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De acordo com Jessé Torres: "Socialização é integração social do homem, isto é, sua
incorporação a grupos e sua aceitação nos mesmos. É o mecanismo pelo qual a
Sociedade transmite suas normas,valores e crenças aos membros. É automática,
imputada, inculcada e assimilada." (pg.11)
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Personalidade, pg. 70 de "LE RACISME DEVANT LA SCIENCE Nouvelle édition UNESCO
PARIS 1973":
Tradução (Google):
A personalidade identifica-se objetivamente com todas atividades e atitudes
psicológicas específicas de um indivíduo juntas organizadas em um todo original que
expressa a singularidade deste indivíduo para algum tipo conhecido que pudermos
recolocá-lo...
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FATORES CULTURAIS E SUPRACULTURAIS NA COMUNICAÇÃO DOEVANGELHO
NICHOLLS, BRUCE J., Contextualização: Uma Teologia do Evangelho eCultura.
Nas mentes de muitas pessoas, a palavra cultura é associada com atividades tais
como o teatro, a música, a arte, a poesia, a literatura; e uma pessoa culta é
considerada como sendo quem adquiriu um conhecimento sofisticado destasatividades e
que vive uma vida de refinamento e boas maneiras de acordo com os ideais da
sociedade. Esta definição popular é por demais estreita, porque a cultura abrange a
totalidade da vida. Nas palavras de Louis Luzbetak: “A cultura é um enredo para a
vida. É um plano segundo o qual a sociedade se adapta ao seu ambiente social e
ideal.” O termo cultura como tal é um conceito abstrato. Sempre se deve ter um
conceito dele como sendo o envolvimento na vivência.O professor John S.Mbiti, na
Assembleia Pan Africana de Liderança Cristã, em Nairobi, 1976, deu uma definição
prática da cultura como sendo “o padrão humano de vida como resposta ao ambiente do
homem” – expressado em formas físicas tais como a agricultura, as artes, a
tecnologia; nos relacionamentos inter-humanos tais como as instituições, as leis,
os costumes; e nas formas de reflexão sobre a realidade total da vida, tais como a
linguagem, a filosofia, a religião, os valores espirituais, a cosmovisão.
O comportamento cultural não é biologicamente transmitido de uma geração para
outra. Deve ser aprendido por toda geração que sucede à anterior. É a soma total
dos padrões comportamentais e atitudes aprendidos por uma determinada comunidade. O
termo enculturação é empregado para o processo mediante o qual as pessoas aprendem
o modo de vida da sua sociedade. Este processo ocorre através da instrução direta e
consciente pelos pais, mestres ou pelos mais idosos.É aprendido pela observação e
imitação deliberada como quando a criança copia os adultos na vida de todos os
dias. É aprendido, também, pela imitação e assimilação inconsciente. Porque a
cultura é adquirida, está em mudança constante. É relativa. Quando a mudança é mais
rápida do que a capacidade da comunidade adaptar-se a ela, podemos falar
corretamente de um “choque de culturas.” G.Linwood Barney, deu um modelo útil da
disposição deste conhecimento adquirido. Sugere que cada cultura é uma série de
camadas, das quais a mais profunda consiste em ideologia, cosmologia e cosmovisão.
Uma segunda camada, que está estreitamente relacionada com ela, e provavelmente
derivada dela, é a dos valores. Brotando destas duas camadas há uma terceira camada
de instituições, tais como o casamento, a lei, e a educação. Estas instituições são
uma ponte para a quarta camada, da superfície, de artefatos materiais e de
comportamento e costumes observáveis. Esta superfície é facilmente descrita e mais
facilmente alterada. Cada camada é mais complexa e abstrata e é mais difícil
definir os relacionamentos funcionais entre elas. Destarte, a cultura é um todo
sistemático funcional integrativo comum, o que Barney chama de ”Orientação
Cognitiva Compartilhada” do conhecimento em comum. Será notado que os níveis se
correspondem, grosso modo, ao padrão de Mbiti: o físico, o inter-humano, e a
reflexão sobre a totalidade da vida. Todos os modelos têm suas limitações, e este,
de uma escada de camadas, não demostra suficientemente a interação de cada nível
com os demais como um sistema dinamicamente operante. Talvez um modelo melhor fosse
uma esfera, da qual cada segmento está próximo dos demais, ou, também, de uma
pirâmide que tem a cosmovisão como base invisível, e os valores, as instituições e
o comportamento observável como os três lados em interação mútua.
