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ÉTICA

PROFISSIONAL
Ética e Moral

Caro aluno(a):
Neste primeiro capítulo vamos apresentar os conceitos de ética e
moral; esclarecer que, apesar de haver certa confusão, ética e
moral possuem significados diferentes; vamos distinguir o que é
antiético, amoral e imoral; além de falarmos sobre os tipos de ética:
individual, de grupo e profissional.

O intuito deste capítulo é fazer com que você perceba as diferenças entre o que é
ético e moral, para que seja capaz de observar e analisar os fatos da vida cotidiana, tanto
na esfera privada quanto no ambiente de trabalho.
Mas, antes disso, achamos importante reforçar os motivos que temos para estudar
Ética, vejamos:

1.1 POR QUE ESTUDAR ÉTICA?


Por que incluíram esse tema na grade de formação e capacitação dos servidores da
Administração Pública?
Podemos citar diversos motivos, tais como:
 É um assunto recorrente e que sempre foi de interesse do homem. As questões
éticas perpassam por todos os aspectos da vida (familiar, profissional, acadêmico,
social), ao passo que desde a antiguidade o homem
nutre interesse pelo assunto;

 Por conta do aumento da competitividade e


individualismo. O modelo econômico vigente, o
sistema capitalista, estimula os imperativos “cada um
por si” e “os fins justificam os meios”, o que gera
várias distorções no convívio social;

Figura 1.1: Individualismo


Fonte: http://www.ip.usp.br/portal/index.php?
option=com_content&view=article&id=2033%3Adialogos-sobre-etica-moral-e-
educacao&catid=47%3Avideos&Itemid=94&lang=pt Acessado em: 24/10/2015.

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 Por conta da crise de valores. A
corrupção está impregnada no cenário político,
econômico e social do nosso país que acaba
por possibilitar perdas de referências éticas. As
Figura 1.2: No Conselho de Ética
Fonte: http://jornalcontato.com.br/home/index.php/2013 pequenas corrupções e o “jeitinho brasileiro”
/02/07/comissao-de-etica-na-camara-municipal/. Acessado em:
24/10/2015.
estão entranhadas na cultura brasileira, ao
passo que pessoas que se comportam eticamente às vezes são tachadas de
“bobas”, enquanto que os que burlam as leis, por exemplo, são tidas como
“espertas”, gerando uma confusão entre o que é o certo e o errado, ocasionando
assim a crise de valores.

 Para fortalecer ações éticas no setor público. Exatamente por conta da crise de
valores, que se faz mister fomentar as discussões sobre a ética a fim de fortalecer
as ações éticas no setor público, além de possibilitar que as reflexões sejam
conduzidas pelo(a) servidor(a) para os mais diversos âmbitos de sua vida.

1.2. ÉTICA

Figura 1.3: Dilema Ético


Fonte: https://acropolejardimamerica.files.wordpress.com/2014/07/etica-e-moral-calvin-e-hobbes.jpeg. Acessado em: 24/10/2015.

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O dilema ético retratado na tirinha é apenas um exemplo dentre muitos, tais como: É
ou não ético desligar os aparelhos de uma pessoa que está com uma doença terminal e
que só está viva porque as máquinas a conservam? Uma garota descobre que está
grávida, mas não tem condições psicológicas, nem materiais de criar o bebê, deve ela
abortar? Um desempregado, pai de três filhos, recebe uma proposta de emprego, mas que
exige que seja desonesto e cometa irregularidades que beneficiem seu patrão, deve ele
aceitar essa oferta?
Como podemos ver, nos deparamos diariamente com vários dilemas que envolvem
a ética. Umas questões são mais simples e outras nem tanto assim. Mas de um modo
geral, elas permeiam nossas vidas. Através da ética decidimos acerca de várias questões
como a escolha dos nossos governantes, dos nossos cônjuges, das nossas
amizades...Enfim, através da ética decidiremos qual o caminho iremos trilhar.
Mas, o que é Ética afinal?
Para Sá (2003, p. 15), a ética “estuda os fenômenos morais, as morais históricas, os
códigos de normas que regulam as relações e as condutas dos agentes sociais, os
discursos normativos que identificam, em cada coletividade, o que é certo ou errado fazer”.
A palavra Ética deriva do termo grego, “ethos” e significa modo ser, caráter,
comportamento. É um ramo da filosofia que lida com a compreensão das noções e dos
princípios que sustentam as bases da moralidade social e da vida individual. Trata-se de
uma reflexão sobre o valor das ações sociais consideradas tanto no âmbito coletivo como
no individual.
Em outras palavras, Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da
investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma
racional, fundamentada, científica e teórica. A Ética teoriza sobre as concepções que dão
suporte à moral. “É uma espécie de teoria sobre a prática moral, uma reflexão teórica
que analisa e critica os fundamentos e princípios que regem um determinado
sistema moral” (MORAIS, s.d, p.1). Em suma, é uma reflexão sobre a moral.
O exercício de um pensamento crítico e reflexivo quanto aos valores e costumes
vigentes tem início ainda, na cultura ocidental, na Antiguidade Clássica com os primeiros
grandes filósofos, a exemplo de Sócrates, Platão e Aristóteles. Questionadores que eram,
propunham uma espécie de “estudo” sobre o que de fato poderia ser compreendido como
valores universais a todos os homens, buscando dessa forma ser correto, virtuoso, ético. O
pano de fundo ou o contexto histórico nos qual estavam inseridos tais filósofos era o de
uma Grécia voltada para a preocupação com a pólis, com a política.

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Nesse contexto, a ética seria uma reflexão acerca da influência que o código moral
estabelecido exerce sobre a nossa subjetividade, e acerca de como lidamos com essas
prescrições de conduta, se aceitamos de forma integral ou não esses valores normativos e
até que ponto nós damos o efetivo valor a tais valores.
Segundo alguns filósofos, nossas vontades e nossos desejos poderiam ser vistos
como um barco à deriva, o qual flutuaria perdido no mar, o que sugere um caráter de
inconstância. Essa mesma inconstância tornaria a vida social impossível se nós não
tivéssemos alguns valores que permitissem nossa vida em comum, pois teríamos um
verdadeiro caos. Logo, é necessário educar nossa vontade, recebendo uma educação
(formação) racional, para que dessa forma possamos escolher de forma acertada entre o
justo e o injusto, entre o certo e o errado.
Assim, a priori, podemos dizer que a ética se dá pela educação da vontade.
Segundo Marilena Chauí em seu livro Convite à Filosofia (2008), a disciplina denominada
ética nasce quando se passa a indagar o que são, de onde vêm e o que valem os
costumes. Nasce quando também se busca compreender o caráter de cada pessoa. Isto é,
quando se busca compreender, refletir sobre o senso moral e a consciência moral
individual.

1.3 MORAL
Como você pode perceber, a ética e a moral estão relacionadas, apesar de serem
distintas. A ética estuda/reflete a moral. Mas, então, o que é moral?
A palavra “moral”tem origem no termo latino “morales” que significa “relativo aos
costumes”.
A moral é o conjunto de regras que regulam as relações entre as pessoas de
uma sociedade, na busca pelo bem comum, felicidade e justiça. Estas regras são
adquiridas pela educação, tradição e cotidiano, e orientam cada indivíduo nas suas
ações e julgamentos sobre o que é certo ou errado, bom ou mau, moral ou imoral.
De acordo com Vásquez (1998), moral é um conjunto de normas, regras e valores
que uma sociedade define para si mesma. Desse modo, podemos entender que a moral
não é inata, inerente ao homem, na verdade ela é fruto da consciência coletiva, das
experiências individuais e culturais que foram se construindo durante a história da
humanidade. A partir do que foi adquirido, distingue-se o bom do mau, o permitido e o
proibido. A moral surgiu da necessidade de respostas às necessidades da vida em grupo,

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sendo possível somente quando o homem se tornou um ser social e este ser social só
existe se tiver regras.
Para ficar ainda mais claro para você o que é Ética e Moral, vamos apresentar as
principais diferenças entre ambos.

1.4 DIFERENÇAS ENTRE ÉTICA E MORAL


A Moral surgiu nas sociedades primitivas, quando o homem passou a viver em
agrupamentos. A partir dessa fase, passou a ter consciência Moral sobre o que era o bem
e o mal naquele ambiente em que vivia. A Ética surgiu com Sócrates, na antiguidade,
quando existia maior capacidade intelectual para investigar, explicar criticar e refletir sobre
as normas morais. A Ética faz com que as atitudes dos homens não se dêem apenas por
tradição, educação ou hábito, mas principalmente por convicção e inteligência. Ou seja,
enquanto a Ética é teórica e reflexiva, a Moral é eminentemente prática. Uma completa
a outra, ao passo que o conhecimento e a ação são indissociáveis. Eis uma das diferenças
que Vásquez (1998) elencou.
Outra distinção ocorre de o fato da Ética tender a ser universalizar, enquanto que
a Moral é relativa, pois pode variar com o tempo, e/ou de sociedade para sociedade.
Vejamos um exemplo que engloba as diferenças vistas até agora:
Suponhamos que Juca pediu emprestado o livro de um colega. Como o colega não
cobrou a devolução do livro, Juca decidiu ficar para si, vendê-lo ou doá-lo a outra pessoa.
Em qualquer uma dessas ações, se o colega for religioso, ele entenderá que Juca agiu de
forma contrária à moral, pois feriu o mandamento divino de não roubar. Se o colega for
uma pessoa que afirma o direito da propriedade privada, entenderá que a ação de Juca
também foi moralmente reprovável, pois violou a lei e praticou um crime.
Note que, pessoas diferentes condenariam Juca por motivos diferentes. Cada
pessoa ou grupo tem noção de certo e errado. Umas se fundamentam na religião, outras
nas leis, etc. Temos, então, várias “morais”, em que cada uma se fundamenta em noções
diferentes para dizer o que é certo e o errado. Temos então o caráter relativo da moral.
As normas morais se cumprem por meio da convicção íntima e adesão interna de
cada um dos indivíduos, já as normas jurídicas não exigem essa convicção. A pessoa que
pertence aquele contexto social deve cumprir a norma jurídica, ainda que não a ache justa,
há o dispositivo externo que o obriga a cumpri-la.
Ou seja, a Moral é internalizada e nos constitui como sujeito. A Ética, com suas leis,
nos possibilita compreender se a nossa moral encontra-se adequada com a sociedade,

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porém isso não significa que vou concordar ou agir como a lei determina, pois a ação moral
independe de ter ou não regras. Sendo assim, podemos extrair outras diferenças, tais
como: os princípios éticos possuem obrigatoriedade em seu cumprimento, podendo
acarretar, inclusive, em sanções penais; já ao que se refere à Moral, há livre arbítrio, no
máximo o que acontecerá é a desaprovação social.

Nesse ponto da discussão, vale abrir um parêntese para explicar as diferenças entre
amoral, imoral, antiético e aético.

a) Amoral – é aquela pessoa que não tem conhecimento das normas morais, não tem
as condições subjetivas necessárias agir segundo os preceitos morais. Por exemplo:
uma criança que foi criada na selva por dez anos pelos chimpanzés, e ao ser
resgatada, não tinha noção de que andar nua, roubar para comer e fazer suas
necessidades fisiológicas na rua era errado.
b) Imoral – é aquele que age contra a moral, mesmo sabendo quais as regras morais
da sociedade em que faz parte. Por exemplo: um trabalhador que aceita suborno
para infringir uma regra.
c) Antiético – é alguém que age contrariando a ética que um grupo compartilha e
aceita.
d) Aético – pessoa incapaz de escolher, decidir e julgar, tais como: crianças ou pessoa
com deficiência mental, idoso com esclerose senil, tanto que a lei considera
inimputável.

