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UNIDADE 5 – ÁLGEBRA DE CORPOS

NUMÉRICOS – 1ª PARTE

Metas
Estabelecer um estudo algébrico que possa ser aplicado no conjunto dos números
reais, além dos outros conjuntos numéricos já estudados.

Objetivos
Ao final do estudo desta unidade o aluno deve:
• conhecer propriedades operacionais e ter uma noção de como aplicá-las;
• saber manipular expressões algébricas básicas envolvendo números reais;
• saber resolver equações;
• saber lidar com a noção de ordem em expressões algébricas;
• saber resolver inequações.
Matemática Básica Unidade 5 – Álgebra
de corpos numéricos – 1ª parte

Um conjunto com particularidades


Nesta unidade estendemos os estudos para o campo dos números reais. Existem
algumas particularidades quando passamos a lidar com esses números e é sobre isso que
falaremos a seguir. Mas antes vamos comentar algumas curiosidades.
Como vem sendo explicado ao longo das unidades, a simples criação, ou
combinação, de símbolos não caracteriza um objeto matemático. O trabalho matemático
de criação formal dos objetos numéricos é longo e complexo para uma primeira
abordagem como a presente. A maior ênfase do que vem sendo feito aqui está na
consideração de modelos intuitivos para os objetos matemáticos e no aprendizado de
tratamentos algorítmicos com símbolos que os representem, além da busca por relações
entre essas duas ações.
O que sabemos sobre modelos intuitivos e tratamentos simbólicos para os
números reais? Essa é uma pergunta básica para saber o quanto dominamos sobre o
assunto. Ao contrário do que acontece com os números naturais, inteiros e racionais,
parece que existe uma certa negligência por parte dos textos didáticos com os números
reais a respeito dessas duas questões.
Conforme já abordado na Unidade 1, o modelo intuitivo básico para os números
reais é a noção de grandeza escalar contínua. Por grandeza escalar contínua queremos
dizer sobre algo que pode ser comparado e cuja mudança de estado se dá de modo
contínuo. Para deixar essa questão um pouco mais clara, podemos comparar amor ou dor?
Quem sente mais dor? Quanto de dor uma pessoa está sentindo? Noções como dor e amor
não são consideradas grandezas, normalmente não. E nem toda grandeza pode ser
comparada. O que é maior, verde ou vermelho? Bom, é essa ideia intuitiva que guia nossa
percepção dos números reais. Quando vemos uma sombra avançando ao longo do dia
podemos abstrair esse movimento para o conjunto dos números reais. O mesmo vale para
quando olhamos para a variação de temperatura por meio de um termômetro de mercúrio.
O que acham da seguinte composição de imagens envolvendo situações que
podem ser relacionadas com os números reais?

O conjunto dos números reais se destaca bastante dos outros conjuntos numéricos,
não só por suas propriedades, mas, curiosamente, também pelas representações que
encontramos para seus elementos. Basicamente, as representações numéricas se
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restringem à representação decimal, além de representações algébricas como √7 ou √5.

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Por outro lado, a representação na reta numérica explora bem a relação do conjunto com
seu modelo intuitivo.
As representações numéricas são fundamentais para a realização de contas,
contudo para o caso dos números reais elas não ajudam muito. Você sabe lidar com
expressões desse tipo?

• √2  1
• 1,888.... + 0,333...
• 5,12334057698...  2
• 4,101001000100001... : 
• 7 : 4,0112322445909651112...
• √2 + √3
Leitor, muita atenção para a próxima frase. De modo geral, nós não aprendemos
como tratar representações numéricas dos números reais. Isso é muito difícil! É realmente
difícil. Para começar, nem conseguimos representar direito seus elementos! Por exemplo,
sabemos que √2 é o número que satisfaz a condição x.x = 2. Mas, qual é a sua
representação numérica? No sistema de representação decimal isso fica indefinido,
qualquer tentativa de representar √2 com notação decimal terá que terminar com ..., e
sem saber o que vem depois! Vejamos um exemplo:
√2 = 1,41421356237309504880168872420969807856967187537694807317667973...

Na verdade, o que acontece para o caso dos números reais é que o estudo se torna
basicamente algébrico. Não se faz contas com números reais de modo geral, só se aplica
propriedades operacionais. Mesmo que encontremos números nas expressões, muitas
vezes não podemos efetuá-las. Um exemplo,

√2 (√3  1) + √2 – 3 = √2 .√3  √2.1 + √2 – 3 = √2.3  √2 + √2 – 3 =

= √6 + 0 – 3 = √6 – 3
Basicamente, nesse exemplo, a única conta efetuada foi 2.3 = 6. De resto só usamos
propriedades operacionais. Até a parte  √2 + √2 = 0 não é exatamente uma conta. Você,
leitor, no que pensa quando vê a sentença,  √2 + √2 = 0? Você fez alguma conta, contou
√2 coisas, aí contou  √2 coisas e as somou? Ou só usou a propriedade, a  a = 0?
Em resumo, o tratamento numérico para os números reais é uma questão bastante
delicada e na prática o que precisamos é de conhecimento algébrico, não de conhecimento
aritmético. E é isso que vamos explorar mais nessa unidade, o conhecimento algébrico.
Agora, o estudo algébrico não é nada simples. Assim, a fim de criar referências
para os conhecimentos que iremos abordar, tentaremos também associar o conhecimento
algébrico estudado a conhecimentos intuitivos.
Antes de iniciarmos a unidade propriamente, mais uma curiosidade. Os números
racionais foram criados para medir. Pelo menos muitos livros de história da Matemática
apresentam o conjunto dessa maneira. E isso parece ser o mais razoável. Agora, criaram
os números racionais para medir o quê? Não foi para medir pedras, ovelhas ou objetos de

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natureza discreta. Uma explicação que parece ser aceitável é que os racionais foram
criados para medir objetos de natureza contínua, ou melhor as grandezas escalares
contínuas. Assim, do ponto de vista intuitivo e de representação, os números reais vieram
antes dos números racionais. Entretanto, os livros didáticos sempre apresentam os
números racionais antes dos reais. Deixamos essa questão para o leitor pensar sobre.

