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5.

VISTORIA DA INSTALAÇÃO

5.1 A vistoria foi realizada em 29.07.2010, às 12:30 hrs. Os seguintes fatos puderam ser observados:

a) Trata-se de um prédio com idade aparente de dez anos, com oito apartamentos por andar (oito colunas).
Possui quatro elevadores, sendo que dois atendem ás colunas 01 a 04 e dois às colunas 05 a 08;

b) A vistoria do PC e da casa de máquinas do elevador demonstrou que não há dispositivos de proteção contra
sobretensão e surtos de tensão (DPS) instalados;

c) Também não há dispositivos de proteção contra subtensão, ressaltando-se que tais equipamentos não são
obrigatórios, mas sua inclusão em um circuito constitui-se em boa prática de projeto, principalmente em circuitos
de comando de equipamentos eletro-mecânicos;

d) Atualmente, os elevadores apresentam funcionamento normal. Segundo informações do Porteiro Chefe (Sr.
XXX), várias placas semelhantes já haviam sido queimadas, em todos os elevadores. As placas queimadas foram
apresentadas a este Perito (vide fotos);

e) O Porteiro Chefe, que já trabalhava no prédio, da data do evento, informou que não se recorda de que tenha
havido alguma reclamação de alguma unidade, referente a eventuais problemas com aparelhos eletro-eletrônicos,
que poderiam ter ocorrido naquela data e terem sido causados pelo mesmo fenômeno apontado pela autora como
causa da queima da placa;

f) Segundo informações do mesmo profissional, ele desconhece que, nos prédios vizinhos, tenha ocorrido
algum problema semelhante na data do evento.

6. ANÁLISE DOS DOCUMENTOS RELEVANTES CONTIDOS NOS AUTOS E DAQUELES


OBTIDOS POR ESTE PERITO

6.1 Documento de fls. 27 – Comunicação de Sinistro.

a) Datado de 25.01.2005, descreve que, segundo o relato do síndico do condomínio,em decorrência de sinistro
num dos elevadores, o mesmo encontrava-se parado, desde 24.01.2005, aguardando inspeção da companhia.

Não há menção à possíveis causas do acidente.

6.2 Documento de fls. 29 – Relatório de regulação de sinistro

a) Datado de 10.02.2005, este relatório possui os seguintes anexos que foram analisados:
- Ata de vistoria (fls. 31): Vistoria realizada pela Reguladora, Sra. XXX, em 27.01.2005, três dias após o
sinistro. Não há data de instalação da fonte substituída e nenhuma menção a eventuais causas para o sinistro. Há
uma informação de que o fator de potência do condomínio teria sido corrigido em 03.11.2004;

- Fotos de fls. 33 – 41: Mostram o banco de capacitores utilizado para corrigir o fator de potência da instalação,
a placa nova que foi instalada e a placa queimada, além de outros componentes elétricos, sendo que, na foto de
fls. 32, pode-se notar a existência de disjuntores, que, em princípio, deveriam proteger os equipamentos
mostrados, pois desarmariam, em caso de elevação de corrente, que seria o efeito imediato de picos de tensão;

- Carta da Conservadora XXX: Datada de 25.01.2005, informa que “a queima da fonte de alimentação do
inversor de potência (Variondin) do motor de tração do elevador nº 126881-3, foi devido a um dano elétrico
ocasionado por curto circuito em seus componentes internos, provavelmente em conseqüência da ocorrência de
sobre-tensão na alimentação”.

6.3 Documento de fls. 284/291 – Registros de valores de tensão na saída da subestação que atende ao
condomínio segurado, entre 14:00 hrs e 18:00 hrs, do dia 23.01.2005

a) Mostra os valores de saída da tensão da subestação, com registros a cada minuto, desde 14:00 hrs às 18:00
hrs, do dia do sinistro, que, segundo a exordial, teria ocorrido neste dia, por volta de 16:00 hrs;

b) Durante todo este dia, não foram identificadas oscilações significativas na tensão, permanecendo os valores
entre 13,30 e 13,90;

c) Particularmente, no período em que teria ocorrido o evento, entre : 14:00 hrs às 18:00 hrs, a tensão
permaneceu entre 13,54 e 13,72 (TR1), 13,59 e 13,72 (TR2), 13,65 e 13,82 (TR3), com oscilações máximas de
2,5%.

7. CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS SOBRE QUEIMA DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS E


ELETRÔNICOS

7.1 O termo “sobretensão” tem sido usado, até mesmo por profissionais da área elétrica, para designar qualquer
tipo de elevação de tensão acima da nominal. Os fenômenos de elevação de tensão, entretanto, são tecnicamente
classificados em três tipos diferentes, conhecidos como sobretensões (termo referente a tensões eficazes),
transientes de tensão e surtos de tensão.

Esta classificação leva em consideração a causa, o tempo de subida da tensão e a sua duração. Os efeitos destes
fenômenos sobre os equipamentos elétricos e eletrônicos são também diferentes.

A evolução contínua dos microprocessadores (Chips) e dos circuitos integrados (CI’s), utilizados nos
equipamentos eletrônicos e em especial os da tecnologia da informação, contendo um número cada vez maior de
componentes, em um espaço cada vez menor, torna-os mais sensíveis aos transientes e surtos de tensão.
Os problemas e danos causados pelos citados fenômenos assumiram tal proporção, que as Normas Brasileiras de
Instalação Elétrica em Baixa Tensão, NBR - 5410, nas revisões mais recentes, a última em 2004, dedicou um
capítulo às recomendações sobre a instalação de dispositivos de proteção contra transientes e surtos de tensão,
denominados DPS.

Do mesmo modo, a Regulamentação para Fornecimento de Energia a Consumidores em Baixa Tensão (RECON
BT), no item 4.4.2 de sua versão 2002, da Light - Serviços de Eletricidade S/A, orienta os consumidores para a
utilização dos DPS.

A seguir, uma definição de cada um destes fenômenos e uma explicação sucinta sobre a causa e os efeitos dos
mesmos; sobre os métodos de proteção a serem empregados pelos consumidores, de acordo com as
recomendações das normas técnicas; e sobre as responsabilidades atribuídas às Concessionárias e aos
consumidores, pela legislação brasileira em vigor.

I) Sobretensões:

Denomina-se “sobretensão” à elevação do valor eficaz da tensão de distribuição de energia elétrica com um
tempo de duração de 1 minuto ou mais.

Causa: Defeitos ou incorreções nos equipamentos da Cia. Concessionária.

A legislação brasileira em vigor, Resolução nº 505, de 29/11/2001, estabelece como limites precários de tensão
de fornecimento os percentuais 104% (máximo) e 91% (mínimo) que, refletidos na rede de baixa tensão,
correspondem a tensões entre fases e neutro na faixa de 133 e 116V, respectivamente, ou 230 e 201V entre fases.

A operação do sistema de distribuição dentro destes limites é admitida, por aquela Resolução, durante certo
período, para fins de providências para correção da tensão pelas Concessionárias.

Portanto, fica evidente que os equipamentos elétricos conectados às redes de distribuição devam ser compatíveis
com a referida faixa de variação de tensão. No caso das cargas motrizes, entretanto, devido à sua reconhecida
maior suportabilidade às sobretensões, o percentual superior fica ampliado para 110%.

Dessa forma, subentende-se que a condição de dano provável nos equipamentos seria a violação sustentada, por
um tempo igual ou superior a 1 minuto, dos limites referenciados.
Deste modo, em caso de sobretensão, a responsabilidade da Concessionária pode ser facilmente verificada
através dos registros gráficos do transformador da subestação. Se a tensão de fornecimento não violar os limites
da faixa mencionada acima, a Concessionária não poderá ser responsabilizada por quaisquer danos a
equipamentos dos consumidores.

Acrescente-se ainda que os equipamentos eletrônicos modernos e em especial os da tecnologia da informação,


tais como computadores e periféricos, são equipados com fontes que operam em uma faixa de tensão de
alimentação maior do que a acima citada.

II) Transientes de tensão:

Denomina-se “transiente de tensão” à uma variação brusca na tensão de distribuição de energia elétrica, acima de
110%, podendo atingir valores de pico da ordem de 500V, com tempos de duração da ordem de milissegundos.

