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Parte 1

ROMANCE REAL

INTRODUÇÃO AO ROMANCE
Todos os dias os jovens começam e terminam relacionamentos. Alguns duram
meses, semanas, dias. Outros duram apenas poucas horas. São as famosas "ficadas", tão
populares entre os jovens e adolescentes atuais.
Infelizmente, o mesmo acontece no meio de muitas igrejas, onde os jovens e
adolescentes, por falta de correta orientação acerca dos princípios e vontade de Deus,
terminam adotando os padrões deste mundo. Os resultados são frustrações e
sofrimentos, que podem ser facilmente evitados.
Jaime Kemp diz que milhares de jovens se casam anualmente e também se
divorciam. Há daqueles que acham isso normal e não se preocupam. Há, porém, aqueles
que reconhecem a ameaça que a destruição da família pode provocar na sociedade e,
querem precaver-se, buscando alguma orientação.
Esta busca de orientação já é um grande passo no caminho da vitória e de uma
vida cristã prudente, no que diz respeito ao relacionamento como sexo oposto. Muitos
jovens estão querendo uma opção mais nobre de relacionamento, apesar de toda a onda
de liberdade, amor livre e influência dos meios de comunicação. Cada jovem, lá no
fundo do seu coração, anseia por viver uma vida de significado e valores nobres.
Uma simples olhada para a experiência de muitos amigos, parentes, conhecidos,
vai mostrar que algumas escolhas não valem à pena. Vai mostrar que há um caminho de
segurança e vitória, e este deve ser escolhido todos os dias, com base na Palavra de
Deus e na Sua santa vontade para cada vida. A experiência do outro pode evitar que
caiamos no mesmo lugar em que ele caiu. A observação é o primeiro passo para evitar
os "buracos" que estão na frente.
Portanto, o objetivo deste estudo é apresentar aos pastores, aos pais, e
principalmente aos jovens cristãos, um modelo bíblico de relacionamentos entre rapazes
e moças cristãos, com vistas ao casamento. São diretrizes santas e seguras pelas quais
dois jovens cristãos podem ir da fase do conhecimento até o casamento, sem ceder às
pressões do sistema mundano que domina a juventude atual.
Quando pensamos nesta área da vida - Romance - geralmente a ideia nos traz uni
sorriso, e pensamos em uma alegria e felicidade. Mas, quando um romance não é
baseado em princípios bíblicos, ele não é um assunto alegre, mas triste. Quando
dizemos que dois crentes estão "namorando" isto não quer dizer que é necessariamente
um namoro cristão que agrada a Deus.
CAPÍTULO UM
CONCEITUAÇÕES DE ROMANCE REAL

A. RAZÃO DO TERMO "ROMANCE REAL"


Alguém poderia, perguntar, e com toda razão, por que usamos este termo
"Romance Real". A resposta é simples. É porque quando baseamos esta área tão
importante da nossa vida em princípios bíblicos, podemos verdadeiramente
experimentar um Romance Real. Real no sentido de verdadeiro, sem enganos, sem
culpa, sem mágoas. Real no sentido de sermos príncipes e princesas. Nós somos filhos
do Rei dos reis. O Rei quer o melhor para os Seus filhos - os de sangue azul - da família
real.

B. DEFINIÇÃO DE ROMANCE REAL


Romance Real é um processo pelo qual um rapaz e de uma moça espirituais
chegam ao ponto de crer que Deus revelou a Sua vontade para se casarem (depois de
cumprirem todos os então preparos), e concordam em se aproximar mais nas áreas
espirituais e sociais/emocionais, por um tempo relativamente curto, para confirmarem a
vontade de Deus para suas vidas.
Usar o termo "amizade especial" para este período de confirmação da vontade de
Deus, antes do noivado ajuda a lembrar que não é um namoro, mas sim um meio de ser
exemplo para os mais fracos que ainda não estão seguindo todos os princípios bíblicos
(I Coríntios 10.32-33; Colossenses 3.1-3; Colossenses 4.5).

C. OS TERMOS "NAMORAR" OU "FICAR"


Por que não usar os termos populares "namorar" ou "ficar"? A resposta é
simples. Porque não queremos nos conformar com este século é sofrer as consequências
que o namoro tantas vezes traz.
Quanta destruição, sujeira, ciúmes, brigas, lares destruídos, e mesmo mortes e
suicídios acontecem por causa de relacionamentos que não têm base Bíblica.
Quantas crianças inocentes estão sendo abortadas e jogadas no lixeiro! Quantas
crianças que nascem de mães solteiras para serem maltratadas ou mesmo abandonadas e
depois se tornarem marginais, assassinos, etc. Ó, que tristeza!
Mais da metade dos casamentos hoje em dia não são felizes e terminam em
separação. Outros não se separam fisicamente, não se deixam publicamente, mas estão
separados emocionalmente dentre de casa, dois estranhos, apenas se tolerando por causa
dos filhos, da família, da igreja, ou mesmo por causa dos bens, do patrimônio comum.

D. AS DUAS DECISÕES MAIS IMPORTANTES DA VIDA


Receber a Jesus como Senhor e Salvador. Esta é a primeira decisão mais
importante na vida de qualquer ser humano, principalmente dos jovens que ainda não o
fizeram quando crianças. Nada, pelo resto de sua vida, nem antes nem depois, será mais
importante do que esta decisão. Todo o seu futuro, inclusive o seu destino eterno, no
céu ou no inferno, depende desta primeira decisão.
A escolha do cônjuge. A segunda decisão mais importante da sua vida é com
quem você vai se casar. Imagine que 50% dos aviões de uma certa agência estão caindo.
Ainda assim, você viajaria com essa agência? Precisamos de uma garantia de que vamos
tomar a decisão certa. Foi Deus quem nos fez macho e fêmea, e só Deus pode nos
mostrar como nos relacionar de tal forma que garanta uma vida abundante. O ladrão
rouba, mata e destrói, mas Jesus nos dá VIDA ABUNDANTE (João 10.10).
Toda a sua vida futura terá a ver com esta segunda escolha. Moradia, emprego,
vida financeira, as demais decisões, nascimento e criação de filhos, etc., etc., todos terão
a participação (positiva ou negativa) do cônjuge que você escolheu.
A maioria dos nossos pais não conheciam os princípios bíblicos referentes a esta
área de relacionamentos, por isso não fomos criados, em nossos lares, com esta
mentalidade de que existe uma maneira melhor. Por isso precisamos renovar a nossa
mente para que possamos experimentar "...qual seja a boa, agradável e perfeita vontade
de Deus" (Romanos 12. 2).

