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Universidade Federal de Pelotas

Faculdade de Nutrição
Nutrição e Saúde Pública - NSP

SEGURANÇA ALIMENTAR
E NUTRICIONAL
Outubro , 2019
SAN
Existe segurança alimentar e nutricional
quando as pessoas têm, a todo momento,
acesso físico e económico a alimentos
seguros, nutritivos e suficientes para
satisfazer as suas necessidades
dietéticas e
preferências
alimentares, a fim
de levarem uma vida
ativa e sã.
Conferência Mundial da Alimentação de 1996
DIMENSÕES DO CONCEITO DE SAN
ALIMENTAR: NUTRICIONAL:
produção e disponibilidade relações entre o ser humano e
de alimentos o alimento

✓ Alimentos saudáveis
✓ Suficiente e adequada
✓ Valor nutricional
✓ Estável e continuada
preservado
✓ Autônoma
✓ Consumo adequado
✓ Equitativa
✓ Utilização biológica
✓ Sustentável
✓ Promoção da saúde
✓ Direito à saúde
SOBERANÍA ALIMENTAR
Direito dos povos de definir suas próprias políticas e
estratégias sustentáveis de produção, distribuição e
consumo de alimentos que garantam o direito à
alimentação para toda a população com base na pequena e
média produção, respeitando suas próprias culturas e a
diversidade de modos camponeses, pesqueiros e indígenas
de produção agropecuária, de comercialização e de gestão
dos espaços rurais, nos quais a mulher desempenha um
papel fundamental. A soberania alimentar favorece a
soberania econômica, política e cultural dos povos.

Declaração final do Fórum Mundial de Soberania Alimentar, Via Campesina, 2001


DIREITO HUMANO À
ALIMENTAÇÃO ADEQUADA
 O direito humano à alimentação adequada é indispensável junto
com o direito fundamental de toda pessoa a estar livre da fome
como requisitos para a realização de outros direitos humanos.

 No Brasil, este direito está assegurado entre os direitos sociais da


Constituição Federal desde 2010 pela Emenda
Constitucional no 64 de 2010.

“Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a


moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e
à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.”
DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO

A alimentação adequada é direito fundamental do ser


humano, inerente à dignidade e indispensável à
realização dos direitos consagrados na Constituição
Federal, devendo o poder público adotar as políticas e
ações que se façam necessárias para promover e garantir
a SAN da população.

Art. 2 da lei 11.346, de 15 de setembro de 2006


 Lei n° 11.345 → 15 de setembro de 2006
 Sistema Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional (SISAN)

 Decreto nº 6.273 → 23 de novembro de 2007


 Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e
Nutricional

 Decreto nº 6.272 → 23 de novembro de 2007


 Conselho Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional (CONSEA)

 Decreto n° 7.272 → 25 de agosto de 2010


 Política Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional (PNSAN)
 Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
CONCEITO DE SAN
Todos têm direito a uma alimentação saudável, acessível,
de qualidade, em quantidade suficiente e de modo
permanente. A SAN deve ser baseada em práticas
alimentares promotoras da saúde, sem nunca comprometer
o acesso a outras necessidades essenciais, respeitando as
características culturais de cada região, e sendo ambiental,
cultural, econômica e socialmente sustentável.

Art. 3 da lei 11.346, de 15 de setembro de 2006


ABRANGENCIAS DA SAN
ABRANGENCIAS DA SAN
POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA
ALIMENTAR E NUTRICIONAL

 Diretrizes da PNSAN:
I. Promoção do acesso universal à alimentação adequada
e saudável, com prioridade para as pessoas em IAN

II. Promoção de produção de base agroecológica

III. Instituição de processos permanentes de EAN e


pesquisa

IV. Promoção e universalização das ações de SAN em


quilombolas e demais povos e comunidades
tradicionais
POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA
ALIMENTAR E NUTRICIONAL

I. Fortalecimento das ações de alimentação e


nutrição em todos os níveis da atenção à saúde

II. Promoção do acesso universal à água em


quantidade e qualidade

III. Apoio a iniciativas de promoção e negociações da


soberania alimentar, SAN e DHAA em âmbito
internacional

IV. Monitoramento da realização do DHAA


HISTÓRICO

➢ Desde o início de século XX o país busca melhorar as


condições de alimentação e nutrição

➢ Em 1985 surge a proposta de um sistema e de uma


política nacional de SAN: Segurança alimentar –
Proposta de uma política de combate à fome

