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Amarchande Daniel Maricoa


Clementina E. Alfredo Tarieque
Delfino Sebastião
Flório Fernando Roia
Hilenia Alfredo de Nascimento
Mainente Carlos Adriano
Magalhães Esperado F. Paulo
Muanzo Faustino

Estudos Contemporâneos em Educação

Universidade Rovuma
Nacala-Porto
2019
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Amarchande Daniel Maricoa

Clementina E. Alfredo Tarieque

Delfino Sebastião

Flório Fernando Roia

Hilenia Alfredo de Nascimento

Mainente Carlos Adriano

Magalhães Esperado F. Paulo

Muanzo Faustino

Conflito, Paz e Desenvolvimento

Trabalho de carácter avaliativo da


cadeira de Estudos Contemporâneos
em Educação 4 ° Ano, no curso de
Licenciatura em Ensino Básico,
leccionada pela docente: MA. Marta
João Machava

Universidade Rovuma

Nacala-Porto

2019
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Índice
Introdução ..................................................................................................................... 4
Conceito de Educação ................................................................................................... 5
Educação para Pais e Resolução de Conflitos .............................................................. 5
Conflito e Negociação .................................................................................................. 7
O lado positivo do conflito ........................................................................................... 7
Concepção sobre a Paz na situação Actual ................................................................... 9
Exemplos concretos ...................................................................................................... 9
Significado da Paz Interna .......................................................................................... 10
Algumas ferramentas nos ajudam na busca incessante da Paz Interior ...................... 10
Conceito de Conflito ................................................................................................... 11
Tipos de Conflitos ....................................................................................................... 12
Conflito Interpessoal ................................................................................................... 13
Conflito Interpessoal ................................................................................................... 13
Conflito Intergrupal .................................................................................................... 14
Importância da paz para o Desenvolvimento .............................................................. 14
Imagens internacionais sobre os países em Guerra .................................................... 15
Impacto de Conflito e pós-conflito e o papel da Economia ........................................ 17
Impacto dos conflitos armados sobre a população civil ............................................. 17
Conclusão.................................................................................................................... 18
Referȇncias Bibliográficas .......................................................................................... 19
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Introdução

O trabalho em referência é um resumo ou síntese dos pontos previamente referenciados


como são os casos de Educação para pais e a resolução de conflitos, situação actual da
paz, significado da paz interna, tipos de conflitos, importância para o desenvolvimento e
imagens internacionais em matéria de avaliação em torno dos países com relativa ou
total ausência de paz ou em situação de guerra.
De forma prévia, sintética e sumária, o grupo procurou versar desses aspectos em
referência e que pelo elevado teor dos pontos podemos considerar como não sendo um
trabalho finalizado o que remete a consulta de outras referências bibliográficas.

Desta feita, convidamos e desejamos ao alocutário para que tenha uma leitura
minuciosa.
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1-Conceito de Educação
Considerando a educação como um fenómeno social, histórico e cultural, entende-se
que ela pode acontecer em qualquer lugar e a qualquer momento e com qualquer pessoa,
podendo ser transmitida de pai para filho, ou de anciãos a aprendizes, de professores a
alunos, de alunos a alunos, independente do sexo, raça ou idade.

Educação para Brandão (2005), é uma prática social da qual cujo fim é o
desenvolvimento do que na pessoa humana pode ser aprendido entre os tipos de saber
existentes em uma cultura, para a formação de tipos de sujeitos, de acordo com as
necessidades e exigências de sua sociedade.

