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O Facebook como Ferramenta de Comunicação da Marca Origens

Nayara Miranda da Silva Costa


UVV - Universidade Vila Velha, Vila Velha, ES

RESUMO

As redes sociais deixaram de ser um ambiente online de interação somente entre amigos e
familiares e tornaram-se, também, um eixo próximo e direto entre empresas e clientes. O
Facebook permite que empresas façam desse meio, uma fonte eficaz de comunicação, onde
o consumidor final tem a oportunidade de conferir de qualquer lugar as novidades, além de
permitir que o cliente interaja por meio de opiniões e sugestões. O objeto de estudo deste
artigo é a Origens Marca, uma loja de roupas femininas e masculinas, que atua no mercado
capixaba desde 2009, com matriz localizada na Praia do Canto, em Vitória, Espírito Santo.
O objetivo é analisar a principal fonte de comunicação da loja, o Facebook, de que forma é
utilizado, quais as estratégias e qual a repercussão disso para a loja.

PALAVRAS-CHAVE: Comunicação Mercadológica; Facebook; Origens; Redes Sociais.

INTRODUÇÃO

As condições sociais do mundo contemporâneo, com destaque para a presença da


tecnologia digital, têm mudado de maneira significativa nossas formas de interação. Desse
modo, nossas possibilidades de interagir socialmente com os outros sofrem mudanças,
construções e reconstruções, sendo que, dentro deste contexto, as mídias sociais se
destacam como notórios meios de interação e difusores de informação do nosso cotidiano.


Graduada no curso de Comunicação Social – Jornalismo, pela Faesa em 2009/2, e estudante do curso MBA
em Comunicação integrada e Novas Mídias, da UVV. E-mail: nayaramiranda27@hotmail.com
Além da comunicação entre usuários dentro das redes sociais, cada vez mais as corporações
têm percebido esta ferramenta virtual como um meio de contato privilegiado com o
consumidor. Empresas grandes e pequenas têm utilizado esses canais para promover a
marca, aumentar seu mercado consumidor e impulsionar vendas.

O presente estudo parte, portanto, de um campo delimitado de pesquisa, que são as redes
sociais enquanto ferramentas mercadológicas. Dentro deste universo, analisamos o perfil da
empresa de roupas femininas e masculinas, “Origens Marca”, na rede Facebook.

Para este artigo, fizemos um estudo teórico que buscou discutir como as redes sociais
trouxeram mudanças para nossas formas de interagir e como estas foram apropriadas tanto
pelo mercado consumidor como pelo corporativo. Também discutimos a relação entre
moda e Facebook.

A análise do perfil da marca Origens permitiu exemplificar a revisão bibliográfica


encontrada ao longo do artigo. Durante o processo, usamos prints para destacar a relevância
de cada detalhe observado, com o objetivo de sintetizar as citações de cada autor com base
nas possibilidades abordadas e no que é utilizado dessa mídia.

1. CONCEITO DE REDES SOCIAIS

Na atualidade, tratar a temática das redes sociais, implica associar o termo à socialização
entre pessoas por mediação via computador. Estas redes conectadas tecnologicamente
importam conceitos advindos de várias ações cotidianas, seja um pequeno coquetel que
estabelece o momento de socialização entre amigos, ou evento de relacionamento
profissional. No ambiente virtual temos uma continuação da vida social, já que usamos
inicialmente o critério de adicionar em nossa rede, pessoas com as quais já temos algum
tipo de relação, e a partir daí, são estabelecidos outros critérios pessoais que possibilitam
conhecer novas pessoas que tenham interesses interligados de alguma forma.
Redes Sociais são, antes de tudo, relações entre pessoas, estejam elas interagindo
em causa própria, em defesa de outrem ou em nome de uma organização,
mediadas ou não por sistemas informatizados; são métodos de interação que
sempre visam algum tipo de mudança concreta a vida das pessoas, no coletivo
e/ou nas organizações participantes (AGUIAR, 2007, p.2).