Propriedades operacionais
A forma mais geral de se representar, respectivamente, uma soma e um produto
entre pares de números reais números reais é dada pelas expressões, respectivamente, a
+ b e ab, onde a e b representam números reais. O tratamento de expressões assim se
torna algébrico quando se dá por meio de propriedades operacionais previamente
estabelecidas. A melhor maneira de se trabalhar com as operações para números reais é
usar e abusar das propriedades operacionais dadas a seguir.
a) (x + y) + z = x + (y + z);
b) 0 + x = x + 0 = x;
c) x + (–x) = (–x) + x = 0;
d) x + y = y + x;
e) x + a = b  x = b + (a);
f) a + x = a + y  x = y;
g) (xy)z = x(yz);
h) 1.x = x.1 = x;
i) se x  0, xx1 = x1x = 1;
j) xy = yx;
l) se a  0, ax = b  x = a1b;
m) se a  0, ax = ay  x = y;
n) x(y + z) = xy + xz;
o) (x + y)z = xz + yz;
p) xy = 0  x = 0 ou y = 0;
q) (a)b = a(b) = ab.

Atividade de aprendizagem

Atividade 1: Explore as propriedades listadas anteriormente.

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a) Estude o seguinte desenvolvimento de contas. Identifique as propriedades utilizadas


ao longo das contas. Cada igualdade nessa sequência de transformações esconde uma
ou mais propriedades. Identifique-as por igualdade.

3( 7 5  2) + 7
5 = 3 7 5 + 6 + 7 5 = 3 7 5 + 7
5 + 6 =

= 3. 7
5 + 1. 7
5 + 6 = (3 + 1). 7
5 + 6 = 2 7 5 + 6.

b) Desenvolva as contas dadas a seguir realizando o máximo de transformações possível.

 2( 2  3)  2 3 / 2
i) ii)  35 + 5.34  2.33 + 12.32.

c) Encontre a média aritmética de 21, 21, 10, 28, 33, 33, 28, 10, 10, 28, 21 e 21 (soma
dos valores dividida por 12), mas evitando ao máximo de fazer contas grandes,
explore as propriedades ao máximo.
Atividade 2: As propriedades algébricas são inúmeras, só listamos algumas delas. O
estudo algébrico depende do conhecimento dessas propriedades, mas não se reduz a
decorar todas elas. Na verdade, o bom algebrista só decora algumas dessas propriedades
e aprende a deduzir todas as outras, quando necessário. Vamos trabalhar um pouco essa
ideia.
a) Considere a sequência de transformações a seguir, ela serve para justificar a
propriedade (l). Indique as propriedades usadas em cada igualdade.
ax = b  a1(ax) = a1b  (a1a) x = a1b  1x = a1b  x = a1b.
b) Desenvolva uma sequência de transformações que justifique a seguinte igualdade: (a
+ b)2 = a2 + 2ab + b2.
c) Uma das vantagens de se desenvolver competências algébricas é poder descobrir uma
relação, você não precisar esperar que alguém te diga como é a relação. Desenvolva
a expressão a seguir e descubra uma fórmula para o cubo de uma soma: (a + b)3 = ?
d) Você é capaz de desenvolver esse produto? (a – 1)(1 + a + a2 + a3 + ... + an) = ?
Atividade 3: Tratamentos algébricos não se reduzem a tratamentos literais, também
podem ser realizados com representações numéricas. O que caracteriza a postura
algébrica é a forma como se realiza transformações a partir de propriedades. Treine essa
ideia realizando transformações que levem a isolar a variável x. Vejamos só um exemplo:
x + 1 = 2x – 1  x + x + 1 = x + 2x – 1  1 = x  1  1 + 1 = x  1 + 1  2 = x. Esse
exercício pode parecer bobo, mas bem trabalhado pode ajudar a evitar diversos erros
bobos.
a) 2 – x =  + x
b) √2x = 3
c) x – 1 = √2
3

3
d) 𝑥 + 1 = 5

Atividade 4: O aluno provavelmente está acostumado com a notação de fração mesmo


1
para números reais. Contudo, já parou para pensar que uma expressão como não pode
√2
ser interpretada da mesma maneira que fazemos com frações de números inteiros?

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Podemos dividir uma pizza em √2 partes? Podemos realizar a divisão 1 : √2 pelo


algoritmo da divisão? Para os números reais, a notação de fração está relacionada com a
𝑎
noção de inverso multiplicativo: 𝑏 = a.b1, para b  0. O exercício agora é verificar que
podemos tratar algebricamente frações de reais como se fossem de racionais. Use as
propriedades algébricas para verificar que:
𝑝 𝑟 𝑝𝑠+𝑟𝑞
a) +𝑠=
𝑞 𝑠𝑞
𝑝 𝑟 𝑝𝑟
b) . =
𝑞 𝑠 𝑞𝑠

Dica: Desenvolva os dois lados da igualdade, separadamente e chegue no mesmo valor.


Esse exercício da Atividade 4 pode ser estendido para outras igualdades, caso o
aluno goste desse tipo de atividade:
a
b  a.d ; ax x b
 ; a  0 e ax = b  x = ;
c b c ay y a
d
a c a a a
  ad = cb;   ,
b d b b b
Atividade 5: Muitas contas exigem aproximações. Mas aproximações podem ter um
preço. É interessante evitar aproximações em certos cálculos, como em lançamento de
foguetes. Vejamos um exemplo.

27  15 3
a) Simplifique a expressão . Você deve obter no final o valor 3.
3(1  5 )(1  5 )
b) Encontre valores aproximados, com duas casas decimais, para 27 , 3 e 5 . Faça
as contas envolvidas na expressão do item (a) com os valores obtidos e compare os
resultados (você deve encontrar 2,98).

Estudando Álgebra com intuição


Nas atividades anteriores falamos sobre realizar transformações e deduzir
expressões a partir da competência na utilização das propriedades operacionais
apresentadas aqui. Contudo, esse estudo não é nada simples, de fato, pouquíssimos são
os alunos que conseguem ter bom desempenho no uso da Álgebra. Assim, é interessante
poder contar com outros recursos quando o aluno se deparar com algum problema de
compreensão de resultados algébricos.
Uma maneira de interpretar expressões algébricas é representá-las
geometricamente. Na Unidade 1 exploramos um pouco dessa questão. A adição de
números reais pode ser representada pela justaposição de segmentos e a multiplicação de
números reais positivos pode ser representada pela área de retângulos.

