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Normatizacao Aplicada
Editora
Projeto Gráfico e
Erick Genaro
Diagramação
Inclui bibliografia
ISBN: 978-85-8065-211-6
CDD 344.8101
Catalogação elaborada por Glaucy dos Santos Silva - CRB8/6353
Editora
Prezados(as) Alunos(as),
Sucesso a todos!
A Autora.
Sumario
13 1.1. Introdução
14 1.2. Noções de Direito
14 1.2.1. Conceito de Direito
16 1.2.2. Conceito de Justiça
16 1.2.3. Princípios de Direito
20 1.2.4. Fontes do Direito
21 1.2.5. Ramos do Direito
23 1.2.6. Norma Jurídica
23 1.2.7. Instituto Jurídico
24 1.2.8. Ordenamento Jurídico
27 1.2.9. Hierarquia da Norma Jurídica
32 1.2.10. Decreto, Portaria, Norma
Regulamentadora (NR), Instrução
Normativa, Ordem de Serviço,
Regulamento Técnico
44 1.3. Normatização
45 1.3.1. Normalização
52 1.3.2. Normatização
63 Capítulo 2 – Normas Nacionais
e Estrangeiras, Legislação e
a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT)
63 2.1. Introdução
64 2.2. Normas Nacionais e Estrangeiras
66 2.2.1. Liberdade Sindical e Direito à
Negociação Coletiva
66 2.2.1.1. A Liberdade Sindical e Direito
à Negociação Coletiva Sob o Ponto
de Vista Internacional
67 2.2.1.2. A Liberdade Sindical e Direito
à Negociação Coletiva Sob o Ponto
de Vista Nacional.
69 2.2.2. Erradicação do Trabalho Infantil
69 2.2.2.1. A Erradicação do Trabalho
Infantil Sob o Ponto de Vista
Internacional
72 2.2.2.2. A Erradicação do Trabalho
Infantil Sob o Ponto de Vista Nacional
75 2.2.3. Eliminação do Trabalho Forçado
75 2.2.3.1. A Eliminação do Trabalho
Forçado Sob o Ponto de Vista
Internacional
76 2.2.3.2. A Eliminação do Trabalho
Forçado Sob o Ponto de Vista
Nacional
78 2.2.4. A Não Discriminação no Emprego
ou Ocupação
85 2.2.5. Convenções da OIT Ratificadas
no Brasil
99 2.3. Hierarquia e a Legislação
Aplicada
99 2.3.1. Conceito e Hierarquia na
Normatização
102 2.3.2. Normas Aplicadas à Segurança
do Trabalho para Prevenção e Controle
de Risco
106 2.3.2.1. Segurança No Trabalho
109 2.3.2.2. Leis, Normas, Portarias e
Regulamentações
110 2.3.3.3 Organismos Normalizadores
114 2.3.3. A Consolidação das Leis do
Trabalho e a Segurança do Trabalho
para a Prevenção e Controle de Risco
217 Gabarito
225 Anexos
1. Introdução
15
1.2. Noções de Direito
16
Também pode ter o sentido de reto, certo, de agir
de forma correta, com retidão, contudo, devemos
atentar ao conceito de ciência do direito, que é um
ramo das ciências sociais que estuda as normas obri-
gatórias que controlam as relações dos indivíduos
em uma sociedade.
Pode-se dizer que o direito se divide em:
→ Direito objetivo
→ Direito subjetivo
→ Positivo
→ Natural
17
tamento humano, como os direitos fundamentais.
Exemplo: Vida.
18
Os princípios que se destacam são:
→ Na área civil:
› Ninguém deve descumprir a lei alegan-
do que não a conhece;
› Nas declarações de vontade, deverá ser
mais considerada a intenção do que o
sentido literal da linguagem;
› O enriquecimento ilícito deve ser proibido;
19
› Ninguém deve transferir ou transmitir
mais direitos do que tem;
› A boa-fé se deve presumir e a má-fé
deve ser provada;
› Deve ser preservada a autonomia da
instituição familiar;
› O dano causado por dolo ou culpa
deve ser reparado;
› As obrigações contraídas devem ser
cumpridas (pacta sunt servanda);
› Quem exercitar o próprio direito não
estará prejudicando ninguém;
› Deve haver equilíbrio nos contratos,
com respeito à autonomia da vontade e
da liberdade para contratar;
› Os valores essenciais da pessoa humana
são intangíveis e devem ser respeitados;
› A interpretação a ser seguida é aquela que
se revelar menos onerosa para o devedor;
› A pessoa deve responder pelos pró-
prios atos e não pelos atos alheios;
› Deve ser mais favorecido aquele que
procura evitar um dano do que aquele
que busca realizar um ganho;
› Ninguém deve ser responsabilizado
mais de uma vez pelo mesmo fato;
› Nas relações sociais se deve tutelar a
boa-fé e reprimir a má-fé; etc.