Como podemos perceber, são conceitos muito próximos e que para compreendê-los
precisamos ter bem definido que a Moral está relacionada com a prática, com a ação em si,
com os costumes, valores, tradições e hábitos. Já a Ética é a reflexão que se faz acerca da
Moral e que tende a formular conceitos universais, que valham em qualquer lugar,
independente da Moral específica do grupo, o exemplo mais próximo disso é a Declaração
dos Direitos Humanos, de 1948. Então, a prática de valores éticos pelo indivíduo é o que
chamamos de Moral.

Depois de tudo que foi dito, tornou-se fácil para você perceber que em uma mesma
sociedade o que era Moral pode deixar de ser com o passar do tempo, isso demonstra o
caráter temporal da Moral. Por exemplo, há décadas atrás era inaceitável que as
mulheres trabalhassem fora de casa e se realizassem profissionalmente. Hoje, você

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aceitaria que uma mulher fosse proibida de trabalhar? Enquanto que a Ética, pelo fato de
buscar princípios universais, o caráter é mais permanente.

Vejamos agora um quadro-resumo com as diferenças entre Ética e Moral:

Figura 1.4: Diferenças entre Ética e Moral


Fonte: http://www.codigodeconduta.org/eticaemoral.php
Acessado em: 24/10/2015.

Acreditando que você já conseguiu entender que a Ética e a Moral possuem


conceitos distintos, apesar de fazerem parte de uma mesma realidade, vamos falar agora
sobre os tipos de Ética.

1.5 . TIPOS DE ÉTICA: PESSOAL, DE GRUPO E PROFISSIONAL


A Ética Pessoal são os princípios que
norteiam a vida de um indivíduo. Por exemplo,
quando você se pergunta: Como buscarei a minha
felicidade? Em quais princípios irei respaldar
minhas ações? As respostas queobtiver a esses
questionamentos podem apontar para a sua Ética
Pessoal. Em outras palavras, aÉtica Pessoal
Figura 1.5: Qual caminho a seguir?

Fonte: http://futurodahospedagem.blogspot.com.br/2013/10/etica-na-vida-profissional.html. funciona como uma bússola que orienta


Acessado em: 24/10/2015.

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indivíduo a proceder segundo alguns princípios pré-estabelecidos por ele mesmo.

O indivíduo cria na mente uma espécie de “central de análise”, onde as situações


passam por avaliações internas que buscam moldar a concepção sobre determinado
aspecto. A Ética Pessoal pode ser influenciada/moldada positiva ou negativamente pelas
experiências, educação, treinamento e pressão de grupo.

O ideal é que a Ética Pessoal perpasse sempre pelo respeito à dignidade da pessoa
humana, às diferenças culturais, aos pontos de vistas do outro.

A Ética de Grupo consiste nos princípios que orientam o comportamento dos


membros de um grupo, são os padrões subculturais como a linguagem, os rituais, que são
adotados pelos integrantes. Normalmente, o novato quando chega em um setor sofre
pressão do grupo para se ajustar aos padrões. Em determinadas circunstâncias, pode
haver um conflito entre a Ética Pessoal e a Ética do Grupo, nesses casos o indivíduo
precisa decidir sobre qual irá seguir. Vale frisar que a Ética de Grupo não é
necessariamente melhor do que a Pessoal, e vice-versa.

A Ética Profissional consiste em um conjunto de normas codificadas do


comportamento dos praticantes de uma determinada profissão. Advogados, médicos,
militares, por exemplo, possuem seus códigos de ética que dizem de forma expressa quais
os princípios que devem ser respeitados pelos profissionais da área. A Ética Profissional
busca regulamentar o relacionamento entre os profissionais, cultivar e preservar a
imagemda instituição, visando o respeito à dignidade da pessoa humana e a construção do
bem-estar no contexto sociocultural em que o profissional está inserido. No próximo
capítulo, iremos abordar de forma detalhada a conduta ética profissional no serviço público.

RESUMO

Nesta aula, vimos a importância de estudar Ética. Aprendemos que Ética e Moral não são a
mesma coisa, apesar de estarem interligadas. Que a Ética é teórica e reflete a Moral; tende
a ser universal e atemporal; além de estabelecer quais os princípios que irão nortear a vida
de um indivíduo. A Moral, por sua vez, consiste nos costumes, valores, hábitos, tradições.
Ela se caracteriza prática, relatividade e temporalidade. Por fim, compreendemos o que é
Ética Pessoal, de Grupo e Profissional.

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2. Cidadania
2.1CONCEITO E VALORES BÁSICOS DA CIDADANIA

A origem da palavra cidadania vem do latim “civitas”, que quer dizer cidade. A
palavra cidadania foi usada na Roma Antiga para indicar a situação política de uma pessoa
e os direitos que essa pessoa tinha ou podia exercer.
Segundo Dalmo Dallari (2008), “a cidadania expressa um conjunto de direitos que dá
à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo”.
A plenitude da Cidadania implica numa situação na qual cada pessoa possa viver
com decência e dignidade, através de direitos e deveres estabelecidos pelas necessidades
e responsabilidades do Estado e das pessoas.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos pode ser considerada como a maior
prova existente de consenso entre os seres humanos, pelo menos é o que defendia o
nobre filósofo e jurista italiano Norberto Bobbio (1992).
Para Bobbio (1992), a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi uma
inspiração e orientação para o crescimento da sociedade internacional, com o principal
objetivo de torná-la num Estado e fazer também com que os seres humanos fossem iguais
e livres. E pela primeira vez, princípios fundamentais sistemáticos da conduta humana
foram livremente aceitos pela maioria dos habitantes do planeta.
Em todas as épocas da história, e em todas as culturas houve sinais de dignidade e
fraternidade, que são esboços dos Direitos Humanos. Mesmo que todos os tratados e
acordos da história antiga priorizassem os deveres, cumprimentos de leis podemos verificar
um mínimo de respeito e tentativas de se evitar o caos na sociedade, um dos princípios dos
Direitos Humanos.
Todos os seres humanos nascem com direitos inalienáveis. Estes direitos buscam
proporcionar uma vida digna, e cabe ao Estado proteger tais direitos. A liberdade,
igualdade, tolerância, dignidade e respeito – independente de raça, cor, etnia, credo
religioso, inclinação política partidária ou classe social – permite ao ser humano buscar tais
direitos fundamentais.
Os Direitos Humanos são indivisíveis: e são neles englobados questões sociais,
políticas e econômicas. Tais como:

 Todas as pessoas devem ter o direito de formar a sua própria opinião e de exprimi-la
individualmente ou em assembleias pacificas;

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 Todas as pessoas devem ter o direito de participar no governo;
 Estar livre de prisão arbitrária, detenção e tortura – quer a pessoa seja um opositor
ao partido no poder, pertença a uma minoria étnica ou seja um criminoso comum;
 Livre expressão religiosa e uso de sua língua para manter suas tradições;
 Todo ser humano deve ter a oportunidade de trabalhar, ganhar a vida e sustentar a
sua família;
 As crianças merecem proteção especial.

Vamos agora refletir um pouco sobre estas questões???

Será que os Direitos Humanos estão sendo cumpridos como deveria?


Será que estamos participando ativamente da nossa sociedade?
Será que estamos sendo vigilantes de nós e dos nossos governantes?

A resposta parece ser NEGATIVA! Pois a violência banalizada, como


os assassinatos, as chacinas, os extermínios, o tráfico de drogas, o crime
organizado, as mortes no trânsito e a corrupção desenfreada, não pode ser aceita como
algo normal, ou seja, devemos dizer NÃO a estas violações dos Direitos Humanos.
O mais importante instrumento da sociedade moderna no que tange aos Direitos
Humanos é a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948. Este documento,
marco da nossa era, tornou-se um autêntico paradigma defensor da ética, da moral e dos
bons costumes. Mas o que constatamos é um aumento constante da violência e total
desrespeito aos Direitos Humanos.

VIOLÊNCIA

Figura 4.1: Violência


Fonte: http://f1team.leiaja.com/ong-afirma-que-violacao-aos-direitos-humanos-ainda-e-problema-
no-bahrein/. Acessado em: 24/10/2015.

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GENOCÍDIO

Figura 4.2. Genocídio


Fonte:http://blog.portalexamedeordem.com.br/blog/2014/12/ser-
advogado-pode-ser-muito-mais-do-que-voces-imaginam/ Acessado
em: 24/10/2015.

FOME

Figura 4.3: Fome


Fonte:http://www.ultimosacontecimentos.com.br/fome
s/fao-menos-de-800-milhoes-de-pessoas-passam-
fome-no-mundo.html. Acessado em: 24/10/2015.

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FALTA DE MORADIA

Figura 4.4: Falta de Moradia


Fonte: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/impressao.asp?artigo=173.
Acessado em: 24/10/2015.

E aí, diante destas imagens que fazem parte de uma dura realidade social: cruel,
triste e perversa, o que para você significa cidadania? Quais são os seus valores básicos?

É difícil encontrar um conceito de cidadania suficientemente abrangente que seja


aplicável a qualquer lugar, situação ou momento. Primeiro porque, como acontece com
outros conceitos ligados à evolução das sociedades humanas cidadania é uma construção
histórica, ou seja, modifica-se por influência das transformações da história humana. Além
disso, ela reflete o ponto de vista e a condição social de quem a utiliza.
Isso porque o conceito de cidadania depende ainda do jogo de interesses de
segmentos sociais diferentes e dos conflitos entre os que estão no poder e os que estão
fora dele.
Sendo assim, vamos partir de um ponto comum de referência para chegarmos à
definição adotada hoje pela maioria dos países:
Todos nós temos direitos humanos universais, que devem ser respeitados em
qualquer lugar do mundo, independentemente da nossa nacionalidade. Os que estão
relacionados à nacionalidade são os direitos de cidadania. Ou seja, a cidadania é uma
ligação jurídico-política que o indivíduo tem com o Estado, a que pertence e que lhe
garante direitos e lhe impõe obrigações.
Seus direitos são os de decidir e influir sobre os destinos do Estado e o de ter a sua
condição humana garantida e protegida por ele. Suas obrigações são permitir e cuidar para
que todos obedeçam às regras estabelecidas, de forma que a vida em comum transcorra

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em harmonia e respeito e que os interesses coletivos sempre predominem sobre os
particulares.
Por isso, ser cidadão supõe desenvolver atitudes, assumir padrões de
comportamento e adquirir hábitos que favoreçam o bom convívio com os demais e também
que suas ações sejam pautadas pela ética do cuidado, do zelo, pelo bem comum e pelo
respeito a coisa pública. Ou seja, aquele contínuo estado de alerta, de observação
cuidadosa em relação à segurança, à dignidade e ao bem-estar do outro, que nos leva a
sempre respeitá-lo e a nos colocar de seu lado e defendê-lo quando alguém não o
respeitar.
Por essas razões, é nosso dever apoiar e estimular a extensão dos direitos de
cidadania a todos, assumir responsabilidades coletivas e pressionar organizações e
instituições que podem promover a melhoria das nossas condições de vida.
O conceito de cidadania teve origem na Grécia Antiga e foi utilizado para designar
os direitos relativos ao cidadão, ou seja, o indivíduo que vivia na cidade e ali participava
ativamente dos negócios e das decisões políticas. Cidadania pressupunha, portanto, todas
as implicações decorrentes de uma vida em sociedade. Ao longo da história, o conceito de
cidadania foi ampliado, passando a englobar um conjunto de valores sociais que
determinam o conjunto de deveres e direitos de um cidadão.
Portanto, Cidadania são os direitos e deveres do cidadão e ela pode ou não ser
exercida.

Para a ética, não basta que exista um elenco de princípios fundamentais e direitos
definidos nas Constituições. O desafio ético para uma nação é o de universalizar os direitos
reais, permitido a todos cidadania plena, cotidiana e ativa. Desse modo, será possível a
síntese entre ética e cidadania, na qual possa prevalecer muito mais uma ética de
princípios do que uma ética do dever.

