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Uberlândia – MG
17 de maio de 2019
Eisenhower’s “New Look”
Em 1953 os Republicanos voltam para a casa branca e tem em mente abandonar
a política externa de seus precedentes, porém não retornando ao isolacionismo ou a
politica de contenção, mas sim reestabelecer o equilíbrio de poder na Europa, liberando
os países do leste europeu da esfera de influência soviética, com a nova administração
acreditando que isso ocorreu por conta da passividade da política externa de seus
antecessores.
O problema de tentar contrabalancear o poder militar dos soviéticos era que
durante a campanha eleitoral, os republicanos prometeram reduzir os gastos do Estado e
das forças armadas. Para resolver esse problema em janeiro de 1954, foi apresentado o
“novo olhar” da política de defesa dos EUA, no qual consistia em reduzir os gastos
militares com pagamento dos soldados e seus equipamentos e dar mais destaque a
equipamentos militares da força aérea e do arsenal nuclear daquele país. Dessa forma os
EUA poderiam diminuir os custos com defesa ao mesmo tempo que garantir um
contrapeso na balança de poder da Europa.
Na época de anúncio dessa nova política de defesa do EUA, a União Soviética já
possuía armas nucleares, incluindo a bomba de hidrogênio, porém diferente dos EUA, os
soviéticos não possuíam bombardeiros de longo alcance capazes de alcançar o território
americano a partir da Rússia, nem possuía bases próximas o suficiente para alcançar o
solo americano. A superioridade em operar armas nucleares dos EUA e a estratégia da
“resposta em massa” que consistia em responder qualquer ataque soviético com ataques
massivos de armas nucleares, seria capaz de dissuadir a URSS de realizar qualquer ataque
contra os EUA e seus aliados.
Além do contrapeso pelas forças americanos no continente europeu, outra forma
de assegurar que um ataque não viria por parte dos soviéticos foi através dos tratados de
cooperação e aliança militar como a OTAN e a Comunidade Europeia de Defesa. Essa
segunda foi ameaçada em 30 de agosto de 1954 quando os franceses se recusaram a
ratificar o tratado por acharem que seus termos tirariam parte da soberania francesa, além
de temerem que a França ficaria sozinha no continente contra uma potencial Alemanha
forte e confiante, se tornando novamente um rival de peso no continente.
Porém esse temor francês acabaria com novos termos para o acordo sendo
escritos, desta vez propostos pela Inglaterra, assegurando o compromisso inglês com a
segurança do continente europeu, ao mesmo tempo que integrava tanto a Itália como a
Alemanha ocidental ao tratado.
Os soviéticos responderam 5 dias depois anunciando o Pacto de Varsóvia, com os
sete Estados satélites soviéticos, mais a URSS sendo os integrantes desse pacto. Porém,
apesar de o Pacto de Varsóvia ser oficialmente uma forma de contrapor os esforços de
segurança do ocidente, ele funcionava mais como um instrumento de dominação dos
soviéticos para com seus Estados satélites do que uma aliança militar formal nos moldes
da OTAN.
A OTAN acabou por se tornar a principal forma de contrapor a influência soviética
na Europa ocidental, redirecionando os esforços de integração da Europa do setor militar
para o setor econômico, com a formação da comunidade europeia do carvão e do aço. Em
25 de março de 1957 os representantes do países que integravam a CECA, assinaram o
Tratado de Roma estabelecendo a Comunidade Economia Europeia. Alguns dos termos
do tratado consistiam na eliminação gradual de total as restrições legais de troca, o que
incluía capital e trabalhadores migrantes, além também da criação de uma tarifa externa
comum visando proteger os Estados membros e facilitar a criação de uma zona de livre
comércio.
Inicialmente a Inglaterra recusou entrar no acordo com medo de danificar sua
relação especial com os EUA que lhe garantiam várias vantagens de importação de
produtos. Para promover essa integração econômica, foram criados vários conselhos
institucionais com alguns deles sendo, Conselho de Ministros, a Comissão e o Parlamento
Europeu que tinha como tarefa fiscalizar as atividades do Conselho.