Para Santaella, “uma rede acontece quando os agentes, suas ligações e trocas constituem os
nós e elos de redes caracterizadas pelo paralelismo e simultaneidade das múltiplas
operações que aí se desenrolam” (SANTAELLA, 2003, p.89). Estas ligações e trocas entre
os nós podem acontecer em um ambiente denominado ciberespaço, ao qual Santaella
(2003) define como a ligação entre essas redes e os computadores, no qual é estabelecida
uma relação entre os terminais das máquinas espacialmente individualizados e entre atores
que se relacionam em um espaço de representações e interação.

Em sua análise sobre redes sociais, Sonia Aguiar engloba nesse campo de redes mediadas
por computador, “todos os grupos e movimentos que se organizam online e as respectivas
questões sociais, econômicas e jurídicas decorrentes de suas ações” (AGUIAR, 2007, p.4).
A interação e ligação dos atores em suas redes são dadas de acordo com seus determinados
interesses. Essa relação independe da forma como é feita (real ou virtual), já que “o
resultado gerado é um conjunto de relações que dependem tanto das redes reais quanto das
virtuais” (AGUIAR, 2007, p.2).
Quando ligado às redes digitais, o computador permite que as pessoas troquem
todo tipo de mensagens entre indivíduos ou no interior de grupos, participem de
conferências eletrônicas sobre milhares de temas diferentes, tenham acesso às
informações públicas contidas nos computadores que participam da rede,
disponham da força de cálculo de máquinas situadas a milhares de quilômetros,
construam juntos mundos virtuais puramente lúdicos – ou mais sérios -,
constituam uns para os outros uma imensa enciclopédia viva, desenvolvam
projetos políticos, amizades, cooperações (SANTAELLA, 2003, p.103).

Raquel Recuero (2009) caracteriza as redes sociais na internet em dois tipos: redes
emergentes e redes de filiação ou redes de associação. As redes emergentes são
consideradas aquelas nas quais existe interação, porém, esta depende mais do indivíduo que
„criou‟ a rede e sua disponibilidade para interagir, como exemplo, os weblogs e fotologs,
onde é necessária uma postagem para que os demais façam comentários sobre. Já as redes
de filiação ou redes associativas são exemplificadas por meio das mídias sociais Twitter,
Orkut e Facebook, onde existem grupos de amigos, que advém de redes de convívios
sociais já existentes e que estabelecem outros vínculos novos sem necessariamente ter
algum tipo de relação anterior, apenas um interesse comum, e que permite por meio dessa
ferramenta uma interação mútua instantânea, por meio de recados e chat online. Recuero
complementa ao afirmar que
As redes sociais do tipo emergente são aquelas expressas a partir das interações
entre os atores sociais. São redes cujas conexões entre os nós emergem através
das trocas sociais realizadas pela interação social e pela conversação através da
mediação do computador. [...] Nas redes de filiação, há apenas um conjunto de
atores, mas são redes de dois modos porque é estudado um conjunto de eventos
aos quais um determinado ator pertence. Chama-se rede de dois modos porque
são medidas duas variáveis: além dos atores-indivíduos são observados os
eventos. Cada um desses eventos é, ainda, um elemento de conexão de um
conjunto de atores. As redes de filiação seriam, assim, constituídas de dois tipos
de nós: os atores e os grupos (RECUERO, 2009, p.94).

Estas redes sociais das quais este artigo trata são, portanto, redes de filiação informatizadas
que se iniciam nos grupos de conhecimento e convívios sociais já existentes e que se
expandem por meio de interesses mútuos entre eles, abrindo espaço para inserções de novos
agentes, inclusive as marcas e os apreciadores destas marcas.

2. O Facebook como ferramenta da Comunicação Mercadológica

O Facebook foi criado em 2004 pelo americano Mark Zuckerberg quando ainda era
estudante da Universidade de Harvard. O objetivo inicial de Zuckerberg com a criação da
rede social era a interação entre os alunos da faculdade, um meio de estreitar as relações.
O foco inicial do Facebook era criar uma rede de contatos em um momento
crucial da vida de um jovem universitário: o momento em que este sai da escola
e vai para a universidade, o que, nos Estados Unidos, quase sempre representa
uma mudança de cidade e um espectro novo de relações sociais. O sistema, no
entanto, era focado em escolas e colégios e, para entrar nele, era preciso ser
membro de alguma das instituições reconhecidas (RECUERO, 2009, p.171).

