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DISCIPLINA:
DISCIPLINA:
Trabalho de carácter
avaliativo, como tema:
estrutura de um processo de
negociação A ser entregue no
dia 20 de Outubro do ano
corrente
2.1.6. IMPLEMENTAÇÃO.................................................................................................... 3
4. O OBJECTO DO CONFLICTO.............................................................................................. 4
7. CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 7
Objectivo Geral
Objectivos específicos
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2. ESTRUTURA DE UMA NEGOCIAÇÃO
No processo de negociação devemos cumprir algumas etapas para se alcançar os
objectivos. Assim, estratégias e tácticas devem ser seguidas para se evitar ou minimizar o
aparecimento de impasses, que fatalmente aparecerão.
2.1. PREPARAÇÃO
Thompson (2005), a preparação compreende a identificação de metas e objectivos,
análise da situação negocial e definição das estratégias e tácticas negociais. No que tange o
acordo de paz de agosto de 2019 em Maputo, entre a FRELIMO e a RENAMO, este teve como
principal objectivo a reconciliação nacional em Moçambique, como também se alcançar a paz
efectiva, se trazendo a ideia de que Moçambique nunca mais voltará a guerra, mas também teve
como objectivo pautar-se pelas eleições justas e transparentes. Cuja FRELIMO esteve
representado pelo Chefe do Estado, Filipe Nyusi e a RENAMO, representado Ossufo Momade.
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2.1.3. DEBATE
Chiavenato (1999), na posse da informação, o negociador, nesta fase, age no sentido de
persuadir a outra parte num determinado sentido. É neste estágio que os negociadores fazem o
enquadramento das suas expectativas, confirmam ou questionam suas ideias e demonstram ou
escondem seus interesses. Porem os interesse foram comuns, isto porque as duas partes querem a
reconciliação nacional e a transparência eleitoral e justas assim como a inclusão dos cidadãos
moçambicanos,
2.1.4. PROPOSTA
Oliveira (1992), Consiste em fazer alinhamento de alguns pontos para satisfazer as
expectativas das partes envolvidas. Os negociadores apresentam um conjunto de ofertas, às quais
os seus oponentes responderão com contra-ofertas até chegarem a um acordo satisfatório para
ambos. Os negociadores, isto é, a FRELIMO e a RENAMO trouxeram consigo as seguintes
propostas: Moçambique nunca mais voltará a Guerra e que sempre sempre haverá dialogo,
afirmou Filipe Nyusi; todos devem praticar actos que protegem a paz e manutenção da união dos
moçambicanos, afirmou Ossufo Momade.
2.1.5. FECHO
O Fecho é fase crucial, marcada pela definição das posições dos negociadores e
estabelecimento de compromisso mútuo apresentando uma ou mais soluções.
2.1.6. IMPLEMENTAÇÃO
A negociação considera-se finalizada quando tudo o que foi acordado estiver
devidamente cumprido ou executado. Se poder afirmar de forma categórica de que esta a ser
implementado o acordo, uma vez que até a gora vê-se campanhas a serem feitas de forma
harmónica, também pode se ver a inclusão dos militares da RENAMO na Policia da República
de Moçambique e a desmilitarização dos meemos.
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3. TIPO DE CONFLITO QUE LEVOU AS PARTES A ENCETAR AS NEGOCIAÇÕES
Segundo Lalande, (2013) “conflito é uma relação de dois poderes ou de dois princípios,
cujas aplicações exigem de um mesmo objecto determinações contraditórias”. Em uma
negociação, o conflito, na maioria das vezes, sempre aparecerá, pois a negociação não ocorre
com todos concordando ou não concordando com as propostas feitas. O tipo de conflito que
levou as partes a encetar as negociações, foi o conflito político militar, uma vez que o país
enfrentava uma avassaladora perseguição política que culminou com a morte de vários homens
da Frelimo e da Renamo, deste modo já havia uma tensão política militar e consequentemente
uma separação entre as duas partes, então sentiu-se a necessidade de se chegar a uma acordo de
mo a colocar fim a este problema que o país enfrentava, neste caso o conflito político militar. A
história de conflito armado e instabilidade violenta em Moçambique remonta a um passado
distante e faz parte da herança do colonialismo. Durante a maior parte do período colonial, de um
modo geral, Portugal não teve força suficiente para impor qualquer tipo de poder unitário e
organizado sobre todo o território do que viria a ser Moçambique.
