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INSTITUTO FEDERAL DE RONDÔNIA

MESTRADO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

PESQUISA EM EDUCAÇÃO:
abordagens qualitativas

Mestrandas:
Fabiana Imberti Liuth
Josiane Paula Leite Olekszechen
Sheila de Palma Soares
Evolução da pesquisa em Educação

“Situado entre as ciências humanas e sociais, o


estudo dos fenômenos educacionais não poderia
deixar de sofrer as influências das evoluções
ocorridas naquelas ciências. Por muito tempo
elas procuraram seguir os modelos que serviram
tão bem ao desenvolvimento das ciências físicas
e naturais, na busca da construção do
conhecimento científico do seu objeto de
estudo.” (LÜDKE, ANDRÉ, 2017)
[...] predominava entre as pesquisas
educacionais até bem pouco tempo
atrás[...] a crença numa perfeita
separação entre sujeito da pesquisa, o
pesquisador e seu objeto de estudo.
(LÜDKE, ANDRÉ, 2017)
ASSIM:

se procuraria garantir os fatos, os dados se


uma perfeita apresentariam tais
isto é
objetividade quais são, em sua
realidade evidente.
Paradigma por indicar uma espécie
de modelo, de esquema, de maneira
de ver as coisas e de explicar o
mundo. (LÜDKE, ANDRÉ, 2017)
Paradigma
Positivista
Positivista por ter sua origem remota no
filósofo francês Augusto Comte, que, no
início do século XIX, lançou as bases de uma
sociologia positivista, para qual o método de
estudo dos fenômenos sociais deveria
aproximar-se daquele utilizado pelas
ciências físicas e naturais. (LÜDKE, ANDRÉ, 2017)
Década Sinais de insatisfação crescente em
de 80: relação aos métodos empregados.

Não estavam levando a


resultados que ajudassem a
Métodos descobrir soluções para os
problemas prementes, que se
acumulam na área da educação,
especialmente em nosso país.
“Em busca de solução, começaram a surgir
métodos de investigação e abordagens diferentes
daqueles empregados tradicionalmente.” (LÜDKE,
ANDRÉ, 2017)

[...]”influenciadas por uma nova atitude de


pesquisa, que coloca o pesquisador no meio da
cena investigada, participando dela e tomando
partido na trama da peça.” (LÜDKE, ANDRÉ, 2017)
“Assim surgiram a pesquisa participante, ou
participativa, ou ainda emancipatória, a
pesquisa-ação, a pesquisa etnográfica ou
naturalista e o estudo de caso.” (LÜDKE,
ANDRÉ, 2017)
“Sentimos que na base das tendências atuais da
pesquisa em educação se encontra uma legítima
e finalmente dominante preocupação com os
problemas do ensino. [...] É aí que a pesquisa
deve atuar mais frontalmente, procurando
prestar a contribuição que sempre deveu a
educação.” (LÜDKE, ANDRÉ, 2017)
MÉTODOS DE COLETA DE DADOS
ANÁLISE
DOCUMENTAL
OBSERVAÇÃO

ENTREVISTA

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OBSERVAÇÃO
A mente humana é altamente seletiva,
e essa seleção vai depender de sua
história pessoal (bagagem cultural).
Grupo social

Tipo de formação

Aptidões e predileções ARQUIVO PESSOAL

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OBSERVAÇÃO É CONFIÁVEL COMO UM
MÉTODO CIENTÍFICO?

1. Deve ser controlada e sistemática.

2. Delimitação do objeto de estudo.

3. Planejar a observação: “o quê” e “o como” observar.

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Segundo Patton (1980), para
realizar as observações é preciso
preparo material, físico,
intelectual e psicológico.

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VANTAGENS DA OBSERVAÇÃO

• Contato pessoal e estreito do


pesquisador com o pesquisado.

• Chegar mais perto da “perspectiva dos sujeitos”.

• Descobrir aspectos novos de um problema.

• A impossibilidade de outras formas de comunicação.

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DESVANTAGENS DA OBSERVAÇÃO

• Provocar alterações no ambiente ou no


comportamento das pessoas observadas.

• Baseia-se muito na interpretação pessoal.

• Visão distorcida do fenômeno ou a representação parcial da


realidade.