E. A IMPORTÂNCIA DOS RELACIONAMENTOS


Deus criou o homem para se relacionar. Por toda a Bíblia o Senhor nos fala de
relacionamentos.
Em Mateus 22.35-40, vemos Jesus valorizar os relacionamentos ao ponto de resumir a
Lei e os mandamentos em apenas dois: "Amara Deus sobre todas as coisas e amar ao
próximo como a si mesmo".
Vemos o Senhor trazer, nestes dias, uma mudança de mentalidade em relação
aos relacionamentos para nossa geração. Todavia, os caminhos de Deus não seguem a
lógica dos caminhos do mundo. O Senhor nos convida, agora, a uma mudança radical,
de 180° (cento e oitenta graus), e quer nos levar a tomar uma decisão. Deus não está
interessado simplesmente em restringir e cercear nossos prazeres. Na verdade, Ele quer
nos mostrar o caminho excelente, e nos levar a experiências amorosas em níveis
arrebatadores, no casamento.
Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação
da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável-
e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12.2 - NVI)
E então? Que caminho você quer trilhar: o caminho de Deus ou o do mundo?
Quero crer que você escolherá o caminho de Deus. Mas, uma vez que trilharemos o
caminho de Deus, precisamos achar a porta de entrada: O Amor. Amar é escolher o
melhor para o próximo. Todavia, o conceito do mundo é encontrar alguém que nos faça
feliz Este é um conceito correto ou egoísta?
O conceito correto de amor para o casamento é encontrar alguém para que
façamos esta pessoa feliz. Ao se casar procurando alguém que irá fazê-lo feliz, você se
casará motivado por um "amor egoísta". O casamento não foi projetado por Deus
apenas para a satisfação própria em primeiro lugar.
Ao entrar no casamento insatisfeito, faltando algo dentro de você, com o
caminhar da relação você ficará cada vez mais insatisfeito. Para ficar mais claro, vamos
tomar um exemplo que chamamos de:

F. EQUAÇÃO MATEMÁTICA DE DEUS PARA O CASAMENTO


1. Se você se sente incompleto, pela metade, e acha que no casamento
preencherá o seu vazio, a sua equação para o casamento será esta:
2. Se você e "sua metade" se sentem vazios e insatisfeitos e crêem que o
casamento mudará isso, a sua equação será esta:
3. Todavia, se os dois forem duas pessoas saudáveis, inteiras, e entrarem no
casamento para abençoar um ao outro, a equação será:
Em outras palavras, quando as pessoas não são inteiras e entram em um
casamento com base no amor egoísta e querem apenas sugar um ao outro, o resultado
dessa "negociação" será sempre negativo, resultando em desilusão e desapontamento.
Relacionamento é coisa muito séria. Como já foi mencionado acima, depois de
seu encontro com Deus, o seu encontro com seu futuro cônjuge será, ou já é, s escolha
mais importante e o acontecimento mais marcante de sua vida. Inúmeras pessoas e
famílias inteiras têm sido tristemente marcadas, todos os anos, por causa de
relacionamentos errados.
G. PELOS FRUTOS SE CONHECE A ÁRVORE
A Bíblia diz que pelos frutos se conhece uma árvore. Os casamentos, em grande
parte, são frutos do tempo do namoro: o tempo de se construir fundamentos. É nessa
fase que se toma uma das maiores decisões da vida: o casamento. Agora, vejamos os
frutos que essa "Árvore do Namoro" tem produzido.
Em meio a esses conceitos, encontramos um outro pensamento que também não
é a vontade de Deus: O "Namoro Cristão". Olhando bem, ele é apenas um ajuste do
namoro mundano. Um pequeno ajuste apenas em relação ao sexo, isto é, nós nos
convertemos e aprendemos que agora podemos continuar namorando, apenas não
praticamos mais sexo pré-marital, tomando cuidado, nos abstendo do ato sexual em si.
Contudo, para quem defende um namoro "cristianizado", os beijos, os abraços
longos e as carícias continuam valendo. Esse "Namoro Cristão' é apenas uma tentativa
frustrada de adaptar o padrão mundano de relacionamento para a conduta cristã. O seu
final é tão trágico e até pior que o do namoro mundano, pois muitos deles terminarão
com gravidezes indesejadas, corações partidos, pessoas frustradas e até situações piores,
como a violência familiar.
Joshua Harris, em seu livro Eu Disse Adeus ao Namoro, avalia alguns hábitos
errados do namoro. Em seguida, veremos detalhes desses hábitos.

CAPÍTULO DOIS
OBSERVE A SINALIZAÇÃO!

No trânsito existe todo um arsenal de sinalização, colocado ali com o intuito de


alertar os motoristas e pedestres de todos os detalhes de circulação naquelas vias. O
relacionamento entre rapazes e moças é regido pela mesma lógica. Deus colocou sinais
e placas de advertência ao longo do caminho. Esses sinais e placas, quando observados
no relacionamento a dois, vão nos garantir uma vida de sucesso e vitórias constantes.

A. HÁBITOS ERRADOS DO NAMORO


1. O namoro leva à intimidade, mas não necessariamente ao compromisso
O Namoro busca a intimidade, a aproximação, estar junto sem nenhuma intenção
real de compromisso a longo prazo. E mais ou menos o seguinte:
Eu chamo minha pretendente e digo: Eu preciso de um parceiro para escalar uma
montanha. Vamos comigo? Ela aceita e vamos. Então, subimos e vamos nos
envolvendo e escalando a montanha. Na hora em que chegamos a 600 metros de altura,
e eu preciso dela para segurar a corda ou eu cairei os 600 metros em queda livre, ela diz:
O negócio é o seguinte. Eu não estou me sentindo confortável aqui com você amarrado
a essa corda, e eu estou fora. Se vira.
Entendeu? É assim que acontece. O relacionamento parecia íntimo, mas não
havia compromisso. Ou seja, havia o agarrar, os beijos etc. Mas, na hora em que a coisa
aperta, a pessoa diz tchau.
O namoro traz intimidade, mas não traz compromisso. E por quê? O Namoro é
como um bolo só com cobertura, sem recheio. É lindo, mas quando você come, passa
mal, porque só tem chantilly. Ele é egoísta.
A intimidade sem compromisso desperta desejos emocionais e físicos que
nenhum
de nós pode satisfazer. Em I Tessalonicenses 4.6, lemos: "e que, nesta matéria,
ninguém ofenda nem defraude a seu irmão: porque o Senhor, contra todas estas coisas,
como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador".

2. O namoro leva a pular a fase da amizade


Quando somos amigos de alguém, não nos preocupamos em fingir ser outra
pessoa que não nós mesmos. Na amizade, somos o que somos e pronto. Quando
entramos no namoro, usamos máscaras, ficamos três horas em frente ao espelho
ensaiando o que dizer. O comportamento que apresentamos não é nosso. Mesmo que
não queiramos enganar, quando entramos no namoro, vendemos uma imagem de outra
pessoa: arrumadinha, bonitinha e joia. Tudo parece bom, mas não sabemos como é a
pessoa no seu dia a dia.
De vez em quando vemos alguma mulher chorando, e dizendo: "Não foi com
este homem que eu me casei. Ele não era assim antes". Por quê? Porque o
relacionamento pulou a fase da realidade.
Ela não o conheceu antes na amizade, na realidade, por isso se casou achando
que era uma pessoa, mas descobriu não ser nada daquilo. De manhã, o encanto do
"príncipe encantado" acaba e o "sapo desencantado" aparece novamente: a maquiagem
sai, o olho incha, a baba escorre... Que horror!
O Namoro tira a oportunidade de se conhecer o "príncipe" com antecedência.

