O nosso curso sobre apologética fala sobre defesa da fé. Muitas
vezes vemos que a conversa sobe o tom e ficamos pensando e repensando se estamos agindo direito, se ficar quieto é a melhor alternativa, não se meter, não se envolver, ou deveríamos colocar a boca no trombone e falar mesmo, como vamos nos comportar dentro disso? Por isso pensei nesse nome, porque se estamos defendendo nossas convicções, precisamos saber como defender isso. De alguma forma quando estou falando de ética da briga, estou falando sobre como os cristãos brigam. Sim, cristãos brigam sim, porque é impossível viver neste sistema do mundo, marcado por uma série de coisas e não discordar. Ética da briga é sobre estabelecer regras. Por exemplo: Como cristãos não brigam? - Denegrindo a imagem de alguém, - Atacando pessoalmente, - Insultando, - Sendo vulgar. Quando você começa a se relacionar com alguém, você precisa se limitar, criar fronteiras para saber como reagir nestes momentos de mais tensão, nestes momentos onde os ânimos estão mais acalorados, você precisa estabelecer suas fronteiras, para que naquele momento você não seja sequestrado por emoções. Porque quando a emoção te pegar pelo pescoço você vai ficar refém do que está sentindo. Você precisa ter um código pessoal firme que seja coerente com sua fé em Jesus Cristo. Nós vivemos em um mundo onde você precisa ter firmeza, coerência, critério e ética para saber se posicionar em qualquer momento da vida. Desta forma precisamos ter clareza que existe um jeito de discordar, existe uma forma de entrar em um embate, ou em um debate sem trair suas convicções de fé em Jesus Cristo. É necessário você ter firmeza, ter consciência que você está defendendo a verdade e não sua própria vaidade, porque são coisas completamente diferentes, defender verdade não é igual defender vaidade. O livro de Jeremias me chama muito atenção no momento que o profeta está em crise, um pouco confuso, sensível por tudo que está acontecendo, um povo que tem o coração endurecido e não quer ouvir a palavra do profeta e Deus dá um conselho muito importante – “você precisa aprender a separar o vil do que é precioso”, o que Deus está dizendo para o profeta que uma coisa é a mensagem de Deus, outra coisa é a sua emoção, outra coisa é todo o resto. Neste curso de defesa da fé estamos nos confrontando com diversos grupos diferentes de nós, que pensam diferente de nós e estamos defendendo nossa fé, estamos defendendo a verdade do Evangelho e é muito importante você ter convicção sobre o que você está realmente defendendo. O que você está defendendo? - SUA REPUTAÇÃO - SUA VAIDADE E SEU PRÓPRIO ORGULHO - VOCÊ ESTÁ DEFENDENDO O PRÓPRIO DEUS - A MENSAGEM DO EVANGELHO. A única possibilidade para que vivamos uma apologética coerente é que estejamos defendendo a mensagem do Evangelho. A nossa luta, a nossa defesa é uma defesa pela verdade e pela mensagem do Evangelho. A primeira referência que quero trazer para que possamos pensar nestas possibilidades de defesa, de apologética é a vida do Apóstolo Paulo. A história de Paulo e Pedro, a expressão que aparece no original é muito forte de “resistir na face”. Neste texto Pedro está sentado com publicanos, comendo com eles, tendo comunhão natural com eles até que chega um grupo que a bíblia chama de judaizante, eles estão vindo de Jerusalém, eles vem da parte de Tiago e quando esta turma chega, Pedro fica constrangido, ele se afasta dos publicanos e ele começa a tomar algumas atitudes um pouco segregadora. Paulo vendo aquela realidade tem este ímpeto de confrontar de uma forma rígida o Apóstolo Pedro, porque ele está dizendo que o Evangelho da graça está sobre ameaça. O ponto é que a verdade da graça, ou a verdade do Evangelho está sendo ameaçada. Quando Paulo se levanta como um leão feroz para cima de Pedro, a luta de Paulo é porque a mensagem do Evangelho está correndo o risco de ser adulterada, por isso ele se posiciona de uma forma tão veemente. Paulo quando fala em Timóteo, diz que quando vamos nos apresentar, precisamos ter esta identidade de um obreiro que maneja a palavra da verdade, que saiba manejar a palavra da verdade. Na mesma via que resistimos a face, muitas vezes quando estamos no embate vamos sofrer o dano e precisamos entender isso de uma forma mais clara. Para te ajudar a entender isso vou usar o próprio exemplo de Jesus em Mateus 5 onde ele fala das bem aventuranças, em algum ponto do texto Ele diz que “bem aventurado são vocês quando perseguirem vocês por causa do meu nome, por causa da minha justiça”. Se entramos neste debate e ficamos com medo da nossa reputação, ficamos com medo porque tem pessoas falando mal e se formos nos acovardar, se formos encolher porque estamos escutando algo, é porque não entendemos o que Jesus falou em Mateus 5. Quando defendemos a verdade, naturalmente os opositores da verdade vão se levantar contra nós. É muito ilustrativa a forma que Jesus entra no templo indignado, defendendo o templo, a adoração, o relacionamento com Deus, expulsando os vendilhões do templo. o que está em jogo aqui é a venda de sacrifício, ou em outras palavras o templo não é comércio. Adoração não se vende e se você ver adoração sendo vendida, defenda porque isto não é Evangelho. Adoração não é algo comercializado, o seu sacrifício, a sua oferta não é algo que tem preço para se vender. Quando você estiver defendendo sua fé não mire na pessoa, mire no mal, mire na mentira, mire na maldade. Combata a mentira com força, esperança e pureza de coração. O Cristo que nós seguimos nos ensina a amar os nosso inimigos. Se você não aprendeu a amar seus inimigos, você não está pronto para apologética. Porquê apologética precisa ser a realidade de cristãos maduros que já aprenderam a amar seus próprios inimigos.