➢ Em 1986 foi a I Conferência Nacional de Alimentação


e Nutrição
HISTÓRICO
 A 1ª experiência de CONSEA teve dois anos (1993
e 1994);

 Ao longo da década de 1990 houve retrocessos nas


políticas sociais e programas de alimentação
nutrição;

 Entretanto, houve emergência da agricultura


familiar e a criação da PNAN (1999);

 Surgimento de uma mobilização social e da


campanha “contra a fome e a miséria e pela vida”;
HISTÓRICO

 Em 1994 ocorre a 1ª Conferência Nacional de


Segurança Alimentar;

 Em 1998 cria-se o Fórum Brasileiro de Segurança


Alimentar e Nutricional, que teve papel
importante na recriação do CONSEA;

 Em 2001 cria-se o programa Bolsa – Alimentação

 Em 2003, é reativado o CONSEA


INSEGURANÇA ALIMENTAR
A insegurança alimentar ocorre quando as pessoas
não têm acesso seguro a uma quantidade suficiente
de alimentos seguros e nutritivos para seu
crescimento e desenvolvimento normais, para
realizar uma vida ativa e saudável.

 Refere-se a condições inadequadas em práticas de


saúde, saneamento e de alimentação
inapropriada, crônica ou transitória,
tornando-se as principais causas de
um mau estado nutricional.

FAO, 2011
TIPOS DE IAN SEGUNDO A
DURAÇÃO
CONCEITOS RELACIONADOS COM A IAN

 FOME: sensação incômoda ou dolorosa causada por não


comer em certo momento energia suficiente através dos
alimentos.
 “todos aqueles que sofrem de fome sofrem de IA, mas
nem todos os afetados pela IA sofrem de fome

 MALNUTRIÇÃO: deficiências, excessos ou desequilíbrios


no consumo de macro ou micronutrientes.

 POBREZA: privação relacionadas às necessidades


humanas, como consumo de alimentos, saúde, educação,
e outros.
IA E POBREZA: CÍRCULO VICIOSO
EFEITOS DA IAN

Malnutrição
MAPA DA FOME
 Medição da subnutrição: proporção da população cujo
consumo de energia como parte de sua dieta está abaixo
do limite estabelecido de 2.100 kilocalorias por dia.

 Mede a gravidade de IAN.

 Classificação dos países segundo a prevalência de


subnutrição:
➢ Muito baixa: < 0,5%
➢ Moderadamente baixa: 5 – 14,9%
➢ Moderadamente alta: 15 – 24,9%
➢ Alta: 25 – 34,9%
➢ Muito alta: > 35%
INSEGURANÇA ALIMENTAR
Insegurança alimentar pode ser compreendida como a
percepção de preocupação e angústia ante a incerteza de
dispor regularmente de alimentos, até a situação de fome
por não ter o que comer em todo um dia, passando pela
perda da qualidade nutritiva, incluindo diminuição da
diversidade da dieta e da quantidade de alimentos.

BICKEL et al., 2000


COMPONENTES BÁSICOS DA IAN

✓ Incerteza ou preocupação acerca dos alimentos

✓ Qualidade inadequada dos alimentos

✓ Quantidade inadequada dos alimentos

✓ Alimentos adquiridos por meios socialmente


inaceitáveis
EBIA
➢ Em 1995, o Departamento de Agricultura dos EUA
(USDA) desenvolveu e validou a primeira escala para
medir a IA.
 Escala Americana de percepção e vivência da fome
 18 itens que classifica a SAN em quatro níveis:
1. SAN no domicílio
2. IA em nível domiciliar (equivale a IA leve)
3. IA entre adultos da família (equivale a IA moderada)
4. IA entre crianças (equivale a IA severa)

➢ Em 2003, cria-se a Escala Brasileira de Insegurança


Alimentar, com 15 questões
EBIA
 É uma escala que mede diretamente a percepção e
vivência de IA e fome no nível domiciliar.

 Em 2010 foi modificada, ficando com 14 questões, e as


perguntas refletem a situação domiciliar nos últimos
90 dias que antecederam a entrevista.

 É um instrumento de fácil aplicação e compreensão,


assim como universal e de baixo custo.
CRITERIOS DE PONTUAÇÃO E PONTOS
DE CORTE PARA A CLASIFICAÇÃO DA
SA/IA NOS DOMICILIOS
SITUAÇÃO DA SAN NO BRASIL
SITUAÇÃO DA SAN NO BRASIL
SITUAÇÃO DA SAN NO BRASIL
SITUAÇÃO DA SAN NO BRASIL
SITUAÇÃO DA SAN NO BRASIL
SITUAÇÃO DA SAN NO BRASIL
SITUAÇÃO DA SAN NO MUNDO
➢ Após quase 15 anos, agora a fome parece estar
aumentando de novo.