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Exemplo: Por que vale a relação a(b + c) = ab + ac? Vejamos uma justificativa para a, b,
c positivos.

b+c
b c b c
a ab ac a a(b + c)
regiões de
ab + ac mesma área

Atividade de aprendizagem

Atividade 6: Podemos utilizar representações geométricas para diversas situações


algébricas. O aluno está convidado a tentar explicações baseadas em argumentos
geométricos para as seguintes propriedades.
a) (a + b)2 = a2 + 2ab + b2
b) a+b=a+cb=c
c) √2.0 = 0
d) 1 < √2 < 2
e) ab = ba
f) a+0=a
Atividade 7: Argumentos algébricos podem ser muito convincentes, inclusive podem
enganar pessoas facilmente. Às vezes é conveniente poder contar com a intuição. Veja a
seguinte afirmação: ℝ = {0}. Ela não faz sentido, ela diz que a reta numérica é o mesmo
que um ponto, é uma afirmação que fere claramente o nosso senso comum. Contudo,
existe um argumento algébrico muito bom que justifica a afirmação. Acompanhe o
argumento a seguir. Você seria capaz de encontrar algum erro na justificativa?
Justificativa: Seja a  ℝ um número real qualquer. Façamos x = a. Então, multiplicando
por x cada membro desta igualdade, temos x2 = ax; subtraindo a2, temos x2 – a2 = ax – a2;
fatorando as duas expressões, temos (x  a)(x + a) = (x  a)a; pela lei do cancelamento
(propriedade (m)), temos x + a = a; subtraindo a, temos x = 0; ou seja, a = 0.

Resolvendo equações
Conseguir resolver equações é um assunto central. E essa capacidade depende
bastante de competência na utilização das propriedades algébricas apresentadas aqui.

Atividade de aprendizagem

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Atividade 8: Resolva as equações na incógnita x a seguir.


a) 2x + 1 = 9 b) x  3 = 1 c) 3x + 1 = 3

d) 15x = 5 e) 9x + 27 = 45 f) 3x + 1 = 0

1 5 1 1 4 3
g) x + 1= h) x + = i) 3x  =
3 2 2 3 11 7

3 1
j) 3x + 2 = x  2 k) 2  x + 3x = x + 1 l) x +  x + x2 = 1 + x2
5 2

1 3
m) 0,4x = 2,2 n) 5,5x = 0,01 o) 
x 1 2x  2
x
p)  60%
x 1
q) 2ax + 2x − √9 =1, onde a = √2  1 (Não use aproximação.)
r) 𝑎𝑥 + 2  3𝑥 = 0,1x + bc, onde a  3,1. Depois de encontrar o valor de x, diga por que
devemos considerar a  3,1.

s) x(x – 1,14) = 2x t) (x + 2)(2x + 6) = 3(x + 2)

𝑥 √3
u) a = 𝑏, onde a = eb=4
2

√2 1
v) 5 − = 2𝑥 − √2 , onde x  0
𝑥

3
𝜋 √7−𝑥
x) − 𝑥 2 − 1 = , onde x  0
𝑥

y) 7
5x+2=x

x
z) = 30%
x2

Atividade 9: Determine x sabendo que:

9
a) 10% de x é 15 b) 200% de x é 30 c) 60% de x é
5

d) 12% de x é 2,4 e) 1,5% de x é 0,1


Atividade 10: Resolva.

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a) A equação de estado de um gás ideal é dada por

pV = nRT,

onde p é a pressão, V é o volume e T é a temperatura de uma dada massa gasosa,


atm.litro
contendo n moles do gás. A variável R representa a constante 0,082 . Um
mol.K
recipiente de volume igual a 8,0 litros contém um gás à temperatura de 300 K sob uma
pressão de 5,0 atm. Determine o número de moles do gás colocados no recipiente.
b) Determine o número inteiro que somado a 35% dele mesmo resulta em 270.
c) O comprimento da circunferência é C = kd, onde d representa o diâmetro da
circunferência e k é uma constante. Para um determinado valor de d encontrou-se C
= 34,01. Qual é o valor de C quando d é 5,2 vezes maior?

Resolvendo inequações
A noção de ordem já foi bastante trabalhada nas unidades anteriores. Mas, o
principal aspecto ainda não foi devidamente abordado, a compatibilidade entre a relação
de ordem e as operações aritméticas. Estamos falando de situações do tipo, suponha a <
b. O que vai acontecer se operarmos a e b? Será que a relação se mantém? Essa é a
pergunta de modo bem geral. Vejamos a questão mais precisamente.
A relação de ordem que definimos goza das seguintes propriedades básicas.
O1) x > 0 e y > 0  x + y > 0 e xy > 0.
O2) Dado x  ℝ, uma, e só uma, das três alternativas ocorre: ou x = 0, ou x > 0 ou x < 0.

Atividade de aprendizagem

Atividade 11: O aluno consegue interpretar as duas propriedades básicas de


compatibilidade da ordem com as operações aritméticas?
a) Faça um desenho que ilustre a implicação: x > 0 e y > 0  x + y > 0.
b) Faça um desenho que ilustre a implicação: x > 0 e y > 0  xy > 0.
c) Faça um desenho que ajude a explicar por que uma, e só uma, das três alternativas
ocorre: ou x = 0, ou x > 0 ou x < 0.
d) Após realizar as atividades anteriores, faça outro exercício, procure uma
explicação por meio de tratamentos simbólicos para os mesmos fatos. Veja que
isso não é bem simples.
e) Nem sempre é simples estabelecer boas explicações matemáticas para um aluno.
Por outro lado, é importante que todo conhecimento seja acompanhado de boas
justificativas. Só apresentar propriedades e usar analogias, ou pensamentos
indutivos, não é uma boa opção didática, no futuro o aluno pode pensar que essa

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propriedade é sempre verdadeira, óbvia. E não é bem assim. Quem já estudou


números complexos, por exemplo, sabe que essas propriedades podem falhar: O
que podemos falar, 2 + i > 0 ou 2 + i < 0 ou 2 + i = 0?