A ideia conquistou o mundo. De acordo com uma pesquisa feita pelo especialista Nick
Burcher publicada no site do grupo IDG Now em 04 de janeiro de 2012, o Brasil é o quarto
país que mais acessa a rede social. Os dados apresentam um aumento de 300% na utilização
da rede social do ano de 2010 para o ano de 2011.

A mobilidade também contribui para o aumento significativo de pessoas que fazem parte
desse universo virtual, assim também como o crescimento de empresas físicas, virtuais e
autônomos que usam desse meio para comercializar e divulgar seus produtos. Bronsztein e
Pimenta (2011) destacam o Twitter e o Facebook como as redes sociais que tem mais
acesso via mobile, indicando o Facebook como o maior site de rede social mobile do
mundo.
A Internet pode contribuir para a expansão dos vínculos sociais em uma
sociedade que parece estar passando por uma rápida individualização e uma
ruptura cívica. Parece que as comunidades virtuais são mais fortes do que os
observadores em geral acreditam (CASTELLS, 2008, p.445).

O Facebook deixou de ser um espaço somente de relações sociais/pessoais para se


transformar também em um espaço de negócios. A comunicação mercadológica sofreu
mudanças drásticas com o boom dessas mídias sociais. O comunicar deixou de ser função
de um profissional da área para fazer parte de um meio em que todos têm o mesmo poder,
poder de informar, de criticar, opinar e divulgar.
A tecnologia da informação invadiu o espaço da atividade de relações públicas e
modificou a relação entre comunicadores e públicos. O poder de comunicar,
antes restrito aos grandes grupos de mídia e aos conglomerados corporativos,
passa a estar, também nas mãos do público (TERRA, 2011, p.4).

Com o surgimento desta rede, os estabelecimentos comerciais fizeram dela um espaço para
se aproximar dos seus clientes e por meio destes, conquistar outros. Afinal, “nesse contexto
em que o consumidor tem maior autonomia, a qualificação é pulverizada para toda uma
rede de contatos em apenas um clique” (GRIGOLETTI, 2011, p.11). Essa aproximação
tornou-se necessária para que as marcas ficassem cada vez mais íntimas dos consumidores,
e o acesso às informações mais prático e rápido. Terra ainda afirma em estudo que “as
empresas descobriram a eficácia dessa mídia social e a estão utilizando para estreitar o
relacionamento com o consumidor final. Porém, ainda não há fórmula pronta que auxilie
nesta tarefa.” (TERRA, 2011, p.5 apud COUTINHO, 2007, p.12).

As formas de comunicação que cada perfil e/ou página utilizam vai de acordo com cada
objetivo. Nesse contexto, a propaganda chamada „boca-a-boca‟ também pode fazer parte da
comunicação mercadológica. Com o Facebook essa propaganda criou novas maneiras de
expressão, onde os clientes têm a liberdade de colocar sua opinião sobre o produto.
As empresas frequentemente empregam técnicas para acelerar a difusão de
novos produtos e serviços utilizando a propaganda boca a boca. Com o
surgimento e crescimento da Internet, passa-se a discutir-se como utilizar os
canais interpessoais virtuais para aumentar o potencial do marketing boca a boca
(BENTIVEGNA, 2002, p.80).

Segundo Bentivegna o desafio é destacar uma mensagem publicitária dentre tantas que são
disparadas diariamente aos consumidores, em especial àqueles ligados a internet.
A Internet impõe um novo modo de pensar ao profissional acostumado a lidar
com redes reais em que as ligações entre os nodos são conexões físicas, como os
trilhos de um trem. Nas redes virtuais, por outro lado, as ligações entre os nodos
são invisíveis, embora sejam absolutamente fundamentais para a dinâmica do
mercado (BENTIVEGNA, 2002, p.81).

No caso específico da junção entre Facebook e moda, assunto do próximo tópico, é possível
observar vários tipos de abordagens para atrair o público. Entre elas lookbooks especiais de
acordo com cada estação, promoções em altos percentuais em toda loja, além dos
charmosos coquetéis em comemoração aos aniversários da loja, sempre com o mesmo
objetivo: aproximar e vender.