4. O OBJECTO DO CONFLICTO
Porém, a caracterização do conflito foi uma questão controversa, quanto mais não fosse
como resultado da recusa de ambos os lados em conceder a mínima legitimidade ao oponente, se
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reivindicava a democracia, muito precária, a transparência dos processos eleitorais, a
transparência na gestão da coisa pública e que os moçambicanos sejam considerados pelo facto
de serem moçambicanos e não por pertencerem a determinados partidos Através destes excertos,
pode-se deparar que os militantes da RENAMO que visam ocupar cargos públicos numa
eventual vitória, incluindo o seu líder, tornaram-se mais susceptíveis as vantagens dos recursos
do partido dominante, e sendo assim eles tornaram-se mais radicais.
Nesse contexto, para Macamo (2014), a tensão político-militar que se vive actualmente
em Moçambique não é exclusivamente uma disputa entre dois partidos políticos: é, também, um
choque entre o Estado de Direito e uma cultura política autoritária profundamente hostil à
cidadania.
5. O CONTEXTO NEGOCIAL
Sempre foi evidente a fragilidade do Acordo de Maputo3 como instrumento de retorno à
paz, à estabilidade política e a uma lógica democrática de relação social. Desde que foi celebrado
(com todos os “holofotes”) como um instrumento que colocaria fim a aproximadamente dois
anos de acções militares. Os sociólogos Peter L. Berger e Thomas Luckmann, no livro “a
construção social da realidade: tratado para uma sociologia do conhecimento” (2012), destacam
a realidade da vida quotidiana de Moçambique, a Renamo e a Frelimo não foram em si
suficientes para garantir um progresso significativo na construção democrática do país.
Porem o ambiente negocial faz a reunião de acordo no próprio ambiente porque conhecemos
todos os meios e podemos a qualquer momento, uma vez que sentiu-se a harmonia entre os dois
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partidos nem por motivos internos, foram interrompidos para atender a um superior ou resolver
algum problema de ambos partidos. A reunião não foi no ambiente do adversário, se tive o
controlo sobre os acontecimentos logísticos, e tudo e todos estavam familiarizados com o
ambiente, gerando, assim, uma harmonia no processo de negociação. No ambiente desses o
benefício é que pode solicitar um adiamento, tendo como justificativa, a necessidade de consultar
a outra parte. Outra vantagem é que ao se deslocar para qualquer o ambiente, as partes
demonstraram que estavam abertos para concessões. Quando a negociação é em ambiente neutro,
a vantagem inicial é daquele que consegue ter ao seu lado os especialistas e o material
necessário, e isso exige esforços em nível da organização.
Não podemos esquecer de que o processo de negociação deve ser pautado por um
comportamento ético e de confiança mútua entre as partes. Por dizer, que a arte de negociar é
fazer com que os negociadores saiam do processo de negociação com a sensação de terem feito
um bom negócio ou um bom acordo, e que o fechamento de um processo de negociação é o
resultado da encenação e interpretação de dois ou mais artistas que a seu modo e estilo buscam a
satisfação e o atingimento real do objectivos das partes envolvidas.
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7. CONCLUSÃO
A Negociação está cada vez mais presente no nosso quotidiano. Vivemos num mundo
globalizado, e num ambiente típico de mudanças e conflitos. Essa realidade do mundo em
transformação faz com que jogos de interesses se choquem, e com isso surgem os conflitos, além
de diversos outros factores que interferem no processo relacional das pessoas dos grupos e
organizações. Sobre esses aspectos, procuramos através de uma linguagem clara e objectiva,
mostrar a importância do processo de negociação dentro deste contexto.
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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RITA, Ferreira António, Moçambique, cultura e história de um país. Coimbra:
Instituto de Antropologia, Universidade de Coimbra, 1988.
CHIAVENATO, Paulo, Ciência Política, Malheiras editores, 10 edição actualizada,
1999.
THOMAS Luckmann, a construção social da realidade: tratado para uma sociologia
do conhecimento” Coimbra, 2012.
MACAMO Elisio, “Da paz negativa à paz positiva: uma perspectiva sobre o papel
das forces armadas moçambicanas num contexto de segurança em transformação”,
Estudos Moçambicanos, Maputo, 2004.
BRITO, Luís, Agora eles têm medo de nós: uma colectânea de textos sobre as
revoltas populares em Moçambique, Maputo, 2012.
THOMPSON Jack, Espíritos vivos, tradições modernas: possessão de espíritos e
reintegração social pós-guerra no sul de Moçambique. Maputo, 2002.