As seguintes propriedades decorrem das propriedades básicas da noção de ordem.


Mas também podem ser justificadas, ou entendidas por outros meios.
a) x < y e y < z  x < z.
b) Dados x, y  ℝ, exatamente uma das seguintes possibilidades ocorre: x = y, x < y
ou y < x.
c) x < y e z ℝ  x + z < y + z.
d) x < y e z  ℝ +  xz < yz.
e) x < y e z  ℝ   yz < xz.
f) x  0  x2 > 0.
g) x < 0 e y > 0  xy < 0.
h) x > 0  x1 > 0.
i) x, y > 0 e x < y  y1 < x1.
j) Dado x  ℝ, x < x + 1.
k) 0 < x < y  xn < yn.

Como acabamos de falar, não é interessante decorar estas propriedades. É claro


que em primeiro lugar é importante saber que elas existem. No futuro, se fizer
manipulações algébricas em uma inequação (expressão com desigualdade, em vez de
igualdade), você deve saber que existem certas regras a serem seguidas. Contudo, também
é importante ter uma noção da justificativa destas propriedades. A vantagem de se
entender e interpretar os fatos é que, precisando ou na dúvida do enunciado, pode-se
deduzir uma propriedade na hora, para não correr riscos de erro.

Veja dois exemplos de dedução de propriedade.

Verificação da propriedade (c): Se x < y e z ℝ, então

0 < y  x = y + 0  x = y + z  z  x = y + z  (x + z),

ou seja, (y + z)  (x + z) > 0, donde x + z < y + z.

Assim, verificamos que x < y e z  ℝ  x + z < y + z.

Verificação da propriedade (a): Basta desenhar os dados da propriedade.

x y z

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Pelo desenho, fica claro que se x < y e y < z então teremos também x < z.

Observação: Veja, na verificação da propriedade (c), como o conhecimento das


propriedades operacionais ajuda a montar argumentos de justificativas. Por outro lado,
veja, na verificação da propriedade (a), como que a representação geométrica pode ser,
em certos casos, extremamente útil, e de simples utilização. Atenção! Não é o objetivo
deste curso fazer verificações de todas as propriedades, muito menos verificações
rigorosas. Mas acreditamos que fazer algumas verificações, mesmo que de forma
intuitiva, pode ser uma boa oportunidade para preparar melhor o leitor para estudos
futuros. Para o aluno mais interessado, é um ótimo exercício tentar verificar todas as
propriedades anteriores.

O conhecimento das propriedades sobre desigualdade é muito útil para a resolução


de inequações.

Exemplo: Vamos resolver a inequação 3x + 1 < 2x. O procedimento é bastante parecido


com o de resolução de equações. (Mas não é igual!) Utilizando a propriedade (c) duas
vezes, temos:

3x + 1 < 2x  3x + 1 + (2x) < 2x + (2x)  x + 1 < 0 

 x + 1 + (1) < 0 + (1)  x < 1

Assim, 3x + 1 < 2x  x < 1. Ou seja, a solução da inequação, 3x + 1 < 2x, é todo x  ℝ
tal que x < 1.

Exemplo: Vamos resolver a inequação 4x < 3. Só precisamos isolar x. Para isto, segundo
1
a propriedade (d), basta multiplicar os dois lados da inequação por , para, então, obter
4
1 1 3
.4x < .3. Daí, x < .
4 4 4

Aluno, é preciso ter muita consciência no uso destas propriedades. Por exemplo,
a propriedade (c) não tem nenhuma restrição e o resultado tem uma certa simetria. Ele
afirma que se x < y então x + z < y + z. Já no caso do resultado (d), existe uma restrição,
ele só vale para z > 0. Contudo, ainda existe uma simetria. Quando x < y e z >0, temos xz
< yz. No caso da propriedade (e), a restrição é que se tenha z < 0 e existe uma assimetria
no resultado. Quando x < y e z < 0, temos xz > yz. Note como que o sinal troca de lado.

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Exemplo: Para resolver a inequação, 1  √2x < 2, podemos proceder assim:

1  √2x < 2  (1) + 1  √2x < (1) + 2   √2x < 1   √2x < 1 

1 1 1 √2
(−√2). (−√2)x > (−√2).1  x > − =− .
√2 2

Não deixe de notar a troca de sinal no momento da multiplicação dos dois membros por
um número negativo, aluno.

Atividade de aprendizagem

Atividade 12: Resolver uma inequação significa encontrar todos os valores que
satisfazem a desigualdade colocada no problema. Conforme já estudamos, a maneira de
apresentar essa coleção de elementos se dá pela definição do conjunto das soluções,
muitas vezes chamado de conjunto solução. Os três últimos exemplos apresentam como
resposta para uma inequação uma desigualdade. Você é capaz de apresentar o conjunto
solução de cada exemplo:
a) por lista?
b) por propriedade?
c) por notação de intervalo?
d) por representação na reta numérica?
Os exemplos não especificam, mas, como estamos em uma unidade mais voltada para os
números reais, devemos admitir que o conjunto solução envolve números reais. Os
próximos problemas terão enunciados mais precisos.
Atividade 13: Diga se é verdadeiro ou falso: a < 0.
Atividade 14: Resolva a inequação sobre a variável x  ℝ dada a seguir:
x x 1
a) 2x + 1  x + 6 b) 2  3x  x + 14 c) 
2 3

3
d) 2(x + 3) > 3(1  x) e) 3(1  2x) < 2(x + 1) + x  7 f) 2x+1< x
2

𝑥
Atividade 15: Existe um maior número inteiro que seja solução da inequação 3 + 9 < 17?
E um número real?
Atividade 16: Um aluno apresentou a seguinte solução para uma inequação:

Com base nessa resposta, qual é a inequação que ele resolveu?


a) 3x – 5 > 2x  4 b) 2 – x  x – 1 c) 2x  3

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Atividade 17: Encontre uma inequação cujo conjunto solução seja uma união disjunta de
dois intervalos.
Atividade 18: Um aluno resolveu uma inequação em ℝ e apresentou a seguinte resposta
gráfica.