Causa: Equipamentos de alta potência sendo ligados ou desligados, curtos-circuitos na rede de distribuição, arcos
para terra originados por queda de galhos de árvores, interrupções operacionais, manobra de bancos de
capacitores ou acionamento de grandes cargas indutivas.

Efeitos: Danos a equipamentos eletrônicos que estejam em funcionamento ou em “standby”.

Os registradores gráficos, mesmo que digitais utilizados para monitoramento dos níveis de tensão, não tem
sensibilidade suficiente para registrar variações da ordem de micro ou milissegundos característicos dos
transientes, o que faz com que sua amplitude não apareça corretamente em registros gráficos. Estes fenômenos
somente poderiam ser captados por meio de oscilógrafos digitais, normalmente não utilizados em sistemas de
distribuição.

III) Surtos de tensão:

Denomina-se “surto de tensão” a uma variação brusca de tensão, com picos que podem atingir de 5 a 20kV, com
tempos de duração de microssegundos.

Causa: Efeitos indutivos de descargas atmosféricas.


Efeitos: Danos a equipamentos elétricos e equipamentos eletrônicos que estejam em funcionamento ou em
“stand-by”.

Os surtos de tensão podem também ocorrer nas linhas de telefonia e dados, com efeitos danosos aos referidos
equipamentos.

IV) Proteção contra transientes e surtos de tensão:

A proteção adequada, segundo recomendação das normas técnicas, para o caso em questão, deve ser feita em
estágios, com dispositivos DPS instalados em pontos estratégicos do sistema elétrico.

Cada um destes dispositivos não reduz completamente estes fenômenos transitórios, devendo ser instalados em
diversos pontos do sistema elétrico, de modo a reduzir parte do transiente em cada estágio, para torná-lo
compatível, no ponto de utilização, com a tensão nominal de impulso do equipamento a ser protegido.

Os para-raios de linha, instalados pela Concessionária no ponto de entrega, para consumidores de energia em
média tensão (13,8 kV), representam o primeiro estágio de proteção, que atenua parte considerável do transiente.

Os demais estágios devem ser formados por dispositivos DPS instalados no quadro geral de baixa tensão, nos
quadros parciais e nos pontos de utilização do equipamento. Neste último, a proteção mais adequada é um “no-
break”.

A proteção a ser aplicada às linhas de telefonia e dados deve seguir o mesmo critério empregado nos circuitos
elétricos, a partir do DG.

As recomendações feitas devem ser complementadas com o emprego de circuito de aterramento adequado e
referem-se apenas aos dispositivos de proteção recomendados pelas normas.

8. CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS ESPECÍFICAS SOBRE INVERSORES PARA MOTORES


ELÉTRICOS

8.1 INTRODUÇÃO

A eletrônica de potência, com o passar do tempo, vem tornando mais fácil (e mais barato) o acionamento em
velocidade variável de motores elétricos. Com isto, sistemas que antes usavam motores CC, pela facilidade de
controle, hoje podem usar motores CA de indução graças aos Inversores de Freqüência, também chamados de
Conversores de Freqüência. Em paralelo ao avanço da eletrônica de potência, a microeletrônica, por meio de
microprocessadores e microcontroladores, tem auxiliado muito o acionamento de máquinas CA, permitindo a
implementação de funções complexas num tempo de processamento cada vez mais curto. Isto tem permitido a
implementação de sofisticados algoritmos de controle que possibilitam o acionamemnto de alto desempenho com
o emprego de motores de indução de série. A título de exemplo, podemos citar que motores de indução acionados
por meio de Inversores de Freqüência podem substituir, com vantagens, os sistemas de controle de fluxo com
válvulas (bombas) ou dampers (ventiladores).

8.2 FUNCIONAMENTO

Para entender o funcionamento de um Inversor de Freqüência, é necessário, antes de tudo, saber a função de cada
bloco que o constitui. Ele é ligado na rede elétrica, que pode ser monofásica ou trifásica, e em sua saída há uma
carga que necessita de uma freqüência diferente daquela da rede. Para tanto, o inversor tem como primeiro
estágio, um circuito retificador, responsável por transformar a tensão alternada em contínua. Após isso, existe um
segundo estágio capaz de realizar o inverso, ou seja, a transformação de uma tensão CC para uma tensão CA
(conversor), e com a freqüência desejada pela carga. Na rede de entrada a freqüência é fixa (60 Hz ou 50 Hz) e a
tensão é transformada pelo retificador de entrada em contínua pulsada (retificação de onda completa).

