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RESUMO
1. INTRODUÇÃO
tudo, a porta de entrada para o mundo das letras e dos livros. É um dos
instrumentos básico para viajar através dos horizontes, aumentando o
conhecimento, a imaginação e desenvolvendo o senso crítico e criativo, mantendo
as pessoas informadas e atualizadas.
No âmbito institucional pode-se destacar a biblioteca, um caminho da leitura
como um espaço importante para a aprendizagem da criança; o qual não vem sendo
utilizado de forma adequada. Salientamos que os professores precisam observar
seu papel no desenvolvimento à prática da leitura e alfabetização como mediação
fundamental para aprendizagem. Para mudar esta situação precisa-se provocar,
junto às crianças, “prazer” pela literatura, sendo necessário que, os textos ou livros a
serem trabalhados tenham significação. É de fundamental importância que os
professores reflitam sobre sua prática pedagógica, contribuindo para que a criança,
desde a Educação Infantil, seja um ser ativo capaz de agir, interagir e transformar,
proporcionando a ela o contato com o lúdico e a criação.
A literatura infantil, no contexto infantil, deve ser encarada como uma
brincadeira e não como aprendizado escolar. Numerosas experiências indicam que a
partir dos dez meses de idade um bebê manipula e fica cativado com um livro e suas
figuras. Cedo, mesmo sem saber ler, as crianças acompanham os olhos do narrador
e se iniciam num mundo novo e infinito: o mundo de fantasia.
Assim sendo, este estudo buscou na pesquisa exploratória, refletir sobre as
estratégias utilizadas na instituição educacional com a literatura infantil, procurando
oferecer subsídios aos professores no trabalho com a mesma.
Alguns livros infantis ainda transmitem a visão ideológica dos adultos, ou seja,
perpetuação da dominação infantil pelo mundo adulto.
Em relação à Literatura tem-se que:
Deve-se ter clareza, que por intermédio do uso da Literatura Infantil a criança
obtém de maneira mais interessante a aprendizagem da leitura, já que esta auxiliará
em sua formação de leitor, contribuindo para o reconhecimento da necessidade de
adquirir o gosto de ler. Encontrando na leitura a oportunidade de prazer e de lazer, a
criança se encanta pelos livros e cada vez mais se interessa por esta atividade.
Dessa forma tornasse-a um leitor criador, recriador, crítico e contestador,
desenvolvendo suas potencialidades para descobrir novas habilidades, que a
subsidiará ater uma visão ampla e dinâmica da realidade.
As instituições de ensino devem acompanhar a evolução mundial e também
conservar a tradição da Literatura Infantil, mostrando a diferença entre as duas
visões, pois se sabe que em muitas unidades escolares a maioria dos livros
possuem uma visão conservadora sendo pouquíssimos os livros que têm uma visão
renovadora. A escola também deve estimular o hábito como atividade fundamental
na formação do aluno leitor.
Segundo Cagliari (2010, p.176), “o ser humano precisa conservar consigo, ter
seu momento de solidão e a leitura é uma grande auxiliar da reflexão, da meditação,
do voltar-se para dentro de si”.
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A palavra literatura vem do latim arte de escrever, a ciência das belas letras.
É interessante esclarecer que a literatura não compreende somente a escrita, pois
sua forma de expressão a torna independente as escrita, também a caracteriza
como fenômeno literário.
Assim diz Meireles (apud FLECK, MAFRA e OLIVEIRA, 2004, p.35)
elos de sangue, favores, dúvidas ou compadrio, que emergiu uma nova noção de
família num núcleo unicelular, que se preocupava em manter a privacidade e
estimular a afetividade entre seus próprios membros familiares. surgia então uma
concepção de infância que considerava essa faixa etária diferente, porque possuía
interesses próprios e necessidade de uma formação específica.
Antes disso, desconsiderava-se a existência de infância. A criança era
tratada como um adulto em miniatura, a infância não era compreendida como um
tempo diferente e nem o mundo da criança era visto como um espaço diferente.
Com a nova valorização da infância a criança passou a ser tratada como um
indivíduo especial e dependente, precisando, assim, de cuidados da família, dos
mais velhos e da escola para ingressar na vida adulta de maneira saudável e
madura.
A infância, ao ser idealizada como tal, considera a criança apenas no sentido
biológico do desenvolvimento humano. A ideia de que a infância é natural para todas
as crianças é equivocada, pois esse direito de ser criança não é privilégio de todos.
O que distingue uma criança da outra é sua condição econômica, social e cultural.
É contraditória essa concepção de infância criada pelo adulto, pois ignora as
circunstâncias presentes na vida infantil, levando a criança a ser guiada segundo os
valores dominantes dos adultos.