E QUAIS SERIAM OS VALORES BÁSICOS PARA


EXERCERMOS A CIDADANIA?

Valor é a palavra que dá legitimidade a uma pessoa.É a nossa


conduta dentro dessa sociedade, em todas as áreas: na família,
na no meio social e no trabalho. Por exemplo: as atividades

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profissionais dos diversos órgãos do governo, por estarem relacionadas com os direitos
das pessoas, dependem da observação de certos valores indispensáveis ao respeito à
cidadania. Como esta atividade é voltada para o bem comum, deve conter e até estar
alicerçada em valores comuns, tais como:

 Legalidade: Um conjunto de normas e regras impostas ou convencionadas, com a


finalidade de disciplinar a convivência das pessoas na sociedade pressupõe que as
condutas estejam dentro dos parâmetros estabelecidos na lei, ou por ela não
proibidas;
 Respeito: O respeito é o reconhecimento, a manutenção e a reverência aos direitos
das pessoas. Toda pessoa deve ser valorizada e respeitada, sem qualquer
discriminação por sexo, raça, idade, função, etc;
 Honra: É o valor interno de cada pessoa e como se trata de um valor individual,a
honra pode ser tratada como a dignidade da pessoa humana;
 Reciprocidade: A reciprocidade impõe que devemos tratar as pessoas da forma
como gostaríamos de ser tratados;
 Eqüidade: A equidade é um valor indispensável para o exercício da atividade
profissional, pois é esse valor que exige o tratamento equitativo entre as pessoas,
onde se deve buscar sempre a igualdade, devem ser tratadas igualmente sem
privilégios e/ou sem discriminações.
 Moderação: É importante para a busca do equilíbrio. Assim, deve-se agir de forma
moderada, evitando a precipitação e a intolerância. Por exemplo, o servidor público
deve ser um profissional equilibrado, que tenha convicção da importância de sua
atividade, é importante reconhecer suas próprias limitações.
 Senso de Responsabilidade: O cidadão deve viver uma vida com
responsabilidade, por exemplo, o servidor Público tem de ter um vínculo com a
causa pública. A sociedade não pode confiar os direitos e serviços prestados ao
funcionário que não seja responsável e que não esteja executando o seu serviço
com assertividade e competência.
 Bondade: Trata-se de um valor simples, onde uma pessoa sente prazer em ajudar
outra. O agente público deve ser uma pessoa provida de bondade. É importante
que demostre satisfação com as relações internas e externas, bem como ser útil à
sociedade.

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2.2A CIDADANIA NO SÉCULO XXI: DIREITOS CIVIS SÓ NA LEI!?

O esforço de reconstrução, melhor dito, de construção da democracia no Brasil


ganhou ímpeto após o fim da ditadura militar, em 1985. Uma das marcas desse esforço é a
dimensão que assumiu a palavra cidadania. Políticos, jornalistas, intelectuais, líderes
sindicais, dirigentes de associações, simples cidadãos, todos a adotaram. A cidadania,
literalmente, caiu na boca do povo! Mais ainda, ela substituiu o próprio povo na retórica
política. Não se diz mais "o povo quer isto ou aquilo", diz-se "a cidadania quer". Cidadania
virou gente. No auge do entusiasmo cívico, chamamos a Constituição de 1988 de
Constituição Cidadã.

Mas havia ingenuidade no entusiasmo, havia a crença de que a democratização das


instituições traria rapidamente a felicidade nacional. Pensava-se que o fato de termos
reconquistado o direito de eleger nossos prefeitos, governadores e presidente da República
seria garantia de liberdade, de participação, de segurança, de desenvolvimento, de
emprego e de justiça social.

As coisas não caminharam tão bem, muito pelo contrário,já quase 30 anos passados
desde o fim da ditadura, problemas centrais de nossa sociedade, como a violência urbana,
o desemprego, o analfabetismo, a má qualidade da educação, a oferta inadequada dos
serviços de saúde e saneamento, e as grandes desigualdades sociais e
econômicascontinuam sem solução, ou se agravam, ou, quando melhoram, é em ritmo
muito lento.

Em consequência, os próprios mecanismos e agentes do sistema democrático,


como as eleições, os partidos, o Congresso, os políticos, se desgastam e perdem a
confiança dos cidadãos.

Não há indícios de que a descrença dos cidadãos tenha gerado saudosismo em


relação ao governo militar, do qual a nova geração nem mesmo se recorda. Nem há
indicação de perigo imediato para o sistema democrático.

No entanto, a falta de perspectiva de melhoras importantes a curto prazo, inclusive


por motivos que têm a ver com a crescente dependência do país em relação à ordem
econômica internacional é fator inquietante, principalmente pela possibilidade de retrocesso
em relação a conquistas já feitas. É importante, então, refletirmos sobre o problema da
cidadania, sobre o seu significado, sua evolução histórica e suas perspectivas.

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A cidadania inclui várias dimensões e algumas podem estar presentes sem as
outras. Uma cidadania plena, que combine liberdade, participação e igualdade para todos é
um ideal talvez inatingível nos dias de hoje.
Tornou-se costume desdobrar a cidadania em direitos civis, políticos e sociais. O
cidadão pleno seria aquele que fosse titular dos três direitos. Cidadãos incompletos seriam
os que possuíssem apenas alguns dos direitos. Os que não se beneficiassem de nenhum
dos direitos seriam não-cidadãos.
E, portanto, o que seriam os direitos civis???
São os direitos fundamentais à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante
a lei. Eles se desdobram na garantia de ir e vir, de escolher o trabalho, de manifestar o
pensamento, de organizar-se, de ter respeitada a inviolabilidade do lar e da
correspondência, de não ser preso a não ser pela autoridade competente e de acordo com
as leis, de não ser condenado sem processo legal regular. São direitos cuja garantia se
baseiam na existência de uma justiça independente, eficiente e acessível a todos.
São eles que garantem as relações civilizadas entre as pessoas e a própria
existência da sociedade civil surgida com o desenvolvimento do capitalismo. Sua pedra de
toque é a liberdade individual.
Vamos refletir:
 Será que estamos exercendo soberanamente a nossa
liberdade, nos dias atuais ou muitas vezes temos nosso direito de
ir e vir cerceado?
 Será que todos os cidadãos são tratados de forma igual
como preconiza a nossa Constituição Federal, sem distinção de
raça, cor e credo?
 Será que a nossa justiça é realmente “cega” ou ela faz
distinção entre pessoas de classes sociais distintas?

Enfim, será que em pleno século XXI nós temos assegurados os nossos direitos
fundamentais ou eles nada mais são do que uma folha de papel escrita na nossa
Constituição?
É possível haver direitos civis sem direitos políticos???
Sim, pois estes últimos se referem à participação do cidadão no governo. Seu
exercício é limitado a parcela da população e consiste na capacidade de fazer
demonstrações políticas, de organizar partidos, de votar e ser votado. Em geral, quando se

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fala de direitos políticos, é do direito do voto que se está falando. Logo, você pode exercer
todos os seus direitos civis, mas não pode exercer o direito do voto, por conta da idade, por
exemplo.
E aqui ficam algumas reflexões:
 Como estamos exercendo esse direito para a
escolha dos nossos governantes?
 Quais os critérios que adotamos para exercer esse
direito pleno à cidadania?
 Será que os nossos governantes tem sido
merecedores do nosso voto?
 Será que eles tem cumprido seus papeis com
ética,responsabilidade e seriedade?

Também integram os Direitos Políticos o voto em plebiscitos e referendos,


movimentação popular, organização e participação em partidos políticos.
Entretanto, cada país pode apresentar disposições específicas sobre a formulação
do conjunto dos Direitos Políticos dos cidadãos. O que, lamentavelmente, ainda acontece,
é que em regimes autoritários persistentes no mundo, a população não goza dos Diretos
Políticos, não possui o poder de participar do processo seletivo e, tampouco, de alterar os
destinos da representatividade política.
O Brasil passou por momentos graves nos quais a população teve seus Direitos
Políticos violados. Na Primeira República, apenas uma pequena parte da população tinha
direito ao voto, porém as eleições eram fraudadas e os eleitores eram repetidamente
ameaçados e forçados na escolha de seus votos.
A década de 1930 permitiu uma ampliação do número de eleitores no Brasil,
expandindo o direito ao voto à grande parte da população. Só que em 1937 Getúlio Vargas
iniciou uma ditadura e suspendeu as eleições até 1945. Desta data até 1964, o Brasil viveu
um período democrático, no qual a população pode votar, participar politicamente, se
organizar em partidos e movimentos sociais, mas com o Golpe Militar, mais uma vez os
brasileiros tiveram seus Direitos Políticos afetados.
Por mais de 20 anos, a população brasileira ficou alheia ao processo de decisão do
Presidente do país, o que só voltou a ser assegurado com a Constituição de 1988.

19
2.3 MUNDO DO TRABALHO E CIDADANIA ORGANIZACIONAL

O ser humano não nasceu preparado para seguir normas de convivência e


sobreviver em uma sociedade tão complexa quanto a nossa. Para estabelecer relações
sociais e subsistir em nosso meio, precisamos de quem cuide de nós e nos eduque,
transmitindo-nos as características e valores culturais da sociedade a que pertencemos.
Desta forma, podemos dizer que o processo de socialização começa logo depois do
nascimento e segue um longo caminho. Nessa jornada, cada um de nós precisa absorver
conhecimentos e desenvolver habilidades, além de conhecer e utilizar linguagens.
Precisamos também aprender a desempenhar papéis sociais e a reconhecer a
importância de contribuir com a coletividade. Essa contribuição pode ser feita de várias
maneiras: quando, por exemplo, produzimos alguma coisa ou prestamos algum serviço,
quando reproduzimos ou inovamos técnicas, defendemos a estrutura da dinâmica social ou
atuamos para alterá-la. O trabalho é uma dessas contribuições. Ele é necessário para
garantir nossa sobrevivência e, para executá-lo, mobilizamos nosso físico, nosso intelecto,
nossa razão e nossa vontade.
Sem os produtos do trabalho não há sobrevivência humana, cultura, organização
social, civilização e história.
Durante toda a nossa vida, precisamos do nosso trabalho e do trabalho dos outros
para a produção de bens e serviços que são demandados pelo viver e pelo conviver em
sociedade.
Em muitas situações, a ética e a cidadania são comprometidas pela atitude de um
indivíduo, mas nem sempre o cidadão é o único responsável por isso. Nesses casos, por
incompetência, irresponsabilidade, ignorância, displicência, desonestidade ou omissão, são
os comportamentos e ações de organizações dos mais variados tipos e dos próprios
governantes que colaboraram para isso, ou foram os principais responsáveis para que isso
ocorresse.
Vamos exemplificar essa questão com um caso:
Cinco bebês morreram vítimas de um erro da auxiliar de enfermagem de um posto
de saúde municipal, que, em vez da vacina tríplice (contra coqueluche, tétano e difteria),
aplicou neles insulina. A auxiliar de enfermagem foi descuidada, desatenciosa,
irresponsável e, por isso, deve ser julgada como a única causadora dessa desgraça?
A pergunta implica muitos questionamentos:
 Será que ela recebeu formação profissional eficiente?