3. A Moda e o Facebook

A comunicação nas redes sociais permite muito mais que apenas uma informação emitida,
há a participação/interação, que possibilita que o leitor seja também um
emissor/comunicador direto. Tratando especificamente do objeto de estudo, percebemos o
interesse a partir do instante em que o ator adiciona ou curte a página de uma determinada
loja, marca ou até mesmo uma pessoa qualquer autônoma que revende produtos da moda. A
partir desse meio – Facebook – é possível a interação e negociação para adquirir o objeto
desejado. Uma comodidade que antes dos sistemas de comercialização eletrônica de
produtos não era permitida, dado o fato que era necessário deslocar-se do local em que se
estava para conferir e posteriormente adquirir o produto desejado.
No início do século XXI, a comunicação social e o marketing dominam o
espetáculo e reestetizam a produção, construindo uma variedade de discursos de
consumo centrados na expansão de necessidades. Com isso, uma parcela do
planeta assiste à explosão ininterrupta de códigos sob a égide da sedução
mercadológica pós- moderna. Esta sociedade seduzida generaliza o múltiplo,
estimula a pluralidade de produtos e serviços e desencadeia inúmeras redes de
comunicação, propiciando, assim, um certo sentimento de „não-acabamento‟,
que oscila entre o heteronômico e o anônimo no cotidiano (FILHO; CASTRO,
2007, p.64).

Dentre essas redes de comunicação estão os sites de redes sociais, em especial o Facebook.
A moda e o Facebook se relacionam intimamente quando observamos a grande demanda de
lojas, e até mesmo de pessoas autônomas que usam desse meio para se aproximar de seus
clientes.

Os produtos que “estão na moda” são reinventados a cada estilo próprio que cada um dá a
seu modo de ver e gostar. É uma forma de identificação seja de grupos ou até mesmo
pessoal e de humor. Esta está cada vez mais se propagando e atingindo todas as classes,
com inúmeras possibilidades de compra.
O sentido da moda está nas vivências, nas representações e naquilo que orienta a
relação das pessoas com as roupas, aprovando e desaprovando, emitindo juízos
de valor. É assim que deve se dar a compreensão de seu sentido: como algo
que sinaliza, que aponta cotidianamente direções, significados e instrumentos de
julgamento para as roupas. E isso só é possível porque a roupa significa algo, e
exatamente por significar algo ela pode ser usada como instrumento de mediação
entre o indivíduo e o sentido que ela imprime em suas ações. Algo se torna
acessível por meio das roupas, há um interesse que orienta esse uso simbólico
(BERGAMO, 1998, p.??).

Segundo Marcos Cobra, “a propaganda, no cinema, na televisão, no outdoor, na revista ou


em outro veículo, precisa apresentar a coleção e estimular a lembrança da marca, além de
magnetizar o comprador. A propaganda pode ser criativa, comunicativa e, sobretudo,
persuasiva” (COBRA, 1997, p.5).

Mesmo sendo uma rede em que todos podem acessar e fazer parte, são necessários alguns
aspectos para atrair a atenção das “clientes online”. Entre eles está o serviço que é oferecido
e o preço. As pessoas querem saber informações sobre o objeto que deseja (valor, marca,
formas de pagamento, como adquirir o produto, etc.) e caso não seja atendido ali pela rede
social, é possível que não se interesse mais em ter aquela página ou perfil em sua rede, o
que pode fazer desta facilidade, também um risco.
4. Caso Origens

A utilização das mídias sociais como ferramentas de comunicação mercadológica pela


marca Origens tem suas estratégias neste momento explicitadas para a conexão entre as
reflexões teóricas e práticas.

4.1. A Origens Marca

A Origens surgiu com a proposta de aliar moda, bem-estar, natureza e sustentabilidade.


Segundo Igor Sousa Almeida e Rafael Miranda, proprietários da marca, a ideia de conceito
da Origens é a moda ligada também à cultura, viagens, esportes e meio ambiente. A
primeira coleção foi lançada no verão de 2009.

Uma marca passa a significar não apenas um produto ou serviço, mas incorpora
um conjunto de valores e atributos tangíveis e intangíveis relevantes para o
consumidor e que contribuem para diferenciá-la daquelas que lhe são similares.
Assim, ao adquirir um produto, o consumidor não compra apenas um bem mas
todo conjunto de valores e atributos da marca (PINHO, 1996, p.43).