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VARIAÇÕES NOS MÉTODOS DE
OBSERVAÇÃO
Participante Total

Participante como Observador

Observador como Participante

Observador Total

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PERÍODO DE OBSERVAÇÃO

• Seis semanas a três anos: Curto:


conclusões
Diversos períodos curtos de apressadas;
observação.
Longo: não
garante
Concentração das observações em validade.
um determinado momento.

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CONTEÚDO DAS OBSERVAÇÕES
DESCRITIVA = Registro detalhado
• Descrição dos sujeitos, das atividades, dos locais, dos eventos.

REFLEXIVA = Observações pessoais do pesquisador

• Suas especulações, sentimentos, problemas, ideias,


impressões, preconcepções, dúvidas, incertezas,
surpresas e decepções.

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ENTREVISTA
Relação de interação: influência
recíproca entre quem pergunta e
quem responde.
A entrevista ganha vida ao
se iniciar o diálogo entre o
entrevistador e o entrevistado.
VANTAGENS DA ENTREVISTA

✓ Captação imediata e corrente da


informação desejada.
✓ Assuntos estritamente pessoais e
íntimos.
✓ Temas de natureza complexa.
✓ Escolhas nitidamente individuais.
OUTRAS VANTAGENS DA ENTREVISTA

✓ Aprofundamento de pontos levantados por outras


técnicas (EX.: questionário).

✓ Pessoas com pouca instrução formal.

✓ Permite correções, esclarecimentos e adaptações.


TIPOS DE ENTREVISTA
Não estruturada ou Não padronizada
Liberdade de percurso (bate-papo)

Estruturada ou Padronizada
Resultados uniformes (questionário)

Semiestruturada
Há um esquema básico, porém não
aplicado rigidamente (flexível)
CUIDADOS REQUERIDOS PELA ENTREVISTA
✓ Respeito pelo entrevistado: Desde um local e
horário marcados e cumpridos.
✓ Garantia do sigilo e anonimato (se for o caso).

É INADIMISSÍVEL:
✓ Forçar o rumo das respostas para determinada direção.
INVALIDAÇÃO DA ENTREVISTA:

✓ Imposição de uma problemática.


ATENÇÃO FLUTUANTE
A comunicação não verbal deve ser analisada:
Expressões Entonações
Gestos

Alterações de ritmo Hesitações

“Não é possível aceitar plena e simplesmente o discurso


verbalizado como expressão da verdade ou mesmo do
que pensa ou sente o entrevistado.”(LÜDKE, ANDRÉ, 2017)
COMO REGISTRAR OS DADOS OBTIDOS NA
ENTREVISTA?
• Gravação direta
Registra todas as expressões orais. A entrevista é uma
Constrangimento; demora na das técnicas de
transcrição. coleta de dados mais
dispendiosas,
especialmente pelo
• Anotação durante a
tempo e qualificação
entrevista exigidos do
• Seleção inicial de ideias. entrevistador.
• Atenção; esforço e tempo.
ANÁLISE DOCUMENTAL
São considerados documentos
“quaisquer materiais escritos que
possam ser usados como fonte de
informação sobre o comportamento
humano” (FHILLIPS, 1974, p. 187).
Leis e regulamentos; Autobiografias;
Normas e Pareceres; Jornais e Revistas;
Cartas; Discursos;
Memorandos; Roteiros de programas;
Diários pessoais; Arquivos escolares.
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Segundo Caulley (1981), a análise
documental busca identificar
informações factuais nos
documentos a partir de questões
ou hipóteses de interesse.
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VANTAGENS
DA ANÁLISE DOCUMENTAL
• Documentos constituem uma fonte estável e rica.
• Evidências que fundamentem afirmações e
declarações.
• Custo baixo: investimento de tempo e atenção.
• Fontes não reativa.
• Complementar as informações obtidas por outras
técnicas de coleta.
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USO ADEQUADO
DA ANÁLISE DOCUMENTAL

1. Quando o acesso aos dados é problemáticos;


2. Quando se pretende ratificar e validar
informações obtidas por outras técnicas de
coleta;
3. Quando o interesse do pesquisador é estudar o
problema a partir da própria expressão dos
indivíduos.
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DESVANTAGENS
DA ANÁLISE DOCUMENTAL
• Os documentos são amostras não representativas
dos fenômenos estudados;
• Falta de objetividade e sua validade questionável;
• Escolhas arbitrárias
Pode ser contestado, pois o propósito da análise
documental de fazer interferência sobre os valores,
os sentimentos, as intenções e a ideologia das
fontes ou dos autores dos documentos.
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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
NA ANÁLISE DOCUMENTAL
TIPO OFICIAL TIPO TÉCNICO TIPO PESSOAL

Decreto Relatório Carta


Parecer Planejamento Diário
Regulamentos Livro-texto Autobiografia

A escolha dos documentos não é aleatória.