20
No que se refere à Saúde e Segurança do
Trabalho, destacam-se os seguintes princípios:
21
importante é evitar as ocorrências
praticando a prevenção.
› Segurança do Trabalho deve ser trata-
da como investimento e não custo; cada
real aplicado representa economia de
quatro reais, servindo de base para o ne-
gócio sustentado.
› O profissional de segurança é o único
profissional que tem como missão pro-
mover saúde e segurança do trabalho,
considerando que os demais profissio-
nais do SESMT são especializações e o
cipeiro é voluntário, porém, todos são
importantes e indispensáveis, nas ações
integradas e transversais.
› O sucesso da segurança no trabalho
está vinculado aos princípios dos valo-
res humanos e respeito à vida, consi-
derando que o trabalho de ser fonte de
realização e não de sofrimento.
22
2.5. Ramos do Direito
→ Direito público
→ Direito privado
23
tra como particular, sem usar sua condição de poder.
Exemplo: o direito civil e o direito empresarial.
Contudo, superada essa divisão, há de se re-
conhecer o que está entre o público e o privado, ra-
zão pela qual se cita o mais novo ramo do:
24
1.2.6. Norma Jurídica
25
resse e que se identifica pelo fim que procura realizar.
É uma parte da ordem jurídica e, como
esta, deve apresentar algumas qualidades: harmonia,
coerência lógica, unidade de fim.
Enquanto a ordem jurídica dispõe sobre a
generalidade das relações sociais, o instituto se fixa
apenas em um tipo de relação ou de interesse: ado-
ção, pátrio poder, naturalização, hipoteca, etc. con-
siderando-os análogos aos seres vivos, pois nascem,
duram e morrem, lhering chamou-os de corpos jurí-
dicos, para distingui-los da simples matéria jurídica.
Diversos institutos afins formam um ramo,
e o conjunto destes a ordem jurídica.
→ Ordenamento Jurídico
Assim, vale dizer que uma norma que per-
tence ao ordenamento é considerada válida e, por-
tanto, pode ser qualificada como jurídica. Já uma
norma que não pertence ao ordenamento é conside-
rada inválida e não jurídica.
Portanto, perguntar, sob o ponto de vista do
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direito, se uma norma é válida, corresponde a per-
guntar se ela pertence ao ordenamento jurídico.
O ordenamento jurídico é um conjunto de
alta complexidade, ou seja, além das regras de per-
tencimento, indicando quais são seus elementos, há
outras regras estruturais que estabelecem relações
necessárias entre eles.
De um modo geral, podemos afirmar que
existem três grandes grupos de regras estrutu-
rais, as regras de:
→ coesão,
→ coerência e
→ completude.
27
A produção de efeitos das normas do or-
denamento é delimitada no tempo pela regra da ir-
retroatividade/retroatividade, especificando as situ-
ações em que uma norma pode regular situações no
passado ou não.
Ainda, podemos destacar a regra estrutural
da dinâmica do ordenamento, que estabelece os re-
quisitos para que uma norma deixe de fazer parte do
conjunto, tornando-se inválida e, logo, deixando de
ser jurídica.
A consistência do ordenamento jurídico é
obtida pela regra da coerência.
Em sendo o direito um conjunto de normas
que deve permitir a resolução de controvérsias com
o mínimo de perturbação social, não podem existir
duas normas que ofereçam, ao mesmo tempo, uma
solução contraditória.
Tal situação criaria uma antinomia, ou seja,
conflito de normas, e deixaria o operador do direito e
a população sem critérios para seus comportamentos.
As antinomias devem ser solucionadas com a
eliminação de uma das normas contraditórias, possibili-
tando ao direito oferecer uma solução única ao conflito.
De um modo geral, a coerência é obtida a
partir de outra regra estrutural citada, a hierarquia.
Embora haja exceções, podemos afirmar
que toda nova norma deve ser coerente com outras
normas jurídicas superiores, ou seja, uma norma in-
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ferior não pode, em tese, contradizer outra superior.
O ordenamento se estrutura de modo com-
pleto, ou seja, há uma regra estrutural que pressupõe
sua capacidade para resolver todos os conflitos so-
ciais, ainda que seja necessária a criação de uma nor-
ma jurídica sentencial pelo juiz para suprir a ausência
de uma norma jurídica legal.
A regra estrutural da completude, assim, es-
tabelece que eventuais lacunas do ordenamento, pela
ausência de leis preexistentes que prevejam uma so-
lução para um conflito social, serão preenchidas pelo
juiz, caso a caso.
