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CIÊNCIA POLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS

DISCIPLINA:

Tema: A prevalência e aplicabilidade da cidadania na sociedade Moçambicana

Estudante: Duduque dos Anjos Castigo

PEMBA, OUTUBRO 2019


CIÊNCIA POLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS

DISCIPLINA:

Tema: A prevalência e aplicabilidade da cidadania na sociedade Moçambicana

Estudante: Duduque dos Anjos Castigo

Trabalho de carácter avaliativo,


como tema: A prevalência e
aplicabilidade da cidadania na
sociedade Moçambicana. A ser
entregue no dia 20 de Outubro
do ano corrente.

PEMBA, OUTUBRO 2019


ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 1

2. Objectivo Geral ..................................................................................................................................... 1

3. Objectivo específico.............................................................................................................................. 1

4. A PREVALÊNCIA E APLICABILIDADE DA CIDADANIA NA SOCIEDADE


MOÇAMBICANA ........................................................................................................................................ 2

4.1. CONCEITO DE CIDADANIA .................................................................................................... 2

4.1.1. TIPOS DE CIDADANIA.......................................................................................................... 2

4.1.2. EFEITOS PRODUZIDOS PELA APLICABILIDADE DA CIDADANIA ............................. 2

5. A CIDADANIA EM MOÇAMBIQUE ................................................................................................ 3

5.1. A PREVALÊNCIA DA CIDADANIA EM MOÇAMBIQUE ..................................................... 4

5.1.1. APLICABILIDADE DA CIDADANIA EM MOÇAMBIQUE ............................................... 4

5.1.2. O IMPACTO DA CIDADANIA EM MOÇAMBIQUE ........................................................... 5

6. CONCLUSÃO ...................................................................................................................................... 6

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................. 7


1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho que tem como tema intitulado “A prevalência e aplicabilidade da
cidadania na sociedade Moçambicana”. Sobre o tema em alusão já muito se tem escrito entre
nós, muitas vezes em sentido divergente ou em várias direcções, sobretudo quando se trata de
delimitar e articular o âmbito de actuação dos cidadãos moçambicanos); quando está em causa
definir a relevância da cidadania em Moçambique; ou quando se procura sinalizar os efeitos
produzidos pela prevalência e a aplicabilidade da cidadania na sociedade moçambicana.
Naturalmente, não temos a pretensão de ultrapassar aqui todas as barreiras interpretativas, ou de
nos pormos absolutamente de acordo sobre a generalidade das questões que se colocam a
propósito da cidadania em Moçambique. No entanto, duas convicções terão todos: − A
convicção de que a discussão conjunta e “a troca de perspectivas” nos permitirão sempre chegar
a melhores decisões, desde logo porque nos forçam a pôr em causa a certeza adquirida e porque
nos obrigam a testar o peso ou a firmeza dos argumentos. Falar de cidadania em Moçambique
significa rebuscar inúmeros aspectos da história de um País do século XX e, tentar condensá-los
para justificar o conceito, sendo assim, não se mostra tarefa fácil e muito menos algo que possa
ser esgotado numa reflexão apenas, contudo, a necessidade de abrir esta página, e tentar entender
o real significado de cidadania em Moçambique apresentam-se-nos algo irresistível, devido aos
conturbados momentos que marcam o quotidiano moçambicano

2. Objectivo Geral
O trabalho em alusão tem objectivo geral: compreender que tipo de cidadania foi
construído em Moçambique, sua prevalência e sua aplicabilidade na sociedade moçambicana.

3. Objectivo específico
 Compreender os conceitos básicos inerentes ao tema em alusão;

 Perceber a finalidade e importância da cidadania

 Compreender os Efeitos produzidos pela aplicabilidade da cidadania.


 Compreender o impacto da cidadania em Moçambique
Para a elaboração desta, fez-se uso do tipo de pesquisa bibliográfica e o método de pesquisa
dedutivo, pelo que partimos do surgimento da segurança social num contexto amplo, e tudo
culminou com o seu especial regime.