3. O namoro confunde prazer físico com amor


Dois lábios que se encontram não significam dois corações que se unem. Corpos
atraídos não significam que uma pessoa foi feita para a outra. É muito pouco. Se
entendermos que o amor está ligado ao relacionamento físico, precisamos agarrar e ser
agarrados para nos sentirmos amados.
Ficamos impressionados quando vemos algumas mães se chocarem ao ouvir
sobre o Romance Real. A mentalidade delas é que se não houver "agarros" é porque o
rapaz não quer a moça. A mãe, no desejo de ver a filha casada, diz: "Se você escutar
esse pastor e não parar para agarrar esse rapaz, que é um partidão, você vai ficar pra
titia". Isso é o que passa na cabeça dela. É o mesmo padrão mundano, porque a mente
dela também nunca foi renovada.
Pense comigo. Quem ama mais a garota? Um homem que é capaz de ficar um
ano com ela, sem que a agarre, ou aquele que deixa claro que, se não for para ficar e
amassar, não dá para continuar? Isso, certamente, irá produzir sentimentos de acusação
e culpa na lua-de-mel. É o fruto de praticarmos algo estranho e pecaminoso sem a
bênção de Deus.
Existe namoro na Bíblia? Sim, por exemplo, Sansão e Dalila, Davi e Bate-Seba.
Mas, vejamos o fruto desses relacionamentos. Sansão terminou com os olhos furados e
preso em cadeias, e Davi praticamente arruinou toda a sua família e o seu reino. Mas
vemos também Rute e Boaz, dos quais descende Jesus.
4. O namoro isola o casal de outros relacionamentos
Normalmente, o casal se envolve ao ponto de esquecer os amigos, os pais, os
irmãos e, o pior de tudo: de Deus. Eles se esquecem dos amigos que se importam com
eles, se esquecem dos pais que são as pessoas que mais os conhecem e amam.
O Namoro faz com que suas vidas se resumam apenas aos dois. E, um belo dia,
o prazer acaba e então eles se vêem com um grande problema. Eles se sentem sozinhos
porque não têm ninguém com quem compartilhar. Eles pensam que podem viver
sozinhos no mundo sem precisar de mais ninguém, só os dois. Eles quebram um
princípio de Deus que está em Provérbios: "Na multidão de conselheiros há sabedoria".
O relacionamento de Deus não exclui as pessoas, antes inclui mais pessoas. O
namoro exclui as pessoas da paixão pela Obra de Deus e do desejo pelo ministério. Ele
tira das pessoas a fome e a sede pela Palavra de Deus e as afasta da adoração. O
Romance Real é inclusivo, ao passo que o Namoro é exclusivista, por isso que este
último não pode ser de Deus.

5. O namoro impede os jovens de se prepararem para o futuro


Quando os jovens se envolvem com alguém de forma errada e mundana, eles se
desviam dos propósitos de Deus para as suas vidas. O tempo que eles teriam para
crescer e consolidar suas vidas nos estudos, no trabalho e na Obra de Deus, foi gasto em
um namoro sem compromisso. O Namoro é egoísta e visa apenas à auto-satisfação. No
futuro, quando olharem para trás, talvez não tenham mais condições de se recuperar. O
tempo terá passado e eles terão perdido oportunidades na sua vida. O Namoro faz isso,
desvia os jovens de coisas importantes.

6. O namoro causa desgosto com o dom de estar solteiro no tempo de Deus.


O mundo diz que os jovens serão infelizes se não namorarem e os coloca numa
ciranda louca para arrumar alguém e acaba com a oportunidade ímpar que Deus lhes
deu, a época de estar solteiro.
Quando estamos solteiros, temos a maior oportunidade de nossas vidas. Esta é a
época em que temos a maior energia e disposição. Conseguimos nos envolver com
tantas coisas: a Obra de Deus, o trabalho, a escola, jogamos bola e conversamos. Mas
depois que nos casamos, não há mais esse tempo. Esse é o tempo oportuno de Deus para
crescermos e servirmos ao Senhor. No entanto, quando nos envolvemos em
relacionamentos sentimentais, fora da época de Deus e sem compromisso, perdemos
essa bênção.
O Namoro nos desvia do dom de estar solteiro.
7. O namoro cria ambientes artificiais para avaliar o caráter da pessoa
O Namoro desvia a pessoa daquilo que de fato ela é. Alguém disse que somos o
que somos quando estamos sozinhos no escuro. Não se conhece ninguém em dia de
festa. Conhecemos a outra pessoa quando "pisamos no calo dela". Quando dizemos um
não para a pessoa e ela estoura. Aí, sim, nesta hora é que a conhecemos. Ninguém é o
que aparenta em dias de festa. Quem nós somos quando ninguém está nos vendo? O
Namoro destrói essa realidade.
Devemos orar para que os problemas apareçam durante O Romance Real e que
possamos conhecer a outra pessoa em ambiente real.
Ao considerar alguém para se casar, é necessário encontrar respostas a estas
questões: Como ele ou ela é? Como é quando ele fica nervoso/a? Como ele ou ela trata
os pais? Como ele ou ela é na hora em que é contrariado/a? Irmãos e irmãs, orem e
peçam a Deus para que Ele gere circunstâncias que mostrem quem é a pessoa na qual
estão interessados. Vocês não podem se casar em ilusão. Lembrem-se sempre de que o
Namoro tira a realidade e traz a mentira.