2-Educação para Pais e Resolução de Conflitos


Jares deixa claro, em suas reflexões, que não se pode hesitar e nem transigir diante da
violência, em especial, no que diz respeito à educação. Alerta que, à educação deve-se
dedicar maior atenção, pois, no longo prazo, dela se pode esperar melhores frutos. E,
dentre os diversos aspectos pertinentes à educação, sobre dois deles entende ser
fundamental debruçar-se: o conteúdo dos programas educacionais e a formação dos
professores. O conteúdo precisa tratar da cultura da paz e dos direitos humanos; os
professores devem ser entendidos como agentes/condutores do processo educacional e
para tal preparados.
E, na dimensão organizacional, Jares diz que “um projecto curricular de educação para a
paz e direitos humanos tem de abordar a relação dos termos organizacionais estrutura,
normas, estilo de direcção, participação, comunicação, sistema de relações, tratamento
de conflitos, avaliação institucional, etc. Com os valores e objectivos que tal projecto
busca”. (p. 87). Destaca a importância da criação de um clima de confiança, segurança e
apoio mútuos no ambiente escolar, e o situa como factor que torna o trabalho mais
agradável tanto para os professores como para os alunos. Essas condições fazem
emergir uma atmosfera de interactividade positiva para o desenvolvimento das
actividades que favorecem, entre educandos e educadores, a comunicação, o respeito, o
interesse e o compromisso colectivo voltados à consecução da paz e dos direitos
humanos. A escola, assim constituída e democraticamente organizada, tornasse terreno
fecundo para a consolidação da educação para a democracia e para os direitos humanos
e, complementarmente, facilita o desenvolvimento e a utilização de estratégias para uma
solução não violenta dos conflitos que surgem no quotidiano. A resolução de conflitos,
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nesse contexto, sedimenta a democratização dos centros escolares e a emancipação dos


membros envolvidos.
Os professores precisam ser preparados com habilidades e conhecimentos teórico-
práticos dos conteúdos-chave que devem fazer parte do processo da formação dos
jovens. Devem ter a compreensão positiva de conflitos, isto é, entender que é necessário
enfrentá-los como um valor que pode e deve gerar debates que acabam resultando em
base para a crítica pedagógica. O conflito não é algo que tenha um jeito único e,
portanto, uma resposta generalizada para todo tipo de situação. A intervenção tem de
valer-se da combinação de saberes vertidos das diversas disciplinas que se ocupam da
matéria. Ainda, outros aspectos são igualmente importantes e fundamentais na
preparação do quadro docente. Para Jares, o professor deve saber distinguir e considerar
o que há de diferente entre agressividade e violência. A agressividade faz parte da
conduta humana, entendida como combatividade positiva, como força para a auto-
afirmação física e psíquica do indivíduo, e não necessariamente deva se transformar em
violência.
Ao professor cabe distinguir, separar e intervir de forma adequada. Diante dos conflitos
devemos ser duros com os problemas, mas sensíveis com as pessoas. (GANDHI apud
JARES, 2008).
Quando trata do estímulo a uma cultura da paz, Jares assim se pronuncia: Consideramos
que a educação para a convivência não pretende transmitir unicamente determinadas
estratégias e habilidades para resolver conflitos.” (p. 185-186). Para ele há um objectivo
mais amplo e ambicioso: “construir uma nova cultura e relações sociais onde a violência
não faça sentido”. (p. 186). Uma cultura que respeite a diferença, a diversidade de raças,
as culturas e os credos. Uma cultura de solidariedade, de tolerância e implacável na
defesa da liberdade, da democracia e dos direitos humanos. É preciso aprender a
conviver.
Muitas das vezes não é aconselhável resolver um conflito imediatamente quando ocorre,
mas sim permitir um pequeno intervalo, para que as emoções fortes que aparecem na
altura da sua ocorrência não façam com que digas coisas das quais te irás arrepender.
Para além disso, este intervalo também te dá um tempo de preparação (pensares bem no
que queres e como queres dizer as coisas). É também importante escolher uma altura em
que haja tempo para se falar calmamente (p.e. não escolher um espaço de 10 minutos
entre duas aulas) e em privado (deves escolher um local em que possam falar a sós, sem
serem interrompidos).
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É importante dar a voz a cada um dos envolvidos e resolver o conflito em conjunto.


Importa dizer que, na resolução de conflitos existem etapas pré-definidas para uma
resolução de conflito de forma saudável para uma paz nomeadamente:
 Etapa: Preparação
 Etapa: Exposição
 Etapa: Assegura-te que foste compreendido
 Etapa: Ouve o outro
 Etapa: Assegura-te que compreendeste o outro
 Etapa: Identificação conjunta do problema
 Etapa: Procura de soluções
 Etapa: Negociação (o objectivo da resolução do conflito não é “ganhar”, mas sim
chegar a uma solução que seja satisfatória para ambos)
 Etapa: avaliação.
A educação para a paz está sendo, paulatinamente, organizada no mundo inteiro. A
iniciativa é maior nos países desenvolvidos, onde institutos com esse propósito estão
sendo criados. A educação para a paz é multidisciplinar, mas, em um primeiro
momento, ficam evidenciadas as necessidades de análises jurídicas sobre o limite legal
ou político, sociológicos e comportamentais sobre o limite social, económicos e
logísticos sobre o limite económico e, finalmente, administrativos e políticos sobre os
limites organizacionais da cidadania. Geografia, Sociologia, Teologia, Economia são
apenas alguns poucos exemplos de áreas do conhecimento que permeiam o tema paz,
cujo desenvolvimento académico se faz premente.