Por outro lado, sob o ponto de vista dos desti-
natários sociais do direito, a completude manifesta-se na
impossibilidade de alegação do desconhecimento da lei.
29
No Brasil, a Pirâmide de Kelsen é de fácil
visualização, haja vista como se estrutura o sistema
jurídico, qual seja:
→ Constituição Federal
→ Leis Complementares
→ Leis Ordinárias;
→ Medidas Provisórias
→ Leis Delegadas
→ Resoluções
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feita, por seus representantes eleitos.
As Leis Complementares, por sua vez, têm
um processo de aprovação, no Congresso Nacional,
mais rigoroso, já que deverá ser aprovada mediante
quórum com a maioria absoluta, conforme o artigo
69 da própria Constituição Federal; sobre sua maté-
ria, está taxativamente expressa na própria Consti-
tuição Federal, ou seja, a própria Constituição Fede-
ral pede a Lei Complementar.
O importante é que não existirá Lei Com-
plementar sobre assunto que não seja pedido na
Constituição Federal.
As Leis Ordinárias têm como requisito de
aprovação quórum em maioria simples, desde que
presentes na sessão a maioria absoluta de membros,
nos termos do artigo 67 da Constituição Federal. Ela
só poderá tratar de assunto que tenha sido “deixado
de lado” pela Lei Complementar.
Aí o reforço do argumento de quem coloca
a Lei Ordinária abaixo da Complementar na Pirâ-
mide de Kelsen: ao passo que a Lei Complementar
tem rol de matérias expresso na Constituição Fede-
ral, para a Lei Ordinária designa-se o resíduo, “o que
sobrar”, num português mais coloquial.
Por outro lado, aqueles que defendem que
ambas estão no mesmo patamar de hierarquia, os ar-
gumentos são o de ser indiferente o quórum de vota-
ção, já que o órgão que as elabora é o mesmo, ou seja,
31
o Congresso Nacional, a cúpula do Poder Legislativo.
E, sobre a matéria da Lei Ordinária ser “resi-
dual” em face da matéria da Lei Complementar, diz-se
ser uma questão mais de praticidade que de importân-
cia. Sobre as Medidas Provisórias e as Leis Dele-
gadas, mais uma vez, há a discussão sobre haver hie-
rarquia ou não. Certo é que tanto Medidas Provisórias
quanto Leis Delegadas estão abaixo de Leis Ordiná-
rias e Leis Complementares, na hierarquia legal.
As Medidas Provisórias, nos termos do artigo
62 da Constituição Federal, constituem como sendo
atos do Presidente da República (Poder Executivo) e
serão feitas em caso de relevância e urgência.
As Medidas Provisórias terão força de lei e
serão submetidas ao Congresso Nacional (Poder Le-
gislativo) para que se tornem formalmente leis.
As Leis Delegadas, de conformidade com o
artigo 68 da Constituição Federal, ao contrário das
Medidas Provisórias, já nascem como leis, apesar
de serem elaboradas pelo Presidente da República
(Poder Executivo), contudo, somente são elabora-
das e publicadas quando houver a delegação, ou seja,
quando e, somente quando, o Congresso Nacional
delegar ao Presidente a função legislativa.
A Lei Delegada, por ser excepcional dentro
do sistema jurídico, tem - como a Medida Provisória
– por requisitos a relevância e a urgência. São es-
ses requisitos rígidos quanto à matéria sobre a qual
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poderá dispor e estão capitulados no artigo 68 da
Constituição Federal e o elenco é taxativo.
O ponto em comum entre Medida Provisó-
ria e Lei Delegada é que emanam do Poder Execu-
tivo (Presidente da República) e, portanto, fruto de
“poder legiferante anômalo”.
O poder legiferante é o poder de fazer leis e
é próprio do Poder Legislativo.
O poder Executivo tem o encargo de adminis-
trar a Nação, enquanto o Poder Judiciário tem o poder
de, fazendo uso do que o Poder Legislativo produziu,
exercer a tutela dos direitos violados. São os três pode-
res da República independentes, mas harmônicos.
Em casos excepcionais, as funções do Legis-
lativo serão, então, em parcela mínima, transferidas
ao Poder Executivo, que fará, assim, Medidas Provi-
sórias e Leis Delegadas, por isso o nome “anômalo”
e por isso o baixo grau hierárquico.
Ademais, há sempre clara a dependência do
Poder Legislativo: o Poder ou delega a competência
para fazer a lei (Lei Delegada) ou tem o poder de não
transformar o ato feito (a Medida Provisória) numa lei.
Cada uma das Casas do Congresso Nacional
(Senado e Câmara) possui um rol especifico de atri-
buições que serão só suas, além das suas funções de
elaborar leis (legiferantes).