O Capacitor (filtro) transforma-a em tensão contínua pura. Esta tensão contínua é conectada ciclicamente aos
terminais de saída pelos dispositivos semicondutores do inversor, transistores ou tiristores, que funcionam como
chaves estáticas. O controle desses dispositivos semicondutores é feito pelo circuito de comando, de modo a
obter um sistema de tensão pulsada, cujas freqüências fundamentais estão defasadas de 120°. A tensão é
escolhida de mo do que a relação tensão/freqüência seja constante, resultando em operação com fluxo constante
e, por via de conseqüência, manutenção da máxima capacidade de sobrecarga momentânea do motor.

8.3 CONFIGURAÇÃO BÁSICA

Circuito de entrada (ponte retificadora não controlada)

Circuito de pré-carga (resistor, contator ou relé)

Circuito intermediário (banco de capacitores Buss DC, resistores de equalização)

Circuito de Saída "inversor" (ponte trifásica de IGBT)

Placa de controle (microprocessada)

Placa de driver's (disparo dos IGBT, fontes de alimentação, etc.)

Réguas de bornes de interligação (controle de potência)

Módulo de frenagem (interno ou externo)

8.4 DIFERENÇAS E VANTAGENS DOS INVERSORES DE FREQUÊNCIA

O inversor de freqüência possibilita o controle do movimento do motor CA pela variação da freqüência elétrica.
Entretanto, também realiza a variação da tensão de saída para que seja respeitada a característica V/F ( Tensão /
Freqüência) do motor, não produzindo aquecimento excessivo quando o motor opera em baixas rotações.
Em freqüências de operação acima da nominal, o acionamento se dá com perda de torque. O inversor promove a
elevação na freqüência sem, entretanto, promover o aumento no valor da tensão aplicada. Isto faz com que haja
uma redução no fluxo do motor, trazendo como conseqüência uma redução no conjugado disponível. Esta região
de operação é conhecida como região de enfraquecimento de campo em função da redução do fluxo ou campo do
motor Destinados inicialmente a aplicações mais simples, os inversores de freqüência são atualmente
encontrados nos mais diversos usos, desde o acionamento de

bombas até complexos sistemas de automação industrial. Grande parte das aplicações como bombas, ventiladores
e máquinas simples, necessitam apenas de variação de velocidade e partidas suaves, sendo atendidas plenamente
com o uso de inversores com tecnologia Escalar ou V/F. Algumas aplicações entretanto, como elevadores,
guinchos, bobinadeiras e máquinas operatrizes necessitam além da variação de velocidade o controle de torque,
operações em baixíssimas rotações e alta velocidade de resposta, sendo atendidas por inversores com tecnologia
Vetorial.

8.5 TIPOS DE INVERSORES DE FREQUÊNCIA

Inversor Escalar

Em linhas gerais, podemos dizer que os inversores escalares baseiam-se em equações de regime permanente. A
lógica de controle utilizada é a manutenção da relação V/F constante. Apresentam um desempenho dinâmico
limitado e usualmente são empregados em tarefas simples, como o controle da partida e da parada e a
manutenção da velocidade em um valor constante (regulação).