2.1-Conflito e Negociação
A negociação é um processo de conflitos em que as partes intervenientes,
voluntariamente, procuram construir um acordo no sentido de impedir o
desenvolvimento de hostilidade para fases mais agudas. Ou seja a negociação procura
construir um acordo no sentido de impedir o desenvolvimento da hostilidade para fases
mais agudas. A negociação visa evitar enfrentar a confrontação directa. É um processo
dinâmico em que as duas ou mais partes fazem cedências e exigências mútuas.

2.2-O lado positivo do conflito


Vivemos em sociedade, integrados em diferentes grupos sociais e é no seio da
interacção com os outros que surgem os conflitos.
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O conflito é uma tensão que envolve pessoas ou grupos quando existem tendências ou
interesses incompatíveis. Na verdade, o antagonismo de interesses é, pois, uma hipótese
plausível para a origem dos conflitos, quer sejam de ordem ideológica, cultural,
religiosa, económica, cultural ou política.
É também suficientemente ampla, abarcando a escassez de recursos, o antagonismo de
crenças e as assimetrias de poder. Uma vez instalados, os conflitos podem ser
reactivados e alimentados pelos preconceitos e atitudes negativas.
De facto, o conflito enfatiza uma perspectiva negativa, com aspectos perturbadores em
relação à organização social e um exemplo de um conflito onde está presente esta
“versão” negativa é o desentendimento israelo-árabe, cujo processo se tem vindo
arrastar há mais de 50 anos, sem trazer benefícios para nenhuma das partes.
Porém, esta faceta desagradável dos conflitos não pode esconder o papel favorável da
sua dinâmica para a mudança e progressos sociais.
É estranho assimilar a ideia de que os conflitos possuam um lado positivo, mas é
verdade que esta ideia se constata quer a nível interpessoal quer a nível intragrupal.
Os conflitos interpessoais (o que cada um de nós vive quando está perante motivações
que são incompatíveis) são positivos porque depois de ultrapassados somos capazes de
responder de forma mais adaptada à situação que vivemos.
Ao nível intragrupal os conflitos também contam com o seu carácter positivo, isto
porque o confronto é gerador de mudança que é fundamento de evolução e do
desenvolvimento social.
Perdendo a conotação totalmente negativa, os conflitos são encarados como um
elemento vital à mudança. Muitos avanços a que se assistiu ao longo da história
resultaram de inúmeros conflitos que conseguiram dinamizar grupos humanos.
A título de exemplo, pensemos no contributo dos conflitos entre os negros e os brancos
para o reconhecimento da igualdade de todos os cidadãos ou então pensemos talvez nas
manifestações em Paris lideradas por estudantes em Maio de 1968 que abalaram o
sistema político vigente em França tendo como consequência a melhoria do
funcionamento de inúmeras instituições sociais.
Os conflitos são uma realidade e podem ser úteis nas diferentes instâncias, isto porque
impedem a estagnação e estimulam o surgimento de ideias e estratégias.
Contudo apesar de os conflitos incrementarem um carácter pernicioso estes também
possuam um carácter positivo inerente à vida social do Homem.
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3-Concepção sobre a Paz na situação Actual


O estudo da paz é, notoriamente, multidisciplinar e complexo. A coexistência de
tendências díspares do pensamento nas Ciências Políticas dificulta ainda mais a
compreensão e o trabalho de análise sobre o significado real de paz. Desse modo, a
ideia principal é tentar listar alguns conceitos relevantes nas Ciências Políticas,
oferecendo uma base teórica para quem se predispor a estudar o tema paz.
A palavra paz, usualmente, significa a ausência da guerra. Os termos guerra e paz
seriam, nesse caso, opostos, antónimos. São, portanto, situações extremas. E estão, de
fato, situadas em pólos opostos. Mas entre uma e outra existem situações e estágios
intermediários.
Johan Galtung (1995) tenta definir melhor a palavra paz ao apontar os conceitos de uma
paz negativa e de uma paz positiva. A paz negativa, segundo esse ilustre professor, é a
mera ausência da guerra, o que não elimina a predisposição para ela ou a violência
estrutural da sociedade. A paz positiva, por outro lado, implica ajuda mútua, educação e
interdependência dos povos. A paz positiva vem a ser não somente uma forma de
prevenção contra a guerra, mas a construção de uma sociedade melhor, na qual mais
pessoas comungam do espaço social.