Estas atribuições não legiferantes também
estão descritas na CF, sendo, em sua maior parte,
33
nos art. 51, as da Câmara e art.52, as do Senado.
As Resoluções são os meios que serão usa-
dos para o exercício destas ações não legiferantes. É
a Resolução norma jurídica destinada a disciplinar
assuntos do interesse interno do Congresso Nacional
sendo o recorrente à concessão de licenças ou afas-
tamentos de deputados ou senadores, a atribuição
de benefícios.
O § 2º do art. 68 da Constituição Federal diz
que a Resolução é a forma com a qual o Congresso
faz a delegação da Lei delegada em que passa parcela
de poder legiferante ao Presidente da República.
Por isso, sua posição como a parte mais bai-
xa da Pirâmide de Kelsen: são ações muito específi-
cas, de caráter restrito e sobre assuntos muito pró-
prios, não possuindo a abrangência que uma lei deve
ter para ser lei.
34
→ Decreto
O decreto é uma ordem emanada de uma au-
toridade superior ou órgão civil, militar, leigo ou eclesi-
ástico que determina o cumprimento de uma resolução.
No sistema jurídico brasileiro, os decretos são
atos administrativos da competência dos chefes dos po-
deres executivos: presidente, governadores e prefeitos.
O Decreto é usado pelo chefe do poder exe-
cutivo para fazer nomeações e regulamentações de
leis, dando-lhe cumprimento efetivo, entre outros.
Pode-se dizer que o Decreto é a forma de
que se revestem dos atos individuais ou gerais, ema-
nados do Chefe do Poder Executivo, Presidente da
República, Governador e Prefeito. Pode subdividir-
-se em decreto geral e decreto individual. Esse a pes-
soa ou grupo e aquele a pessoas que se encontram
em mesma situação.
Possui como efeito o de regulamentar ou
de executar, ou seja, expedido com base no artigo
84, IV da CF, para fiel execução da lei, ou seja, o
decreto detalha a lei. Nunca poderá contrariá-la e
nem ir além ou aquém dela. É importante conhecer
a Emenda Constitucional n.º 32/01.
O Professor Hely Lopes Meirelles, define-o
da seguinte forma:
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va dos chefes do Executivo, destinados a prover
situações gerais ou individuais, abstratamente
previstas de modo expresso, explícito ou implí-
cito pela legislação.
→ Decretos Singulares
→ Decretos Regulamentares
→ Decretos Autônomos
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estabelecidos por lei, ou para desenvolver os precei-
tos constantes da lei, expressos ou implícitos, dentro
da órbita por ela circunscrita, isto é, as diretrizes, em
pormenor, por ela determinadas. Não se pode ne-
gar que, como observa Celso Antônio Bandeira de
Mello, a generalidade e o caráter abstrato da lei per-
mitem particularizações gradativas quando não têm
como fim a especificidade de situações insuscetíveis
de redução a um padrão qualquer.
Disso resulta, não raras vezes, margem de dis-
crição administrativa a ser exercida na aplicação da lei.
Não se há de confundir, porém, a discricionariedade
administrativa, atinente ao exercício do poder regula-
mentar, com delegação disfarçada de poder.
Na discricionariedade, a lei estabelece pre-
viamente o direito ou dever, a obrigação ou a res-
trição, fixando os requisitos de seu surgimento e os
elementos de identificação dos destinatários. Na de-
legação, ao revés, não se identificam, na norma re-
gulamentada, o direito, a obrigação ou a limitação.
Estes são estabelecidos apenas no regulamento.
Os Decretos Autônomos foram introduzidos
em nosso ordenamento com o advento da Emenda
Constitucional n.º 32, de 11 de setembro de 2001.
Decorre diretamente da Constituição,
possuindo efeitos análogos ao de uma lei ordi-
nária. Tal espécie normativa, contudo, limita-se
às hipóteses de organização e funcionamento da
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administração federal, quando não implicar au-
mento de despesa nem criação ou extinção de
órgãos públicos, e de extinção de funções ou car-
gos públicos, quando vago, conforme o art. 84,
VI, da Constituição.
E, há os:
→ Decretos Legislativos
Os Decretos Legislativos, conforme os
arts. 49 e 62, § 3º, da Constituição Federal, têm
como objeto matérias apontadas como de com-
petência exclusiva do Congresso Nacional, por
exemplo, as relações jurídicas decorrentes de me-
dida provisória não convertida em lei; resolver de-
finitivamente sobre tratados, acordos ou atos in-
ternacionais que acarretem encargos ou compro-
missos gravosos ao patrimônio nacional; autorizar
o Presidente da República a declarar guerra ou a
celebrar a paz; ratificar atos internacionais, sustar
atos normativos do presidente da República, jul-
gar anualmente as contas prestadas pelo chefe do
governo, autorizar o presidente da República e o
vice-presidente a se ausentarem do país por mais
de 15 dias, apreciar a concessão de emissoras de
rádio e televisão, autorizar em terras indígenas a
exploração e o aproveitamento de recursos hídri-
cos e a pesquisa e lavra de recursos minerais.