A pesquisa qualitativa fora a usual, neste sentido fez-se levantamento de elementos


bibliográficos que com base nos aspectos sociais, reais e legais ou jurídicos.

No que toca a técnica de recolha de dados, o grupo fez uso de Microsoft world10.

E a técnica de interpretação de dados, foi o hermenêutico.


4. A PREVALÊNCIA E APLICABILIDADE DA CIDADANIA NA SOCIEDADE
MOÇAMBICANA
4.1. CONCEITO DE CIDADANIA
Marshall (1967) divide o conceito de cidadania em três partes ou elementos, que são: o
civil, o político e o social. O primeiro composto pelos direitos à liberdade individual-liberdade de
ir e vir, liberdade de imprensa, pensamento e fé, o direito à propriedade e de concluir contratos
válidos e o direito à justiça; o segundo constituído pelo direito de participar no exercício do
poder político, como um membro de um organismo investido da autoridade política ou como um
eleitor dos membros de tal organismo e o terceiro e último se refere a tudo o que vai desde o
direito a um mínimo de bem-estar económico e segurança ao direito de participar por completo
na herança social e levar a vida de acordo com os padrões que prevalecem na sociedade.

Rosário (1994), acrescenta ao conceito de cidadania à dimensão psicológica que segundo


ele “permite ao indivíduo considerar-se membro da sua cidade, saber quem é e o que deve fazer
e, ainda que lugar ocupa Portanto o conceito de cidadania usado para a nossa reflexão será
resultante de uma combinação do conceito de Marshall e o acréscimo de Rosário.

4.1.1. TIPOS DE CIDADANIA


Turner (1990) define duas tradições de cidadania: a passiva (que é o resultado da
obtenção da mesma, via Estado) onde o Estado gere o espaço público, mantém a iniciativa de
mudança e vai incorporando aos poucos os cidadãos à medida que vai ampliando os seus
direitos, e a activa (que é a obtenção da mesma como resultado de uma luta pelos direitos civis,
políticos e sociais).

4.1.2. EFEITOS PRODUZIDOS PELA APLICABILIDADE DA CIDADANIA


Rosário (1994), a cidadania é responsabilidade perante nós e perante outros, consciência de
deveres e de direitos, impulso para a solidariedade e para a participação. A cidadania é a
insatisfação perante o que é injusto ou o que está mal, é vontade de aperfeiçoar, de servir, é
espírito de inovação, de audácia, de risco, é pensamento que age e acção que se pensa.

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5. A CIDADANIA EM MOÇAMBIQUE
Sendo Moçambique um país resultado da dominação colonial portuguesa, a diversidade
étnica é algo conflituoso de tal forma que, os moçambicanos transfronteiriços vivem quase
sempre num dilema, pois acabam não sabendo a que realidades efectivamente pertencem, por
partilharem com os cidadãos dos países vizinhos não só a mesma língua, como também a mesma
cultura. Partimos da seguinte premissa: factores convergentes contribuíram para que em
Moçambique se criasse uma cidadania passiva, via Estado e, para melhor defendermos a nossa
postura adoptamos uma cronologia provavelmente conflituosa. Entenda-se que não se trata aqui
de criar balizas cronológicas definitivas, consideramos apenas algumas etapas que melhor se
enquadrariam à nossa reflexão. Com a criação da Frelimo em 1962 e o início da luta armada em
1964, os indígenas e alguns assimilados, pela primeira vez tiveram a oportunidade de comungar
os mesmos ideais, lutando por uma causa comum, na esperança de poderem viver num país livre
e sentirem-se cidadãos em toda sua plenitude. Houve aqui uma mudança significativa onde os
indígenas tiveram que aceitar uma entidade abstracta como a pátria, como objecto de lealdade
suprema, acima da família e de outros grupos primários. Este já era um ingrediente mais do que
crucial para a criação da cidadania. A Frelimo era para os indígenas (de ora em diante
moçambicanos), o seu representante único e legítimo, o aglutinador de todas as aspirações e
vontades, enfim, o único veículo para obtenção da cidadania. O surgimento de um inimigo
comum despertou sentimentos de patriotismo nunca antes vistos. Não se questionava aqui o que
era ser cidadão, quais os direitos e deveres, mas a pátria acima de tudo.