Explique por que a resposta não está correta e qual poderia ser a resposta correta.
Atividade 19: Um aluno resolveu uma inequação e apresentou a seguinte resposta, S =
[1, +).
a) De acordo com a resposta do aluno reescreva o conjunto solução definindo-o por
propriedade.
b) O aluno foi testar sua resposta e verificou que o número 9 não verificava a
desigualdade inicial do problema. Apresente uma explicação plausível para o que
pode ter acontecido.
Atividade 20: O conjunto solução da inequação ax + 1 > 3 é (, 7). Qual é o valor de
a?
Atividade 21: Justifique porque a implicação a < x e b < y  a  b < x  y é falsa (utilize
a representação geométrica).
Atividade 22: Justifique porque a equação x2 = a não tem solução quando a < 0.
1
Atividade 23: O Considere a inequação > 2. Descubra a propriedade que foi
𝑥
desrespeitada no desenvolvimento a seguir:
1 1
> 2 ⟺ 1 > 2𝑥 𝑒 𝑥 ≠ 0 ⇔ 𝑥 < 2 𝑒 𝑥 ≠ 0, logo o conjunto solução é uma união de
𝑥
1
intervalos, a saber S= (−∞, 0) ∪ (0, 2).

Note que esse conjunto contém números que não resolvem a inequação, como x =
2, x = 1/2. Onde está o erro???
Atividade 24: O sentido numérico para os diferentes conjuntos numéricos pode variar
bastante. Contudo, é muito comum estudantes pensarem sobre números reais, ou números
racionais, como se fossem números inteiros. Assim, é muito comum um aluno pensar que
o produto é sempre maior do que seus fatores. Mais precisamente, temos o seguinte:
Dados a e b números reais, então ab  a, b. Você acha que essa afirmação é verdadeira?
Analise a questão.

Raiz n-ésima, a solução da equação xn = a


O estudo algébrico desenvolvido até agora serve para números reais assim como
serve para números racionais. Se o leitor conferir em textos didáticos, provavelmente

Cederj
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Matemática Básica Unidade 5 – Álgebra
de corpos numéricos – 1ª parte

encontrará que as propriedades operacionais para os números reais são as mesmas para
os números racionais. Cuidado, isso é falso!
Um exemplo, todo polinômio de grau ímpar pode ser fatorado no conjunto dos
números reais, mas nem sempre isso é verdade no campo dos números racionais. Um caso
ainda mais simples, sempre podemos fatorar em ℝ a expressão x2 – a, se a  0, basta fazer
2
x2 – a = x2 – (√𝑎) = (x  √𝑎)(x + √𝑎). Mas não podemos fatorar x2 – 2 em ℚ, por
exemplo.
Vamos encerrar a Unidade 5 com algumas informações sobre raízes reais de
equações do tipo xn = a, onde a  ℝ.
Antes, vamos relembrar a definição de potência. Dados a  ℝ e n  ℕ*, dizemos
que a potência de a de expoente n é o número
an = a.a.a. ... .a (n fatores).
Note que, no caso n = 1, an = a1 reduz a a1 = a (um único fator).

Atividade de aprendizagem

Atividade 25: Analise o valor de a2 para diferentes valores de a. Explore o máximo de


valores possíveis. Você pode fazer uma tabela de valores, pode até usar uma planilha
eletrônica. Com base nos valores estudados, complete:
a) a2 > a, quando a ....
b) a2 < a, quando a ....
c) a2 = a, quando a ....
Atividade 26: Vamos analisar a variação da potência a2, com a base sendo uma variável
no conjunto dos números reais.
a) Nas figuras a seguir a primeira é uma representação genérica do cálculo de
potência para expoente 2. A segunda ilustra a potência 22 = 4. Faça um desenho
que represente 32 = 9.

Cederj
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Matemática Básica Unidade 5 – Álgebra
de corpos numéricos – 1ª parte

b) Visualize a variável a assumindo valores grandes, tão grandes quanto se queira.


O que acha que acontece com a2 na sua imagem mental sobre a figura que
representa a potência de a com expoente 2?
c) Visualize a variável a assumindo valores positivos próximos de 0, tão próximos
quanto se queira. O que acha que acontece com a2 na sua imagem mental sobre a
figura que representa uma potência?
d) Agora vem a parte chave. Visualize a variável a sofrendo pequenas variações, ela
muda de uma posição da reta numérica para outra logo ao lado, bem próxima. O
que você acha que acontece com a variação de a2? Você percebe que essa variação
também será pequena?
e) Vejamos uma questão particular, baseada na próxima figura.

Na figura, a2 está próximo do número , mas não é igual. E se fizéssemos a um


pouco menor, sofrendo uma variação bem pequena, você acha que é possível fazer
a2 coincidir com ? Pense sobre isso, visualize a e a2 se movendo de acordo com
a configuração apresentada. Se você entendeu a noção de continuidade contido
entre as propriedades dos números reais deve perceber que em algum momento,
mexendo em a, teremos a2 = . É essa ideia que nos permite chegar a seguinte
Conclusão: Para todo número real positivo c existe número real positivo a tal
que a2 = c.
Notação: Dado um número real c  0, o número real a  0 tal que a2 = c é chamado
de raiz quadrada de c e denotado por √𝑐. Portanto, dado c  0, √𝑐 é o número real
2
positivo tal que (√𝑐) = c.

Atividade 27: Uma questão sobre o sinal.

a) Calcule √9.
b) Determine todas as soluções de x2 = 9.
c) Analisando a definição de √𝑐, é correto escrever √9 =  3? Explique o que pensou.
d) Calcule √𝑥 2 para x = 2, x = 2 e x = 3. Pensando nesses exemplos, podemos
escrever que √𝑥 2 = x para todo x  ℝ?

