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Universidade Rovuma
Nacala-Porto
2019
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Delfino Sebastião
Muanzo Faustino
Universidade Rovuma
Nacala-Porto
2019
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Índice
Introdução ..................................................................................................................... 4
Conceito de Educação ................................................................................................... 5
Educação para Pais e Resolução de Conflitos .............................................................. 5
Conflito e Negociação .................................................................................................. 7
O lado positivo do conflito ........................................................................................... 7
Concepção sobre a Paz na situação Actual ................................................................... 9
Exemplos concretos ...................................................................................................... 9
Significado da Paz Interna .......................................................................................... 10
Algumas ferramentas nos ajudam na busca incessante da Paz Interior ...................... 10
Conceito de Conflito ................................................................................................... 11
Tipos de Conflitos ....................................................................................................... 12
Conflito Interpessoal ................................................................................................... 13
Conflito Interpessoal ................................................................................................... 13
Conflito Intergrupal .................................................................................................... 14
Importância da paz para o Desenvolvimento .............................................................. 14
Imagens internacionais sobre os países em Guerra .................................................... 15
Impacto de Conflito e pós-conflito e o papel da Economia ........................................ 17
Impacto dos conflitos armados sobre a população civil ............................................. 17
Conclusão.................................................................................................................... 18
Referȇncias Bibliográficas .......................................................................................... 19
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Introdução
Desta feita, convidamos e desejamos ao alocutário para que tenha uma leitura
minuciosa.
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1-Conceito de Educação
Considerando a educação como um fenómeno social, histórico e cultural, entende-se
que ela pode acontecer em qualquer lugar e a qualquer momento e com qualquer pessoa,
podendo ser transmitida de pai para filho, ou de anciãos a aprendizes, de professores a
alunos, de alunos a alunos, independente do sexo, raça ou idade.
Educação para Brandão (2005), é uma prática social da qual cujo fim é o
desenvolvimento do que na pessoa humana pode ser aprendido entre os tipos de saber
existentes em uma cultura, para a formação de tipos de sujeitos, de acordo com as
necessidades e exigências de sua sociedade.
2.1-Conflito e Negociação
A negociação é um processo de conflitos em que as partes intervenientes,
voluntariamente, procuram construir um acordo no sentido de impedir o
desenvolvimento de hostilidade para fases mais agudas. Ou seja a negociação procura
construir um acordo no sentido de impedir o desenvolvimento da hostilidade para fases
mais agudas. A negociação visa evitar enfrentar a confrontação directa. É um processo
dinâmico em que as duas ou mais partes fazem cedências e exigências mútuas.
O conflito é uma tensão que envolve pessoas ou grupos quando existem tendências ou
interesses incompatíveis. Na verdade, o antagonismo de interesses é, pois, uma hipótese
plausível para a origem dos conflitos, quer sejam de ordem ideológica, cultural,
religiosa, económica, cultural ou política.
É também suficientemente ampla, abarcando a escassez de recursos, o antagonismo de
crenças e as assimetrias de poder. Uma vez instalados, os conflitos podem ser
reactivados e alimentados pelos preconceitos e atitudes negativas.
De facto, o conflito enfatiza uma perspectiva negativa, com aspectos perturbadores em
relação à organização social e um exemplo de um conflito onde está presente esta
“versão” negativa é o desentendimento israelo-árabe, cujo processo se tem vindo
arrastar há mais de 50 anos, sem trazer benefícios para nenhuma das partes.
Porém, esta faceta desagradável dos conflitos não pode esconder o papel favorável da
sua dinâmica para a mudança e progressos sociais.
É estranho assimilar a ideia de que os conflitos possuam um lado positivo, mas é
verdade que esta ideia se constata quer a nível interpessoal quer a nível intragrupal.
Os conflitos interpessoais (o que cada um de nós vive quando está perante motivações
que são incompatíveis) são positivos porque depois de ultrapassados somos capazes de
responder de forma mais adaptada à situação que vivemos.
Ao nível intragrupal os conflitos também contam com o seu carácter positivo, isto
porque o confronto é gerador de mudança que é fundamento de evolução e do
desenvolvimento social.
Perdendo a conotação totalmente negativa, os conflitos são encarados como um
elemento vital à mudança. Muitos avanços a que se assistiu ao longo da história
resultaram de inúmeros conflitos que conseguiram dinamizar grupos humanos.
A título de exemplo, pensemos no contributo dos conflitos entre os negros e os brancos
para o reconhecimento da igualdade de todos os cidadãos ou então pensemos talvez nas
manifestações em Paris lideradas por estudantes em Maio de 1968 que abalaram o
sistema político vigente em França tendo como consequência a melhoria do
funcionamento de inúmeras instituições sociais.