Na atualidade a marca distribui suas roupas para cidades do Espírito Santo, e para lojas em
Minas Gerais e Bahia. A Origens também tem buscado participar de eventos como o
Vitória Moda Show, um dos maiores eventos de moda do Espírito Santo; o Super Mercado
da Moda, evento realizado a cada três meses que dispõe de stands para as marcas capixabas
exporem seus produtos, que compreendem artesanatos, acessórios e roupas. Tal atuação
rendeu à Origens o troféu de marca revelação no Prêmio Hype 2012, que prestigia moda e
estilo (figura 1).
Figura 1 – Prêmio Hype 2012.

O Facebook é a principal ferramenta de comunicação estratégica da marca Origens. As


postagens são feitas de acordo com a demanda, e vão desde promoções especiais para datas
comemorativas (figura 2), até previews de cada estação – primavera/verão, outono/inverno
com dicas de looks (figura 3), além de posts relacionados a conscientização do meio
ambiente (figura 4).
Figura 2 – Promoções especiais para datas comemorativas

Figura 3 – Previews de cada estação com dicas de looks


Figura 4 – Post relacionado com a conscientização do meio ambiente

Estudaremos neste artigo as formas que a Origens utiliza o Facebook e a relação existente
entre essa rede e consolidação da marca. Esse estudo de caso tem como objetivo mostrar a
funcionalidade profissional das redes sociais, em especial, o Facebook. A Origens foi
escolhida por ser uma marca que vem crescendo e ganhando seu espaço dentro e fora do
Espírito Santo usando o Facebook como uma de suas principais ferramentas de
comunicação.

4.2. A comunicação e o Facebook Origens

A comunicação da empresa estudada, antes das redes sociais online, era pautada em
propagandas em jornais impressos, matérias pagas em revistas, distribuição de folders, e
quando se tratava de internet, utilizava apenas o site próprio e e-mails marketing.

Esse tipo de comunicação, além de aliviar custos, dá ao público a possibilidade de


disseminar suas impressões sobre o que foi dito. Neto (2011) discorre sobre esta
possibilidade e sobre como o consumidor quer ser atingido nessa era de globalização, onde
a interatividade passa a ser necessária.

A comunicação evoluiu para um patamar fortemente marcado por um cunho


tecnológico, dentro de um cenário cada vez mais global, social e ambiental.
(...) Assim, a comunicação digital assume uma importância primordial para as
organizações. As palavras-chave são cada vez mais: interactividade,
personalização, globalização, integração, aproximação, convergência e
democratização da informação. Desta forma, o consumidor é quem tem a
palavra final, assumindo o papel de actor principal. Estas novas regras indicam
que para captar a atenção do consumidor é necessário dar-lhe algo em troca,
fazendo com que este se sinta parte integrante do produto (NETO, 2011, p.29).

A Origens ainda possui um site, e tem a marca constantemente divulgada em impressos


(figura 5). Porém, tem priorizado a interação pela presença do cliente no estabelecimento
ou por meio do Facebook. Inclusive, conteúdos veiculados em meios de massa, são
imediatamente postados no Facebook, buscando uma ação de compartilhamento entre os
membros da rede para ampliar a abrangência da notícia.

Figura 5 – Matéria de Capa da Revista AG divulgada no Facebook


Na rede social os clientes e até mesmo desconhecidos podem interagir. Não é apenas um
canal exclusivo para quem conhece a loja, mas sim um meio para quem não a conhece
fisicamente conferir produtos e participar ativamente das ações.

As redes sociais aqui em questão se organizam para constituir um sujeito do


conhecimento e que, ao mesmo tempo, é produtor de conhecimento. No caso do
Facebook, isso ocorre pela possibilidade de colocar em circulação e
compartilhar textos, artigos, vídeos, eventos, excertos, lançamentos de livros,
campanhas, etc. (DIAS; COUTO, 2011, p.637).