20
 A instituição educacional que a habilitou ofereceu a ela um bom curso e fez
corretamente a avaliação de suas competências?
 E o posto de saúde? Que critérios o posto de saúde utilizou para contratá-la?
 Ela ocupava a função que realmente lhe competia?
 Os medicamentos estavam nos lugares certos e organizados e catalogados para
que não houvesse possibilidade de serem confundidos?
 E em que condições ela praticava seu trabalho?
 Tinha os recursos e as informações necessárias para exercer aquela função?
Outras perguntas também devem ser feitas quanto às implicações do governo,
responsável pelo funcionamento do posto de saúde e do qual ela era funcionária.
Ele não teve nenhuma influência no caso? Não estaria a funcionária com acúmulo
de trabalho?
 Será que ela, devido a um salário baixo, estaria estressada por ter que fazer horas
extras e dar conta de mais de um emprego?
Essas perguntas revelam que nossa qualidade de vida e nosso desempenho como
cidadãos, pessoas e profissionais também dependem de como as diferentes organizações
atuam ao nos atender ou deixar de fazê-lo. No caso relatado, todos os motivos supostos
para explicar o erro da auxiliar de enfermagem estão direta ou indiretamente relacionados
com o Estado, com a política e com a cidadania organizacional, como:
 A qualidade do ensino oferecido pelas escolas;
 A responsabilidade dos órgãos certificadores de competência profissional;
 A gestão administrativa das instituições públicas ou privadas;
 A política de saúde e a política salarial do governo;
 A política de administração, controle e acompanhamento de recursos humanos no
posto de saúde.
Isso também nos leva a concluir que toda a nossa vida social está impregnada de
políticas diversas (governamentais, institucionais e empresariais) e que, por isso, não
apenas somos atingidos por situações e ações políticas como também atuamos
politicamente o tempo todo.
Atuamos deliberada e ativamente, participando de manifestações, militando em
algum partido, votando, nos candidatando a cargos políticos e denunciando descasos
quanto ao atendimento das necessidades da população. Também atuamos involuntária e
passivamente, quando nos omitimos, quando ignoramos o que se passa em nossa volta,
afirmando que política é só para quem gosta.

21
No entanto, é importante percebermos que não são apenas os indivíduos
isoladamente que precisam atuar na sociedade guiando-se pelos princípios da cidadania.
As organizações também precisam ser cidadãs.
Em resumo, a cidadania organizacional é também essencial para o bem-estar e a
dignidade de todos.
Pessoas e organizações que não primam pela ética e não se consideram
comprometidas com o bem-estar e a qualidade de vida dos cidadãos, conscientemente ou
não, voluntariamente ou não, acabam, de uma ou outra forma, sendo responsáveis por
perdas e danos sofridos pela sociedade.
A cidadania implica o reconhecimento de que dificilmente é possível, nem sempre é
justo e, raramente, vale a pena a gente “melhorar de vida” sem melhorar a vida. Por isso,
cabe aqui uma citação do grande cidadão brasileiro que foi Herbert de Souza, o Betinho:
Tudo o que acontece no mundo, seja no meu país, na minha cidade ou
no meu bairro, acontece comigo. Então eu preciso participar das
decisões que interferem na minha vida. Um cidadão com um sentimento
ético forte e consciência de cidadania não deixa passar nada, não abre
mão desse poder de participação. (SOUZA,1994).

Depois de todas essas indagações proponho meus caros alunos a fazerem uma
auto avaliação, pois é preciso que nos perguntemos:

 Como lidamos com os instrumentos e com os recursos


físicos que usamos em nosso trabalho, seja produzindo algo
concreto ou prestando serviços?Somos cuidadosos,
parcimoniosos, sensatos e prudentes ao usá-los?
 Qual a atenção que damos à qualidade do que
oferecemos aos consumidores, clientes ou usuários?
Sabemos que devemos tratá-los da mesma forma que
gostaríamos de ser tratados?
 Como nos comportamos, considerando a importância de nosso trabalho e sua
repercussão tanto no ambiente em que ele se desenvolve quanto na vida em
sociedade?
 Qual a nossa disposição para trabalhar em equipe de forma cooperativa, oferecendo
e recebendo ajuda, dividindo responsabilidades, respeitando direitos e
compartilhando poder e sucesso?
 Reconhecemos o valor da contribuição de cada um em nosso grupo?

22
Até muito recentemente era raro as empresas incluírem o tema da responsabilidade
social em suas divulgações institucionais (hoje, é quase uma obrigação). O conceito se
difunde reiteradamente em sites e aqui apresentamos seus princípios básicos.
A responsabilidade social das empresas pode ser vista como parte de uma nova
cultura organizacional, de forma a produzir riquezas e desenvolvimento que beneficiem a
todos os envolvidos em suas atividades – trabalhadores, consumidores, ambiente e
comunidade.
Essa visão inclui a promoção, pela empresa, dos seus valores éticos e responsáveis
na sua cadeia de fornecedores e nos mercados onde atua. Ética e responsabilidade
social são palavras-chave para as organizações contemporâneas. Pesquisa do
Instituto Ethos de Responsabilidade Social indica que os consumidores estão mais
propensos a comprar de uma organização que apresente postura ética e com
responsabilidade social,entendendo-se como uma empresa responsável socialmente
aquela que:
 Zela pela qualidade dos produtos e serviços que oferecem aos clientes, tendo o
cuidado de não danificar a saúde e o bem-estar das pessoas;
 Mantém o respeito pelos empregados e fornecedores, estabelecendo relações
baseadas em confiança e parceria, e não em exploração;
 Preocupa-se com a segurança e a saúde no ambiente de trabalho, garantindo que
os empregados gozem de boas condições;
 É transparente com a sociedade, provendo todas as informações de interesse
público com relação às operações e atividades da empresa ou qualidade dos
produtos;
 Respeita o ambiente, estabelecendo práticas que não afetem o equilíbrio ecológico e
a qualidade de vida das comunidades;
 Atua com ética no que diz respeito ao trato com outras empresas ou com as
pessoas físicas, assim como no recolhimento de tributos, cumprindo todas as suas
obrigações como empresa cidadã;
 Envolve-se com o crescimento econômico e social sustentado, participando de
atividades que beneficiem a sociedade;
 Incentiva projetos culturais, sociais e educacionais que possam trazer
desenvolvimento para o entorno social;
 Estimula em seus funcionários o compromisso social e a atividade comunitária.

23
2.4CIDADANIA E COMBATE Á CORRUPÇÃO

A palavra corrupção veio do latim corruptione, que dá a ideia de corromper, que


pode significar decomposição, putrefação, desmoralização, suborno. De acordo com o
Escritório das Nações Unidas para Combate ao Crime Organizado e às Drogas, a
“corrupção é um complexo fenômeno social, político e econômico que afeta todos os
países do mundo”.
No Brasil, um dos principais atores no combate à corrupção é o Ministério Público
Federal (MPF), que detém legitimidade para propor ações criminais e ações por ato de
improbidade administrativa contra aqueles que desviam e aplicam indevidamente recursos
públicos federais.
O Brasil, infelizmente, virou o paraíso da corrupção, da improbidade administrativa,
dos desvios envolvendo recursos públicos, do nepotismo, do superfaturamento, dos
mensalões, da impunidade e tantas outras mazelas. Mais uma vez, a corrupção abala a
credibilidade da esfera política brasileira.
Modernas tecnologias da informação, como o computador, as redes sociais na
internet, e-mails, Twitter, Blogs, Facebook e por aí vai. Através de tais mecanismos,
sabemos de tudo o que se passa no Brasil e no mundo, podendo daí tirar nossas próprias
conclusões sobre a conduta desse ou daquele político a quem confiamos (ou vamos
confiar) o nosso voto.
Além desses meios, existem os dois canais de televisão da Câmara e do Senado,
duas valiosas ferramentas de que podemos nos valer para conhecer as atividades do
político que elegemos para o Congresso Nacional. Os dois canais focam tanto os bons
quanto os maus políticos, fato que facilita o nosso questionamento na hora de votar.

Figura 4.5: Rui Barbosa


Fonte:http://www.club33.com.br/v3/ar.asp?id=5019.
Acessado em 30.10.2015.

24
REFERÊNCIAS

BARROS FILHO, Clóvis de. POMPEU, Júlio. A filosofia explica grandes questões da humanidade. Ed. Livro Falante,
2015,

CORTELLA, Mário Sérgio. Não nascemos prontos. Provocações filosóficas. Editora Vozes, 2015.

CORTELLA, Mário Sérgio. BARROS FILHO, Clóvis de. Ética e vergonha na cara. Papirus Editora, 2013.

DUPAS, Gilberto. “O futuro do trabalho.” O Estado de S. Paulo, 20 de outubro de 2007.

GISELE, Salgado de. “O Novo Perfil do Profissional.” Disponível em: www. geocities.com/infobusiness.geo/nvoperfil.html.
Acesso em: 24/out/2015, às 15h30.

GUADARRAMA, Juan de Dios Pineda. Ética para el Desarrollo: tres vertientes contemporáneas de la ética pública.
Disponível em < www.iapem.org.mx/eventos /clad/Juan%20de%20Dios.pdf >. Acesso em: 09/out/2015, às 20h30min.

MORAES, Raimundo. A importância da Ética na Formação de Recursos Humanos. Disponível em:


http://ucbweb2.castelobranco.br/webcaf/arquivos/12971/6953/
A_IMPORTANCIA_DA_ETICA_NA_FORMACAO.doc Acessado em: 24/10/2015.

SÁ, Antônio Lopes de. Ética profissional. 8 Ed. São Paulo: Atlas, 2009.

SUÁREZ, Cristina Seijo & TELLERÍA, Noel Añez. La Gestión Ética en la Administración Pública: base fundamental para la
gerencia ética del desarrollo. Disponível em < www.publicaciones.urbe.edu/index.php/.../1402-venezuela >. Acesso em:
06/out/2015, às 16h22min.

SROUR, Robert Henry. Ética empresarial: a gestão da reputação. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
Blog Noesis: Ética e Moral: qual a diferença?. 06/10/2010.

VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. 18. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

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05.10.2015.

http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2015/03/16/corrupcao-nao-nasceu-hoje-e-nao-poupa-ninguem-diz-
dilma.htm. Acessado em 10.04.2016

http://administracaonoblog.blogspot.com.br/2013/03/a-dupla-moral-brasileira-moral-da.html. Acessado em 15.10.2015

http://www.jornalodiario.com.br/primavera-do-leste/editorial/corrupcao-nossa-de-cada-dia/52519. Acessado em
11.04.2016.

http://www.parlamentopb.com.br/artigo.php?id=960. Acessado em 11.04.2016

http://www.cgu.gov.br/redes/diga-nao. Acessado em 24.10.2015

http://www.cgu.gov.br/redes/diga-nao/pecas-para-impressao.Acessado em 09.04.2016

http://www.coladaweb.com/filosofia/moral-e-etica-dois-conceitos-de-uma-mesma-realidade.Acessado em 24.10.2015

25
http://www.dhnet.org.br/dados/manuais/dh/mundo/rover/c5.htm.Acessado em 25.10.2015

http://www.batebyte.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1156–Acessado em 25.10.2015

http://pt.slideshare.net/luiz2011/aula-3-noes-de-tica-profissional-15082790.Acessado em 28.10.2015

http://www.psicorh.com.br/2012/05/moral-e-etica-analise-do-filme-um-ato.html.Acessado em 28.10.2015

http://estadonoetico.blogspot.com.br/2010/10/etica-e-moral-qual-diferenca.html.Acessado em 09.04.2016

26
ÉTICA
ESTUDO DE CASOS
CASO 1 – LUCIA

Fato: LUCIA é gerente de vendas de uma empresa no segmento de material hospitalar. Seu
filho recebe diagnóstico de doença grave e ela recorre a um cliente que é o gerente de compras
de um grande hospital para conseguir internação urgente para seu filho. No contato LUCIA
oferece “vantagens exclusivas” com uma gorda contrapartida em material hospitalar nas
próximas compras. O gerente de compras do hospital aceita a oferta e consegue a vaga, furando
uma fila de espera previamente existente.
Problema: O diretor de RH do hospital fica sabendo do fato por denúncia anônima de
funcionários do próprio hospital e resolve chamar o gerente de compras para uma reunião e
toma a seguinte decisão ética e moral:

(a) Demite o gerente de compras por justa causa alegando corrupção ativa.
(b) Adverte o gerente de compras e retira a criança da UTI.
(c) Adverte o gerente de compras e cancela o contrato com a empresa de LUCIA.
(d) Fica omisso, pois sabe que a criança é a sua sobrinha.
(e) Lembra que está devendo favores para o gerente de compras e resolve fazer vista grossa.