3.1-Exemplos concretos
No caso de Moçambique, um dos exemplos da paz a implementação do Acordo Geral
de Paz (AGP) trouxe transformações de relevo na sociedade moçambicana, no que
tange à organização do Estado, Constituição da República, estruturação, organização e
composição das Forças Armadas.
 Introduziu o processo de realização de eleições regulares, de cinco em cinco anos,
para a escolha do Presidente da República e Deputados da Assembleia da República.
 Introduzimos critérios e modalidades para formação e reconhecimento de partidos
políticos.
Infelizmente, ao cabo de pouco mais de 20 anos de Paz, registaram-se de novo
desentendimentos de natureza política, que acabaram desembocando num outro conflito
armado, causando muitas mortes e destruições, mas acima de tudo, a economia e
predisposição dos investidores nacionais e estrangeiros.
Para acabarmos com este conflito pós-independência, foi assinado a 05 de Setembro de
2014, um Acordo de Cessação de Hostilidades em Maputo, convencidos de que era a
última vez.
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O tempo veio provar que não foi último, uma vez que, um ano depois, as divergências
pós-eleitorais agudizaram-se, culminando num novo conflito armado.
Das lições aprendidas, ficou evidente que a paz efectiva e duradoura é uma construção
que exige muito esforço e empenho permanentes.
A Paz efectiva implica a eliminação dos factores que alimentam o conflito, a
organização do Estado que satisfaça a todos e a promoção de uma vida melhor para
todos, um exercício que envolve a participação de todos.

3.2-Significado da Paz Interna


A sensação de Paz Interior é decorrente de nossa harmonização interior. Harmonizar
nossos pensamentos, sentimentos, vontades, impulsos, rompantes, amores são nossos
alvos a perseguir. À medida que avançamos nesses processos, experimentamos novas
sensações, novos sentimentos de amor, bondade, perdão êta palavrinha difícil que por si
só nos realimentam de motivação para a vida, para o querer auto-conhecer-se cada vez
mais.

3.3-Algumas ferramentas nos ajudam na busca incessante da Paz Interior


 Leituras Explicativas: de fácil absorção, do tipo auto-ajuda. Há inúmeros títulos que
nos propiciam caminhos vários para o equilíbrio emocional, equilíbrio espiritual, as
respostas de nossos por quês.

 Minuto de Silêncio: é o que sempre aconselho e oriento as pessoas. Um minutinho


apenas de seu dia, porém, se possível, todos os dias, no mesmo local e no mesmo
horário. Chamar seus anjos de guarda, seus protectores espirituais e seus amigos
espirituais. Rezar uma oração com bastante fervor. Aquietar a tagarelice de sua
mente – sei que não é fácil, porém só se consegue com persistência e escutar o
silêncio. Seus canais começam a abrirem-se, Você oportunista que aquelas pessoas
chamadas, realizem seu trabalho. As condições básicas, os pré-requisitos
fundamentais foram executadas. Esse exercício diário, proporcionará a limpeza de
suas auras, de suas chacras, inclusive a harmonização deles. Ou seja, Você passará a
reunir condições adequadas de trabalho para que seus Amigos o conduzam
paulatinamente ao caminho da Paz Interior.
Paralelamente, Você estará assumindo compromissos com outros procederes, como por
exemplo, as Leituras Explicativas e algumas das demais ferramentas aqui mencionadas.
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 Orações: o exercício frequente proporciona a ligação com o Criador. Não sabemos


aquilatar o benefício real da prece rezada com fervor, reverência, respeito sublime.
Tanto para o caso de pedirmos algo, como, e às vezes até esquecemos, no caso de
agradecermos alguma coisa recebida ou não.
 Pensamentos Elevados: alguém já disse que somos o que pensamos. O pensamento
atrai. Tem vida. Direcciona nos poderosos armam a emissão de pensamentos. Só
caminhar. Emitimos ondas, à velocidade superior à da luz.