Inversor Vetorial

A lógica de controle empregada baseia-se em equações dinâmicas do motor,. Assim, embora a programação de
controle seja mais complexa do que aquela correspondente ao controle escalar, o desempenho dinâmico é bem
superior a este. A idéia central é promover o desacoplamento entre o controle do fluxo e o controle da velocidade
por meio de transformações de variáveis. Com esta técnica de controle, os inversores podem ser empregados em
tarefas complexas, que exijam grande precisão e dinâmicas rápidas do ponto de vista de controle. Os inversores
Vetoriais podem ser divididos em duas categorias: aqueles que utilizam a realimentação física da velocidade,
obtida de dispositivos transdutores, e aqueles que não empregam a realimentação física da velocidade, fazendo
uso de estimadores de velocidade. A realimentação ou "Feedback", permite "enxergar" o movimento do eixo do
motor possibilitando controlar a velocidade e o torque com alta precisão mesmo em velocidades muito pequenas,
próximas de zero. A realimentação da velocidade é realizada utilizando um gerador de pulsos, conhecido com
"Encoder". Alguns equipamentos permitem a utilização dos dois modos, sendo necessário uma placa opcional
para a operação de malha fechada. A operação sem a realimentação da velocidade é também conhecida como
"Sensorless". Nesse caso, o algoritmo de controle torna-se mais complexo pois o inversor deve calcular através
de artifícios matemáticos a velocidade do motor. A operação sem realimentação possui performance inferior à
operação com realimentação. Os Inversores Vetoriais necessitam da programação de todos os parâmetros do
motor como, resistências elétricas, indutâncias, correntes nominais do rotor e estator, dados esses normalmente
não encontrados com facilidade. Para facilitar o set-up, alguns inversores dispõem de sistemas de ajustes
automáticos também conhecidos como "Auto-tunning", não sendo necessário a pesquisa de dados sobre o motor.

8.6 DIFERENÇAS ENTRE INVERSORES ESCALARES E VETORIAIS

A principal diferença entre os inversores Escalares e os Vetoriais deve-se a capacidade dos inversores vetoriais
imporem o torque necessário ao motor, de forma precisa e rápida permitindo uma elevada velocidade de resposta
dinâmica a variações bruscas de carga.

Os Invesores Escalares apresentam uma resposta dinâmica bem mais lenta, demorando mais para reagir a
qualquer alteração de velocidade ocorrida ou solicitada.
8.7 CAUSAS MAIS FREQUENTES DE PROBLEMAS EM INVERSORES

1. Ligação invertida de entrada da rede elétrica (trifásica ou monofásica), com a saída trifásica para o
motor.

2. O aterramento elétrico deve estar bem conectado, tanto ao inversor como ao motor. O valor do
aterramento nunca deve ser maior que 5. (norma IEC536), e isso pode ser facilmente comprovado com
um terrômetro, antes da instalação.

3. Caso o inversor possua uma interface de comunicação( RS 232, ou RS 485) para o PC, o tamanho do
cabo deve ser o menor possível.

4. Devemos evitar ao máximo, misturar (em um mesmo eletroduto ou canaleta), cabos de potência (rede
elétrica, ou saída para o motor) com cabos de comando (sinais analógicos, digitais, RS 232, etc...).

5. O inversor deve estar alojado próximo a “orifícios” de ventilação, ou, caso a potência seja muito
alta, deve estar submetido a uma ventilação (ou exaustão). Alguns inversores já possuem um pequeno
exaustor interno.

6. A rede elétrica deve ser confiável, isto é, jamais ultrapassar variações de +ou- 10% em sua
amplitude.

7. Sempre que possível, utilizar os cabos de comando devidamente blindados.

8. Os equipamentos de controle (PLC, CNC, PC, etc...), que funcionarem em conjunto com o inversor,
devem possuir o "terra" em comum. Normalmente, esse terminal vem indicado pela referência “PE” (
proteção elétrica), e sua cor é amarela e verde (ou apenas verde ).

9. Utilizar sempre parafusos e arruelas adequadas para garantir uma boa fixação ao painel. Isso evitará
vibrações mecânicas. Além disso, muitos inversores utilizam o próprio painel em que são fixados como
dissipador de calor. Uma fixação pobre, nesse caso, causará um aquecimento excessivo ( e possivelmente
sua queima ).

10. Caso haja contatores e bobinas agregadas ao funcionamento do inversor, utilizar sempre supressores
de ruídos elétricos (circuitos RC para bobinas AC, e diodos para bobinas DC).

Essas precauções não visam apenas melhorar o funcionamento do inversor, mas evitar que ele interfira
em outros equipamentos ao seu redor O inversor de frequência é, infelizmente, um grande gerador de
EMI ( interferências eletromagnéticas), e, caso não o instalarmos de acordo com as orientações acima,
poderemos prejudicar toda a máquina (ou sistema) ao seu redor. Basta dizer que, para um equipamento
atender o mercado europeu, a certificação CE ( Comunidade Européia ) exige que a emissão
eletromagnética chegue a niveis baixíssimos (norma IEC 22G - WG4 (CV) 21).