CASO 2 – ROGÉRIO

Fato: ROGÉRIO é o filho de um bem sucedido empresário do segmento de restaurantes. Este


jovem de 27 anos ocupa o cargo de “filho do dono” e tem predileção por ficar em um ou outro
caixa de uma das 19 lojas. ROGÉRIO descobriu um macete muito interessante que lhe assegura
o financiamento das baladas do fim de semana. Ele recebe pagamentos com cartão de crédito
normalmente, porém sempre em duplicidade. No entanto, ele cancela um dos pagamentos e o
cliente não fica no prejuízo, porém ROGÉRIO insere o ticket da venda realizada como se não
tivesse cancelado e retira o valor em dinheiro do caixa.
Problema: A diretora do RH descobre a tramoia do filho do dono e pensa que não pode demiti-
lo. Ela também não quer entregá-lo para seu pai, pois sabe que depois ele poderá persegui-la na
empresa ou quem sabe até mesmo demiti-la em uma oportunidade futura e toma a seguinte
decisão ética e moral:

(a) Conversa com o filho do dono e lhe mostra que é errado.


(b) Faz uma denúncia anônima para o dono.
(c) Demite o filho do dono.
(d) Fica omissa, pois sabe que é um problema de família.
(e) Lembra que ROGÉRIO indicou seu marido para um ótimo emprego e resolve ignorar a
denúncia.

27
CASO 3 – MAGDA

Fato: MAGDA é a melhor vendedora em uma loja de grife e mantém agenda com os melhores
clientes da loja desde seu primeiro dia de trabalho, há pelo menos 12 anos. No entanto,
funcionários em treinamento descobriram que MAGDA está levando roupas da loja para usar no
final de semana e devolve na segunda-feira.
Problema: Durante o treinamento de Excelência no Atendimento um dos trainnes pergunta o
que acontece se um funcionário for pego levando roupas para usar no final de semana,
devolvendo-as na segunda-feira. Então a diretora de RH diz que esta pessoa será demitida
imediatamente. O trainne denuncia no treinamento MAGDA que assume ter feito isso várias
vezes e a diretora toma a seguinte decisão ética e moral:

(a) Demite MAGDA mesmo sabendo que ela levará suas clientes para o concorrente.
(b) Diz que no caso de MAGDA não tem problema, pois ela é boa vendedora.
(c) Diz que a partir daquela data todos os funcionários poderão levar roupas nos fins de semana
e devolver na segunda-feira.
(d) Anuncia que irá tomar as devidas providências e protela a resolução do caso.
(e) Lembra que MAGDA a ajudou fazer a mesma coisa em um evento especial e que a demissão
de uma seria a demissão dela própria também.

CASO 4 – PAULO.

Fato: PAULO é um dos melhores professores de uma rede empresarial no segmento de


educação. PAULO ajudou na implementação dos núcleos de pós-graduação em diversas cidades
de São Paulo, Distrito Federal e Rio de Janeiro, tendo conseguido em dois anos triplicar o
faturamento da instituição somente nos cursos de especialização. PAULO é um professor
influente e indica o currículo de uma grande amiga para ser contratada e o RH acata a indicação
de PAULO, pois realmente o perfil da professora atendia as demandas de uma vaga em aberto e
ela passa a desenvolver um excelente trabalho na rede educacional.
Problema: Depois de seis meses, a professora indicada por PAULO começa a boicotá-lo
retirando seu nome da escala de professores e PAULO resolve pedir a demissão da professora,
porém o Diretor Geral diz que o RH deve manter a professora, pois está fazendo um trabalho
fantástico e diz que também não é para aceitar o pedido de demissão de PAULO, então a
diretora do RH toma a seguinte decisão ética e moral:

(a) Interfere na formatação da escala de professores, passando por cima das atribuições da
professora contratada.
(b) Promove encontros entre PAULO e a professora no intuito de mediar o conflito e buscar
uma solução pacífica entre os dois excelentes funcionários.
(c) Estabelece o mínimo de aulas para PAULO.
(d) Faz uma avaliação de clima organizacional e elabora um projeto de reorientação
organizacional para os funcionários.
(e) Contrata um palestrante para falar sobre trabalho em equipe para os colaboradores.

28
CASO 5 – FELIPE.

Fato: FELIPE tem necessidades especiais, usa cadeira de rodas e foi recém contratado para
preencher a vaga criada por um Projeto de Responsabilidade Social recém implementado pelo
RH de uma grande mineradora. FELIPE não consegue chegar nunca no horário combinado em
função de dificuldades de locomoção e solicita transporte especial. O diretor do RH envia
pedido adicional de verba para arcar com as despesas de locação de um taxi para levar e trazer
FELIPE, mas a verba é negada. FELIPE continua chegando com várias horas de atraso e não
sofre qualquer sanção financeira pelas horas não trabalhadas.
Problema: FELIPE recebe o apoio e entendimento de alguns colaboradores, porém há um
grupo que está insatisfeito com a diferenciação no tratamento e diz que o projeto de
responsabilidade social é apenas uma fachada e que FELIPE não passa de um “símbolo” de
marketing da empresa, então a diretora do RH toma a seguinte decisão ética e moral:

(a) Resolve aplicar o mesmo sistema de ponto a FELIPE, cortando suas horas não trabalhadas.
(b) Decide demitir os funcionários que reclamaram do tratamento diferenciado.
(c) Estabelece novos horários para atender as possibilidades de FELIPE.
(d) Se prontifica buscar e levar FELIPE com seu próprio veículo.
(e) Faz uma escala de voluntários para buscar e levar FELIPE.

CASO 6 – Empresa SOL.

Fato: SOL é uma empresa de eletroeletrônicos e em suas lojas está exposto um banner gigante
com sua missão, visão e valores. Entre os valores citados está o “respeito ao cliente”.
Problema: Um cliente é destratado por um dos vendedores e o cliente indignado descreve o fato
em um bilhete e deposita na caixa de sugestões. O bilhete acaba gerando uma demanda para o
RH no sentido de organizar palestras e seminários para os vendedores, objetivando aprimorar o
marketing de relacionamento dos funcionários com os clientes, porém um dos mais antigos e
também o melhor vendedor recordista em bater metas diz que não tem mais nada a aprender e
que ele não vai participar. Outros vendedores seguem o raciocínio do colega veterano e se
recusam participar do treinamento. O gerente de RH resolve:

(a) Convencer um por um dos vendedores a fazer o treinamento.


(b) Demite o vendedor campeão e avisa que quem não participar do treinamento será demitido.
(c) Oferece uma gratificação ao vendedor campeão caso consiga convencer os colegas a
participarem do evento.
(d) Abre processo seletivo e espalha cartazes “Admite-se vendedores”.

29
CASO 07 – Empresa PORT.

Fato: O GERENTE da empresa PORT abriu uma filial no interior do Estado e, na sequência,
chama seu executivo de RH e o solicita levar funcionários já contratados para não contratar
pessoal na cidade de destino. Além disso, solicita que ele elabore uma série de treinamentos
para seus colaboradores visando estabelecer cultura organizacional local, incutindo valores
voltados para a responsabilidade social e elenca temas como meio ambiente, tributos,
comunidade e colaboradores.
Problema: O executivo de RH não entende como irá incutir responsabilidade social e ao mesmo
tempo não gerar emprego e renda no local de destino da nova filial, então resolve:

(a) Questionar com o GERENTE a incoerência daquela proposta.


(b) Ignora o pedido do chefe e faz o que pensa ser o mais correto.
(c) Recusa-se elaborar e efetivar tal treinamento.
(d) Reluta em sair da empresa em função do salário que recebe e se angustia com a incoerência.
(e) Encontra argumentos estatísticos mostrando as vantagens financeiras e institucionais em
contratar pessoal na cidade de destino e realmente implementa o programa de cultura
organizacional voltada para a responsabilidade social.

CASO 8 – GLÁUCEA

Fato: GLÁUCEA é uma bem sucedida gerente de um grande banco, de aparência deslumbrante
anda sempre bem vestida e perfumada. Sua carteira de negócios bate record todos os meses,
pois concentra quase a totalidade dos investidores de uma pequena cidade no interior de Goiás.
Na agência, todos os colegas sabem de sua preferência por mulheres morenas, revelando-se
homossexual.
Problema: Durante a confraternização de final de ano, GLÁUCEA exagera na bebida e dá em
cima da esposa de um dos vigilantes do banco e este, com os ânimos exaltados, a confronta na
festa. GLÁUCEA liga para o RH e solicita a demissão imediata do vigilante e o diretor do RH
toma a seguinte decisão ética e moral:

(a) Adverte GLÁUCEA sobre sua conduta indevida.


(b) Solicita a empresa terceirizada que transfira o vigilante para outra agência, contrariando o
pedido de GLÁUCEA que insiste na demissão do vigilante.
(c) Transfere GLÁUCEA de agência.
(d) Faz um comunicado de ocorrência para o Diretor Regional e transfere a responsabilidade na
tomada de decisão.

30
31
ÉTICA PROFISSIONAL

Ética profissional: são normas de conduta que devem ser colocadas em


prática no exercício da profissão. A ética atua no desenvolvimento das
profissões, fazendo com que o profissional respeite seu “colega” quando no
local da sua profissão. A ética profissional serve para regulamentar o
relacionamento do profissional com seus clientes, caracterizando para a
melhoria da dignidade das pessoas e a construção do bem-estar. A ética
profissional está em todas as profissões, desde caráter normativo ao jurídico,
que regulamenta cada profissão através de estatutos e códigos específicos.
Sendo a ética fundamental à vida humana, na vida profissional não seria
diferente, porque cada profissional tem responsabilidades individuais e
responsabilidades sociais, que envolvem pessoas que dela se beneficiam. O
fazer profissional diz respeito à competência, à eficiência que todo profissional
deve possuir para exercer bem a sua profissão. O agir se refere à conduta do
profissional, somando as atitudes que deve responder no executar de sua
profissão ética percebendo as atividades humanamente engajada e
socialmente produtivas parece à mesma da ética geral. Ética no cotidiano
acaba se refletindo na Ética Profissional.
O Estatuto Ético de uma profissão é a responsabilidade que dela
decorre. A ética profissional codificada vem a preencher uma necessidade de
se transformar em algo claro e prescritivo, para efeitos de controle corporativo,
institucional e social, o que navega nas incertezas da ética filosófica. A ética
coloca deveres para com sigo mesmo, para com os colegas, para com a
sociedade e com os clientes.

HISTÓRIA REPRESENTATIVA

Dizem que um sábio procurava encontrar um ser integral, em relação a


seu trabalho. Entrou, então, em uma obra e começou a indagar. Ao primeiro
operário perguntou o que fazia e este respondeu que procurava ganhar seu
salário; ao segundo repetiu a pergunta e obteve a resposta de que ele
preenchia seu tempo; finalmente, sempre repetindo a pergunta, encontrou um
que lhe disse: "Estou construindo uma catedral para a minha cidade". A este
último, o sábio teria atribuído à qualidade de ser integral em face do trabalho,
como instrumento do bem comum.