 Caridade: isso mesmo. Muitos de nós alegamos que não temos jeito para darmos um
prato de sopa, de comida na rua. Mas caridade não resume-se apenas nisso. É muito
mais do que isso. Isso de dar um trocado a alguém que realmente precise é caridade,
porém, de um modo bastante superficial. Devemos ofertar caridade com serviços
concretos de auxílio ao próximo. Ajudar a quem necessita, de forma activa,
responsável. Compromisso assumido. Formal. A ajuda esporádica auxilia, sem
sombra de dúvida. Mas queremos receber sempre. Se possível, diariamente. Doar-
se, entregar-se, ajudar a quem precisa, retribuir, pelo menos em parte aquilo que
tanto queremos receber, nem pensar. Não na mesma hora, na mesma intensidade.
Daí, a necessidade de ser algo formal e assumir compromissos. Voluntariado é um
exemplo. Fazendo o melhor, seremos melhores. Sendo melhores, reuniremos as
condições, os pré-requisitos para trilharmos o caminho mais rapidamente possível.
 Sem dúvida alguma, trata-se de uma nova postura de vida. A Sabedoria Divina
somente nos agraciará, se formos merecedores. Temos que fazer por onde. Trocando
nossas lâmpadas queimadas, nos despoluindo, buscando um pouco mais de
informações a respeito nas leituras explicativas, agregando os benefícios do Minuto
de Silencio, reuniremos condições ideais e permissivas para paulatinamente
obtermos a Paz Interior.

4-Conceito de Conflito
Para HAMPTON (1991): “conflito é o processo que começa quando uma parte percebe
que a outra parte frustrou ou vai frustrar seus interesses”. Não necessariamente acontece
entre duas pessoas, podendo existir entre dois grupos, um grupo e uma pessoa, uma
organização e um grupo. Está ligado à frustração, que é o fato que desencadeia o
conflito.
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Desencadeado esse processo, o fenómeno conflito pode ter um efeito construtivo ou


destrutivo, dependendo da maneira como ele é administrado.
O conflito surge quando há a necessidade de escolha entre situações que podem ser
consideradas incompatíveis. É um conjunto de palavras que reflectem o sentido de
divergência, desacordo, desaprovação, desentendimento.
Trata-se de um fenómeno subjectivo, muitas vezes inconsciente ou de difícil percepção.
As situações de conflito podem ser resultado de uma tensão que envolve pessoas ou
grupos quando existem tendências ou interesses incompatíveis.

LEBEL (1984) caracteriza o conflito como "... Um reconhecimento e um confronto de


nossas diferenças; ele constitui uma fonte de enriquecimento mútuo potencial; é uma
ocasião de fecundação; é um germe de progresso".
Segundo Lebel, não se pode definir um desacordo apenas por uma única dimensão.
Assim, propõe três tipos de classificação:
a) Sobre os comportamentos
b) Sobre os contrários
c) Sobre os momentos da acção Essas classificações não são totalmente independentes
uma da outra, havendo uma certa sobreposição.

4.1-Tipos de Conflitos
Nos tipos de conflitos encontramos os seguintes: Conflito Interpessoal, Interpessoal e
Conflito Intergrupal.
O conflito surge quando há a necessidade de escolha entre situações que podem ser
consideradas incompatíveis. É um conjunto de palavras que reflectem o sentido de
divergência, desacordo, desaprovação, desentendimento. Trata-se de um fenómeno
subjectivo, muitas vezes inconsciente ou de difícil percepção. As situações de conflito
podem ser resultado de uma tensão que envolve pessoas ou grupos quando existem
tendências ou interesses incompatíveis.
Assim só existe conflito se existir uma relação próxima entre as partes de modo a
justificar esse mesmo conflito, como se mostram frequentes entre pais e filhos, patrões e
trabalhadores. Uma coordenada caracterizadora do conflito é o estado de insatisfação
das partes, insatisfação essa que pode ter múltiplas origens como por exemplo, a
divergência de interesses, o desacordo de pontos de vista, a partilha de recursos
escassos, a competição pelo poder, etc.
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No entanto, o conflito social é entendido como um núcleo de mudança e das dinâmicas