A página reserva aos 'amigos', as novas coleções, as peças disponíveis na loja, a numeração
e valores. Perguntas sobre numerações ou valores dos produtos não anunciados são
respondidas via inbox, de forma que quem terá acesso é apenas a pessoa interessada,
conforme destacado na figura 6.

Figura 6 – Perguntas sobre valores respondidas inbox

Visualizações de promoções, coleções novas e antigas, são feitas por meio dos álbuns,
todos separados por coleções e eventos (figura 7). Também é possível conferir de que
evento a Origens vai participar, os prêmios que concorre, dicas e comentários.
Figura 7 – Álbuns de fotos

Segundo Mezrich (2010), o Facebook é uma ferramenta que incrementa a cena social,
tornando mais ágil as ações. Esse imediatismo e instantaneidade permitem que um
comentário possa ser uma ação eficiente de comunicação, pois conquistam novos contatos e
potenciais clientes para as marcas, numa ação profunda à medida que os comentários se
proliferem nas redes.

O surgimento da internet proporcionou que as pessoas pudessem difundir as


informações de forma mais rápida e interativa. Tal mudança criou novos canais e,
ao mesmo tempo, uma pluralidade de novas informações circulando nos grupos
sociais (RECUERO, 2009, p. 119).

Isso também exige da loja um imediatismo nas respostas e postagens frequentes. Um perfil
no Facebook desatualizado não interessa às pessoas que fazem parte desse grupo. Mezrich
(2010) afirma que o Facebook pode ser viciante ao passo que o usuário não acessa somente
uma vez ao dia, muito pelo contrário, o acesso acontece várias vezes por dia, seja para
atualizar a página, adicionar amigos ou acrescentar fotos.
O Facebook não anula os demais meios tradicionais de comunicação, mas dá rapidez às
informações e facilidade para obter de forma cômoda o que se deseja. À exemplo do que
citamos logo acima, a figura 8 mostra o imediatismo no momento em que a Origens
responde via Facebook uma solicitação.

Figura 8 – Solicitação de um cliente via chat do Facebook

De acordo com um dos proprietários, Igor Sousa, a criação do Facebook da Origens se deu
em junho de 2011. No começo era usado apenas para divulgação de eventos, mas no início
deste ano a rede social passou a ser usada como ferramenta de divulgação de produtos da
loja e de ações que a marca participa.

A cada novidade (um novo lookbook, peças novas que chegaram na loja e promoções) são
feitas as atualizações de posts no Facebook, sem uma quantidade específica por mês, e é
realizada pela gerente da loja ou pelos próprios proprietários. Em menos de um ano com o
Facebook ativo, a loja atingiu parte do objetivo, que é o aumento das vendas, e fazer com
que mais pessoas conheçam a marca Origens.

Em análise, no mês de agosto de 2012 foram realizadas 8 postagens. Em setembro de 2012,


10 postagens e em outubro de 2012, 26 postagens. O aumento de pouco mais que o dobro
entre os meses de agosto e setembro para o mês de outubro, ocorre porque neste último
foram realizadas ações para a divulgação da nova coleção de verão País Tropical (figura 9),
além do novo layout do site (figura 10), o lançamento do Instagram (figura 11) e a chamada
para o novo concurso para estampar com um desenho a camisa da marca Origens (figura
12).

Tais ações movimentam o Facebook e motivam as pessoas que possuem a marca em sua
rede de contatos a comentar, curtir e interagir em busca de novidades e, como
exemplificado na figura 12, também se posicionar de forma ainda mais ativa, participando
de um concurso no qual há a possibilidade de divulgação do nome, além de levar uma
recompensa em espécie no caso de ser o(a) ganhador(a).

Figura 9 – Divulgação da nova coleção de verão País Tropical


Figura 10 – Novo layout do site

Figura 11 - Lançamento do Instagram


Figura 12 - Concurso para estampar com um desenho a camisa da marca Origens

Nos meses usados para a análise (agosto, setembro e outubro), as postagens sobre o novo
lookbook, postado em 23 de outubro; e o prêmio Hype, em 12 de setembro, foram as que
receberam o maior número de curtições. A postagem com os proprietários recebendo o
prêmio Hype, representado na figura 1, recebeu 175 curtidas; enquanto o álbum com o
lookbook de verão, recebeu 83 curtidas (figura 13).
Figura 13 – Lookbook de verão