CÓDIGO DE ÉTICA

O código de ética é um documento que busca expor os princípios e a


missão de uma determinada profissão ou empresa. Seu conteúdo deve ser
pensado para atender às necessidades que aquela categoria serve e
representa.
Eles são feitos para enfatizar os valores que devem ser praticados pelos
profissionais e instituições. Pode-se falar também em código deontológico. A
deontologia é a ciência que estuda os deveres e obrigações a partir da ótica
moral e ética.
Em geral é baseado na legislação vigente do país, na Declaração
dos Direitos Humanos, nas Leis Trabalhistas e outras. Assim existem:

32
⇒ Códigos de Ética Profissionais - códigos em que estão especificados os
direitos e deveres, o que é vetado eticamente naquele exercício profissional e
as possíveis punições no caso de desobediência ao código. Ex.: código de
ética do contador, código de ética do assistente social, etc. Os códigos mais
conhecidos no Brasil são os de medicina, enfermagem, psicologia e o da OAB
(Ordem dos Advogados do Brasil). Cada um deles especifica o papel dessas
profissões na sociedade e a importância do respeito à dignidade humana no
exercício de cada um desses trabalhos tão importantes.

⇒ Códigos de Ética Empresariais - códigos em que estão contidos a missão, a


visão e os princípios da empresa. Itens, os quais, todo funcionário da instituição
deve conhecer. Através do código de ética institucional é possível perceber a
função da empresa na sociedade e os valores que se cultivam lá dentro.
Dessa forma, cada profissional tem um conjunto de regras estabelecidas
por suas confederações profissionais, que detalham as responsabilidades,
direitos e formas de punição caso haja irregularidades.
O conselho de ética é o responsável por definir o conteúdo dos códigos
de ética. Formado por profissionais conceituados, geralmente escolhidos pela
classe profissional a qual representam, seus cargos são honoríficos e tem a
responsabilidade ética legal sobre os assuntos dessa categoria. Esses
conselhos são como tribunais, possuem funções legais sobre registros e
julgamentos baseados nas regulamentações dos códigos.

PRINCIPAIS OBJETIVOS DE UM CÓDIGO DE ÉTICA

→ Especificar os princípios de uma certa instituição e/ou profissão diante da


sociedade;
→ Documentar os direitos e deveres do profissional;
→ Dar os limites das relações que o profissional deve ter com colegas e
clientes/pacientes;
→ Explicar a importância de manter o sigilo profissional (essencial em muitos casos);
→ Defender o respeito aos direitos humanos nas pesquisas científicas e na relação
cotidiana;
→ Delimitar e especificar o uso de publicidade em cada área;
→ Falar sobre a remuneração e os direitos trabalhistas.

SÃO DEVERES DOS PROFISSIONAIS:

1º: Interessar-se pelo bem público e como tal finalidade contribuir com seus conhecimentos,
capacidade e experiência para melhor servir à humanidade. 2º: Considerar a profissão como alto
título de honra e não praticar nem permitir a prática de atos que comprometam a sua dignidade. 3º:
Não cometer ou contribuir para que se cometam injustiças contra colegas. 4º: Não praticar qualquer
ato que, direta ou indiretamente, possa prejudicar legítimos interesses de outros profissionais. 5º:
Não solicitar nem submeter propostas contendo condições que constituam competição de preços por
serviços profissionais. 6º: Atuar dentro da melhor técnica e do mais elevado espírito público,
devendo, quando Consultor, limitar seus pareceres às matérias específicas que tenham sido objeto da
consulta. 7º: Exercer o trabalho profissional com lealdade, dedicação e honestidade para com seus
clientes e empregadores/ líderes/ chefes, e com espírito de justiça e eqüidade para com os
contratantes e empreiteiros. 8º: Ter sempre em vista o bem-estar e o progresso funcional dos seus
empregados ou subordinados e tratá-los com retidão, justiça e humanidade.

33
TEORIAS
ÉTICAS
EMPRESARIAIS

34
de~ m~o e que se c~am n~ pr~cipal de~ agir moral.
, . U~a vez apropriados de forma pessoal, dao lugar a um modo de ser
Et1ca das virtudes

...
¥

- -

A palavra virtude tern sua origem no latim virtus e, em sentido etico
-
significa um~ qualidade p~ de um individuo q~ mo~ a ~r
--'
__ _____
;eexpressa u~ confor~e
-- ;.---

Aristoteles dividiu as
a~ostumes, a marca d~ i~­
duo de carater, aquele capaz de agir de forma livre e responsavel.

virtud~..----
eticas
....

(morais), as quais se
.-- - JI ~ -
de forma a fazer 0 hem para si e para
localiza o ~~ ir;;uador da a<;a~ta ;;- se~uele que age
OS outros. A etica das virtudes
- - ---
chega pelo exerdcio continua do habito, e dianoeticas (nao m~/
irrtclectuais), que sao obtidas pelo ensinamento. Entre as primeiras
.,-

(Japiassu; Marcondes, 1991, p.24Jf .-- - .-- - -


e~-~a j~s~, ~ te.an;,-a h~nestidade, a ~d~ e ~ fide- A

412~
Sua origerrfest~ filo~ gregos. S~s (469-399 a.C), por lidade; ja ~ se~o grupo a apar~cenam c~gem, sap1enc1~ ~:"
a ,

-- --------
exemplo, defendia a ideia de que as demandas eticas so poderiam ;;.
plenamente resolvidas com o conhecimento de si mesmo (conhece-te
---- - -
prudencia. Os dais grupos se ap01am mutuamente. A coragem, por
exemplo, e uma virtude dianoetica nee~ p~ q~ al~em e.&ia
publicamente que~<;a j_;isQ5a (virtude etica).
-
--~

a ti mesmo - frase reconWdamente soc~a~rte dos indi-

Essa perspectiva da etica


viduos. Uma vez alcan<;ado tal conhecimento o homem
-- .---
em 56~ e retratada t~uma percep<;ao das virtudes, o que permitiria uma
p~Pl~od~~ 2 ~34(7 a;S .) atua<;ao politica e social correta.
'
.,,.....

o que e mais adequado pa~ vida e para os outr~ que~­


Jt
0 homem virtuoso seria aquele capaz de refletir e escolher s~e
- -- --
- .--
.

---
1
nos seus 1" ogos Rea 1e; -- - - ....-
--
- -
~em sociedade, sempre movido por uma sabedoria pratica ~
..----- - -

-
.--
Antise'ri, 1990, p. 88-90). • • • • • • • • j( · · · · · · · · · · · ' ~a encontrar o ponto de equilibria entre o excesso e a deficiencia.
-- - -- Platao (427-348 a.C.) considerava a virtude coma inata
--
uma qualidade q~ individuo trE'. consigo ao nascer e, portanto, nao
--- ~ ~· -
Em rela<;ao a c~ragem, por exemplo, de~e pr~ o meio termo
--
;z:--
p~er ensinada.Ja para Ar~6teles (384-322 a.C.), o principal re-
presen;ante desE:_ corrente, as~s po~ ser aprendidas. N~u
--- --- -
-- ---
~e o excesso (temeridade) ea carencia (covardia), pois que ambas
s;q;-oem a v~e ~esejada (Aristoteles, 1992, p. 46).
-- .- ---
livro Etica a Nicomaco, deposita as questoes centrais da etica no carater Nao sabemos coma Aristoteles explicaria hoje-dado o avan<;o
dos indi0duos. Esse filo~ofo greS9 afirmava que o hem para o homem cie~o ~ d~pomos-como se daria e~ incorpora<;ao dos habi-
seria uma atividade da alma e em ~idade com certas virtudes. to;;-~s pelos individuos. T~z u~ re~a b~e satisfatoria
.. .---- ?•-
Na Etica, afi~ que o fim indiscutivel da a<;ao humana e a felicidade
-- -
possa ser encontrada no extraordinario e~ J~ Piaget (1994,
(eudaimonia - E06at~) e ~da e~ve~como se chega p~m5), que, a pa~e ~ pesquisa feili!..com_criarn;as) obs~
a esse fim. As
·--
virtudes~ao en~ut~u
-- --- qualidades que o s;r hu-
----
~ dev~ar para chegar a ser feliz (Aristoteles, 1992, p.19-20).
-- -- -
quatro etapa;que fazem parte da forma<;ao da consciencia mor~
individuos. Essas et~as sao apresentadas de ~a ba~e d~

A dA r~ pela professora Elizabeth ~o (199~, p. 46-47), n~ interessante


_coragem, a ~· a pru encia e a temperan<;a sao exemplos
o • o

d~vir~s aristotelicas. De~e dai a importancia da-;om~~


habitos sociais atraves dos quais se desenvolva nas pessoas um modo
~- ----
---- ----- ---- -- ---
trabalho intitulado A moral nossa de cada dia:
-+-~ ,,f}

JAV-1'~.J
A : -if
~
O;v\.O~
aU[i>~
0

35
-'(-~ 35
34 Etica 0 0
Arr J n,..,,... avvvJJ..
la Etapa 2a Etapa
Anomia (do grego a, "negac;ao" + nomos, "lei, ~egra" =
sem lei, s~~egras). Ea etapa do comport~ento pu- H eteronom1a . (do grego heteros, "outros" + nomos,
... - ~

ramente mstmt1vo, que se orienta p~ p~er o~la "lei, regra" =lei "ettabelecida p~tros). Nesta fase, a
dor. N ~ fase a crianc;a p~a o _rrazer e foge da dor criarn;a obe~e as ordens para
~
receber ~m~
__. ,,--- ....
e nao consegue correlacionar suas atitudes as n~as o~ e~ c~tigQ. Num ad~, p~ se dizer da-
morais. Um adulto em estado d;;-;nomia, por exemplo, quela pessoa que observa as leis, as regras, a2enas par.a
nfuJSer punido, mas nao c~o um conceito interiori-
agiria puramente pelo prazer que sua ac;aolhe~sa
sem qualquer preocupac;ao ou respeito ~m as~so­
- -
zac1o e aceito como verdadeiro e necessario (um aluno
~ afetadas pela sua atitude. Nao apresenta qualquer qlienao joga l~ nao destr6i o patrimonio escolar
de responsabilidade e - - por medo da puni£_aO e nao
respeito, nem por si,
nem pelo-;utr~
---~
-
po~ma atitude pr6pria
-
de que isso nao e certo).
pelo patrimo~pujili.-
co. Alguem que destr6i
um teTe£c;;e publico ~
depreda um onibus pode
ser enquadrado no esta-
- do de anomia. --

36
3a Etapa 4aEtapa

Socionomia (do latim socius, "companheiro, E'!I- Autonomia (do grego autos, "por si mesmo" + !f:_O-
ceiro" + nomos (grego), "lei, ~ra" = TeiTnteriorizada ·
- - .- la
mos, "lei, regra'' = lei p_:6pria). N~ fas_e, a crians:a