Desocupados ou reservados?
Uma grande diferença entre o Namoro e o Romance Real diz respeito ao cuidado
com a vida enquanto estamos solteiros. O Namoro prega a total liberalidade, dizendo
que podemos estar com quem quisermos até achar o que é nosso, já que somos solteiros
e não estamos ocupados. Mas há diferença entre não estar ocupado e estar reservado.
Existem pessoas que estão ocupadas, são casadas. Mas o jovem que não é casado
está reservado. Há alguém que Deus reservou para ele. Esta é mais uma diferença
gritante entre o Romance Real e o Namoro.
Suponhamos que um jovem esteja apaixonado por uma moça e deseje muito
agradá-la. E ele decide fazer isso pegando algumas jóias de outra moça, sem que esta
veja. E com essas jóias roubadas ele presenteia a sua namorada. Há algo de errado
nisso: as jóias não são dele.
Mas o rapaz diz, irresponsavelmente: Eu te amo. Acontece que isso também é
um roubo. O problema é que o rapaz está querendo abençoar a moça com um
sentimento que ele não sabe a quem pertence. Nós não podemos pegar algo que não é
nosso e dar para alguém.
A Bíblia nos ensina que todos nós pertencemos a alguém, além do Senhor e de
nossos pais. Em I Coríntios 7.4, o apóstolo Paulo diz: "A mulher não tem poder sobre
seu próprio corpo, e, sim, o marido; e também, semelhantemente, o mando não tem
poder sobre o seu próprio corpo, e, sim, a mulher".
Percebem? Segundo a Palavra, além de ser de Deus, o homem pertence à sua
esposa e a esposa pertence ao seu marido. Todavia, Deus certamente conhece quem é o
seu cônjuge. Na verdade, embora não o conheça, cada jovem já o tem, já pertence a ele.
Falta apenas a "escritura". Então, todas as vezes que damos nossos corpos, corações ou
sentimentos para alguém que não os nossos cônjuges, estaremos roubando nossos
futuros cônjuges. Seu coração e seu corpo não são desocupados, eles pertencem ao seu
cônjuge.
Quando o jovem dá o seu corpo ou o seu coração para uma outra pessoa, ele
rouba o seu cônjuge, que é o seu verdadeiro dono. E quem rouba, mais cedo ou mais
tarde, será punido.
A diferença entre ser casado e estar solteiro é que o casado já está ocupado e o
solteiro está reservado, ou seja, não está disponível. Todavia, muitos jovens, que não
são radicais em Deus, não tiveram revelação ainda desse princípio. E, em vez de se
verem reservados para o seu cônjuge, se sentem disponíveis. Sabe o que acontece com
eles? Um monte de pessoas com as calças sujas e sem modos começa a se sentar nessas
cadeiras, ocupando-as de maneira indevida. Alguns as ocupam por três meses; outros,
por um ano.

B. VALORIZANDO O FUTURO
Vamos supor que, numa outra situação, tenhamos R$ 50.000,00 (cinquenta mil
reais) para comprar um carro. Compraremos um carro zero ou uma Variant ano 1977,
sem porta? No casamento acontece assim. Questionamos nosso cônjuge: "Puxa! Foi
assim que você se guardou para mim? Eu lutei pra caramba para ter os cinquenta mil,
me santifiquei e agora você está assim"?
Daí vem o sofrimento no casamento. O casal acaba tendo um relacionamento
cheio de crise e confusão, porque não houve santificação. O que era um sonho se tornou
um inferno e tudo porque os jovens destruíram aquilo que ainda não lhes pertencia.

C. QUATRO BASES INDISPENSÁVEIS ANTES DO


RELACIONAMENTO
Para nos prepararmos para uma vida romântica totalmente real, é importante
termos algumas convicções bíblicas como uma base ou um alicerce firme:

1. Declare: Meu Deus é poderoso (Isaías 40; Efésios 3.20; Apocalipse19. 6).
Podemos entender claramente este fundamento quando olhamos para o primeiro
Romance Real (RR) da Bíblia, em Gênesis capítulo 2.
Deus viu que não era bom o homem estar só. Então Ele criou a Eva. Ele pode
também criar a pessoa certa para você! A Bíblia diz que a Eva foi a auxiliadora idônea -
perfeitamente adequada! Deus te conhece melhor que você mesmo se conhece.
Nosso Deus é tão poderoso que Ele pode trazer a pessoa certa de onde for
necessário! Não pense que se você sair para missões você estará perdendo a sua
oportunidade! Deus pode levar o seu príncipe ou a sua princesa lá para o meio do mato,
ou para uma grande cidade!

2. DECLARE: Meu Deus é pessoal. Ele tem um lindo plano para sua vida. É
preciso querer este plano acima de tudo. Às vezes o que nós achamos que precisamos
não é o melhor para nós. Ele sabe o que você precisa.
Você estaria disposto a renunciar ao casamento se Deus tiver planos melhores
para você? Você tem condições de dizer ao Senhor: "Faça a Sua vontade e não a
minha?"
Deus sabe os desejos do seu coração. Peça a Deus que Ele faça dos seus desejos
os desejos Dele (Salmo 37. 4).
Deus não fez a Eva, Maria, Marta, Solange, Suely e Telma para que o Adão
escolhesse aquela que mais lhe agradasse. Não. Ele fez Eva e aí levou-a para Adão!!!
Creia que Ele pode fazer o mesmo com você!

3. DECLARE: A palavra de Deus é verdadeira e atual (Hebreus 4.12; João


17.17; II Timóteo 3.16,17).
Apesar de a Bíblia ter sido escrita há tantos anos, todos os princípios se aplicam
para hoje. Nós precisamos decidir obedecê-la mesmo que seja contra a nossa natureza
ou cultura. E assim, temos que basear esta área romântica da nossa vida em princípios
bíblicos.

4. DECLARE: Eu quero mais intimidade com Jesus


Você precisa desenvolver um relacionamento íntimo com Deus, aprendendo a
ouvir e obedecer a Sua voz, e conhecendo o coração de Deus.
Onde está a sua segurança? Precisamos chegar ao ponto de estarmos totalmente
realizados e seguros no Senhor.
Você já aprendeu a deixar o Espírito Santo satisfazer as suas necessidades -
emocionais, físicas, espirituais? Busque intimidade com o Espírito Santo!
D. DIFERENÇA ENTRE REGRAS E PRINCÍPIOS BÍBLICOS
Apesar do termo "Romance Real" não estar na Bíblia, a Bíblia tem muitos
ensinamentos que se aplicam ao assunto de relacionamentos entre rapazes e moças. Para
colocar estes ensinamentos em prática nas nossas vidas, é importante compreendermos a
diferença entre regras e princípios bíblicos.
A regra controla uma área específica, enquanto o princípio controla uma área
mais ampla. Existem regras bíblicas e regras humanas. Existem princípios bíblicos e
princípios humanos. "Não pode usar vestido sem manga", é uma REGRA humana,
enquanto um PRINCÍPIO bíblico sobre vestuário é: Deve vestir-se modestamente (I
Timóteo 2.9).

1. A Bíblia tem regras para todas as circunstâncias da vida?


A Bíblia tem muitas regras, por exemplo: "Não matarás"; "não dirás falso
testemunho", etc. Mas também para muitos aspectos das nossas vidas diárias não
existem regras bíblicas.
Por exemplo, a Bíblia não diz: "Não fumarás" ou "não assistirás novelas na
televisão". Mas existem princípios Bíblicos que se aplicam a estes assuntos. Sobre
fumar, tem este princípio bíblico: Os nossos corpos são templos do Espírito Santo.
Sobre novelas, tem este princípio bíblico: "Remindo o tempo porque os dias são maus"
(Efésios 5.16). Também existem outros princípios bíblicos que se aplicam a estes
assuntos.

