Sunteți pe pagina 1din 1

A relevância do fim do Imposto Sindical

A extinção da contribuição compulsória, se confirmada pelo


Senado, será a concretização de proposta de Lula para a
modernização das entidades
O Globo em 26.04.2017 - Opinião

Num bom exemplo de como agir enquanto fervilham delações na Lava-Jato


envolvendo políticos, a Câmara aprovou ontem, em comissão, a reforma trabalhista.
Assim, ela poderá passar logo pelo plenário e seguir ao Senado, para votação final, e
ir à sanção do presidente Temer. Não há maiores riscos, porque o quorum exigido para
este projeto é simples.

É enorme a importância desta reforma para desatravancar o mercado de trabalho, por


meio da redução, em larga escala, do risco jurídico do empregador. A simples
instituição do conceito de que o acertado entre patrões e empregados tem
precedência sobre o cipoal da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), salvo alguns
direitos, é um forte sopro de renovação numa regulação que vem da ditadura Vargas
do Estado Novo, na década de 40 do século passado.

Como, durante todo esse tempo, mantiveram-se inamovíveis normas feitas para um
Brasil ainda pouco industrializado, a litigância jurídica em torno do trabalho se tornou
norma no país. Há na Justiça do Trabalho oito milhões de ações, uma exorbitância.
Outro avanço, este mais institucional, é o fim da contribuição sindical compulsória,
equivalente a um dia de salário do trabalhador.

Aquilo mesmo que Lula, ao surgir como jovem líder metalúrgico no ABC paulista,
defendeu para oxigenar o movimento sindical. Sem a garantia de receber dinheiro
público — pois ele é do contribuinte —, os sindicatos precisam de fato representar as
respectivas categorias, exercendo uma liderança legítima.

Ao chegar ao poder, o presidente Lula — a “metamorfose ambulante” — praticou o


oposto: nada fez para realizar o que pregava nas décadas de 70 e 80 e ainda
reconheceu a existência das centrais sindicais, para que elas também passassem a
receber este dinheiro fácil.

São aproximadamente R$ 3 bilhões por ano, gastos de forma obscura, sem exigência
de prestação de contas ao Tribunal de Contas da União (TCU). Sindicatos aprovam
seus gastos em assembleias de associados, nem sempre representativas da
categoria.

Não surpreende que haja cerca de 1.100 sindicatos registrados no Ministério do


Trabalho. Esta é uma boca rica daquelas que o Estado cartorial brasileiro proporciona
a grupos que sabem se organizar nas imediações do Tesouro. Nos 13 anos de
lulopetismo, houve pelo menos uma denúncia de que havia um balcão de venda de
cartórios no ministério.

Se o mundo sindical já tem forte cultura corporativista, o fato de ser, no Brasil, uma
espécie de mina de outro, ele exerce grande poder de atração sobre militantes e
oportunistas, que agem, às vezes com violência, na defesa de interesses específicos
de categorias, sem preocupações sobre se o país tem como sustentá-los. Tudo
financiado por dinheiro público..

S-ar putea să vă placă și