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15 Novembro

2013

Regime Jurídico dos Fundos de Investimento


e das Sociedades de Investimento

O Decreto Legislativo Presidencial n.º 7/13, de 11.110., aprovou o Regime Jurídico dos Organismos de Investimento
Colectivo (OIC).

Os OIC correspondem a Fundos de Investimento e a Sociedades de Investimento.


Investimento

Os OIC estão definidos neste diploma como ”instituições de investimento colectivo que integram contribuições recolhi-
das junto do público, tendo por fim o investimento colectivo de capitais, segundo o princípio da divisão de riscos e o
principio da prossecução do interesse exclusivo dos participantes”. Para além disto, os OIC podem também “ser cons-
tituídos por subscrição particular”, em que “não exista recolha de capitais junto do público”.

Apesar de já ter entrado em vigor, este Decreto Legislativo Presidencial carece ainda de regulamentação a ser apro-
vada pela Comissão do Mercado de Capitais (CMC).

ESPÉCIE DOS OIC


Os OIC podem ser:

i. Abertos: caracterizados por terem um número variável de Unidades de Participação que conferem liquidez aos
Participantes e que podem ser resgatadas a todo o tempo;
ii. Fechados:
Fechados caracterizados por terem um número fixo de Unidades de Participação, podendo existir aumentos e
reduções mediante autorização da CMC, em que as Unidades de Participação apenas podem ser resgatadas no termo
do seu período de duração ou em caso de liquidação;
iii. Mistos: só são permitidos nos OIC imobiliários, estando representadas por duas categorias diferentes de Unidades
de Participação, uma em número fixo e outra em número variável.

TIPO DOS OIC


Os OIC podem assumir as seguintes formas:

• Fundos de Investimento:
Investimento: assumem a forma de patrimónios autónomos sem personalidade jurídica, detidos em
regime especial de comunhão pelos Participantes. Os Fundos de Investimento podem ser:
a) Fundos de Investimento Mobiliário (FIM): o objecto consiste, principalmente, no investimento em valores
mobiliários, devendo a denominação identificar claramente a espécie, consoante sejam abertos ou fecha-
dos;
b) Fundos de Investimento Imobiliário (FII): o objecto consiste, principalmente, no investimento em activos
imobiliários, devendo a denominação identificar claramente a espécie, consoante sejam abertos, fechados
ou mistos.

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• Sociedades de Investimento:
Investimento assumem a forma de sociedade anónima de capital fixo ou variável, cujos activos
são detidos em regime de propriedade e geridos a título fiduciário, pelas próprias ou por terceiras entidades
contratadas de modo independente e no exclusivo interesse dos accionistas. As Sociedades de Investimento
podem ser:
a) Sociedades de Investimento Mobiliário (SIM
SIM):
SIM o objecto consiste, principalmente, no investimento em valo-
res mobiliários, assumindo a espécie de capital variável (CV) ou de capital fixo (CF);
b) Sociedades de Investimento Imobiliário (SII
SII)
SII o objecto consiste, principalmente, no investimento em acti-
vos imobiliários, assumindo a espécie de capital variável (CV) ou de capital fixo (CF).

Fica, ainda, salvaguardada a possibilidade de serem constituídos OIC que tenham exclusivamente como destinatários
finais investidores institucionais qualificados como tal nos termos da Lei dos Valores Mobiliários.

Por outro lado, constituem-se como especiais os seguintes OIC imobiliários para:
(i) arrendamento habitacional;
(ii) exploração agrícola;
(iii) exploração pecuária;
(iv) reabilitação urbana;
(v) exploração industrial.

A constituição e o funcionamento destes OIC imobiliários especiais, bem como a comercialização das suas Unidades de
Participação regem-se por diploma legal especial e por Regulamento da CMC, sendo OIC fechados com subscrição
pública ou particular.

CONSTITUIÇÃO DOS OIC


A constituição dos OIC depende da autorização prévia da CMC, ficando esta autorização dependente da aprovação (pela
CMC) dos documentos constitutivos, da escolha da Entidade Depositária e do pedido da Entidade Gestora para gerir o
OIC.

O pedido de autorização terá de ser subscrito pela Entidade Gestora e instruído com os seguintes documentos:

a) Projecto de documentos constitutivos;


b) Projecto dos contratos a celebrar pela Entidade Gestora com a Entidade Depositária, com as entidades comer-
cializadoras e com outras entidades prestadoras de serviços, em particular com as entidades a subcontratar;
c) Documentos comprovativos da aceitação de funções por todas as entidades envolvidas na actividade dos OIC;
d) Identificação do auditor registado na CMC;
e) Identificação do gestor de investimento registado na CMC, caso aplicável;
f) Identificação do perito avaliador registado na CMC, no caso dos OIC imobiliárias;
g) Demonstrativo que evidencie a diferenciação da política de investimento, ou público-alvo do OIC, em relação
aos demais OIC sob responsabilidade da Entidade Gestora.