sociais, tratando-se o conflito de uma manifestação das interacções sociais.
Pode-se definir conflito como uma tensão que envolve pessoas ou grupos quando
existem tendências ou interesses incompatíveis.
O conflito ocorre em relações próximas e/ou interdependentes em que existe um estado
de insatisfação entre as partes.
A insatisfação pode ter várias origens: divergência de interesses, competição pelo poder,
incompatibilidade de objectivos, partilha de recursos escassos, desacordo de pontos de
vista.
A situação de conflito pode assumir o carácter de conflito interpessoal (conflito
interno), conflito interpessoal (conflito entre pessoas) e conflito intergrupal conflito
entre grupos.

4.2-Conflito Interpessoal
Cada um de nós vive quando está perante motivações que são incompatíveis numa
perspectiva positiva. A vivência de conflitos marca crises que se manifestem em
angústia e confusão, porque pomos em causa a forma como vemos e como estamos no
mundo, pomo-nos mesmo em causa. O conflito interpessoal é a situação na qual há pelo
menos duas necessidades simultâneas em que a satisfação da primeira implica a
insatisfação da segunda, impelindo a acção da pessoa para direcções diferentes,
acarretando desconforto.

4.3-Conflito Interpessoal
O conflito interpessoal é a situação na qual duas ou mais pessoas divergem na
percepção, proposta de acção sobre algum ponto em comum.
O conflito interpessoal pressupõe a tentativa de defesa dos seus interesses e da sua
opinião e em oposição provar á outra parte que está errada. Muitas vezes as pessoas
recorrem a troca de insultos, tentam responsabilizar o outro, humilhações, etc. Este tipo
de comportamento desencadeia um plano emocional negativo e leva as partes á acções
extremas. No âmbito de um conflito torna-se difícil lidar com as suas emoções. Muitos
indivíduos, mesmo após o conflito, continuam durante um prolongado período de tempo
a sentir emoções negativas.
O conflito interpessoal é resultado de ausência de concordância no sistema de interacção
entre as pessoas. Começam a surgir pontos de vista, interesses, opiniões diferentes em
14

relação aos mesmos problemas que naquela etapa de relacionamento representa um


perigo para a interacção saudável.

4.4-Conflito Intergrupal
Os conflitos Intergrupal têm sido encarados de forma diferente. Conflito intergrupal é
um conflito entre as pessoas que compõem um grupo. Considera-se que os conflitos têm
aspectos negativos porque correspondem a períodos de tensão e de insatisfação das
pessoas e dos grupos e têm aspectos positivos porque o confronto é gerador de
mudança, que é o fundamento da evolução e do desenvolvimento social.

5-Importância da paz para o Desenvolvimento


O desenvolvimento Sustentável e a Cultura da Paz como desafios para o Serviço Social
para contribuir com a construção de uma sociedade sustentável que temo equilíbrio
entre os factores ambiental económico e social como indispensável. A discussão do
desenvolvimento sustentável e da cultura da paz apresenta-se pertinente, ao constatar-se
o meio ambiente configura-se como uma das múltiplas expressões da questão social,
objecto de trabalho do Serviço Social.
Quando é discutido sobre o meio ambiente, discute-se também sobre o papel do ser
humano, da natureza, das relações sociais e a questão da violência e da exclusão social
como factores que obstaculizam a construção de uma cultura de paz. São abordadas
intervenções que possibilitam uma maior consciência crítica e acções voltadas para uma
cultura de paz que propõe uma ética de solidariedade que pode ser construída através do
desenvolvimento sustentável a partir da co-responsabilidade.
A cultura de paz vem sendo considerada no mundo académico com um paradigma
emergente. Entre os diferentes conceitos de cultura de paz, há o que reconhece a paz,
como algo que tem raízes sociais, económicas e políticas a partir de uma base cultural.
Na perspectiva de Mayor (2000), a cultura da paz nos leva a uma acção a partir de uma
relação entre paz, desenvolvimento e democracia. Neste sentido, entendemos a paz
como algo social, uma vez que ela luta contra exclusão e busca a equidade social e a
diversidade cultural. Situar-nos diante da dimensão da paz tem se constituído uma tarefa
difícil em tempos de guerra, de crescente aumento das desigualdades, de corrupção, de
injustiça social, entre outros.
A paz vem emergindo cada vez mais como um clamor universal. “A degradação do
meio ambiente, da economia e da cultura fazem a humanidade experimentar o problema
do debilitamento do ser e levantar uma agenda ética comum” (GUIMARÃES, 2006. p.
15