Os conflitos são uma realidade e podem ser úteis nas diferentes instâncias, isto porque
impedem a estagnação e estimulam o surgimento de ideias e estratégias.
Contudo apesar de os conflitos incrementarem um carácter pernicioso estes também
possuam um carácter positivo inerente à vida social do Homem.
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3.1-Exemplos concretos
No caso de Moçambique, um dos exemplos da paz a implementação do Acordo Geral
de Paz (AGP) trouxe transformações de relevo na sociedade moçambicana, no que
tange à organização do Estado, Constituição da República, estruturação, organização e
composição das Forças Armadas.
Introduziu o processo de realização de eleições regulares, de cinco em cinco anos,
para a escolha do Presidente da República e Deputados da Assembleia da República.
Introduzimos critérios e modalidades para formação e reconhecimento de partidos
políticos.
Infelizmente, ao cabo de pouco mais de 20 anos de Paz, registaram-se de novo
desentendimentos de natureza política, que acabaram desembocando num outro conflito
armado, causando muitas mortes e destruições, mas acima de tudo, a economia e
predisposição dos investidores nacionais e estrangeiros.
Para acabarmos com este conflito pós-independência, foi assinado a 05 de Setembro de
2014, um Acordo de Cessação de Hostilidades em Maputo, convencidos de que era a
última vez.
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O tempo veio provar que não foi último, uma vez que, um ano depois, as divergências
pós-eleitorais agudizaram-se, culminando num novo conflito armado.
Das lições aprendidas, ficou evidente que a paz efectiva e duradoura é uma construção
que exige muito esforço e empenho permanentes.
A Paz efectiva implica a eliminação dos factores que alimentam o conflito, a
organização do Estado que satisfaça a todos e a promoção de uma vida melhor para
todos, um exercício que envolve a participação de todos.
Caridade: isso mesmo. Muitos de nós alegamos que não temos jeito para darmos um
prato de sopa, de comida na rua. Mas caridade não resume-se apenas nisso. É muito
mais do que isso. Isso de dar um trocado a alguém que realmente precise é caridade,
porém, de um modo bastante superficial. Devemos ofertar caridade com serviços
concretos de auxílio ao próximo. Ajudar a quem necessita, de forma activa,
responsável. Compromisso assumido. Formal. A ajuda esporádica auxilia, sem
sombra de dúvida. Mas queremos receber sempre. Se possível, diariamente. Doar-
se, entregar-se, ajudar a quem precisa, retribuir, pelo menos em parte aquilo que
tanto queremos receber, nem pensar. Não na mesma hora, na mesma intensidade.
Daí, a necessidade de ser algo formal e assumir compromissos. Voluntariado é um
exemplo. Fazendo o melhor, seremos melhores. Sendo melhores, reuniremos as
condições, os pré-requisitos para trilharmos o caminho mais rapidamente possível.
Sem dúvida alguma, trata-se de uma nova postura de vida. A Sabedoria Divina
somente nos agraciará, se formos merecedores. Temos que fazer por onde. Trocando
nossas lâmpadas queimadas, nos despoluindo, buscando um pouco mais de
informações a respeito nas leituras explicativas, agregando os benefícios do Minuto
de Silencio, reuniremos condições ideais e permissivas para paulatinamente
obtermos a Paz Interior.
4-Conceito de Conflito
Para HAMPTON (1991): “conflito é o processo que começa quando uma parte percebe
que a outra parte frustrou ou vai frustrar seus interesses”. Não necessariamente acontece
entre duas pessoas, podendo existir entre dois grupos, um grupo e uma pessoa, uma
organização e um grupo. Está ligado à frustração, que é o fato que desencadeia o
conflito.
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4.1-Tipos de Conflitos
Nos tipos de conflitos encontramos os seguintes: Conflito Interpessoal, Interpessoal e
Conflito Intergrupal.
O conflito surge quando há a necessidade de escolha entre situações que podem ser
consideradas incompatíveis. É um conjunto de palavras que reflectem o sentido de
divergência, desacordo, desaprovação, desentendimento. Trata-se de um fenómeno
subjectivo, muitas vezes inconsciente ou de difícil percepção. As situações de conflito
podem ser resultado de uma tensão que envolve pessoas ou grupos quando existem
tendências ou interesses incompatíveis.