E, por fim, os:
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→ Decretos-Lei
Os Decretos-Lei têm força de lei e foram
expedidos por Presidentes da República em dois
períodos: de 1937 a 1946 e de 1965 a 1989. Nossa
atual Constituição não prevê essa possibilidade. Al-
guns Decretos-Lei ainda permanecem em vigor.1
→ Portarias
→ Portarias Normativas
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tarem porque a administração pública só pode fazer
o que a lei lhe permitir, ao contrário da atividade
privada, que pode fazer tudo o que a lei não proíbe.
As Portarias Normativas são portarias que esta-
belecem normas ou regras sobre procedimentos relacio-
nados às funções de regulação, avaliação ou supervisão.
E, ainda, dada a pertinência deste Livro, de-
vemos trazer as:
→ Normas Regulamentadoras
→ Instruções Normativas
→ Ordens de Serviço
→ Regulamentos Técnicos
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Importante considerar que as NR, relativas
à segurança e saúde ocupacional, são de observância
obrigatória para qualquer empresa ou instituição que
tem empregados regidos pela Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT), incluindo empresas privadas e
públicas, órgãos públicos da administração direta e
indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legis-
lativo e Judiciário.
Ainda, os requisitos de Segurança e Saúde
Ocupacional (SSO) não estão somente presentes nas
NR. Há previsão necessária em: Leis, Decretos, De-
cretos-Lei, Medidas Provisórias, Portarias, Instru-
ções Normativas (Fundacentro), Resoluções (Cnen
e Agências do Governo), Ordens de Serviço (INSS),
Regulamentos Técnicos (Inmetro). A observância
das NR não desobriga as empresas do cumprimen-
to destas outras disposições contidas em códigos
de obras ou regulamentos sanitários dos estados ou
municípios, e outras, oriundas de convenções e acor-
dos coletivos de trabalho.
A Secretaria de Segurança e Saúde no
Trabalho (SSST) é o órgão de âmbito nacional
competente em conduzir as atividades relacionadas
com segurança e saúde ocupacional. Essas atividades
incluem a Campanha Nacional de Prevenção de
Acidentes do Trabalho (CANPAT), o Programa de
Alimentação do Trabalhador (PAT) e ainda a fisca-
lização do cumprimento dos preceitos legais e regu-
41
lamentares sobre segurança e saúde ocupacional, em
todo o território nacional. Compete, ainda, à SSST
conhecer, em última instância, as decisões proferidas
pelos Delegados Regionais do Trabalho, em termos
de segurança e saúde ocupacional.
A competência das Delegacias Regionais
do Trabalho DRT, nos limites de sua jurisdição, é
executar as atividades relacionadas com a seguran-
ça e saúde ocupacional. Essas atividades incluem
a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes
do Trabalho - CANPAT, o Programa de Alimenta-
ção do Trabalhador - PAT e, ainda, a fiscalização do
cumprimento dos preceitos legais e regulamenta-
res sobre segurança e saúde ocupacional. Compete,
ainda, à DRT, nos limites de sua jurisdição: adotar
medidas necessárias à fiel observância dos preceitos
legais e regulamentares sobre segurança e medicina
do trabalho, inclusive orientar os empregadores so-
bre a correta implementação das NR; impor as pena-
lidades cabíveis por descumprimento dos preceitos
legais e regulamentares sobre segurança e saúde ocu-
pacional; embargar obra, interditar estabelecimento,
setor de serviço, canteiro de obra, frente de trabalho,
locais de trabalho, máquinas e equipamentos; notifi-
car as empresas, estipulando prazos, para eliminação
e/ou neutralização de insalubridade; atender requisi-
ções judiciais para realização de perícias sobre segu-
rança e medicina ocupacional nas localidades onde
42
não houver médico do trabalho ou engenheiro de
segurança do trabalho registrado no MTE.
As Instruções Normativas constituem atos
puramente administrativos. Podem ser consideradas
normas complementares administrativas, tão-somen-
te. Isto porque elas complementam o que está numa
Portaria de um superior hierárquico, num decreto pre-
sidencial, ou Portarias Interministeriais. Jamais uma
Instrução Normativa pode inovar um ordenamento
jurídico passando por cima do conteúdo de leis ou de-
creto, pois, na Constituição, somos obrigados a fazer
ou deixar de fazer algo em função da Lei.