01). O anseio pela paz está presente no íntimo do ser humano que quer uma sociedade
de paz adianta apenas desejar, é preciso antes de tudo se colocar numa posição de
buscar estratégias concretas de construir a paz, e cada ser humano pode junto com o
desejo de paz, se perguntar como se pode colaborar com a construção de uma cultura de
paz. A consciência da importância não-violência está crescendo cada vez mais e no
“horizonte do mundo, desenha-se um novo senso comum emancipatório e uma prática
social eminentemente não-violência” (GUIMARÃES, 2006, p. 02).

6-Imagens internacionais sobre os países em Guerra


Após ressaltar as características dos conflitos armados e da violência armada, o presente
Segundo Eduarda Hamann-Nielebock e Ilona Szabó de Carvalho buscam identificar as
formas pelas quais a população civil é afectada em decorrência desses tipos de violência
contemporânea.
Os perpetres da guerra civil utilizam o argumento de que a guerra é o catalisador
necessário para o progresso social, na medida em que o líder rebelde pode achar que os
terríveis custos da guerra são um mal necessário para se conseguirem melhorias
futuras38. Esta ideia está na base de teoria da “guerra como parteira do
desenvolvimento”, na medida em que as perdas podem ser o mote para o
desenvolvimento39. Como assevera AGERBACK (1996:29), a experiência no
Zimbabwe, Nicarágua, Eritreia e África do Sul mostra que o conflito também pode criar
novas estruturas sociais e formas de trabalho, e a solução política que ele traz pode
trazer novas possibilidades para o desenvolvimento”.
Todavia, de forma geral, a guerra provoca a catástrofe económica e social, por dois
grandes motivos:
 Em primeiro lugar, a destruição dos recursos do inimigo para subjugá-lo
politicamente é o objectivo estratégico destas guerras, como aponta ARMIÑO
(1997:15);
 Em segundo lugar, os recursos deixam de ser canalizados para as actividades
produtivas para passarem a ser usados na violência, como afirmam COLLIER et al.
(2003:12).
Este ponto visa analisar os resultados da guerra civil, destacando três principais tipos de
consequências para o país, para a região e para as populações: as consequências
económicas, sociais e psicológicas.
16

Uma guerra provoca inevitavelmente consequências negativas para a economia


nacional, primeiramente devido à perda de recursos humanos (por morte ou doença) e
de recursos materiais ou desvio no seu uso (do sector civil para o militar).
ARMIÑO (1997:22) afirma que o desvio de recursos públicos para fins militares faz
com que estes deixem de estar disponíveis para o investimento no desenvolvimento
económico e social. Esta é também a posição de COLLIER & HOEFFLER (1998:169)
que apontam a diversão dos gastos públicos em actividades que potenciam output para a
acção militar.
Esse tipo de consequências é normalmente medido pela contabilidade das despesas
militares ocorridas durante a guerra.
Segundo COLLIER et al. (2003:14), os países com um PIBpc inferior a 3.000 USD
tendem a gastar 2.8% do PIB em despesas militares em tempo de paz. Quando se inicia
uma guerra, esse valor aumenta para 5%, fazendo descer as despesas públicas afectas a
sectores como a saúde e as infra-estruturas e agravando o rendimento e os níveis dos
indicadores sociais.
O afastamento dos recursos produtivos é acompanhado pela redução da mão-de-obra
produtiva devido ao êxodo da população, e por uma perturbação da circulação
comercial devido à falta de segurança e à existência de minas antipessoais no país em
guerra, segundo ARMIÑO (1997:22).
As consequências económicas da guerra são também medidas pelos danos provocados
nos recursos e pelo seu afastamento das actividades produtivas, que fazem parte da
estratégia dos rebeldes, como afirmam COLLIER et al. (2003:14). Exemplo disso é a
destruição de infra-estruturas como pontes, aeroportos, portos, telecomunicações,
escolas, unidades de saúde.
A guerra provoca também a fuga do capital, pois, mesmo após terminado
conflito, as pessoas preferem manter os seus recursos no estrangeiro. O
repatriamento requer mais do que paz. Este problema coloca-se também ao nível
da fuga de capital humano (com capacidade financeira) que parte para os países
Industrializados durante e também após a guerra.
ARMIÑO (1997:22) acrescenta ainda a ausência de investimento estrangeiro
devido à insegurança como mais uma das consequências da guerra.
Além disso, um país desregrado e em guerra é um local atractivo para o
contrabando de produtos ilegais como, por exemplo, as armas ou o comércio
17

ilegal de diamantes em alguns países, sendo o país em guerra civil o local


apropriado para explorar estas fontes de rendimento.