Os posts mais próximos a esses números que receberam uma quantidade similar de likes foi
a matéria da Origens no Jornal A Gazeta com 55 curtições, seguida da postagem com a
coleção masculina de verão, com 52 curtições.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a discussão teórica com base no conceito de redes sociais, com ênfase nas redes
online, e no Facebook como ferramenta mercadológica e sua ligação com a moda, pôde-se
compreender esse universo baseado em estudos realizados por especialistas e também
idealizadores dessas mídias, quando ainda não se imaginava tal interação versátil
desconstruindo a primeira ideia de receptor – emissor.

O estudo apresentou a mobilidade da ferramenta Facebook, que permite além da


publicidade sem custos e com uma velocidade instantânea, a troca dessas funções, no qual o
emissor passa, por meio de opiniões e/ou informações obtidas, a ser também o receptor da
mensagem. Além desta vertente, podemos destacar também a funcionalidade dessa rede,
sendo possível atualizar em tempo real promoções, novos looks e fazer lançamento de
novidades independente de horários.

A busca da Origens pela tecnologia de informação por meio da rede Facebook atendeu as
suas expectativas sob as vendas e a visão da loja para o Estado. Expandiu a gama de
clientes, o que gerou também uma expansão no espaço físico e uma reestruturação do site e
de componentes que viessem somar com o Facebook, o chamado Instagram, que acrescenta
e possibilita ainda mais o imediatismo citado durante o artigo.

Tais ações exemplificaram, por meio de prints ao longo do estudo de caso, a eficácia sobre
a forma que a Origens utiliza o Facebook e o porquê de ser considerada a principal mídia
de comunicação, divulgação e crescimento da marca.
6. REFERÊNCIAS

AGUIAR, Sonia. Redes Sociais na Internet: Os desafios à pesquisa. Rio de Janeiro, 2007.

BENTIVEGNA, Fernando Jucá. Fatores de impacto no sucesso do Marketing boca a boca


Online. São Paulo, 2002.

BERGAMO, Alexandre. O campo da moda. São Paulo. 1998.

BRONSZTEIN, Karla Regina Macena Patriota; PIMENTA, Rodrigo Duguay da Hora.


Redes Sociais baseadas em localização: Um novo princípio para Mídia Publicitária.
Pernambuco, 2011.

CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede. 11ª Edição. São Paulo, São Paulo: Paz e
Terra, 2008.

COBRA, Marcos. Algumas Reflexões acerca do Marketing da Moda. São Paulo, 1997.

DIAS, Cristiane; COUTO, Olivia Ferreira do. As redes sociais na divulgação e formação do
sujeito do conhecimento: Compartilhamento e produção através da circulação de ideias.
Santa Catarina, 2011.

FILHO, Clóvis de Barros; CASTRO, Gisela. Comunicação e práticas de consumo. São


Paulo: Saraiva, 2007.

GRIGOLETTI, Elizangela. A Banalização do Curtir. Curitiba, 2011.

IDG Now. Acessado no dia 11 de outubro de 2012, às 15:30 horas. Disponível em


http://idgnow.uol.com.br/internet/2012/01/04/brasil-ja-e-o-4o-pais-em-uso-do-facebook-e-
o-que-mais-cresceu-em-2011/

MEZRICH, Ben. Bilionários por acaso: A criação do Facebook, uma história de sexo,
dinheiro, genialidade e traição. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2010.

NETO; Ivo Emanuel Campos Machado. Os Desafios dos Média Sociais na Comunicação
Organizacional: A Emergência do Facebook Como Ferramenta de Comunicação. Lisboa,
2011.

PINHO, José Benedito. O poder das marcas. São Paulo: Summus, 1996.

RECUERO, Raquel. Redes Socias na Internet. Porto Alegre: Sulina, 2009.


SANTAELLA, Lucia. Culturas e artes do pós-humano: De cultura das mídias à
cibercultura. São Paulo: Paulus, 2003.

TERRA, Carolina Frazon. O que as organizações precisam fazer para serem bem vistas nas
mídias sociais sob a ótica da Comunicação Organizacional e das Relações Públicas. São
Paulo. 2011.

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