---- ------
pelo convivio social). Seria a fase na qual os criterios
morais da crians:a vao se firmando por meio de suas
inte~iorlzo~ normas morais e passa a comportar-
-seae acordo ~las. "Ba passa a entend~r ~o-
r~es com outras ~s:as. Ela vai interiorizando as <;fo de propriedade dos objeto~~ s~, c~~1preende
nos:oes de responsabiliclade, ~igas:ao, r.espeito e itfs- que o qu~o fo~c;a~ e ~ se:Fropriar as~
tis:a. Ou seja, comes:a a nao fazer aos outros o que nao mesmo e errado, chamam a~ de~· Na
gc;;taria que fizessem a ela. Age buscando a ap~ovas:ao . ~---......_-rase jovem/ad~e o comportamento,
e evitando a censura d~outros. Seria o caso~ela --
pessoa que age preocupada consigo m~, mas, so-
bretudo, com o q~e os outros pensam dela. - -

por exemplo, de um al1:!!!9 que orienta ~ as:ao e ati-


tudes no ambi~escolar pelas normas estabelecidas,
rnastambem por seus pr6prios prilicipios internos de
conduta,ag0"ra incorporados ao~S intimo do~ S!!:·
E ~a ~ madura do comportamento moral.
..-
37
39
~ ,,,.,,.
Sohre a .consciencia moral,
_...-:- _ Freud
_ teria
_ nos
_ falado
_ _ do "superego", Etica do dever
~ se~ o ~ de representas:ao interna das norm as e valores mo- -~-

rais vi~entes e~a d~ sociedade. Esses valores sao in~r;dos Centrado na razao humana e nao mais na religiao, este sistema fo~o­
pela. c~ians:a e~pr~o educativo po~o de recompensas e p~~r l~ue~ (1 rn-1S04). Para esse importante filo~fo
~mrns:oes,_normalmente impostas pelos ~ ou tutores ~omo respost;;:;, a~o, o clever nasce do reconhecimento po;p-arte d~ humano
a~ at1tudes. Se voce faz algo errado, seu superego t;pune (senti-
m~nto de ~~pa). Se voce faz ~o que esteja ~ acordo c~ expec-
--
(~~onal), por meio do uso da sua razao,
--
da necessidade obrigatoria de obedecer ~
tativas s~s (familia, escola etc.) a recompensa e uma -;-nsas:ao de certas regras, ou "imperativos categori-
bem-estar, satisfas:ao e orgulho (Japiassu; Marcondes, 19~1,-;1Q7). c~~"-:-A primeira delas e a necessidade
-- -
---------
imperativa, da qual nenhum homem pode
escapar, de ::_speitar todos
-- os..--
seres racionais
,...-
Etica religiosa n~idade de fins em si mesmos. Deve-
se tratar toda a humanidade e ao proximo
E uma e!.!9 delimitada por pad.metros (prindpios, regras) religiosos: ···-- -
os mandamentos d~us t~ o caniter de i~tiv~upremos. Na
conceps:ao crista, o ~de~ ou de roubar, por ~~. nao

-------
sempre como um fim e nunca como um
meio. ''Age de tal maneira que uses
~ -- ~

~:s~ariam, P~ s~m contrarios ~os mandame~s


a humanidade, tanto na tua pessoa
- --
co~o na pessoa de qualquer o~o,
-
'- . ~ bibhcos universais -- -
"~ -.-
sempre e simultaneamente, como 1;!!!1
--
--
("""'
nao mataras , nao
roubanis"), q_ue de- -
fim e nunca simplesmente como um meio"
-
(Kant, 1984, p.135).
----