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Cultura e ideologia talvez sejam os conceitos mais amplos das ciências sociais, com
diferentes definições. Neste capítulo, vamos examinar os significados
e usos desses dois conceitos de acordo com diferentes autores.
Os significados de cultura
As três concepções de cultura estão presentes em nosso dia a dia, marcando sempre
uma diferença bastante clara entre as pessoas — seja no sentido mais elitista
(entre as que têm e as que não têm uma cultura clássica e erudita, por exemplo),
seja no sentido de identificação com algum grupo específico, seja ainda em relação
à possibilidade de consumir bens culturais. Todas essas concepções trazem uma carga
valorativa, dividindo indivíduos, grupos e povos entre os que têm e os que não têm
cultura ou, mesmo, entre os que têm uma
cultura superior e os que têm uma cultura inferior.
- Mead, por sua vez, investigou o modo como os indivíduos recebiam os elementos de
sua cultura e a maneira como isso formava sua personalidade.
1. Suas pesquisas tinham como objeto as condições de socialização da personalidade
feminina e da masculina.
i. Entre os Arapesh não havia diferenciação entre homens e mulheres, pois ambos
eram educados para ser dóceis e sensíveis e para servir aos outros.
iii. Entre os Chambuli, finalmente, havia diferença entre homens e mulheres, mas de
modo distinto do padrão que conhecemos: a mulher era educada para ser extrovertida,
empreendedora, dinâmica e solidária com os membros de seu sexo. Já os homens eram
educados para ser sensíveis, preocupados com a aparência e invejosos, o que os
tornava inseguros. Isso resultava em uma sociedade em que as mulheres detinham o
poder econômico e garantiam o necessário para a sustentação do grupo, ao passo que
os homens se
dedicavam às atividades cerimoniais e estéticas.
Baseada em seus achados, Mead afirmou que a diferença das personalida des não está
vinculada a características biológicas, como o sexo, mas à maneira como em cada
sociedade a cultura define a educação das crianças.
i.A grande preocupação de Lévi-Strauss foi analisar o que era comum e constante em
todas as sociedades, ou seja, as regras universais e os elementos indispensáveis
para a vida social. Um desses elementos seria a proibição do incesto (relações
sexuais entre irmãos ou entre pais e filhos), presente em todas as sociedades.
Partindo dessa preocupação, ele desenvolveu amplos estudos sobre os mitos,
demonstrando que os elementos essenciais da maioria deles se encontram em todas as
sociedades ditas primitivas.
- Ter uma visão de mundo, avaliar determinado assunto sob certa ótica, nascer e
conviver em uma classe social, pertencer a uma etnia, ser homem ou mulher são
algumas das condições que nos levam a pensar na diversidade humana, cultural e
ideológica, e, consequentemente, na alteridade, isto é, no outro ser humano, que é
igual a cada um de nós e, ao mesmo tempo, diferente.
- No mundo globalizado em que vivemos, tendo nosso cotidiano invadido por situações
e informações provenientes dos mais diversos lugares, é possível afirmar que há uma
cultura “pura”? Até que ponto chegou o processo de mundialização da cultura?
i. Lançando um olhar sobre a história, ele declara que, até o século XIX, as
relações culturais ocorriam entre os grupos próximos, familiares e vizinhos, com
poucos contatos externos. Os padrões culturais resultavam de tradições transmitidas
oralmente e por meio de livros, quando alguém os tinha em casa, porque bibliotecas
públicas ou mesmo escolares eram raras. Os valores nacionais eram quase uma
abstração, pois praticamente não havia a consciência de uma escala tão ampla.