2. É mais importante seguir regras humanas ou princípios bíblicos?


Existem algumas igrejas que além de ensinarem as regras bíblicas também
ensinam muitas regras humanas. Muitos crentes em Cristo destas igrejas, seguem estas
regras sem saberem aplicar princípios bíblicos em suas vidas. Um seguidor de Jesus que
não sabe aplicar princípios bíblicos em sua vida diária, é espiritualmente fraco, e sempre
terá problemas pois é impossível ter regrinhas para tudo o que ele enfrentará na sua vida
diária.
Por exemplo: Pode um verdadeiro cristão jogar bola? Pode ir ao cinema? Pode
dançar? etc. A Bíblia não tem REGRAS que tratam diretamente destes assuntos, mas
para um crente em Cristo espiritual a Bíblia tem PRINCÍPIOS que o ajudarão saber a
vontade de Deus sobre estes assuntos.
O Novo Testamento põe mais ênfase em princípios do que em regras, pois seria
impossível ter regras para todos os aspectos da vida. Todo o dia o seguidor de Cristo
encontra-se diante de muitas circunstâncias diferentes. Em qualquer circunstância
imaginável, a Bíblia tem PRINCÍPIOS que o cristão espiritual pode aplicar para sempre
saber a vontade de Deus.
Regras humanas que são baseadas em princípios bíblicos, podem ser boas e
mesmo necessárias para o bom funcionamento de uma comunidade cristã. Contudo, é
mais importante que o cristão saiba aplicar os princípios bíblicos e assim fazer as suas
próprias regras, do que a igreja impor muitas regras, pois mesmo nas áreas em que a
igreja não tem regras definidas, o cristão saberá aplicar princípios bíblicos e criar suas
próprias regras para governar sua conduta.
Quando a liderança de uma igreja procura conduzir os irmãos para uma vida
governada por princípios bíblicos, exige mais da liderança e da igreja em geral, pois a
liderança precisará dar mais ajuda e instrução individual para que os irmãos aprendam
aplicar princípios bíblicos para toda circunstância. Semelhantemente, os irmãos
precisarão usar seu próprio discernimento espiritual, mas a conclusão é muito superior:
Ao invés de ter urna igreja composta de bebês espirituais que precisam de instruções
para cada passinho que vão tomar, terá uma igreja composta de irmãos amadurecidos,
que sabem enfrentar os desafios do mundo sujo em que vivemos e rechaçar todos os
ataques do inimigo.

3. A Bíblia tem regras ou princípios específicos sobre romance real?


Semelhantemente, sobre muitos dos aspectos do Romance Real a Bíblia não tem
regras, mas existem muitos princípios Bíblicos, que se aplicam em todo aspecto de
relacionamentos.
Vamos agora estudar alguns princípios Bíblicos, que estão relacionados com o
assunto de Romance Real, mas que também podem ser aplicados a muitas outras áreas
da vida cristã.
Estude como foi o primeiro casamento - Adão e Eva - e veja os princípios
bíblicos que podem ser aplicados para hoje.
Por exemplo: O que Adão fez enquanto Deus preparava a sua esposa? (Gênesis
2.21) Dormia. Você tem condições de descansar no Senhor enquanto Ele planeja sua
vida?
O princípio seria de descansar no Senhor enquanto Ele prepara seu cônjuge.
Outro princípio: Deus apenas criou uma Eva para Adão, não várias e mandou
Adão escolher entre elas qual que ele mais gostava.
Tem muitos princípios que podemos também aprender da vida da Rabeca em
Gênesis 24. Alguns são:
1. Não seja preguiçoso
2. Seja hospitaleiro
3. Tenha um bom relacionamento com sua família
4. E muitos outros!
E. ALGUNS PRINCÍPIOS BÍBLICOS
1. Amar a Deus de TODO coração, alma, entendimento e força (Marcos 12.30-
31).
2. Fazer TUDO para a glória de Deus (I Coríntios 10.31).
3. Fazer TUDO em nome de Cristo (Colossenses 3.17).
4. Buscar em primeiro lugar o reino de Deus (Mateus 6.33).
5. Não entrar em jugo desigual (II Coríntios 6.14-18).
6. Não conformar com este século, mas transformar (Romanos 12.2).
7. Honrar, obedecer, e respeitar pai e mãe (Efésios 6.1-3).
8. Respeitar e honrar opinião dos líderes espirituais (Hebreus 13.17; I
Tessalonicenses 5.12-13).
9. Não ser causa de tropeço para crentes e descrentes (1 Co 10.32-33; Cl 3.1-3 e
Cl 4.5).
10. Evitar a aparência do mal (I Tessaloncenses 5.22).
11. Remir o tempo (Efésios 5.15,16).
12. Entender que estamos em tempo de guerra (II Timóteo 2.3-4; Efésios 6.12).
13. Andar pela fé (II Coríntios 5.7).
14. Pensar nas coisas lá do alto, não nas da terra (Colossenses 3.1-3).
15. Nossos corpos são templos do Espírito Santo (I Coríntios 6.18-20).
16. Fugir da lascívia e impureza (II Timóteo 2.22;1 Coríntios 6.18; Gálatas 5.19
e 24).
17. Dois se tornam uma só carne (Mateus 19.5-6).
18. Comportando-nos como irmãos (I Timóteo 5.1-2).
19. Purificando-nos para ser vasos santificados e úteis a Jesus (II Timóteo 2.20-
21).
20. Escolher o "melhor" entre o "bom" e o "melhor" (Filipenses 1.9-10).

CAPÍTULO TRÊS
ASSUNTOS A SEREM AVALIADOS ANTES DE DIZER SIM

A. A ESCOLHA DO CÔNJUGE
Comecemos do início: A escolha. Por que tantas pessoas fazem escolhas
erradas? Muito possivelmente, porque receberam pouca ou nenhuma instrução acerca de
parâmetros referenciais.
Hollywood e a indústria da televisão comunicam que as pessoas devem fazer
suas escolhas somente com base em seus sentimentos românticos. Os sentimentos,
porém, apesar de fortes, oferecem pouca substância para se escolher a pessoa com quem
se viverá os próximos 40 ou 50 anos de vida.

B. CASAMENTO MUITO RÁPIDO


São milhares os jovens em nossas igrejas, se perguntados por essa área de
relacionamentos, dirão que estão perdidamente apaixonados e que estão para se casar.
Contudo, pelas experiências de renomados e sérios homens de Deus e psicólogos
cristãos, grande parte dessas decisões possuem muito de fantasia e pouco de realidade.
Alguns, como Jaime Kemp, afirmam que o casamento tem sido seriamente
subestimado. Muitos desses casais não percebem o quanto de maturidade é necessário
para levar um casamento adiante.
A resposta da pergunta: "Com quem vou me casar?", é muito importante. É
necessário paciência. Descanse no Senhor e avalie a opinião de pessoas em quem você
confia.