--
vem ser obedeci-
dos. A etica crista
~~~
- -
Kant estava em busca de formas d<;_E!o-
--- ..----
e um born exem-
--
cedimentos priticos e que, reconhecidos
plod~es~

-
uma etica re-
--~
---
e aceitos pela razao, pudessem ter vali-

-
~-
------
~-
dade universal, ou seja, um ato born

que
ligiosa, visto
apregoa a
-
c aquele que e praticado por todos,
-
indistintamente. Assim, a segunda
obed~a ~ de- regra (imperativo categorico) s~
-- .
a obriga<;:ao de agir "apenas segundo
v~eligiosos.
uma maxima ta~e p~s ao mesmo
tempo querer que ela se tome lei universal" (Kant, 1984, p. 135) .
.----- ..----
38
41
~ de matar, po:_exemplo, d~ ser evitado, pois, alem de ir
c~ a ~ignidade da~ h~a, que deve ser ;;pe'hada s;:_ Utilitarismo
pre como um fi~ (primeiro imperativo categorico), tambem nao
0 utilitarismo classico teve como principais mentores Jeremy
p~ ser universalizado (segundo~tivo), pois, se todos podem
Bentham (1748-1832) e~ S~ ~ (1806-1873), que
m~ indiscriminadamente, nao ha como garantir direito a vida
----
0
rclacionaram o util ao born. Para eles, o
de quern qu~ seja. Logo, "nao ma~ de~ass~ ~o ----- - -
regra universal. - - -
-
-- -- ---.-.--
...-
De acordo com John Stuart Mill: "O
objetivo da etica e 0 de proporcionar 0 maximo
credoque aceita aUtilidade ~ P~­
.-.--
de felicidade ao maior numero de pessoas. c\plo daMaiOrFelicidade, como fun-
- ,.;---
Esse seria o principio da "maior fe~e" c:.ramento aa
mofal, sustentaque as
~a finalista (finalismo) a~ao boasnapro~ co~
.. ------
o~ "maio~tilidade". A felicidade residiria na
----- - tendem aproduzir a felicidade;e mas,
busca do maximo prazer e do minimo de dor. namedidaernque tendem a prOduzir
- ...- ~rio OaTeliciOade. EnteildMe
Os fi~ nao pa~m de regras, .--
~--

"OS FINS
-.....-
a~s as:oes a
-
mas de objetivos, e avaliam
medida
-
p~s sao~quelas que a prod:":Z~~- ..... .
--
0 Bern consiste na maior felicidade e as as:oes por felicidade o prazer e a ausencia de

-~-
- -
dor; por infelicicfade, a doreaausen:
- ----:-:
cia de prazer" (Mill, 1960, p. 29-30).
_---;
JUSTIFlcAM que favorecem esses ob- 0 utilitarismo ve
-
0
--
born como
--
aguilo ~ ~ NOruA~.0.0
I - ----~ ·--0-1
p~ a a~ U_!!g especie ~
OS MEIOS"
-
jetivos. Em outras pala-
-- ~
vras, para se determinar
c util maioria, tornando-se
ctico, sempre admitindo a possibilidade do sacrificio individual a
de altruismo

·- ---- ~ _r:_:-- -
o rumo correto de uma favor da coletividade.
__. ..-- ......-
as:ao, primeiramente deve-se
-e~r u~m a£ropriado
..--
-- -------
Deve-se ter em conta que, se as consequencias

--
e depois decidir sobre o meio
apropriado para alcans:a-lo. Em sintese,
------
de um ato podem ser tanto positivas
como negativas, a esco-
"SEE UTIL
E Pc>RaUE
-E BOM!"

zendo, a
os fins justificam os meios. Melhor di-
~de dos fins ju~m as as:oe~
l~or~semp;-
.-----
~ aquela
- ---
o~
que cause maior
serem impleientadas (Brown, 1993, p. ~6~ ·- ~ .,------.

------ ~ ---
bem e prejudique me-
-
0
---------
Tr~ de uma doutrina etica que faz lembrar
pensamento politico desenvolvido por Nico-
nos os envolvidos, numa
especie de "matematica''
lau Maquiavel no~lo XV. No seu famoso ou "calculo moral".
livro 0 principe, esse pensador italiano expos ~ modelo
Tome-se como
de governo norteado p~ principio segundo o qual, em

--
politica, "os fins justifica~meios".
-
~ - - -
exemplo ainda o ato de
matar. Um utilitarista
.,---

39
- -- ---- -----
diria que o "nao matar" faria parte de um conjunto de normas de-
- - Dessa foll!!?-, quern ag~inspirado po~ t~ de~ sintoniza
~cc;oes e prindpios a uma conduta que considere pr~-
r~s da necessaria e Util coore;;s:ao en~ os individuos em prol
da segurans:a (bem-estar) da comunidade, capaz de garantir o hem-
- -- ~ --
suas
__.;- - - - --
riamente os efeitos e consequencias do que faz, de~o qu~s
-- ..-- -- -
-estar de cada um de seus membros. a~ provoqu011 c~astrofes ou resultados negativos a~longo2!;­
~- Tr;;_a -se de uma "~a de responsabilidade", na qual se ~
-- -- - ----
Cada Sistema etico tern seus pros e contras. As eticas que en-
---- "r~nder pelas previsfveis consequencias de nossos ~" (Weber,
----
fatizam normas e deveres estabelecidos a priori, as chamadas iticas
deontologicas (do grego
-
d~ =de~), alem de~ estarem be~ equi-
--
--
ci'tadoPor Srour, 2000, p. 50-51).
- -
Q_o g[ggg tefos =
... "Teleol6gico e o ~
se caracteriza-pol.211.a
f.!!!1 -
- ---
--- --
-
--
padas para lidar com as exces:oes, tambem, pela sua rigidez,
- -
podem conduzir ao fanatismo. A etica religiosa e a etica do
- ---
Na visao de Weber, uma etica apoiada em convics:oes
--- ___ __. "···-
fn~s

nao seria adequada para os "tomadores de decisao em mst1tu1s:oes


rela<;:ao com a finali- clever, exemplos de eticas deontologicas - quando seguidas ~o gover~presas. A decisao de ~s de as;ao, co~­
dade, quederiva ~ cegamente podem trazer efeitos colaterais ~rosos. d~lfderes politicos e executivos de ~andes empresas, o~-s~
sentido oos tlnSque o -- ~ --
- - - Oefineni'7'
A: correntes que enfatizam as consequencias do ato, co- p~co~uen~ d~, carregando ~ u~ al~e <.!.e
(Japiassu; Marc:o;;des,
nhecidas ~eleolOgicas~or outro lado, pode~flexibili-
r~nsabilidade (Porchilolli; Lima, 2002, P~·
-------r-991, P-233). ........ ....--;--; , ... -- - -- -
- -- ---- -- --- -- -
zar" demais os meios para se atingir os fins desgados. Utilizar
--
um meio ilicito para se obter um resultado satisfatorio decididamente
-------- ..
1.4 Etica, moral e direito:
-- - - -
nao e um born caminho. Os crfticos do utilitarismo, por exemplo, cha-
mam a a~ para o fato de que, na busca do hem p~ m:Uoria, difere~s e semelhan~as
muitas vezes minorias sao sacrificadas. A propria definis:ao de hem ja e
- ---
um fator complicador, pois o ~ e e~o como be~ para uns pode
--- - Agimos corretamente na sociedade guiados por uma r~ sobre o

~o ser para outros. A invasao do Iraque, visto como um hem para os


q~rto ou errado ou sob u~ ma~ada cl:_.al_go q~s ?briga
- --- -- - --- -- c~n;mente a ~r corretamente e~e ~s p~e em caso d~l­
--
americanos, pode nao ter sido interpretada dessa forma pelos iraquianos.
------
As ~s que visam as consequencias das nossas atitudes estao
izes? Em outras palavras, e ~a OU~i q~ orientam as ~s
a.0es corretas? Pergu;a diffcil, mas que ,.E- ser respondida e~e
e~intonia co~ t~ de racionalidade que caracteriza as atuais primeiro ;;-se ~tendam as diferens:as e~ es~ dois conceitos.
~ moral,~omo ja discutimos, e "c~njunto d~os ~-
sociedades industriais capitalistas. Trata-se da orientas:ao das as:oes
c~o o?jetivo de..!: atingir cer-
0
humanas sempre de forma racional
--
tumes --- --
efetivamente vivenciados por--
um gr2Eo h~o"1·"'·
, a ~e12:.,
tos fins pretendidos. Um importante sociologo, Max Weber (1994, p.
-- --~ -- ;--quele cOn}unt~de habitos e cos~ con~os
fundamentais
16), ao estudar as motivas:oes para a vida nas modernas sociedades
- --~ -
industriais capitalistas, teria identificado esse modo de agir baseado
- e~spensaveis
- -
a sociedade, OU seja, "a~ de~ 0 ngatono,
--. b" ,.
40
- -~ estabelecidos entre pessoas de um g~par~ garantir justis:a ~i­
no calculo, na adequas:ao de meios e fins, na logica do mfnimo de
perda e da maximit:s:ao dos resultados. - -- - ' --- --
ma ou direitos mfnimos de ser" (Santos, 1997, p. 10-14).
__. -
44 ,
Etica
vtt//Jt~ -.,.,,
---~ 45
41
42
43
44
45
46
47
48
26
49
50
51
RELACIONAMENTO
INTERPESSOAL,
POSTURA PROFISSIONAL E
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

52
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL - CONCEITOS, DEFINIÇÃO E
TÉCNICAS

A palavra interpessoal já nos dá uma dica para oferecer


uma definição: É o conhecimento das relações internas entre si próprio, ou
com seu Eu interior. Nessa categoria podemos falar de autoconhecimento,
auto-reflexão a fim de estudar os sentimentos e emoções, analise do processo
de pensamento. Quando uma pessoa começa a conhecer seus pensamentos e
sentimentos um novo universo se abre o que proporciona a compreensão do
mundo ao redor onde vivemos, pois nosso estado interno reflete diretamente
em nosso mundo externo.
A competência mais importante para desenvolver o
relacionamento interpessoal é o autoconhecimento , através dele
conseguimos estabelecer relacionamentos interpessoais mais eficazes
proporcionando um processo contínuo de aprendizagem.
"Você pode fazer mais amigos em dois meses, interessando-se pelas outras
pessoas, do que em dois anos, tentando conseguir o interesse do outros sobre
você." (Dale Carnegie)
Como o relacionamento interpessoal pode auxiliar no
desenvolvimento pessoal e profissional? Quando uma pessoa conhece
seus sentimentos e emoções, ocorre um aumento na produtividade, pois sua
atenção é direcionada ao que está fazendo não a seus sentimentos ou
problemas pessoais. Em uma empresa é muito importante desenvolver cursos
e atividades que estimulem as relações interpessoais a fim de melhorar a
produtividade através da eficácia. Pessoas focadas produzem mais, se cansam
menos e causam menos acidentes.
O conceito de Relacionamento Interpessoal vem sendo aplicado em
dinâmicas de grupo para auxiliar a integração entre os participantes, para
resolver conflitos e proporcionar o autoconhecimento. A partir do momento que
uma pessoa começa a conhecer a si mesma, muitas portas se abrem o que
facilita a comunicação interpessoal com outros membros da equipe ou grupo
de trabalho onde surgem relacionamentos que proporcionam novas amizades,
e até soluções para problemas antes não vistos ou não percebidos pelo grupo.
Estimulando as Relações Interpessoais todos saem ganhando, a
empresa em forma de produtividade e os colaboradores em forma de
53
autoconhecimento o que agrega valor em sua carreira e em sua relação com a
família e a sociedade.
Em síntese quando olhamos para dentro e despertamos a competência
do autoconhecimento conseguimos abrir nossos olhos para observar os
relacionamentos externos no ambiente de trabalho e na vida pessoal, existe um
velho ditado que pode ser aplicado as relações interpessoais: "Diga-me com
quem tu andas e eu direi quem tu és."
Os relacionamentos externos refletem diretamente nosso estado interior,
se as pessoas com quem convivemos não condizem com os objetivos pessoais
e profissionais é hora de repensar suas relações, olhar para dentro, analisar o
que você quer do futuro e iniciar o processo de mudanças internas.

54
POSTURA PROFISSIONAL

Postura profissional é o modo como nos comportamentos e nos


relacionamentos em nosso ambiente de trabalho. Por isso, seguem algumas
importantes reflexões – Como é a sua postura profissional em seu trabalho?
Você é do tipo mais sério, reservado ou mais comunicativo e relacional? Qual é
a imagem que você construiu ao longo de sua carreira?
Reflita e perceba como este posicionamento impacta a visão que o outro
tem de nós, como também dize muito sobre os resultados que tivemos até
então. Ter uma postura profissional é muito importante para construirmos uma
imagem positiva frente aos nossos colegas, líderes e clientes. Pessoas assim
constroem uma reputação duradoura, o que faz com que sejam sempre
lembradas com carinho, admiração e respeito.
E quem não tem um colega cuja postura chama atenção? Um líder que
inspira por seus exemplos? Aquele que trata a todos com deferência, equidade,
que se comunica com clareza; é focado, comprometido; tem conduta ética e
que sempre age com muita compostura. Estas são qualidades essenciais e
também as bases de uma carreira construída com pilares sólidos e positivos.

Como Construir uma Postura Profissional

Não é porque alguém é mais sério e reservado que sua postura


profissional não seja positiva, entretanto, muitas vezes encontramos colegas e
chefes com uma postura realmente arrogante, agressiva e centralizadora. Ser
extrovertido, por exemplo, é apenas um espectro do perfil comportamental do
indivíduo. O que deve ser levado em conta são sempre os comportamentos, as
atitudes, a qualidade dos seus relacionamentos interpessoais, sua forma de
comunicação e os valores e crenças que guiam suas ações e resultados.
Assim, independente de ser, mais ou menos expansiva, é a forma como
a pessoa se comporta no trabalho que realmente dirá a verdade sobre sua
postura profissional. O ideal é que independente do estilo, o colaborador seja
uma pessoa correta, respeitosa, ética, comprometida, produtiva, que tenha
bom senso, congruência e saiba se posicionar efetivamente em cada situação.

55
Esteja Atento aos seus Comportamentos Profissionais

Para isso, esteja sempre atento às suas atitudes dentro e fora da


empresa; aos seus comportamentos com seus colegas, gestores,
fornecedores, parceiros, sócios e também clientes. Pergunte-se a si mesmo se
a sua postura profissional é mesmo a melhor ou a mais correta. Questione-se
onde você pode melhorar. Pergunte a um colega ou amigo de confiança, o que
ele acha de suas atitudes profissionais. Receba feedbacks e use-os ao seu
favor.
Em seu ambiente de trabalho procure, portanto, respeitar o espaço do
outro, focar em suas demandas e tarefas, em participar dos resultados,
desenvolver suas habilidades e competências, agregar e compartilhar
experiências e em construir uma autoridade e credibilidade verdadeira em sua
carreira.
Reflita sobre qual postura profissional você quer ter e por quais
comportamentos você deseja ser lembrado em sua empresa e no mercado
também. A forma como nos posicionamos no trabalho também é uma marca
que deixamos não apenas na organização, mas no mundo e na vida das
pessoas. Pense nisso, ouse fortalecer ou mesmo mudar, pois sempre há
espaço para evoluir e ser o melhor profissional que você pode ser.

56
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO TRABALHO

Você sabe qual a importância de desenvolver sua inteligência emocional


no trabalho? É através dela que irá conquistar o sucesso com mais facilidade e
consistência. E para quem deseja desenvolver uma boa liderança, também é
preciso desenvolver a inteligência emocional.
Um profissional calmo, com firmeza na hora de avaliar a situação,
resiliência e que sabe gerenciar imprevistos tem muito mais chances de
alcançar o sucesso que um profissional estressado e impulsivo.
Inteligência emocional é saber compreender e gerenciar suas próprias
emoções e também das pessoas a sua volta. Saber gerir as próprias emoções
é muito importante para qualquer profissional, pois assim saberá o que
realmente está sentindo, será capaz de entender o significado de cada emoção
e como elas podem afetar o seu desempenho e também de outros. Além disso,
facilitará a percepção do comportamento de cada pessoa da sua equipe ou
com as quais se relaciona.

A Inteligência de Daniel Goleman

No ano de 1995, o psicólogo Daniel Goleman revolucionou e expandiu a


forma como nós enxergamos o que é inteligência. Em seu livro “Inteligência
Emocional”, ele mostrou como o nível intelectual de uma pessoa não pode ser
medido apenas por sua capacidade de completar equações e pensamento
racional.
Utilizando-se de embasamento teóricos, exemplos reais e conhecimento
da anatomia do cérebro humano, o autor conseguiu mostrar como as emoções
têm um papel fundamental em todas as decisões que tomamos, das mais
simples até aquelas mais complexas.

Duas mentes

Diferente do que prega o senso comum, nosso cérebro não é puramente


racional, na verdade, essa parte mais lógica corresponde somente a metade da
estrutura que forma o pensamento. Segundo Daniel Goleman, em nosso corpo
habitam duas mentes, normalmente elas funcionam de forma harmoniosa,

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porém, em algumas situações há uma clara e expressa divergência entre as
duas. Por exemplo, quando somos tomados por paixões e agimos por impulso.
Essa separação entre nossas duas mentes pode ser entendida como a
distinção que fazemos entre cabeça e coração, sendo o primeiro guiado pelas
emoções e o segundo por um processo estritamente racional.
Sentimos antes de agir
A expressão: “fulano agiu sem pensar”, que nos referimos toda a vez
que citamos alguém que foi incapaz de refrear seus instintos e raciocinar sobre
a melhor fora de agir em determinada situação, exemplifica bem a forma como
o nosso cérebro funciona.
De acordo com o Daniel Goleman, a formação no nosso pensamento
passa por duas regiões do cérebro: amigdala e o hipocampo. A primeira é onde
nós “guardamos” as emoções, percepções, já o segundo é onde acontece o
“processo racional”, estritamente falando. O fato de agirmos sem pensar é
explicado porque existe um “atalho” que leva a informação primeiro a amigdala
e só depois ao hipocampo. Por isso, muitas vezes, agimos antes que os dados
possam ser processados de maneira racional.

Importância de trabalhar a inteligência emocional no trabalho

Ter um controle sobre o fluxo das emoções e a capacidade de refrear


impulsos é uma qualidade essencial para conseguir ter sucesso e um bom
relacionamento interpessoal com todos a sua volta.
Hoje a inteligência emocional acabou se tornando uma condição
indispensável para o planejamento de atividades empresariais no que se refere
à liderança, gestão e organização. Desenvolver Inteligência emocional pode
trazer mudanças radicais para o ambiente de trabalho, pois as relações
interpessoais entre profissionais formam um fator prioritário à conquista da
excelência em todas as áreas.

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Dicas para desenvolver a inteligência emocional

Conheça suas emoções

Preste mais atenção em suas emoções e nos comportamentos gerados


por elas, tenha consciência de que elas existem e procure analisar como esses
comportamentos afetam você e também quem está a sua volta.

Tenha controle de suas emoções

Também é preciso estar no controle, pois só você é responsável por suas


emoções e estando atento a elas é possível ter domínio sobre suas respostas e
decisões, podendo também manter um estado de espírito otimista e sereno.
Quando você tem controle sobre suas emoções, passa a ter mais confiança em
si mesmo e também na sua equipe, por saber como transferir esse
comportamento a eles, dando mais oportunidade para que se saiam bem,
mesmo em situações de crise.

Tenha empatia

Também é preciso ter empatia, pois esta é fruto de uma alta inteligência
emocional. Estabelece-se um nível mais alto de comunicação quando
passamos a enxergar com os olhos dos outros, quando você literalmente se
coloca no lugar do outro e passa a sentir as mesmas emoções. É dessa forma
que você vai proporcionar um melhor entendimento e uma liderança natural.

Emoções dominadas

Quanto mais você aprimora sua inteligência emocional, mais seguro e


confortável para resolução de problemas você se sentirá. Com maior
autocontrole e empatia, o profissional não precisará mais medir suas palavras e
pesar suas decisões diante de cada situação.
E lembre-se sempre de tratar a todos com respeito, esse é um sinal
aparente de alta inteligência emocional. Isso também demonstra que você não
está somente preocupado com o próprio sucesso, mas que também tem prazer
em ajudar os outros, com respeito às suas limitações e sabendo como valorizar
seus pontos fortes. Lembre-se, você recebe aquilo que dá.

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Ter inteligência emocional é ter um elevado conhecimento de si mesmo,
sendo capaz de se sentir bem e viver a vida com muito mais facilidade e
entusiasmo. Qualquer pessoa pode desenvolver a inteligência emocional. Uma
boa sugestão é através do curso de Coaching.
Construir uma forte inteligência emocional traz impacto não só sobre a
sua vida, mas também sobre a vida das pessoas ao seu redor.

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