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Na Europa ocidental, grande parte das antigas famílias das elites romanas desapareceu,

ao mesmo tempo que outras se envolviam cada vez mais com assuntos religiosos e
menos com matérias seculares. Os valores ligados à educação e literacia
latinas praticamente desapareceram e, embora a literacia continuasse a ser importante,
torna-se uma competência prática em vez de um símbolo de estatuto social. No século
IV, Jerónimo sonhou que Deus o tinha repreendido por gastar mais tempo a ler Cícero do
que a Bíblia. No século VI, Gregório de Tours afirmava que tinha tido um sonho
semelhante, sendo castigado por tentar aprender estenografia.[121] Em finais do século VI,
os principais meios de instrução religiosa são já a música e a arte, em vez do
livro.[122] Grande parte da produção literária reproduzia obras clássicas, embora tenham
sido criadas inúmeras obras originais e composições orais, atualmente desaparecidas.
Entre as obras proeminentes deste período estão as de Sidónio
Apolinário, Cassiodoro e Boécio.[123]
A cultura aristocrática também sofreu alterações. A cultura literária perde significado
enquanto estatuto social. Os laços familiares entre as elites eram importantes, assim como
os valores de lealdade, coragem e honra. Estes laços estão na origem e prevalência de
um grande número de disputas na Europa ocidental, embora muitos terminassem
rapidamente contra o pagamento de uma compensação. A nobreza apoiava a formação de
grupos de guerreiros (comitato) destinados a ser a elite dos exércitos.[124]
A sociedade camponesa está muito menos documentada do que a nobreza. Grande parte
do conhecimento atual deve-se à arqueologia, sendo raros os documentos escritos sobre a
vida das classes inferiores anteriores ao século IX. As principais fontes são os códigos de
direito ou as crónicas das classes superiores.[125] A distribuição de terras no Ocidente não
era uniforme, havendo áreas muito fragmentadas enquanto noutras existiam blocos
contíguos de grande dimensão. Estas diferenças permitiram o desenvolvimento de
sociedades camponesas muito diferentes entre si, umas controladas pela aristocracia,
enquanto outras com elevado nível de autonomia.[126] A distribuição populacional também
variava significativamente. Algumas comunidades rurais chegavam a ter 700 habitantes,
enquanto outras consistiam apenas num pequeno número de famílias ou quintas
isoladas.[127] Diferente do que ocorria no período romano, não havia um vínculo legal
relativo ao estatuto social e era possível a uma família camponesa ascender à aristocracia,
por exemplo, ao longo de várias gerações de serviço militar dedicado a um senhor
influente.[128]
A vida nas cidades e a cultura urbana sofreu um declínio acentuado a partir da queda do
Império Romano. Embora as cidades italianas continuassem a ser povoadas, o número de
habitantes diminuiu drasticamente. Roma, por exemplo, passou de uma população de
centenas de milhar para apenas 30 000 habitantes no final do século VI. Os templos e
basílicas foram convertidos em locais de culto cristãos.[129] Na Europa do Norte, as cidades
também se contraíram, ao mesmo tempo que monumentos e espaços públicos eram
destruídos para obtenção de materiais de construção. No entanto, a instituição de novos
reinos muitas vezes proporcionava o crescimento das cidades escolhidas para capital.[130]

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