C. CASAMENTO SENDO MUITO JOVEM


Sempre se ouve uma linda história sobre um casamento de uma jovem aos 16 e
um rapaz aos 18, que já estão fazendo 50 anos de felizes anos em comum. Todos nós
conhecemos alguns assim. Porém, as estatísticas mostram que a taxa de divórcio, de
casamentos realizados antes dos 20 anos, é incrivelmente alta. Quando se é muito
jovem, é mais difícil assumir um casamento e todas suas implicações! Há vários
motivos para isso, desde motivos físicos, espirituais, e emocionais.
O maior problema é o fato de que, quando se casa muito jovem, a identidade
individual, ainda não está totalmente formada. A separação dos pais ocorre ainda antes
de terem seus traços de caráter e personalidade definidos. Ainda não definiram seus
alvos, talentos, dons e necessidades. Ainda não possuem diretrizes suficientes para
decidir o tipo de pessoa que combina consigo, pois nem a si mesmo conhece muito bem.
É preciso mais maturidade.
D. PESSOAS EXTREMAMENTE ANSIOSAS PARA SE CASAR
Não é fácil para um conselheiro cristão pedir a um casalzinho que já se vê com
aliança na mão esquerda para dar mais tempo, esperar. Porém, há casos em que perante
Deus, é esse o conselho a ser dado. Alguns aceitam este conselho, outros não.
O que causa esse ímpeto descontrolado para se casar? Algumas vezes é medo de
que o noivo(a), com uma característica volúvel, mude de ideia. Então, é mais ou menos
assim: Vou tratar de me casar logo, porque ele pode deixar de me amar a aí, adeus
casamento... Ou então, a solidão está tão forte, que a ideia de ter alguém com quem
partilhar a vida, fica extremamente atraente, e o que às vezes acaba acontecendo, é que
simplesmente acabam ficando duas pessoas sozinhas, ao invés de uma só.
Existe ainda o caso daqueles que se casam para não ficar sozinhos, pressionados
pelo impulso sexual cada vez mais forte ou pela simples solidão. E, ainda há o caso
daqueles que se casam da noite para o dia, para "cobrir" uma gravidez. Cada caso é um
caso e há muitos outros, que talvez estejam vindo agora à sua mente. Estes, e vários
outros, podem levar o casamento a um desastre.

E. ESCOLHA DO CÔNJUGE PARA AGRADAR OUTRA PESSOA


Casar-se com alguém para agradar os pais ou alguma outra pessoa que lhe é
querida, não dá muito certo! Será você que se relacionará tempo integral com o cônjuge,
e não aqueles a quem você quer agradar.
Para tomar uma decisão sábia é necessário conhecer sonhos, necessidades,
objetivos da outra pessoa. Isto não significa que não se deva ouvir os conselhos
daqueles a quem amamos, e por quem somos amados. A Palavra de Deus nos diz: "Na
multidão de conselheiros há sabedoria". Então, após ouvir cuidadosamente, a opinião de
seus queridos, você deverá, objetivamente, tomar uma decisão.

F. FALTA DE COMPREENSÃO ENTRE AMOR VERDADEIRO E A


PAIXÃO ROMÂNTICA
Quando se é muito jovem, o que se sente em um namoro é romantismo e não
amor. É necessário tomar cuidado para não perder a objetividade, que é a habilidade de,
mentalmente, avaliar as coisas como elas realmente são, ao invés de sermos
manipulados pelos sentimentos.
Muitos jovens têm tomado decisões precipitadas porque perderam essa
objetividade, confundindo muitas vezes uma paixão romântica, com o amor verdadeiro.
G. PROBLEMAS DE PERSONALIDADE, OU DE COMPORTAMENTO
NÃO TRATADOS
Alguns casais de namorados que chegam para aconselhamento, estão em fase de
consideração ao casamento. Muitos, apesar de já terem bastante tempo de namoro,
quase não se conhecem. Não atravessaram juntos situações variadas o bastante para se
conhecerem bem mutuamente. Possuem uma grande atração física e sentem-se
perdidamente apaixonados um pelo outro. Porém, não conversam muito sobre as
importantes áreas da vida. Não conhecem as preferências um do outro, os pontos fortes
e os fracos, as famílias, etc. Nunca chegaram a conversar sobre questões financeiras,
sobre como resolver um conflito, carreira profissional, disciplina de filhos, etc.
Lembre-se, quanto mais conversarem, quanto mais experiências vivenciarem
juntos, menos surpresas desagradáveis terão no contexto do casamento propriamente
dito.

H. EXPECTATIVAS IRREAIS
Jaime Kemp fala de um casal que veio a ele para aconselhamento. Eles disseram
que não tinham a menor ideia de que teriam tantas áreas de conflito e de
desentendimento. Não conseguiam concordar nem quanto ao lado da cama em que cada
um queria dormir. Brigavam até para decidir se uma janela devia ficar aberta ou
fechada.
A verdade é que, cada um de nós entra no casamento com todos os tipos de
expectativa. Pensamos que será muito fácil mudar nosso cônjuge. Ficamos, então,
surpresos quando nos deparamos com sofrimentos emocionais e problemas de difícil
solução.
Mesmo que seu casamento melhore muito, sempre haverá desafios pessoais para
testar o relacionamento com Deus e de um cônjuge para com o outro.
• Você permanecerá firme em sua decisão?
• Concederá a si mesmo um tempo para amadurecer nessa área?
• Procurará avaliar, objetivamente, seus sentimentos para com a outra pessoa?
• Procurará conversar e avaliar o que julga ser comportamentos ou hábitos
inadequados de seu/sua futuro/a esposo/a?
• Procurará olhar a vida com mais objetividade, tendo expectativas mais
realistas?
Lembre-se que casamentos felizes começam com a escolha certa! Faça uma
escolha correta! Peça a ajuda do Espírito Santo. Ouça seus pais. Ouça seus
discipuladores. "Na multidão de conselheiros há segurança".