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Os Fundos de Investimento consideram-se constituídos no momento de integração, na sua carteira, do montante cor-
respondente à primeira subscrição. As Sociedades de Investimento consideram-se constituídas na data do registo
comercial do respectivo contrato de sociedade.

As vicissitudes inerentes à autorização prévia podem levar:

− ao indeferimento do pedido caso este não observe os requisitos formais e/ou substanciais identificados no novo
diploma;
− à caducidade da autorização;
− e à possibilidade de a CMC revogar a autorização concedida.

UNIDADES DE PARTICIPAÇÃO
O património dos Fundos de Investimento é representado por partes sem valor nominal, de conteúdo idêntico, desig-
nadas “Unidades de Participação” (UP`s).

As UP`s com o mesmo conteúdo constituem uma categoria. Porém, na constituição pode ser autorizada a emissão de
UP`s com direitos ou características especiais, designadamente quanto ao:
− grau de preferência no pagamento dos rendimentos periódicos;
− reembolso do seu valor;
− pagamento do saldo de liquidação do respectivo OIC.

As UP`s podem ser representadas por títulos representativos de uma ou mais UP`s ou adoptar a forma escritural,
sendo admitido o seu fraccionamento para efeitos de subscrição e de resgate ou reembolso.

O valor das UP`s é calculado de acordo com a periodicidade e condições de cálculo do valor das UP`s fixado no Regu-
lamento de Gestão,
Gestão que é obrigatório e onde constam os direitos e obrigações dos Participantes, da Entidade Gestora e
da Entidade Depositária, bem como a politica de investimentos e as condições da sua liquidação.

O capital das Sociedades de Investimento está dividido em acções nominativas de conteúdo idêntico, sem valor nomi-
nal. As Sociedades de Investimento também estão obrigadas a ter o respectivo Regulamento de Gestão.

INVESTIDORES E PARTICIPANTES
O diploma distingue os titulares de UP`s, consoante se tratem de:

i) Investidores: os que adquirem essa qualidade com a subscrição de direitos de aquisição das UP`s;
ii) Participantes: são os titulares de UP`s que adquirem essa qualidade com a subscrição das UP`s contra o paga-
mento do preço ou mediante aquisição.

A qualidade de participante extingue-se com o pagamento do resgate, com o reembolso, com o produto de liquidação
do OIC ou com a alienação.
As condições e os termos em que as UP`s podem ser subscritas e em que é efectuado o seu resgate ou o seu reembol-
so são definidas nos documentos constitutivos do OIC.

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ENTIDADE GESTORA
A gestão dos OIC é assegurada por uma Entidade Gestora, excepto nos casos em que os OIC são dotados de personali-
dade jurídica, nomeadamente, as Sociedades de Investimento, casos em que a gestão pode ser assegurada directa-
mente pelo próprio organismo.

A gestão dos OIC sem personalidade jurídica (Fundos


Fundos de Investimento),
Investimento apenas pode ser exercida por entidades gesto-
ras dos OIC, tratando-se de instituições financeiras para tal habilitadas por lei para esse efeito.

A Entidade Gestora actua com total independência da Entidade Depositária, sendo responsável pelos prejuízos causa-
dos aos Participantes, por erros e irregularidades que lhe sejam imputáveis.

A Entidade Gestora deve, ainda, nortear a sua actividade com base no princípio da divisão do risco, praticando todos os
actos e operações necessários ou convenientes à boa administração dos OIC.

As Sociedades Gestoras têm por objecto:


i) a actividade de gestão profissional de um ou mais OIC;
ii) a comercialização de UP`s;
iii) a prestação de serviços de consultoria de investimentos.

As Sociedades Gestoras dos OIC imobiliários podem ainda levar a cabo:


a) a prestação de serviços de consultoria para investimento imobiliário, incluindo a realização de estudos e análi-
ses relativos ao mercado imobiliário;
b) a gestão individual de patrimónios imobiliários;

As Sociedades Gestoras podem, mediante autorização da CMC, gerir simultaneamente OIC em valores mobiliários e
OIC imobiliários. As Sociedades Gestoras constituem-se sob a forma de sociedades anónimas e o seu capital social é
titulado por acções nominativas. Estão sujeitas a um conjunto de regras sobre conflitos de interesses e operações que
lhes estão vedadas.

ENTIDADE DEPOSITÁRIA
À Entidade Depositária são confiados, mediante contrato escrito celebrado com a Entidade Gestora, os instrumentos
financeiros que integram o património do OIC.

Este contrato assegura que:


i) Somente as operações realizadas pela Entidade Gestora, podem ser aceites pela Entidade Depositária;
ii) É proibido à Entidade Depositária a execução de operações que estejam em desacordo com os documentos
constitutivos do OIC;
iii) Seja estipulado com clareza o cálculo da comissão do depósito, sendo esta a forma de remuneração da Entidade
Depositária.

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Esta newsletter contém informação de carácter genérico e não se destina a servir como consulta jurídica. Foi elaborada por advogados angolanos
da VCA com a colaboração de advogados portugueses da ABBC, no âmbito da respectiva associação. Tem por destinatários clientes e contactos de
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