Federal de São Paulo AUTOR: SONIA MARIA VAN LOON BODE DA COSTA DOURADO FUENTES ROJAS Advogado do(a) AUTOR: MARCELO WINTHER DE CASTRO - SP191761 RÉU: UNIÃO FEDERAL
DECISÃO
Trata-se de tutela cautelar antecedente, ajuizada por SONIA
MARIA VON LOON BODÊ DA COSTA DOURADO FUENTES ROJAS em face da UNIAO FEDERAL – COMANDO DA AERONAUTICA objetivando provimento jurisdicional a fim de que determine a “suspensão imediata do ato administrativo que dera causa a suspensão da assistência-médico hospitalar e sua imediata reintegração ao sistema” (ipsis litteris).
A petição veio acompanhada de documentos.
O Sistema do PJe não identificou eventuais prevenções. As custas
processuais foram recolhidas (ID nº 17728838).
É a síntese do necessário.
DECIDO.
Mantenho o valor inicialmente atribuído à causa, sem prejuízo de
nova análise por ocasião do saneamento do feito.
Nos termos do artigo 300 do Código de Processo Civil, a tutela
de urgência será concedida quando (i) houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e (ii) o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. No caso dos autos, a Autora informa ser beneficiária de pensão militar instituída por seu genitor, o Sr. Nereu da Costa Dourado, sendo, desta forma, beneficiária do Fundo de Saúde da Aeronáutica – FUNSA.
Contudo, a partir de janeiro de 2018, apurou-se a ausência de
lançamento de débito para custeio do fundo em seu holerite, sem prévio aviso. Posteriormente, foi-lhe negado tratamento de saúde por meio da estrutura do plano, com fruição de seus benefícios.
Informa que a exclusão da pensionista do sistema de saúde
(FUNSA), baseia-se em uma nova norma administrativa para prestação da assistência médico-hospitalar no sistema de saúde da aeronáutica NSCA 160-5/2017. Sustenta ser referido ato administrativo violador de direitos essenciais a assistir a pessoa humana.
Relatados os principais fatos, verifico a presença dos requisitos
ensejadores da concessão da tutela de urgência. Explico.
Acerca da controvérsia, dispõe a Lei federal n. 6.880, de 1980,
que dispõe sobre o Estatuto dos Militares, em seu artigo 50, inciso IV, alínea ‘e’, o a seguir reproduzido, “in litteris”:
“Art. 50. São direitos dos militares:
(...)
IV - nas condições ou nas limitações impostas na legislação e
regulamentação específicas:
(...)
e) a assistência médico-hospitalar para si e seus dependentes, assim
entendida como o conjunto de atividades relacionadas com a prevenção, conservação ou recuperação da saúde, abrangendo serviços profissionais médicos, farmacêuticos e odontológicos, bem como o fornecimento, a aplicação de meios e os cuidados e demais atos médicos e paramédicos necessários;
Desta forma, tendo a Autora logrado comprovar sua condição de
pensionista vinculada ao Comando da Aeronáutica (documento id n. 17311668), resta configurada a relação de dependência, assistindo a ela o direito a utilizar-se da rede de atendimento de saúde das Forças Armadas, com lançamento dos descontos para custeio em folha (FAMHS), nos moldes praticados até dezembro de 2017, a fim de se garantir a efetividade dos direitos e garantias fundamentais, notadamente a dignidade da pessoa humana e o acesso universal à saúde, afastando-se, portanto, os efeitos do ato NSCA 160- 5 (Normas para Prestação da Assistência Médico-Hospitalar no SISAU).
Ante o exposto, DEFIRO O PEDIDO DE TUTELA, a fim de
determinar a Ré que restabeleça os direitos da Autora para que seja descontado novamente o FAMHS, mensalmente, de sua folha de pagamento, e que seja a ela garantido o uso continuo da assistência médica hospitalar.
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