Seguindo imagens semelhantes às usadas para expoente 2, ou trabalhando com


uma planilha de valores, e mantendo a ideia de continuidade dos números reais, podemos

Cederj
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Matemática Básica Unidade 5 – Álgebra
de corpos numéricos – 1ª parte

perceber que a equação xn = a, quando a > 0 e n  ℕ*, sempre terá uma solução em ℝ e
que esta solução é positiva. Na verdade, podemos facilmente verificar que a solução
positiva encontrada é única (veremos isto na Unidade 7). Em resumo, dada uma equação
xn = a, com a > 0 e n  ℕ*, existe um único número b  ℝ+ (isto é, b é real e b > 0) que
satisfaz tal equação. Em particular, dados a > 0 e n  ℕ*, sempre podemos falar em n a ,
a única solução de xn = a. Quando a < 0 e n  ℕ* é ímpar, é possível mostrar que o símbolo
n
a também faz sentido, pois a equação xn = a também tem solução e esta é única. Quando
a = 0 e n  ℕ*, o símbolo n a tem significado óbvio, pois 0n = 0.

Gabarito
Atividade 1:
7 7 7 7 7 7
⏟ − 3. √5 + (−3). (−2)𝜋 + √5 =
a) −3( √5 − 2𝜋) + √5 = ⏟ − 3√5 + 6𝜋 + √5
𝑛) 𝑞) 2 ×
7 7 7 7 7
⏟ − 3 √5 + √5 + 6𝜋 =
= ⏟ (−3 + 1). √5 + 6𝜋
⏟ − 3. √5 + 1. √5 + 6𝜋 =
𝑑) ℎ) 𝑜)
7
=
⏟ − 2√5 + 6𝜋
𝑞)

3
−2(√2−3𝜋)+2 ⁄2 −2√2 +6𝜋+2√2 6𝜋
b) i) = = = 6
𝜋 𝜋 𝜋

ii) −35 + 5. 34 − 2. 33 + 12. 32 = 33 [(−3 + 5)3 − 2 + 4] = 27.8 = 216

21  21  10  28  33  33  28  10  10  28  21  21

Média = 12
c)
4.21  3.10  3.28  2.33
 
12

3(4.7  10  28  2.11) 2(14  5  14  11) 14  14  16


    7  7  8  22
12 4 2
Atividade 2:
a) ax = b  a1(ax) = a1b  por (i)
a (ax) = a b  (a a) x = a b
 1  1  1  1
 por (g)
(a a) x = a b  1x = a b
 1  1  1
 por (i)
1x = a b  x = a b
 1  1
 por (h)
b) (a + b)2 = (a + b)(a + b) = (a + b)a + (a + b)b = aa + ba + ab + bb =
= a2 + ab + ab + b2 = a2 + 2ab + b2. (O próximo exercício é reconhecer as
propriedades usadas nas passagens.)
c) (a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3.

Cederj
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de corpos numéricos – 1ª parte

d) É só aplicar a distributiva e sair simplificando: (a – 1)(1 + a + a2 + a3 + ... + an) = an1


 1.
Atividade 3:
a) 2 – x =  + x  2 + 2  x  x = 2 +  + x  x  0  2x = 2 +  + 0 
𝜋−2 𝜋−2 2−𝜋
 2x =   2  (2)1.(2x) = (2)1.(  2)  1.x = −2  x = − 2 = 2 .
Note que o exercício pode incluir diversas transformações. E o exercício pode parecer
um excesso, detalhista de mais, mas é ótimo para desenvolver consciência sobre
contas efetuadas.
3√2
b) √2x = 3  √2. √2x = √2.3  2x = 3√2  x = . É claro que podemos fazer isso
2
de outras maneiras.
c) x – 1 = √2  x – 1 + 1 = √2 + 1  x = √2 + 1  1.x = 1.(√2 + 1)  x =
3 3 3 3

3
√2+1
. É claro que o aluno não precisa ser detalhista a todo momento como na
𝜋
passagem de isolamento do , lembre-se que isso é só um exercício.
3 3 3 3 3
d) + 1 = 5  + 1  1 = 5  1  = 4  x. = x.4  3 = 4x  x = .
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥 4

Observação: Esse detalhamento nas contas foi só um exercício, para o estudante ter
consciência do que está fazendo. Na prática fazemos todas essas passagens de cabeça. Só
anotamos as passagens essenciais para não nos perdermos ou para o leitor nos
acompanhar.
Atividade 4:
𝑝 𝑟
a) + 𝑠 = pq1 + rs1 = (não vejo muito mais o que fazer e vou parar por aqui. A dica é
𝑞
recomeçar pelo outro lado)
𝑝𝑠+𝑟𝑞
= (ps + rq)(sq)1 = (ps + rq)s1q1 = pss1q1 + rqs1q1 = pq1 + rs1.
𝑠𝑞
𝑝 𝑟 𝑝𝑠+𝑟𝑞
Juntando os dois desenvolvimentos, concluímos que 𝑞 + 𝑠 = .
𝑠𝑞
𝑝 𝑟 𝑝𝑟
b) . = pq1 . rs1 = pr. q1s1 = pr. (qs)1 = 𝑞𝑠 .
𝑞 𝑠

Atividade 5:
√27−15√3 3√3−15√3 −12√3
a) = = = 3.
√3(1−√5)(1+√5) √3(1−5) −4√3
b) Consideremos as aproximações: √27  5,20, √3  1,73, √5  2,24. Então:
√27−15√3 5,20−15.1,73 −20,75
 1,73(1−2,24)(1+2,24) = −6,950448 = 2,98.
√3(1−√5)(1+√5)

Atividade 6:

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a)

b)
É preciso saber interpretar os desenhos, desenvolver um argumento que explique
de alguma maneira a propriedade. Nesse caso, podemos ver, a partir da figura, que
quando a + c < b + c, não importando os valores atribuídos para as três variáveis,
o ato de retirar o termo c da desigualdade é equivalente, segundo a interpretação
geométrica, a um deslocamento ao longo da reta (uma translação) de c unidades.
Fazendo isso para a e b, ao mesmo tempo, é claro que a relação de ordem é
preservada. Ou seja: a + b = a + c  b = c.
c) A figura fica um retângulo de altura 0, o que significa um segmento, donde deve
ter área zero.

