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FÓRUM

“QUANDO O PRECONCEITO TEM COR. REFLEXÕES SOBRE O RACISMO”


PENSES - Movimento pela Despatologização da Vida.

Racismo na justiça, no trabalho,na rua


Prof. Dr. Ramatis Jacino
• “Nenhuma pessoa branca que vive hoje é
responsável pela escravidão. Mas todos
os brancos vivos hoje colhem os
benefícios dela, assim como todos os
negros que vivem hoje têm as cicatrizes
dela” Talib Kweli, rapper americano
Racismo Estrutural/Institucional - Violência

• Boate kiss 242 pessoas mortas


• Maior acidente aéreo do Brasil, vôo da Tam,
em 2007, que morreram 199 pessoas
• Jovens assassinados no Brasil 30.000, 77%
negros. Corresponde à 124 boates Kiss por
ano
Racismo Estrutural/Institucional - Saúde
Pesquisa do Ministério da Saúde, publicada em 25/11/ 2014 demonstra que:

• Mulheres negras não são devidamente anestesiadas, com a argumentação que são
mais fortes e resistentes a dor;
• Passam mais tempo esperando em filas;
• Os médicos gastam, em média, menos tempo com as mulheres negras e
dificilmente as tocam
• Mulheres negras: 62,5% receberam orientações sobre a importância do
aleitamento materno, contra77% das mulheres brancas.
• Mulheres negras representam 60% das mortes de mães que deram à luz nos
hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) e 34% são de mulheres brancas
• Mortalidade infantil na 1ª. semana: 47% de crianças negras, 36% de crianças
brancas;
• Acompanhamento de familiar: Foi permitido a 46,2% das brancas apenas 27% das
negras.
Racismo Estrutural/Institucional – Mercado de Trabalho
A origem desse racismo estrutural e
institucional está na forma como se deu a
transição do trabalho escravo para o
trabalho assalariado no Brasil, que se
baseou na marginalização do ex-
escravizado e seus descendentes.
Exclusão da terra
Lei de Terras (Rio Branco) 18/09/1850
na sua exposição de
motivos:
Dispõe sobre as terras devolutas no
Império, e acerca das que são
possuídas por título de sesmaria
sem preenchimento das condições
legais, bem como por simples título
de posse mansa e pacífica: e
determina que, medidas e
demarcadas as primeiras, sejam
elas cedidas a título oneroso, assim
para empresas particulares, como
para o estabelecimento de colônias
de nacionais e de estrangeiros,
autorizando o Governo a promover
a colonização estrangeira na forma
que se declara”.
Abre crédito suplementar ao orçamento de
200:000$000 (duzentos contos de reis) para
importação de colonos.
Exclusão do trabalho
Código de Postura da Cidade de São Paulo de 06/10/1886
a) Proíbe aos cativos o exercício das profissões de Cocheiros, vendedores de água,
caixeiros;

b) Cria dificuldades para exercerem profissões como herbalistas, curandeiros, barbeiros,


parteiras;

c) Dificultam a agricultura e pecuária familiar, de subsistência (artigos 79 e 94 vedavam


criação de porcos e aves;

d) Proíbe conceder matrículas à cativos para o trabalho de cocheiros de carros de aluguel


ou vendedor de água (artigo 210);

Proíbe a contratação de caixeiros ou administradores de casas de negócios (artigo 168);

e) Autoriza a Câmara a conceder data de terras aos homens bons (artigo 60), e) Proíbe a
construção de cortiços fora dos padrões (artigo 20);

f) Normatiza a profissão de criada como “de condição livre” (art. 22 exigindo prova de que
é livre.
Vantagens aos imigrantes
Vantagens:
• Passagem custeada em todo
ou em parte pelo Estado ou
grandes fazendeiros,
•Estadia na hospedaria dos
imigrantes,
•Viagem de trem para a região
cafeeira,
•Ajuda , em dinheiro ,para as
famílias de imigrantes
(70$000 para adultos, 35$000
para adolescentes, 17$500
para crianças)
•Compra facilitada da terra,
•Isenção de impostos
A exclusão da Educação

• Decreto nº. 10.331, de 17 de fevereiro de 1854, estabelecia


que nas escolas públicas do País, não seriam admitidos
escravos e a previsão de instrução para adultos negros
dependia da disponibilidade de professores,

• Resolução Imperial no. 382 de 01 de julho de 1854, em seu


artigo 35 determina “Os professores receberão por seus
discípulos todos os indivíduos, que, para aprenderem
primeiras letras, lhe forem apresentados, exceto os cativos, e
os afetados de moléstias contagiosas”.
Ocupações exercidas por livres e escravizados em São
Paulo, segundo o Recenseamento Geral do Brazil, 1872

