulus, 2000.
(In: revgladston@bol.com.brhttp://www.lideranca.org/cgi-bin/index.
cgi?action=viewnews&id=82)
NALINI, José Renato. Ética geral e profissional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001.
SCHULTZ, Duane P.; SCHULTZ, Sydney Ellen. Historia da psicologia moderna. São Paulo:
Pioneira - Thomson Learning, 2005.