Uma Instrução Normativa é expedida pelos
superiores dirigentes dos órgãos públicos, seja o re-
presentante maior do órgão, ou aquele que tem dele-
gação de poderes para emitir instruções normativas
sobre sua área. A Instrução Normativa (IN) diz o
que os agentes daquele órgão público devem seguir,
executar, fazer, etc.
A Instrução Normativa (IN) diz respeito às
atribuições que devem ser seguidas por aqueles parâ-
metros especificados naquele ato administrativo.
As Ordens de Serviços constituem-se num
documento para orientar e informar os trabalhado-
res da empresa, quais são os riscos que irá encontrar
no ambiente de trabalho e na execução de suas ativi-
dades, para que o mesmo possa ter alguns cuidados
e realizar procedimentos para sua proteção.
43
As Ordens de Serviços (OS) são elaboradas
com a finalidade de evitar qualquer cobrança relacio-
nada à Saúde e Segurança do Trabalho pelo trabalha-
dor, a fim de que este seja treinado e orientado dos
riscos, por meio da Ordem de Serviço.
A OS é um documento importantíssimo,
onde na hipótese de um acidente ou doença contraí-
da no trabalho, o trabalhador pode alegar que desco-
nhecia o risco, por falta de orientação.
Com a ordem de serviço emitida e protoco-
lada pelo trabalhador estará ele ciente dos riscos que
estará exposto, onde a empresa prova o cumprimen-
to desta obrigação legal prevista na CLT e na NR01,
de informar antecipadamente os riscos existentes
em suas instalações aos seus trabalhadores.
Conforme a NR01, o Ministério do Traba-
lho especificou alguns objetivos que devem conter
na Ordem de Serviço.
A Ordem de Serviço sobre Segurança do
Trabalho não deve se limitar à transcrição de textos
legais ou redações padrão, o ideal é que seja elabo-
rada conforme as instalações da empresa, arranjo fí-
sico, máquinas, equipamentos, materiais e insumos
utilizados na produção.
A Ordem de Serviço sobre Segurança e Me-
dicina do Trabalho, emitida com base nos riscos re-
ais da empresa, é também um documento extrema-
mente útil na realização das integrações dos novos
44
colaboradores, podendo ser também utilizada como
material de apoio em treinamentos internos, audito-
rias e fiscalização.
Os Regulamentos Técnicos constituem-se
em documento aprovado por órgãos governamentais
em que se estabelecem as características de um pro-
duto ou dos processos e métodos de produção com
eles relacionados, com inclusão das disposições admi-
nistrativas aplicáveis, cuja observância é obrigatória.
Também pode incluir prescrições em maté-
ria de terminologia, símbolos, embalagem, marcação
ou etiquetagem aplicável a um produto, processo ou
método de produção, ou tratar exclusivamente delas.
Os Regulamentos Técnicos2 não se
confundem com as Normas Técnicas, as quais se
constituem em documento aprovado por uma insti-
tuição reconhecida, que prevê, para um uso comum
e repetitivo, regras, diretrizes ou características para
os produtos ou processos e métodos de produção
conexos, cuja observância não é obrigatória.
Tanto normas quanto regulamentos técni-
cos referem-se às características dos produtos, tais
como: tamanho, forma, função, desempenho, eti-
quetagem e embalagem, ou seja, a grande diferença
entre eles reside na obrigatoriedade de sua aplicação.
3 - INMETRO. http://www.inmetro.gov.br/barreirastecnicas/definicoes.
asp 04agosto2013às23h10
45
As implicações no Comércio Internacio-
nal são diversas. Se um produto não cumpre as
especificações da regulamentação técnica perti-
nente, sua venda não será permitida, no entan-
to, o não cumprimento de uma norma, apesar
de não inviabilizar a venda, poderá diminuir sua
participação no mercado.
E, ainda, cabe ressaltar a definição de Ava-
liação da Conformidade que trata de todo procedi-
mento utilizado, direta ou indiretamente, para deter-
minar que se cumpram as prescrições pertinentes
dos regulamentos técnicos ou normas.
Os procedimentos para a avaliação da con-
formidade compreendem, entre outros, os de amos-
tragem, prova e inspeção; avaliação, verificação e ga-
rantia da conformidade; registro, acreditação e apro-
vação, separadamente ou em distintas combinações.
1.3. Normatização
46
“normalizar é submeter algo a normas,
padronizar, enquanto normatizar é estabelecer
normas para alguma coisa, ação ou processo”.