Buscando um exemplo que de certa forma se aproxima de Moçambique, teríamos o caso


da cidadania brasileira, que nas palavras de Murilo de Carvalho (1996) “nossa
tradição oitocentista está mais próxima de um estilo de cidadania construída de cima para baixo,
em que predominaria a cultura política súbdita, quando não a paroquial”. Carvalho faz uma
incursão pelos primórdios da história brasileira e mostra como a ditadura militar no seu país
contribuiu para que se criasse uma cidadania passiva, onde o brasileiro se tem mostrado cada vez
mais passivo e, constitui-se como actor social com base nas demandas estaduais. Muito
provavelmente, para alguns moçambicanos, este poderá ter sido um dos grandes momentos de
questionamento da sua cidadania enquanto factor psicológico, isto é, enquanto conscientização
dos seus direitos e deveres. Portanto, a guerra acabou favorecendo a solidificação da cidadania
passiva, uma vez que todo o esforço do Estado visava eliminá-la, fazendo uma vez mais com que

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a população partilhasse dos ideais comuns, isto é, do fim da guerra como pressuposto para a
liberdade e a democracia.

5.1. A PREVALÊNCIA DA CIDADANIA EM MOÇAMBIQUE


Weimer, B. (2012), O facto de o país registar ainda índices bastante elevados de pobreza
absoluta documenta a distância que, pelo menos em termos constitucionais, separaria
Moçambique da cidadania. Não é, porém, necessário adoptar uma definição tão rígida de
cidadania para se reconhecer que é possível falar de cidadania mesmo quando existem
circunstâncias estruturais que limitam o alcance da sua prática em Moçambique. Tudo isto, no
contexto de Moçambique, acontece sob o pano de fundo de uma sociedade que se constitui
historicamente nos esforços individuais de garantia de dignidade humana individual.

Em 1990 entrou em vigor a nova constituição que reza o direito à participação dos
cidadãos na vida política, o direito a livre associação, etc. A nova constituição foi para muitos
moçambicanos a grande oportunidade de pela primeira vez participar activamente na vida
política, formar grupos de interesse ou até mesmo voltar a acreditar num Moçambique onde se
pudesse consolidar a democracia. Em 1994, realizaram-se as primeiras eleições livres e
multipartidárias. O moçambicano, que não conhecia o voto secreto e directo, sentiu-se livre e
simultaneamente desordenado, por confrontar-se com uma nova realidade.

5.1.1. APLICABILIDADE DA CIDADANIA EM MOÇAMBIQUE


Carvalho (1996) a cidadania é aplicada na sociedade moçambicana pese embora muito
pouca, mas mesmo assim se pode dizer que aplicasse, a título de exemplo é a nossa Constituição
da República que sugere uma concepção de cidadania baseada em direito. Ela enumera, por
exemplo no seu capítulo V, uma série de direitos sociais e económicos, tais como o direito à
educação, saúde, habitação, assistência na velhice e incapacidade e trabalho. A simples
enunciação deste conjunto de direitos sugere a ideia de que a cidadania se defina pelo seu
usufruto.

Capela (2004), analisando pode-se notar que em Moçambique a cidadania foi construída de
cima para baixo, isto é, foi construída uma cidadania passiva e/ou estado-cêntrica. Tal
passividade resulta de vários factores, dentre eles: a delimitação das fronteiras (imposta pelo
Estado colonial); o período da revolução socialista onde o processo de construção da nação foi

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através da submissão da população ao Estado; o fato da Frelimo ter agido numa lógica de partido
único, no qual a manifestação do movimento social na sua diversidade era inaceitável; a crença
numa ”revolução” do Estado, que se transformou no instrumento privilegiado e o lugar de
realização da unidade nacional e construção da cidadania e, por último, a guerra civil que dividiu
os moçambicanos, fazendo com que uma vez mais o Estado continuasse a dirigir os destinos do
País seguindo uma nova realidade, mas, criando uma cidadania cada vez mais passiva.