9. ANÁLISE DOS DADOS TÉCNICOS CONTIDOS NOS AUTOS E DO RESULTADO DA VISTORIA


LOCAL
9.1 Em um trabalho dessa natureza, onde o aspecto “indireto” da perícia é significativamente mais relevante do
que o aspecto “direto”, há que se coletar indícios e evidências, porque os fatos que podem ser constatados na data
de hoje podem não refletir a realidade vigente há cerca de quatro anos e meio, quando o evento relatado pela
autora teria ocorrido.

9.2 Neste sentido, os seguintes aspectos devem ser observados:

a) São várias as causas de queima em inversores. Cada uma delas apresenta um perfil característico. Portanto,
para que se possa elaborar um diagnóstico preciso sobre a causa teria sido indispensável a inspeção do inversor
avariado no local em que estava instalado, sem o quê dificilmente será possível afirmar, com a segurança técnica
necessária, qual terá sido a causa da avaria. No caso concreto, as fotos acostadas pela autora nem mesmo
mostram a placa de forma nítida, de modo que não se pode precisar as possíveis causas da queima da mesma;

b) A Carta da Conservadora XXX, datada de 25.01.2005, informa que “a queima da fonte de alimentação do
inversor de potência (Variondin) do motor de tração do elevador nº 126881-3, foi devido a um dano elétrico
ocasionado por curto circuito em seus componentes internos, provavelmente em conseqüência da ocorrência de
sobre-tensão na alimentação”. Ou seja, nem mesmo a conservadora dos elevadores chegou a um diagnóstico,
indicando apenas uma possibilidade, mas sem apresentar qualquer fundamentação técnica ou evidência objetiva
para dar sustentação a tal indicação;

c) A alegação da autora baseia-se, única e exclusivamente, neste documento (fls. 28), que, na realidade, não
pode ser considerado um diagnóstico técnico. Não há, portanto, nenhuma fundamentação técnica para respaldar o
diagnóstico de “oscilações de tensão” como a causa para a queima do inversor. Nenhuma outra das possíveis
causas teria sido investigada, na ocasião do evento, o que também não se constitui em uma prática normal de
Engenharia, que sempre procura analisar um problema por diversos ângulos e, em princípio, não descarta
qualquer possibilidade como causa para o mesmo;

d) Conforme relato do Porteiro Chefe – corroborado pela grande quantidade de placas com defeito vistas por
este Perito – várias placas foram avariadas ao longo do tempo em todos os elevadores, não tendo sido realizada
nenhuma investigação técnica para apurar as causas de tantas avarias);

e) Na mesma data, não foram registradas avarias em outros equipamentos no mesmo prédio, o que, em
princípio, mostra que não teria havido um problema generalizado, mas sim específico do equipamento avariado
(inversor de um dos elevadores do prédio segurado). Portanto, o evento foi, essencialmente, localizado e restrito
ao inversor em questão;

f) Quedas abruptas de tensão ou sobretensões sempre causam avarias generalizadas e não localizadas;

g) .Por outro lado, conforme descrito no item 6.4 deste laudo, as oscilações de tensão (eficaz) registradas na
saída da subestação não ultrapassaram 2,5%;

h) A inexistência de dispositivos de proteção contra sobretensão e surtos de tensão (DPS) vulnerabiliza a


instalação elétrica do prédio e pode se constituir em causa para avarias como esta, além de outras em outros
equipamentos.

9.3 Desta forma, no que interessa ao objeto da lide, não foram encontrados indícios e nem evidências de que:

a) Tenha ocorrido sobretensão, como alegado pela autora;

b) A queima do inversor tenha ocorrido devido a uma sobretensão.


10. CONCLUSÕES

10.1 Não foram encontrados indícios e nem evidências de que:

a) Tenha ocorrido sobretensão na alimentação elétrica do prédio, como alegado pela autora;

b) A queima do inversor tenha ocorrido devido a uma sobretensão.