1.3.1. Normalização
47
Importante citar que a origem da normaliza-
ção vem desde remotas culturas e, neste sentido, vale
citar o artigo do Centro de Capacitação de Recursos
Humanos do Inmetro, vejamos:
48
maiores, era comum contarem os passos ou utilizar
a expressão “um dia de viagem”.
Esses tipos de medidas, mesmo sendo anti-
gos, ainda são utilizados em várias partes do mundo,
como na Índia, onde é comum usar o grão de cevada.
A mais antiga evidência de normalização da
antiguidade está nos vasos, adequadamente marca-
dos e certificados na Antiga Palestina.
Os padrões ou desenhos marcam e identificam
povos e culturas de diversas épocas. E essas caracterís-
ticas peculiares facilitam a identificação do momento e
das regras válidas para aquela época e cultura.
Gutenberg, no século XV, ao criar a Impren-
sa, não a fez de modo desordenado, como exemplo, os
móveis deveriam ser permutáveis entre si e de mesma
altura para que se conseguisse imprimir algo, inclusi-
ve, as letras possuíam detalhes para que o tipógrafo
pudesse sentir ao toque que letra ela havia apertado.
No aspecto normalização são inúmeros os
exemplos, tais como: a arquitetura das pirâmides
egípcias; os mastros, as velas, os remos e os lemes
uniformizados dos venezianos no século XV; os
aquedutos do Imperador Nerva (100 a.C.), etc.
Em face da evolução se viu a necessidade
de independência entre as unidades de medida e de
grandezas, haja vista que ocorriam de forma compa-
rativa natural, ou seja, com base nos pés, mãos, dias
de viagem, etc.
49
Assim sendo, nascem novas regras de pa-
dronização.
Para determinar essas novas regras, começa-
ram a fabricar bastões de medida normalizada, com
materiais duráveis, tais como: madeira, chumbo, cor-
das com nós no Egito, etc., os quais ficam deposita-
dos nos palácios e nas igrejas.
Com o advento da máquina a vapor e por
consequência o desenvolvimento da indústria mo-
derna é que se adotou o nosso atual sistema métrico.
Contudo, somente com a Segunda Guerra
Mundial que se tornou “mais evidente a importân-
cia de uma normalização nacional e internacional,
devido à dificuldade de fornecimento de peças e so-
bressalentes e a existência de diferentes normas nos
diferentes países.” 5
Dessa forma, pode-se dizer que a nor-
malização, que teve seu início como um mero
processo mecânico, evoluiu e tornou-se um
meio para assegurar a intercambialidade de for-
ma precisa e qualificável, sendo uma técnica de
simplificação e conservação de recursos e capa-
cidade produtiva.
50
É importante considerar que as normas
aumentam e mudam conforme necessidade e progresso.
Do exposto, temos que:
51
determinante para a qualidade.
As normas brasileiras são resultantes de um
processo de consenso nos diferentes fóruns do Siste-
ma Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial (Sinmetro), cujo universo abrange o governo,
o setor produtivo, o comércio e os consumidores.
Essas normas visam obter, segundo Silva7:
→ a simplificação;
→ a intercambialidade;
→ a comunicação;
→ a adoção racional de símbolos e códigos;
→ a economia;
→ a segurança;
→ saúde e proteção da vida;
52
→ o impedimento de barreira no comércio;
→ proteção do interesse do consumidor;
→ interesse da comunidade.
53
Assim sendo, faz-se necessária a presença
dos organismos responsáveis, tais como: a ISO,
IEC, ABNT, etc., continuamente criando, modi-
ficando e incentivando o uso de normas técnicas
nas mais diversas áreas de atuação, em nível na-
cional, regional e internacional.
1.3.2. Normatização
10 - SINAFER http://www.sinafer.org.br/site/index.php?page=nor
malizacao04deagostode2013 16h22
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Para normatização, as palavras-chave são:
procedimento, processo, prescrição destinada à
utilização comum.
Para um melhor entendimento desse concei-
to é importante ter em mente que a normatização
nada mais é do que um conjunto de regras próprias a
respeito de um mesmo objeto, na definição, o objeto
para a regra única se daria a partir da identificação
dos problemas existentes e pontuais.
A prescrição, também apontada no con-
ceito, refere-se a uma regra única a fim de que
seja utilizada por todos (por isso comum e repe-
titiva) cuja finalidade seria a ordem para prevenir
os conflitos (por isso obtenção do grau ótimo de
ordem em um dado contexto).
A normatização refere-se às normas técni-
cas que existem para estabelecer requisitos técnicos a
serem atendidos por um produto, processo ou servi-
ço. São estabelecidas por consenso e aprovadas por
um organismo reconhecido que visa à otimização de
benefícios para as empresas e para a comunidade.11
A forma de atuação da normatização se
dá pelo estabelecimento de requisitos de qualidade,
desempenho, segurança.