CAPÍTULO QUATRO
O ROMANCE REAL EM AÇÃO

A. COMO COMEÇAR UM ROMANCE REAL?


Alguns aspectos são importantes para um começo no Romance Real.
Antigamente se estabelecia uma idade para que os jovens pudessem iniciar o namoro.
Hoje com o decorrer dos tempos e uma mudança na cultura, não se faz mais tal coisa.
Porém, ainda assim, existem pais que estabelecem uma determinada idade para que seus
filhos venham a poder namorar. Mas, do que adianta ter idade, mas não ter maturidade,
não ter perspectivas, não saber exatamente o que você quer da vida?
Vejamos alguns requisitos importantes para se começar um Romance Real:
1. Salvação. Ambos os jovens ou adultos devem ser verdadeiramente salvos, ou
seja, ambos já devem ter aceitado a Jesus Cristo como seu único Senhor e Salvador
pessoal (João 3.16; Lucas 19.10; Romanos 10.9-10).
2. Maturidade física e Espiritual. Não devem ser crianças, pois maturidade é
importante e essencial no relacionamento entre duas pessoas (Efésios 4.13: I Coríntios
14.20).
3. Comunhão com Deus. Primeiramente Deus deve estar sendo uma fonte de luz
em sua vida, uma fonte de vigor espiritual. Se não tiver comunhão com Deus, nunca
será abençoado em qualquer tipo de relacionamento (I João 1.6-7).
4. Estudos. Já terminou os estudos? Ainda deseja estudar mais? É muito mais
difícil formalmente depois de casado. Você tem alvos de formar, ou fazer algum curso
especial? Faça antes, ou discuta o assunto com a pessoa com quem você vai se casar.
Alguns cursos são caros, levam muito tempo, e se você vai estudar depois de casado, é
bom entender desde cedo como isso será administrado, tanto em termos de tempo como
de finanças.
5. Situação financeira. Tem um emprego fixo? Dá pra sustentar uma família? Já
tem onde morar (sem ser na casa dos pais ou dos sogros)? Já tem as coisas necessárias
para viver -- fogão, cama, mesa, geladeira, sofás, etc.?
6. Jovem espiritual. É bom saber algumas coisas sobre os hábitos espirituais da
pessoa, como por exemplo:
• Estuda a Bíblia todos os dias?
• Gosta de falar com Deus? Sabe ouvir a voz de Deus?
• Tem costume de pedir e esperar a orientação de Deus para fazer decisões, não
só em coisas grandes, mas as pequenas também?
• Sabe discernir entre a voz de Deus e do inimigo das nossas almas?
• Faz o possível de ir nas vigílias? Participa das reuniões de oração?
• É fiel em todas as reuniões da igreja ou facilmente arruma uma desculpa para
não ir?
• Qual a conversa dele quando está com pessoas descrentes? Está falando sobre
Jesus (Mt 12.34)?
• Como se comporta em casa com sua família? Está demonstrando todo o fruto
do Espírito Santo?
• É esforçado no trabalho material e espiritual? É esforçado nos estudos e na
igreja (Lc 16.10)?
• Está dando um bom testemunho, não só na igreja, mas também no emprego e
escola? O que seu patrão e professor dizem sobre que tipo de pessoa é?
• É batizado nas águas e também no Espírito Santo? Está andando todos os dias
cheio do Espírito Santo?
• Está pondo os princípios Bíblicos em prática?
• Usa roupa modesta? É moderado no vestir e agir?
• Glorifica a Deus no seu jeito de agir com outros?
• Como reage quando está jogando bola?
• Sabe controlar dinheiro? Tem dívidas? É íntegro?
7. O rapaz inicia. Em nosso tempo moderno é "comum" uma moça querer iniciar
um namoro. Mas isso fere o princípio bíblico. Mesmo num romance Real, o rapaz é o
líder, é ele quem deve iniciar, é ele quem deve pedir à moça para orar e procurar saber a
vontade Deus.
8. Permissão dos pais. Ambos os pais dos pretendentes devem estar de acordo
com o Romance Real. Isso demonstra confiança e honra dos filhos para com seus pais.
A Bíblia diz que os filhos devem obedecer e honrar os seus pais, mesmo que não sejam
salvos. Um relacionamento que os pais não apoiam, geralmente resulta em muitas
dificuldades. Isso não significa que os pais são a autoridade final no relacionamento,
significa que estão querendo a bênção paterna para o relacionamento.
9. Apoio dos seus líderes espirituais. Abra o jogo com seus líderes antes de abrir
o jogo com a moça. Seus discipuladores, seu pastor. Os seus líderes vão poder lhe dar
muita ajuda e orientação. Seja bem honesto e transparente com eles. Isso é importante e
muitas vezes negligenciado pelos cristãos. O pastor de ambos deve apoiar e dar sua
bênção. Pode ser que o discipulador e o pastor vejam coisas que eles não estão vendo e
por isso é importante receber o apoio, o conselho deste servo de Deus.
10. Comunicação e visitas. Deve-se procurar estabelecer um determinado ritmo
nas visitas por parte do rapaz à casa da moça. É claro que não todos os dias. Estabelecer
uma boa comunicação entre ambos.
11. Confiança dos pais. No decorrer do namoro, deve procurar ganhar e manter a
confiança dos pais. Verificar como é a relação entre a pessoa e seus pais. Procurar ser
sensível para qualquer mudança.
12. Paz completa no seu espírito. Você precisa sinceramente sentir aquela paz
que somente Deus pode lhe dar no seu espírito (Colossenses 3.15). Enquanto você sentir
dúvidas, espere mais no Senhor. Não se apresse por qualquer medo (de perdê-la, ou
idade, finanças, etc.). Sempre espere que Deus lhe dê aquela paz completa (João 14.27).
Também, quando é de Deus e o tempo está certo, as coisas vão se encaixar. Se todos os
preparos estão em ordem, mas nada está dando certo, talvez seja Deus dizendo que deve
esperar mais um pouco. No tempo certo, com a pessoa certa, as bênçãos de Deus serão
óbvias e tudo vai dar certo!

B. A CONTINUAÇÃO DO ROMANCE REAL


1. O interesse deve estar voltado para a personalidade da pessoa, a parte
imaterial. É importante que isso esteja bem claro na mente dos romanceados.
2. O interesse deve ser estabelecido na parte espiritual da pessoa, não em seu
corpo físico, não no dinheiro que o outro tem, não no carro, na casa, na popularidade, na
beleza, etc. A parte espiritual é a mais importante sobre todas.
Mais uma vez: quanto mais próximos estiverem de Deus, mais próximos estarão
um do outro. O contrário também é verdadeiro: quanto mais longe estiverem de Deus,
mais longe ficarão um do outro.
3. Reconheça que cada cristão é chamado de propriedade particular, pessoal,
peculiar de Deus (I Pedro 2.9). O namorado que não respeita tal fato está desrespeito os
princípios de Deus e desrespeitando o próprio Deus, bem como a pessoa, a família dela,
a Palavra de Deus e o futuro casamento.
4. Evitar contato físico. Todo jovem gostaria de receber um carinho, beijos e
abraços da pessoa com quem está envolvido. Porém, deve-se esperar. Procure a todo
custo evitar continuar contatas físicos, como beijos, tocar o corpo, etc. Isso pode
provocar desejos sexuais que não podem ser satisfeitos devidamente antes do casamento
(I Tessalonicenses 4.3-8; I Coríntios 7).
Por causa de todos esses princípios bíblicos, cremos que a parte física durante a
amizade especial não deve ir além do que talvez segurar as mãos, ou inexistir
totalmente, nem mesmo pegar nas mãos. Depois de confirmarem a vontade de Deus e
ficarem noivos, também devem ter pouco envolvimento físico, pelas mesmas razões já
dadas. Normalmente, tanto a amizade especial como o noivado devem ser períodos
relativamente curtos, se os estiverem seguindo todos os princípios bíblicos que temos
estudado nestas lições sobre Romance Real. Logo, os dois, se Deus confirmar a Sua
vontade, se casarão, e então poderão gozar de todas as alegrias físicas para o resto de
suas vidas conjugais.
5. Existem condições onde a frequência de visitas deve ser limitada. Isso exige
paciência por parte de ambos. Algumas vezes a saúde, doença, serviço militar, estudos,
trabalhos, deveres pessoais impedem que estejam juntos. Sejam pacientes nessas horas.
6. Cautela com o modo de vestir, cautela em sua conversa, cautela em seu
comportamento e mesmo nos gestos. Lembre-se de semear um ambiente agradável em
que vale a pena estar juntos.
7. Evitar ficar sozinhos em ambientes fechados e por muito tempo. Procure estar
em atividades com outros jovens, ou seja, procure envolver seus amigos em suas
atividades.