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TIPOS DE UNIDADE
DA ANÁLISE DOCUMENTAL
• UNIDADE DE REGISTRO: O pesquisador pode
selecionar segmentos específicos do conteúdo
para fazer a análise.

• UNIDADE DE CONTEXTO: Neste caso deve-se


explorar o contexto em que determinada unidade
ocorre, e não apenas a sua frequência.
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Guba (1978) sugere que, quando não há mais
documentos para analisar, quando a
exploração de novas fontes leva à redundância
de informação, e quando há um sentido de
integração na informação já obtida, é um bom
sinal para concluir o estudo.
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Análise de dados

Análise de dados

Relato de Transcrição de Análise de


observação entrevista documentos

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Análise Implica:
1º Momento – Organização de todo material = dividir as partes
2º Momento – Reavaliação dos padrões e tendências =
Relação e inferências

Análise + sistemática e formal


Bogdan e Biklen (1982)
recomendam que o
pesquisador iniciante
lance mão de uma série
de estratégias.
Visão ampla

Focalização DELIMITAÇÃO
- PROGRESSIVA
Delimitação DO
FOCO DE
ESTUDO
Formular questões / proposições

Favorece a análise Formalização


de
Questões
Articulação entre teoria e analíticas
dados da realidade
◎ Principais questionamentos
apontados pela literatura sobre os Aprofundamento
temas selecionados. da
◎ Os pontos comuns e divergentes nos Revisão
estudos similares de
Literatura
◎ Negligenciado pela literatura sobre o
assunto.
INFORMANTE

Testagem
de
Ideias
Junto aos
sujeitos
Esclarecer pontos Defender seus
obscuros da análise interesses
• Não se limite a fazer apenas descrições
detalhadas do que observa;
• Procure registrar suas observações,
sentimentos e especulações ao longo da Uso extensivo
coleta; De comentários,
• Registrar de imediato os Observações
acontecimentos, as explicações para e especulações
determinado incidente. Ao logo da
coleta
• Reveja as anotações e escreva todos os
comentários que lhe ocorram.
A análise após a coleta de
dados
ANÁLISE
Ler e reler o material até a Impregnação do
conteúdo.( Michelat,1980)
Construção de categoria
descritiva Não se restringir ao que esta explicito, mas
desvelar mensagens implícitas, dimensões
contraditórias.
Suficientes e sua
amplitude e flexibilidade
permite abranger o Construção de novas
dados. categorias conceituais.
Da análise para a teorização
Para apresentar os dados de forma clara e coerente,
ele provavelmente terá que rever as suas ideias
iniciais, repensá-las, reavaliá-las, e novas ideias
podem surgir.
O pesquisador precisa ir além, ultrapasse a mera
descrição, buscando realmente acrescentar algo à
discussão já existente sobre o assunto focalizado.
(dar o salto)
Problemas éticos, metodológicos e
políticos no uso das abordagens
qualitativas
Relação pesquisador sujeito pesquisado

Observador decidir não revelar sua identidade


de pesquisador ao grupo pesquisado

Pedido de consentimento aos informantes


para a realização da pesquisa. Problemas
éticos
Garantia de sigilo das informações e
anonimato
Informações se tornarem públicas ou não.
Subjetividade do pesquisador.

Deixar claro os critérios utilizados para selecionar


certos tipos de dados/situações/entrevistar pessoas

Objetividade afeta diretamente a validade dos


estudos
Procedimentos
Não existe critérios neutros e absolutos metodológicos
Consenso num determinado momento sobre
veracidade do que foi aprendido.

Manter atitude flexível e aberta, admitindo que outras


interpretações podem ser sugeridas e igualmente aceitas.
OBRIGADA!

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LÜDKE, M.; ANDRÉ, M.E.D.A. Pesquisa em educação: abordagens


qualitativas. 2. ed. Rio de Janeiro: E.P.U., 2017.
ZANETTE, M.S. Pesquisa qualitativa no contexto da Educação no Brasil. In:
Educar em Revista. n. 6, Curitiba, Brasil, n.6, 2017. p. 149-166

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