5.1.2. O IMPACTO DA CIDADANIA EM MOÇAMBIQUE


Melber (2011), Moçambique é uma das sociedades mais pobres mais subdesenvolvidas no
mundo. Embora a pobreza e a falta de infra-estruturas tenham muitas consequências sociais e
políticas, talvez a mais importante, do ponto de vista do desenvolvimento democrático do país,
sejam as limitações que esses obstáculos colocam à capacidade de os seus habitantes actuarem
com cidadania plena.

Clapham (2012), Não é, porém, necessário adoptar uma definição tão rígida de cidadania
para se reconhecer que é possível falar de cidadania mesmo quando existem circunstâncias
estruturais que limitam o alcance da sua prática. Na verdade, é possível defender a ideia segundo
a qual a história moçambicana se teria constituído no exercício eficaz de cidadania. Durante o
período colonial, por exemplo, a sua extensão dentro de certos limites jurídicos a apenas alguns
sectores da população – aos europeus e aos “assimilados” – fez dela uma possibilidade real para
a maioria da população e passou a ser a base da mobilização da acção individual e colectiva

Dito doutro modo, a cidadania parece ganhar a sua força como ideia normativa que serve de
referência não só para os políticos como também para a população dum modo geral. Quando é
possível exigir a cidadania e colocar essa exigência no centro da confrontação política, torna-se
legítimo falar de cidadania, mesmo quando a sua exigência resulta da sua negação.

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6. CONCLUSÃO

Não quisemos aqui concluir que não existe reacção popular as iniciativas governamentais,
mas sim mostrar que até mesmo o desenvolvimento de tais acções, ou atitudes contestatórias têm
sempre o viés da aquisição da nossa cidadania, portanto a via estado-cêntrica é intrínseca ao
desenvolvimento da nossa história cidadã.
Quando se questiona a falta de agressividade do cidadão perante os inúmeros
acontecimentos do quotidiano, uma das respostas que se pode dar é que tal atitude seria sem
dúvida resultado do nosso percurso, que acabou contribuindo para a criação de uma cidadania
súbdita e às vezes paroquial. Dai a inferência de termos desenvolvido uma cidadania.
Sem dúvida que cabe a nós lutar por uma verdadeira cidadania como contraposição a esta
cidadania construída.
Claro que se pode questionar, como é que um povo que se rebelou e lutou pela
independência do seu país pode ter constituído uma cidadania passiva? Ou como é que um povo
que mesmo durante o período colonial manifestava-se organizando greves, pode ter adquirido a
cidadania via Estado? O que aconteceu na verdade foi que todas essas conquistas foram
reivindicadas e aglutinadas num Estado que, com o decorrer do tempo foi favorecendo algumas
elites transformando-se num Estado elitista e clientelista, como resultado da adopção da via
socialista. E como o socialismo concentra uma burocracia complexa que segundo Weber (2000),
após a sua instalação está entre as formas mais difíceis de destruir, o que agora vivemos não é
nada mais do que apanágio do nosso percurso.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 CAPELA, José. Moçambique pelo seu povo. Porto: Afrontamento, 1994.
 CARVALHO, José. M de, Cidadania: tipos e percursos, Estudos históricos, Rio de
Janeiro, 1996.
 HEDGES, David, História de Moçambique Vol. II: Moçambique no Auge do
Colonialismo, 2ª ed. Maputo: Imprensa universitária, 1999.
 MARSHALL, T. H. Cidadania, classe social e status. Rio de Janeiro: Zahar, 1967
 ROSÁRIO, Lourenço do, “Contribuição para uma reflexão sobre a ideia de
identidade e cidadania em Moçambique, Lisboa: Edições universitárias Lusófonas,
1996.
 MELBER, B, Economia e sociedade - Fundamentos da sociologia compreensiva. Vol.
I 4ª edição. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2000.
 TURNER, Fundamentos da sociologia compreensiva. Vol. I 4ª edição. Brasília:
Editora Universidade de Brasília, 1990.

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