0 1 √2 √3 2
d)
e) Se você girar um retângulo a área não muda.
f) Se a representa um ponto da reta numérica, somar com 0 significa transladar o
ponto a uma distância igual ao tamanho de 0, ou seja, não há deslocamento.
Atividade 7:
O problema é que só podemos aplicar o cancelamento para fatores que sejam diferentes
de zero. Na justificativa, o cancelamento foi feito com x – a que, com a hipótese feita, é
nulo.
Atividade 8:
4 22 22 11
m) 0,4x = 2,2  x  4x = 22  x = = = 5,5
10 10 4 2

55 1 1
n) 5,5x = 0,01  x x
10 100 550

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1 3
o) Para 𝑥 ≠ 1, −1, temos 𝑥−1
=
2𝑥+2
⟺ 2𝑥 + 2 = 3𝑥 − 3 ⟺ 𝑥 = 5.
𝑥 𝑥 60 3 3
p) Para 𝑥 ≠ −1, 𝑥+1
= 60% ⟺ 𝑥+1 = 100 = 5 ⟺ 5𝑥 = 3𝑥 + 3 ⟺ 2𝑥 = 3 ⟺ 𝑥 = 2.

q) Substituindo o valor de a na equação, obtemos (2√2 − 2)𝑥 + 2𝑥 − √9 = 1 ⟺ 2√2 𝑥 = 1 +


4 2
√9 = 1 + 3 ⟺ 𝑥 = 2 2 = 2 = √2.
√ √

bc  2
r) Se ax + 2  3x = 0,1x + bc, temos (a  3,1)x = bc  2, donde x = . A restrição a
a  3,1
 3,1 é para garantir a última passagem. Se tivéssemos a = 3,1, equação ficaria 0.x = bc
 2 e poderia não ter solução, caso bc  2 fosse diferente de zero.
7 7 7
y) √5x + 2 = x − π → √5x − x = −2 − π → x( √5 − 1) = −2 − π →
−2 − 𝜋
x= 7
√5 − 1
6𝜋
z) Temos x = (x + 2)3/10, donde 10x = 3x + 6, donde x = 10+3𝜋.

Para os outros itens pegue a sua resposta e substitua na expressão. Veja se o valor
coincide.
Atividade 9:
1
a) 10% de x é 15  .x = 15  x = 15.10  x = 150
10

b) 200% de x é 30  2x = 30  x = 15

9 3 9
c) 60% de x é  x= x=3
5 5 5
12 24
d) 12% de x é 2,4  x  x = 20
100 10

15 1 100 20
e) 1,5% de x é 0,1  1,5%x = 0,1  x x= 
1000 10 15 3
Atividade 10:
pV 58 40
   1,63
a) n = RT 0, 082  300 24 , 6 .

Observação: Como este é um problema prático, faz sentido arredondar o valor da resposta
(pois, sendo um problema prático, todas as medidas envolvidas estão sujeitas a erros e,
portanto, não se pode garantir o valor exato da resposta, só aproximações).
b) Se n representa tal número, temos n + 35%n = 270, donde 1,35n = 270, donde n =
270/1,35 = 200. (Note que o problema fala sobre número inteiro, mas o caminho para
determiná-lo ocorreu entre os números racionais.)

Cederj
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c) Se você entende como funciona uma relação de proporção direta, nem precisa lidar
com questões algébricas, por proporção já sabemos que C = 5,2  34,01 = 176,852.
Atividade 11:

a)
Se essa figura não deixou claro a ideia de que a soma de positivos é positiva, veja
um caso onde um dos termos não é positivo.

b) Podemos usar a representação geométrica apresentada na unidade 1.

c) Faça um desenho da reta numérica orientada (marcando o 0 e o sentido da reta, a seta)


e tente escolher um lugar para colocar um elemento x. Quais são as opções?
d) A tarefa nesse item não é justa, é uma pegadinha. Toda explicação depende de
conhecimento prévio. E os conhecimentos iniciais dos números reais nunca são muito
claros, no contexto didático. E nós ainda estamos nesse contexto. Vocês só
conhecerão o contexto matemático nas disciplinas de Álgebra e Análise. Nós não
vimos conhecimentos matemáticos que permitissem explicar essas propriedades por
meios operacionais!
Atividade 12:

Estamos falando dos exemplos: (i) 3x + 1 < 2x (x < 1) (ii) 4x < 3 (x < ¾) (iii) 1  √2x <
√2
2 (x > − ).
2

a) Não, para nenhum dos exemplos. Estamos falando de inequações em ℝ (mesmo que
isso não tenha sido explicitado) e nesses exemplos não podemos listar todas as
soluções.
√2
b) (i) {x  ℝ : x < 1} (ii) {x  ℝ : x < ¾} (iii) {x  ℝ : x > − }
2
√2
c) (i) (, 1) (ii) (, ¾) (iii) (− , +)
2

Atividade 13:
Bom, precisamos aceitar uma questão aqui. Para uma expressão assim ser considerada
verdadeira devemos entender que ela deve ser verdadeira independentemente do valor de

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de corpos numéricos – 1ª parte

a considerado. Como estamos falando aqui sobre números reais, não tem como essa
expressão ser verdadeira. Se a = 1, o enunciado não é verdadeiro. Esse atividade não
tem nada de mais, é só para lembrar que expressões como r não significam número
negativo.
Atividade 14:
Antes de olhar o gabarito dessa questão lembre-se que o conjunto solução deve ser
apresentado segundo critérios já estudados aqui, ou seja, deve ser definido por lista, por
propriedade, por notação de intervalo ou por representação na reta numérica. Se você não
fez isso, volte para o exercício e termine-o antes de verificar o gabarito.
a) 2x + 1  x + 6  2xx  6  1  x  5.
Assim, S = {x  ℝ | x  5}.
12
b) 2  3x  x + 14  x  3x  14  2  4x  12  x   x  3.
4
Assim, S = (, 3].
c) S = {x  ℝ | x  2}.

d)
e) S = (8/9, + ).
3 3 3
f) √2 𝑥 + 1 < 2 𝑥 ⇔ √2 𝑥 − 2 𝑥 < −1 ⇔ 𝑥 (√2 − 2) < −1
−1 1 2
⇔𝑥> 3 ⇔𝑥> 3 = 3−2√2, (note que a mudança de sinal ocorreu porque√2
(√2 − ) ( −√2)
2 2
3
< 2). Assim, S é representado na reta numérica por