Assim só existe conflito se existir uma relação próxima entre as partes de modo a
justificar esse mesmo conflito, como se mostram frequentes entre pais e filhos, patrões e
trabalhadores. Uma coordenada caracterizadora do conflito é o estado de insatisfação
das partes, insatisfação essa que pode ter múltiplas origens como por exemplo, a
divergência de interesses, o desacordo de pontos de vista, a partilha de recursos
escassos, a competição pelo poder, etc.
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4.2-Conflito Interpessoal
Cada um de nós vive quando está perante motivações que são incompatíveis numa
perspectiva positiva. A vivência de conflitos marca crises que se manifestem em
angústia e confusão, porque pomos em causa a forma como vemos e como estamos no
mundo, pomo-nos mesmo em causa. O conflito interpessoal é a situação na qual há pelo
menos duas necessidades simultâneas em que a satisfação da primeira implica a
insatisfação da segunda, impelindo a acção da pessoa para direcções diferentes,
acarretando desconforto.
4.3-Conflito Interpessoal
O conflito interpessoal é a situação na qual duas ou mais pessoas divergem na
percepção, proposta de acção sobre algum ponto em comum.
O conflito interpessoal pressupõe a tentativa de defesa dos seus interesses e da sua
opinião e em oposição provar á outra parte que está errada. Muitas vezes as pessoas
recorrem a troca de insultos, tentam responsabilizar o outro, humilhações, etc. Este tipo
de comportamento desencadeia um plano emocional negativo e leva as partes á acções
extremas. No âmbito de um conflito torna-se difícil lidar com as suas emoções. Muitos
indivíduos, mesmo após o conflito, continuam durante um prolongado período de tempo
a sentir emoções negativas.
O conflito interpessoal é resultado de ausência de concordância no sistema de interacção
entre as pessoas. Começam a surgir pontos de vista, interesses, opiniões diferentes em
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4.4-Conflito Intergrupal
Os conflitos Intergrupal têm sido encarados de forma diferente. Conflito intergrupal é
um conflito entre as pessoas que compõem um grupo. Considera-se que os conflitos têm
aspectos negativos porque correspondem a períodos de tensão e de insatisfação das
pessoas e dos grupos e têm aspectos positivos porque o confronto é gerador de
mudança, que é o fundamento da evolução e do desenvolvimento social.
01). O anseio pela paz está presente no íntimo do ser humano que quer uma sociedade
de paz adianta apenas desejar, é preciso antes de tudo se colocar numa posição de
buscar estratégias concretas de construir a paz, e cada ser humano pode junto com o
desejo de paz, se perguntar como se pode colaborar com a construção de uma cultura de
paz. A consciência da importância não-violência está crescendo cada vez mais e no
“horizonte do mundo, desenha-se um novo senso comum emancipatório e uma prática
social eminentemente não-violência” (GUIMARÃES, 2006, p. 02).
Conclusão
O grupo após ter lido em várias obras concluiu que a educação para a paz está sendo,
paulatinamente, organizada no mundo inteiro. A iniciativa é maior nos países
desenvolvidos, onde institutos com esse propósito estão sendo criados. A educação para
a paz é multidisciplinar, mas, em um primeiro momento, ficam evidenciadas as
necessidades de análises jurídicas sobre o limite legal ou político, sociológicos e
comportamentais sobre o limite social, económicos e logísticos sobre o limite
económico e, finalmente, administrativos e políticos sobre os limites organizacionais da
cidadania.
Num passado não muito distante, os conflitos armados não encontravam limites também
a violência armada, que hoje parece fora do controle, deve encontrar regras e programas
para minimizar o sofrimento daqueles que não participam directamente das hostilidades,
assim como das partes envolvidas nos confrontos.
A implementação do Acordo Geral de Paz (AGP) trouxe transformações de relevo na
sociedade moçambicana, no que tange à organização do Estado, Constituição da
República, estruturação, organização e composição das Forças Armadas.
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Referȇncias Bibliográficas
COLLIER, Paul (1999), “On the economic consequences of civil war” in Oxfam
Economic Papers 51, pp.168-183.
COELHO, P. M.; MENDONÇA, H. M. Relações Brasil-África: um colóquio. Brasília,
DF: Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (IBRI), 2002.
LOPES, Filomeno Vieira (2002), “A situação económico-social de Angola e os desafios
da reconstrução” in Política Internacional, n. º 25. CIDEC, Lisboa.
MAYIOR, Frederico. Nutrindo uma cultura de paz. In. Comitê Paulista para a década da
cultura de paz: um programa UNESCO: 2000-2010. Site: www.comitepaz.org.br.
Acessado em 14/11/2006.