TIPO DE OCUPAÇÃO LIVRES ESCRAVIZADOS TOTAL

Trabalhadores em metais 163 72 235


Trabalhadores em
madeira 259 59 318

Trabalhadores em tecidos 721 116 837


Trabalhadores em
edificações 120 36 156
Trabalhadores em
calçados 49 15 64

Trabalhadores rurais 6.786 268 7.054

Criados e jornaleiros 2.000 722 2.722

Trabalhadores domésticos 3.634 288 3.922


Religiosos seculares 16 3 19

Trabalhadores da saúde 18 *1 19

Cirurgiões 0 2 2

Parteiras 6 3 9
Professores e homens de
letras 47 **10 57
Capitalistas e
proprietários 151 17 168
Manufatureiros e
fabricantes 61 24 85
Comerciantes, guarda-
livros, caixeiros 391 255 646

Artífices 128 8 136

TOTAL 14.561 1.888 16.449


Quadro das ocupações de negros e brancos, três
décadas depois da assinatura da Lei Áurea
Trabalho Doméstico

OCUPA
ÇÃO H.B M.B TOT. B. H.N. M.N. TOT. N TOTAL
Doméstica 8.927 8.927 1008 1008 9.935

Serv.
Domést. 2376 2.376 1.554 1.554 3.930

Cozinheiro
(a) 6 53 59 534 54 588 647

Chauffeur 366 366 366

Cocheiros 288 288 288

Jardineiro 72 72 41 41 113

Aj.
Chauffeur 73 73 73

Aj.
Cozinheiro 24 24 24

Total 829 11.356 12.185 575 2616 3.191 15.376


Quadro das ocupações de negros e brancos, três
décadas depois da assinatura da Lei Áurea
Saúde
OCUPAÇÃO H.B M.B TOT.B. H.N. M.N. TOT.N TOTAL

Barbeiros 66 66 66

Emp. Farmác. 91 91 91

Enfermeiros 84 84 84

Médicos 65 65 65

Dentistas 156 156 156

Total 462 462 462


Quadro das ocupações de negros e brancos, três décadas depois
da assinatura da Lei Áurea
Ambulantes
OCUPAÇ
ÃO H.B M.B TOT. B. H.N. M.N. TOT. N TOTAL
Vend.
Ambul. 214 214
Viajante
com. 119 119
Açou-
gueiros 216 216

Padeiros 216 216

Total 765
Quadro das ocupações de negros e brancos, três décadas
depois da assinatura da Lei Áurea
Agricultores
OCUPAÇÃ TOTAL
O H.B. M.B. TOT. B. H.N. M.N. TOT. N. BOs

Lavrado-
res 241 241

Verdurei-ros 144 144

Lenheiros 108 108

Tropeiros 102 102

Chacarei-
ros 60 60

Agrôno-mos 31 31

Lenhado-
res 28 28

Leiteiros 179 36 215

Total 893 36 929


Quadro das ocupações de negros e brancos, três décadas
depois da assinatura da Lei Áurea
Construção civil
OCUPAÇ TOTAL
ÃO H.B. M.B. TOT. B. H.N. M.N. TOT. N. BOs

Pedreiro 731 84 815

Serv.
Pedreiro 155 155

Oleiros 137 137


Marmo-
ristas 96 96
Vidracei-
ros 41 41

Pintores 289 53 342

Encera-
dores 42 42

Total 1.449 179 1.628


O mito fundador do nordeste açucareiro

• Clara Camarão:
uma guerreira,
apesar de ser
apresentada
vestida como um
branca
• Felipe Camarão:
Um guerreiro,
vestido como um
branco e com a
cruz no peito
Henrique Dias: Um guerreiro cristão
Mathias de Albuquerque

Fidalgo branco, neto de


Duarte Coelho Pereira
que foi o primeiro
donatário da Capitania
de Pernambuco.
Exerceu o cargo de
governador da capitania
quando das “invasões”
holandesas.
O mito fundador do sudeste cafeeiro;
Bartira e João Ramalho

Bartira, mulher indígena


apresenta não mais como
guerreira e sim diminuída à
condição de amante.
(História muito parecida com a de Malinche, ou Doña
Marina, da etnia Nahua, da costa do Golfo do México,
que teria se tornado amante e apoiadora de Hernán
Cortés, que diferentemente de Bartira passou para a
história como traidora do seu povo).

Não encontrei imagem de


Bartira.

João Ramalho, na sua


imagem mais conhecida,
como “pai de um
indiozinho”.
Apesar disso tudo a responsabilidade por sua alienação do
trabalho foi creditado aos próprios trabalhadores negros.

“O homem formado dentro desse sistema social (a escravidão)


está totalmente desaparelhado para responder aos estímulos
econômicos. Quase não possuindo hábitos de vida familiar, a
idéia de acumulação de riqueza lhe é praticamente estranha.
Demais, seu rudimentar desenvolvimento mental, limita
extremamente suas ‘necessidades’. Sendo o trabalho para o
escravo uma maldição e o ócio o bem inalcançável, a elevação de
seu salário acima de suas necessidades – o que estão delimitadas
pelo nível de subsistência de um escravo – determina de imediato
uma forte preferência pelo ócio”.

Celso Furtado. Formação Econômica do Brasil. 12ª. edição. São Paulo: Cia das Letras, 1974. p. 167

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