Atividade 15:
x x
Temos que  9  17  < 8  x < 24. Assim, o maior número inteiro que é solução
3 3
x
da inequação  9  17 é o maior número inteiro x tal que x < 24. Ou seja, x = 23. No
3
entanto, não existe um maior número real no interior do intervalo (∞, 24), que seja
solução desta desigualdade. (Isso é uma curiosidade, por enquanto. Em outras disciplinas
mais para frente do curso você irá ver o porquê. É consequência de uma propriedade do
conjunto dos números reais. Sempre existirá um número real maior do que qualquer outro

Cederj
21
Matemática Básica Unidade 5 – Álgebra
de corpos numéricos – 1ª parte

que você imaginar e menor que um outro que você imaginar no interior de um intervalo
aberto.)
Atividade 16:
Como a figura indica que a extremidade do intervalo é parte da solução, podemos excluir
de cara o item (a). Mais ainda, sabemos que a solução é do tipo x  a. Assim, podemos
excluir o item (c). Por exclusão, temos que o aluno resolveu a inequação do item (b). (Se
quiser, você pode resolver as três inequações e ver qual bate com a solução da figura.
Atividade 17:
2
Que tal x  0? Também poderia ser x2 > 0. Uma interessante, 𝑥 < 1.

Atividade 18:
A primeira parte é fácil. A resposta não está correta por que ele não fez nenhuma
indicação de que estava considerando outros pontos da reta sem ser os números inteiros
indicados, 2, 1, 0, 1, 2, 3, .... Sem essa indicação, o leitor fica sem saber se o aluno
sabia o que estava fazendo.
A segunda parte é bem mais complicada. Na verdade, não dá para saber qual é exatamente
a resposta. Poderia ser (3, +) ou [2, +) ou (2,7; +) ou [2.1, +), as
possibilidades são infinitas.
Atividade 19:
a) {x  ℝ | x  1}
b) Segundo a resposta apresentada pelo aluno, o 9 deveria ser uma solução particular do
problema inicial. Um erro que podemos esperar é que o aluno tenha trocado o sinal
da desigualdade, provavelmente por que chegou numa expressão do tipo x  1 e
multiplicou por 1, mas se esquecendo de trocar o sinal para x  1. É uma
possibilidade.
Atividade 20:
Se ax + 1 > 3 então ax > 2, donde x > 2/a ou x < 2/a (não dá para saber o que vai acontecer
aqui, pois não sabemos o sinal de a). Por outro lado, o problema diz que a solução é x <
7. Assim, temos que ter 2/a = 7, donde a = 2/7. Note que com a sendo negativo,
2
verificamos que o valor encontrado para a atende ao problema, ou seja, − 7x + 1 > 3 de
fato tem como solução o conjunto dos x  ℝ tais que x > 7.
Atividade 21:
Note que a  b < x  y ⟺ 𝑎 − 𝑥 < 𝑏 − 𝑦 ⟺ 𝑥 − 𝑎 > 𝑦 − 𝑏. Portanto, se
tomarmos a < x tal que a distância de x a a, x  a, seja menor ou igual à distância de y a
b, y  b, teremos 𝑥 − 𝑎 ≤ 𝑦 − 𝑏 ⟺ 𝑥 − 𝑦 ≤ 𝑎 − 𝑏, portanto a desigualdade do
enunciado é falsa, pois não vale em geral.

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Tome por exemplo a=2, x=3, b=1 e y=4, então a < x, b < y, porém 1= a  b > x  y =
1. Há uma infinidade de outros exemplos, encontre outros. Acompanhe a explicação a
partir do desenho a seguir.

b a y x

Atividade 22:
Observe que 𝑥 2 ≥ 0, ∀𝑥 ∈ ℝ, logo não existe x real cujo quadrado seja negativo. Assim
a equação dada não tem solução no conjunto dos números reais.
Atividade 23:
É preciso lembrar que multiplicar ambos os membros de uma inequação por uma variável
é complicado, pois não sabemos qual é o sinal da variável, donde não sabemos se devemos
1
mudar o sinal de desigualdade. O erro está na passagem: 𝑥 > 2 ⟺ 1 > 2𝑥.

Atividade 24:
Claramente, não, a propriedade não é verdadeira. Basta verificar com algum exemplo
numérico adequado, digamos a = 0,5 e b = 0,1. Agora, você pode ampliar a análise,
verifique o que acontece com a relação entre ab e seus fatores, quando a = 2 e b = 0,1,
quando a = 0,3 e b = 3.
Atividade 25:
a) a > 1 ou a < 0.
b) a > 0 e a < 1. (0 < a < 1)
c) a = 0 ou a = 1.
Atividade 26:

a)
b) Podemos acompanhar a figura acima, visualizando a correndo para direita e a reta
paralela que indica a2 se inclinando. O ponto de interseção vai cada vez mais para
longe. Ou seja, a medida que a aumenta, a2 também aumenta, e a2 é sempre maior do
que a.
c) Agora situação muda um pouco, quando a diminui, fica menor do que 1, a reta que
define a2 fica por baixo da reta que liga 1 e a. Assim, veremos a2 menor do que a, isto
é, teremos 0 < a2 < a. Assim, quando a se aproxima de 0, a2 também se aproxima de
0 e é sempre menor do que a.
d) Essa é uma questão de percepção, é individual. O exercício aqui é imaginar a variação
a2 em termos de variação da inclinação das retas, a medida que a varia.

Cederj
23
Matemática Básica Unidade 5 – Álgebra
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Atividade 27:
a) Estamos procurando o número real a tal que a  0 e a2 = 9. Sabemos que 3 satisfaz
essas condições. Logo, √9 = 3.
b) Agora o problema é bem diferente. Temos que 32 = 9 e (3)2 = 9. Na próxima unidade
veremos por que a equação x2 = 9 só pode ter suas soluções! Temos que S = {3, 3}.
c) Não é correto, pois √9 é por definição um número positivo.
d) Não é correto escrever √𝑥 2 = x, veja x = 1, por exemplo.

Cederj
24

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