6.1-Impacto de Conflito e pós-conflito e o papel da Economia


A presença de rebeldes armados mina a legitimidade e a soberania do Governo. Além
disso, a paz só pode ser assegurada mediante a estabilização económica do país, já que
esta é a questão-chave de um país em guerra civil, juntamente com a confiança entre
ambas as partes.
Face a estas duas condicionantes, impõe-se a necessidade de uma solução nacional (e
eventualmente externa), que evite as clivagens e que dificulte a rebelião, nomeadamente
uma aposta forte no desenvolvimento económico.

6.2-Impacto dos conflitos armados sobre a população civil


No passado, nos conflitos armados entre estados, o número de mortos envolvia
principalmente militares, uma vez que o confronto ocorria em campos de batalha e o
objectivo da guerra vinculava-se à expansão territorial e política.
A Primeira Guerra Mundial é um marco no que se refere a mortos e feridos entre os
civis: pela primeira vez na história, o número de mortes de civis ultrapassou o de
militares.
A situação não é diferente na Segunda Guerra mundial: aproximadamente 36 milhões de
civis teriam sido mortos, o que corresponde acerca de 2/3 do total de mortes estimado
para o mesmo período (BRIEN, 2007).
No que se refere aos conflitos armados contemporâneos, que têm como característica
mais recorrente a natureza intra-estatal, apesar da dificuldade de medir seus impactos na
sociedade, há indicadores que permitem estimar o tipo e a dimensão dos custos da
violência.
Entre os impactos do conflito armado sobre a população civil, o que tem maior destaque
é o número de mortos. Além dos mortos, são também vítimas directas dos conflitos
armados aqueles que fogem da violência, sejam por imposição ou voluntariamente. Os
mais carentes seguem para países próximos e passam a viver sob condições
improvisadas de higiene, saúde e moradia em campos de refugiados ou nem chegam a
cruzar as fronteiras de seu país, tornando-se deslocados internos.
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Conclusão

O grupo após ter lido em várias obras concluiu que a educação para a paz está sendo,
paulatinamente, organizada no mundo inteiro. A iniciativa é maior nos países
desenvolvidos, onde institutos com esse propósito estão sendo criados. A educação para
a paz é multidisciplinar, mas, em um primeiro momento, ficam evidenciadas as
necessidades de análises jurídicas sobre o limite legal ou político, sociológicos e
comportamentais sobre o limite social, económicos e logísticos sobre o limite
económico e, finalmente, administrativos e políticos sobre os limites organizacionais da
cidadania.
Num passado não muito distante, os conflitos armados não encontravam limites também
a violência armada, que hoje parece fora do controle, deve encontrar regras e programas
para minimizar o sofrimento daqueles que não participam directamente das hostilidades,
assim como das partes envolvidas nos confrontos.
A implementação do Acordo Geral de Paz (AGP) trouxe transformações de relevo na
sociedade moçambicana, no que tange à organização do Estado, Constituição da
República, estruturação, organização e composição das Forças Armadas.
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Referȇncias Bibliográficas
COLLIER, Paul (1999), “On the economic consequences of civil war” in Oxfam
Economic Papers 51, pp.168-183.
COELHO, P. M.; MENDONÇA, H. M. Relações Brasil-África: um colóquio. Brasília,
DF: Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (IBRI), 2002.
LOPES, Filomeno Vieira (2002), “A situação económico-social de Angola e os desafios
da reconstrução” in Política Internacional, n. º 25. CIDEC, Lisboa.
MAYIOR, Frederico. Nutrindo uma cultura de paz. In. Comitê Paulista para a década da
cultura de paz: um programa UNESCO: 2000-2010. Site: www.comitepaz.org.br.
Acessado em 14/11/2006.

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