C. OS PERIGOS DA TROCA DE CARÍCIAS


1. Mata a espiritualidade de ambos os jovens envolvidos no Romance.
2. Pode fazer com que fiquem cegos para os valores verdadeiros, as virtudes de
cada um.
3. Pode fazer com que abaixem os padrões da moralidade.
4. Pode conduzir para a realização do ato sexual não permitido por Deus antes
do casamento.
5. Pode conduzir para a depravação, destituição da dignidade.
6. Pode conduzir para o desenvolvimento de um desejo de satisfação não natural.
7. Pode causar frustração e nervosidade, ansiedade.
8. Pode conduzir para um casamento errado, com a pessoa errada.
9. Pode conduzir para contrair doenças.
10. Pode conduzir ao desrespeito mútuo.

D. UMA ESTÓRIA DE AMOR


Paulinho e Terezinha
Em certa igreja evangélica havia uma rapaz chamado Paulinho e uma moça
chamada Terezinha. Paulinho tinha nascido de novo há uns quatro anos, e a
Terezinha há uns três. Os dois faziam parte de células homogêneas e uma
juventude animada da igreja, e todos dois se davam bem com todo mundo.
Era uma mocidade alegre em que os jovens, juntamente com toda a igreja,
tinham muito amor uns para com os outros - era realmente a FAMÍLIA de Deus.
Nessa época o Paulinho tinha 22 anos e Terezinha, 20 anos. Era o segundo ano
em que Paulinho estava empregado numa fábrica. Ele começou a orar, pedindo a Deus
que revelasse com quem deveria casar-se. Depois de bastante tempo, toda vez que
orava, parecia que Terezinha vinha no pensamento dele. Ele começou a observar a
Terezinha. Ele já a conhecia há vários anos e sabia que ela era urna moça muito
espiritual, mas queria ver se ela realmente daria certo com ele. Ele também começou a
pedir conselhos do seu discipulador e de um dos pastores da igreja com muita
experiência. Depois ele pediu o conselho dos seus pais. Tudo estava indicando que era
da vontade de Deus que ele se casasse com ela.
Um dia, ele estava orando sobre isso e pensou o seguinte: "Eu creio que Deus
quer que eu me case com a Terezinha. Tem base Bíblica; nós dois somos crentes
espirituais e estamos preparados para casar - Os meus pais e outros líderes espirituais
estão todos de pleno acordo (Efésios 6.1-3, Hebreus 13,17, Provérbios 11.14). Temos
idade, estudos, e situação financeira suficiente. Eu, sinceramente, sinto uma paz
completa no meu espírito quando penso em casar-me com ela (Colossenses 3.15).
Glória a Jesus! Agora vou orar para que Deus mostre como devo explicar tudo isso a
ela".
Até agora, Paulinho não tinha falado nada com Terezinha, mas continuava
tratando-a com amor fraternal igual a todas as jovens. Finalmente chegou o grande dia!
Paulinho conversou com a Terezinha em particular e explicou-lhe tudo que ele estava
pensando e sentindo. Ele ficou maravilhado quando escutou a Terezinha dizer que já por
algum tempo ela gostava dele também. O seu respeito pela Terezinha aumentou quando
ela explicou-lhe que gostaria de tomar algum tempo para orar e procurar a vontade de
Deus antes de começar a “amizade especial”. Ele concordou e falou para a Terezinha
que ela não precisava apressar-se, mas que devia tomar o tempo que fosse necessário.
Terezinha, então, levou tempo orando e jejuando e também procurando
conselhos dos pais e dos líderes espirituais. Depois de algumas semanas, ela disse a
Paulinho que também cria que era da vontade de Deus que se casassem. Eles então
começaram uma amizade especial para confirmar a vontade de Deus. Logo depois eles
noivaram e se casaram. Hoje vivem MUITO felizes com JESUS!

E. MAIS ALGUNS CONSELHOS PRÁTICOS


• Nunca case com alguém que não seja cristão (II Coríntios 6.14-18; Amós 3.3).
• Ore para saber a escolha de Deus (Salmo 37.5; Provérbios 3.6).
• Evite casar sob pressão (Romanos 12.1-2). Não case pensando que sua vida se
endireitará depois do casamento. Não case com alguém pelo qual não tenha respeito.
• Não case cedo demais ou de repente (Tiago 1.4-5). Procure ver sua relação
com Deus, os hábitos da pessoa, os pais, o modo de vida.
• Não case tendo urna perspectiva errada do sexo (Gaiatas 5.16-25). Alguns
casam para desfrutar do sexo, mas casamento não é apenas sexo; muito mais está
envolvido.
• Casamento é para sempre, ou seja, "até que a morte os separe" (Gênesis 2.24;
Romanos 7.1-3; Mateus 19.6).

CONCLUSÃO
Concluindo esse assunto, por enquanto, é bom dizer que muitos jovens cristãos
estão sofrendo com a solidão e o medo de ficarem sozinhos. É uma barra, porém, o Pai
sabe que você sofre, e com amor quer tratar isto na sua vida. A sua necessidade de um
relacionamento precisa ser suprida primeiramente com Jesus. O Pai providenciou um
meio da união do Filho com você através da sua morte na cruz para que você tivesse
vida Nele.
Nós nascemos separados de Deus, solitários no mundo e capazes de somente
seguir a onda das coisas mundanas, e ao Pai agradou nos levar à inclusão no corpo de
Cristo para nos fazer um com Ele na sua morte e depois ressurreição, como diz
Romanos 6:4: "De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que,
como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos em vida nova".
O primeiro relacionamento que você precisa é com o nosso amado Jesus, com
Ele sendo sua vida nova. Você não precisa andar às cegas, pois Ele vai dirigir sua vida a
um relacionamento legal.
Saiba que com Jesus não há furo, Ele sabe o melhor para você. Espere na graça
do Senhor. E seja feliz!

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