11. RESPOSTAS AOS QUESITOS

11.1 Quesitos do Autor (o autor não apresentou quesitos)

11.2 Quesitos da Ré (fls. 77-78)

Queira o Senhor Perito:

QUESITO 1

Informar qual é o objeto da perícia.

RESPOSTA

A investigação da causa da avaria no inversor de freqüência do elevador .

QUESITO 2

Descrever o sistema de medição na unidade consumidora do Condomínio/segurado.

RESPOSTA

A presente lide não tem relação com a medição de consumo.

QUESITO 3

Informar se as instalações elétricas internas da unidade consumidora/condomínio em questão encontram-se


em perfeito estado de conservação e funcionamento.

RESPOSTA

Na data do laudo e no que pode ser verificado pela simples inspeção visual, não foram observadas
anormalidades. Ressalte-se, no entanto, que não foram encontrados dispositivos de proteção DPS (contra sobre
tensão), o que caracteriza uma vulnerabilidade permanente da instalação elétrica do edifício.

QUESITO 4
Informar se a resolução n° 456/2000 prevê que o estado de utilização e conservação do sistema elétrico
interno da unidade consumidora é de responsabilidade da ré ou do condomínio/segurado pela autora.

RESPOSTA

É do condomínio/segurado.

QUESITO 5

Informar se a má conservação do sistema elétrico interno do imóvel assegurado pela autora pode acarretar
queima da fonte de alimentação do inversor de frequência (Variodin) do motor de tração do elevador instalado no
imóvel em questão.

RESPOSTA

Sim, caso tal má conservação venha a causar um curto circuito na instalação elétrica de comando do elevador.
No entanto, não há evidências objetivas de que isto tenha ocorrido.

QUESITO 6

Informar se a possível variação de tensão de energia elétrica que ocasionou a interrupção do funcionamento
do elevador do condomínio/Autora teve origem na rede interna ou externa da unidade consumidora.

RESPOSTA

Não é possível responder a esta pergunta, sendo que nem mesmo se sabe se o problema foi ou não causado por
sobretensão, visto que outras fontes poderiam ter causado o sinistro.

QUESITO 7

Informar se na hipótese de avaliação de tensão de energia elétrica ter sido ocasionada pela má conservação da
energia elétrica externa, de responsabilidade da Ré, se a vizinhança também teria problemas de curto ou queda de
energia nas unidades consumidoras localizadas próximos ao imóvel assegurado pela Autora.

RESPOSTA

Não foram identificados problemas em outras unidades de consumo no próprio condomínio.

QUESITO 8

Informar se a suposta variação de tensão de energia elétrica pode ocasionar a queima no inversor de
frequência CIMR – G3U5P5 que acarretou defeito no elevador do Condomínio assegurado pela Autora.

RESPOSTA

Sim, pois é uma das causas possíveis, ressaltando que, no caso concreto, não foram encontradas evidências
objetivas de que isto tenha ocorrido.
QUESITO 9

Informar se a causa da interrupção do funcionamento do elevador poderia ser derivada de defeitos de


fabricação/instalação do equipamento.

RESPOSTA

Sim, pois é uma das causas possíveis, ressaltando que, no caso concreto, não foram encontradas evidências
objetivas de que isto tenha ocorrido.

QUESITO 10

Relacionar quais foram os danos causados no elevador do imóvel assegurado pela Autora e se estas
danificações foram provenientes da variação de tensão de energia elétrica originada pela rede elétrica externa da
unidade consumidora em questão.

RESPOSTA

O único dano foi a queima da fonte de alimentação do inversor e há várias causas possíveis para a ocorrência
do sinistro. Não há nenhuma evidência objetiva ou subjetiva de que tenha ocorrido alguma sobretensão na rede
de alimentação de energia elétrica, não sendo, portanto, esta uma possível causa.

QUESITO 11

Prestar quaisquer outros esclarecimentos necessários à elucidação da presente lide.

RESPOSTA

Todas as informações relevantes foram incluídas no laudo.

12. ANEXOS

1 – Fotos

13. ENCERRAMENTO

O presente Laudo Pericial consta de 12 (doze) páginas digitadas, rubricadas, sendo a última assinada e
fotos.

Rio de Janeiro, 30 de julho de 2010.


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RICARDO SALOMÃO

Perito do Juízo

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