A normatização, no que se refere à seguran-
55
ça, visa ao fornecimento; ao serviço ou uso/destina-
ção final do produto.
Também atua a normatização no esta-
belecimento de procedimentos, padronização
de formas, dimensões, tipos, usos; na fixação e
classificação fixar classificações, bem como, nas
terminologias e glossários. E, ainda, para definir
a maneira de medir ou determinar as característi-
cas, como os métodos de ensaio.
As referidas normas técnicas, objeto da nor-
matização, possuem níveis, quais sejam:
→ Economia
→ Comunicação
→ Segurança
→ Proteção do Consumidor
→ Eliminação de Barreiras Técnicas e
Comerciais
→ E, incluímos a estes objetivos:
56
Promoção dos Negócios Internacionais
O SEBRAE/SC12 inclui a:
Simplificação
Esses objetivos se justificam, tendo em vista
que apontar como item a Economia significa dizer
que proporcionará a redução da crescente varieda-
de de produtos e procedimentos; a Comunicação,
porque proporciona meios mais eficientes na troca
de informação entre o fabricante e o cliente, melho-
rando a confiabilidade das relações comerciais e de
serviços; a Segurança, porque protege a vida huma-
na e a saúde; a Proteção do Consumidor, porque
promove a sociedade de meios eficazes para aferir
a qualidade dos produtos e serviços; a Eliminação
de Barreiras Técnicas e Comerciais, porque evi-
ta a existência de regulamentos conflitantes sobre
produtos e serviços em diferentes países, facilitando,
assim, o intercâmbio comercial13. Apontamos como
objetivo também a Promoção dos Negócios In-
ternacionais, exatamente porque com a eliminação
de regulamentos conflitantes os negócios internacio-
nais serão cada vez mais viáveis. E, a Simplificação,
12 - SEBRAE/SC http://www.sebrae.com.br/customizado/inovacao/
acoes-sebrae/consultoria/normalizacao/137-04-saiba-mais-sobre-
normalizacao/BIA_1370404deagostode2013 16h22
13 - SINAFER http://www.sinafer.org.br/site/index.php?page=nor
malizacao04deagostode2013 16h22
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porque reduz a crescente variedade de procedimen-
tos e tipos de produtos.
É importante considerar que, na prática,
a Normalização, conforme citado pelo referido Sin-
dicato, com o qual concordamos, está presente:
58
Os Qualitativos14 permitem:
Os Quantitativos15 permitem:
14 - SINAFER http://www.sinafer.org.br/site/index.php?page=nor
malizacao04deagostode2013 16h22
15 - SINAFER http://www.sinafer.org.br/site/index.php?page=nor
malizacao04deagostode2013 16h22
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→ O controle de processos.
16 - SEBRAE/SC http://www.sebrae.com.br/customizado/inovacao/
acoes-sebrae/consultoria/normalizacao/137-04-saiba-mais-sobre-
normalizacao/BIA_13704 04deagostode2013 16h22
60
Atividades
61
acrescentar que no Direito que encontramos a segu-
rança das condições da vida humana, determinada
pelas normas que formam a ordem jurídica.
A) Público e Privado
B) Difusos e Coletivos
C) Objetivo e Subjetivo
D) Positivo e Natural
E) Penal e Civil
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jeito ou grupo. Por exemplo, o direito de receber
aquilo pelo qual se pagou. O direito como con-
junto de normas também se divide em:
A) Público e Privado
B) Difusos e Coletivos
C) Objetivo e Subjetivo
D) Positivo e Natural
E) Penal e Civil
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estabelecidas por consenso e aprovadas por um or-
ganismo reconhecido que visa à otimização de bene-
fícios para as empresas e para a comunidade.
B) A forma de atuação da normatização se dá pelo
estabelecimento de requisitos de qualidade, desem-
penho, segurança.
C) A normatização no que se refere a segurança visa
o fornecimento; o uso ou destinação final do produ-
to ou serviço.
D) Também atua a normatização no estabelecimento
de procedimentos, padronização de formas, dimen-
sões, tipos, usos; na fixação e classificação fixar classi-
ficações, bem como, nas terminologias e glossários. E,
ainda, para definir a maneira de medir ou determinar
as características, como os métodos de ensaio.
E) As alternativas anteriores estão corretas acrescen-
tando que às referidas normas técnicas, objeto da
normatização possuem níveis, quais sejam: Interna-
cional (ISO, IEC); Regional (Copant, MERCOSUL,
etc.); Nacional (ABNT, IRAN, BSI, AFNOR, etc.),
Empresarial (de uso pela empresa).
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