Se por um lado a nova valorização gerou mais união familiar, por outro, ela
também propiciou controle do desenvolvimento intelectual e das emoções da
criança. Para cumprir essa missão são convocadas a escola e a literatura infantil.
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A literatura é um dos recursos que deve ser usado como um dos mais
interessantes meios para o conhecimento das crianças e enriquecimento do seu
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vocabulário, tendo como função despertar nas crianças o gosto pela leitura, de
forma prazerosa desenvolvendo nas mesmas a capacidade de sonhar, imaginar e
fantasiar. A história tem alegrias, tristezas, paixões, decepções pode estar escrita em
forma de aventura, trazendo um desafio ou uma missão para o personagem
principal.
sabedoria popular, a essência das condições humana é importante [...] até hoje”
(BARBOSA, 2007, p.78).
Os contos de fadas apresentam sempre um mundo de fantasia, às vezes
distante da realidade das crianças, outras bem próximo, mas que alimentam seus
sonhos e, por isso, fazem tanto sucesso.
Segundo Abramovich (2007), criança fica tão envolvida com a história que
nos pede para repetir, uma, duas, três vezes, quantas ela achar necessário. E
O interesse, nesses casos, é que a criança possa se identificar com o
personagem, transferir suas inquietações para aqueles vividos na história, e, por
isso, pede para repeti-la. Quando o problema estiver resolvido, ela simplesmente na
pedirá mais esse conto. E, os educadores, possuem a difícil tarefa de ajudá-la a
encontrar significados na vida.
A Literatura Infantil fazendo parte deste contexto escolar abrirá novos
caminhos para a busca de conhecimentos, onde os alunos sintam-se motivados e
interessados indo em busca de leitura para a sua própria formação e conhecimento
de mundo.
A Literatura infantil tem como função, alegrar, divertir e emocionar o espírito
das crianças, sendo assim é preciso oferecer oportunidades de ouvir e contar
histórias tornando-as convidativas e prazerosas.
E neste sentido que a literatura infantil desempenha um papel importante: o
de conduzir as crianças tanto para aprendizagem quanto para o prazer de estar
lendo. A importância de se contar histórias para crianças, reside no fato de que
escuta-las é o início da aprendizagem para ser um leitor.
Os contos de fadas são ímpares, não só como uma obra de arte inteligente
e compreensível para as crianças, como nenhuma outra forma é. Como
sucede com toda grande arte, o significado mais profundo do conto de fadas
será diferente para cada pessoa, é diferente para a mesma pessoa em
vários momentos de sua vida. A criança extrairá significados do mesmo
conto de fadas, dependendo dos seus interesses e necessidades do
momento. Tendo oportunidade voltará ao mesmo conto quando estiver
pronta para ampliar os velhos significados ou substituí-los por novos
(BENTELHEIN, 2006, p.56).
porta aberta ao mundo exterior, pois, por meio das histórias, as crianças descobrem
lugares, conhecem personagens e abrem espaço para desenvolver a imaginação.
Todos os estímulos e contatos serão fundamentais, pois a criança estimulada
consegue dar significados. Já para um adulto desenvolver competências leitoras, é
necessário que leia muito e que adquira critérios de escolha de livros, e isso só é
possível se ele, quando criança vivenciar práticas de comportamento leitor. Por isso
ao ler para uma criança, contribui para o desenvolvimento do seu pensamento, do
seu raciocínio de uma linguagem verbal.
Os bebês podem não entender a história inteira, mas sua interação
possibilitará a indicação de personagens, o bater palmas diante de uma parte da
história pela qual a contadora demonstre alegria ou diante das imagens.
[...] o ato de ler é incompleto sem o ato de escrever. Um não pode existir
sem o outro. Ler e escrever não apenas palavras, mas ler e escrever a vida,
a história. Numa sociedade de privilegiados, a leitura e a escrita são um
privilégio. Ensinar o trabalhador apenas a escrever o seu nome ou assina-lo
na Carteira Profissional, ensina-lo a ler alguns letreiros na fábrica como
‘perigo’, ‘atenção’, ‘cuidado’, para que não provoque algum acidente e
ponha em risco o capital do patrão, não é suficiente (GADOTTI, 2012, p.17).
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
4. REFERÊNCIAS
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizando sem o ba, bé, bi, bó, bú. São Paulo:
Scipione, 2010.
FRANTZ, Mara H. Z. O ensino da literatura nas séries iniciais. Ijuí: UNIJUÍ, 2007.
GADOTTI, M. O que é ler? Leitura: teoria e prática. Porto Alegre: Mercado Aberto,
2012.
RESENDE, Lara. Um velho papo furado, ninguém mais lê nada. In: Revista Folha
de São Paulo. Publicado em 15/03/2013.