➢ Estima-se que o número de pessoas subnutridas tenha


aumentado para 815 milhões em 2016, contra 777 milhões
em 2015.

➢ O número de pessoas sofrendo de IA severa está


aumentando no mundo: são 108 milhões em 2016, contra
80 milhões em 2015.

➢ O aumento da IA pode ser atribuído ao aumento do


número de conflitos civis, distúrbios climáticos e pelo
abrandamento econômico que dificulta o acesso dos pobres
à alimentação.

FAO, 2017
Ao todo 821 milhões de pessoas não tem o suficiente para se
alimentar – 1 em cada 9 da população mundial
PRINCIPAIS PROGRAMAS E
AÇÕES DE SAN
PRINCIPAIS PROGRAMAS E
AÇÕES DE SAN
PRINCIPAIS PROGRAMAS E
AÇÕES DE SAN
PRINCIPAIS PROGRAMAS E
AÇÕES DE SAN
PRINCIPAIS DESAFIOS

✓ Apesar dos avanços, o Brasil permanece com uma


dívida social incompatível com seu nível de
desenvolvimento

✓ Apresenta níveis de desigualdades entre os mais altos


do mundo

✓ Milhões de famílias que não têm acesso a programas


públicos
REFERÊNCIAS
 MDS-SAGI. 2014. Escala Brasileira de Insegurança Alimentar – EBIA: análise
psicométrica de uma dimensão da Segurança Alimentar e Nutricional. Brasília, DF.
https://fpabramo.org.br/acervosocial/wp-content/uploads/sites/7/2017/08/328.pdf
 FAO. 2011. La Seguridad Alimentaria: uma guía para la toma de decisiones .
http://www.fao.org/docrep/014/al936s/al936s00.pdf
 Kepple, A. W. et al. 2014. O estado de segurança alimentar e nutricional no Brasil. Um
retrato multidimensional. Brasília. http://www.fao.org.br/download/SOFI_p.pdf
 World Food Summit. 1996. Declaração de Roma sobre a segurança alimentar mundial
e plano de ação da Cimeira Mundial da Alimentação. Roma, Itália.
http://www.fao.org/docrep/003/w3613p/w3613p00.htm
 Rocha, N. P. et al. 2016. Associação de insegurança alimentar e nutricional com fatores
de risco cardiometabolicos na infância e adolescência: uma revisão sistemática. Revista
Paulista de Pediatria. 34(2):225-233
 IBGE. 2014. Pesquisa Suplementar de Segurança Alimentar PNAD 2013. A percepção
das famílias em relação ao acesso aos alimentos. Rio de Janeiro.
https://ww2.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/000000201124121120
14243818986695.pdf
 Programa Mundial de Alimentos. 2015. Mapa da Fome 2015.
http://documents.wfp.org/stellent/groups/public/documents/communications/wfp27
5098.pdf?_ga=2.244072451.720331753.1511442102-303223636.1511442102
REFERÊNCIAS
 Guerra, Lucia Dias da Silva. 2011. Análise da insegurança alimentar e nutricional
e fatores associados em domicílios com adolescentes de munícipio da área de
abrangência da BR 163. Mato Grosso. Dissertação Mestrado em Saúde Coletiva.
 ABRANDH. 2013. O Direito Humano à Alimentação Adequada e 0 Sistema
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.
http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/seguranca_alimentar/DHAA_S
AN.pdf
 FAO, FIDA, OMS, PMA y UNICEF. 2017. El estado de la seguridad alimentaria y
la nutrición en el mundo 2017. Fomentando la resiliencia en aras de la paz y la
seguridad alimentaria. Roma. http://www.fao.org/3/a-I7695s.pdf
 CONSEA. 2015. Relatório Final - Carta Política, Manifesto, Proposições e Moções.
http://ecos-redenutri.bvs.br/tiki-download_file.php?fileId=1412
 Presidência da República. 2010. Decreto nº 7.272, de 25 de agosto de 2010.
Brasília. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2010/decreto/d7272.htm
 Presidência da República. 2006. Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006.
Brasília. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11346.htm
 FAO. Seguridad Alimentaria y Nutricional – conceptos básicos.
http://www.fao.org/3/a-at772s.pdf

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