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EDUCAÇÃO: processo que visa capacitar o indivíduo a agir e a se comportar diante das diferentes situações da vida.
Processo de ensino, treinamento e facilitação. Troca de informações entre educador e educando, por meio de
linguagem acessiva e em ambiente que conduz o aprendizado.
OBJETIVO DA EDUCAÇÃO: formar o homem em sua plenitude, transmitir a cultura em âmbito global, direcionar o
educando a autoconsciência, buscar a integração dos membros de uma sociedade e a transformação da mesma.
OBJETIVO DO EDUCADOR: planejar ação capaz de levar o educando a um discernimento dos valores da vida –
consciência crítica.
FORMAS DE APRENDIZAGEM:
1) Condicionamento: mantida pelo reforço.
a. Simples, clássico ou respondente: tipo passivo, responsável pelos gostos, preferências e aversões.
b. Instrumental ou operante: o indivíduo é recompensado pelo seu comportamento. Estímulos.
2) Ensaio e erro: tentativas variadas, aleatórias, para atingir determinado fim. Aquisição da aprendizagem.
3) Imitante ou observação: repetir o comportamento de outra pessoa para atingir os mesmos resultados.
4) Discernimento ou insight: resolver problemas – saber escolher.
5) Raciocínio: compreensão profunda das causas e consequências dos fatos.
FORMAS DE EDUCAÇÃO:
1) Adestramento: técnica que leva o educando a adquirir uma rotina (comum com animais).
2) Aprendizagem: ativa – comportamento espontâneo e voluntário, comporta ensaios e erros. Reflexão.
3) Iniciação: aprendizagem de conjunto de técnicas que confere habilidade profissional.
4) Ensino: fazer compreender.
PAPEL DO NUTRICIONISTA COMO EDUCADOR: educação e aconselhamento de informações relacionadas à nutrição
– adesão de novo comportamento alimentar. Busca o bem-estar geral do indivíduo, auxilia efetivamente a seleção e
implementação de comportamentos desejáveis de nutrição e estilo de vida. Papel reconhecidamente vital.
DIFERENCIAS DO PROFISSIONAL: saber ouvir, lidar com emocional, gerar motivações, trabalhar
autorresponsabilidade, gerar autonomia e mudança de comportamento e trabalhar a EN.
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL X ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL
Modificar e melhorar alimentação Mudança imediata das práticas alimentares
Visa as atitudes e valorização da alimentação Mudança de práticas e seguimento da dieta
Oportunidade de crescimento e desenvolvimento Doença/sintoma deve ser eliminado ou controlado
Autonomia Heteronomia (indivíduo sujeito à vontade de terceiros)
Profissional é parceiro Profissional é autoridade
Integração/harmonização (físico, emocional, intelectual) Seguimento da dieta
Etapas previsíveis e pertinentes Não se aceita transgressões
Ênfase na dialogicidade Ênfase na prescrição dietética
Avaliação objetiva e subjetiva Predominância de métodos objetivos de avaliação
Objetivo é discutido com o paciente Objetivo é estabelecido em função de metas
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: processo que busca compreender o ser humano e, a partir disso, propõe mudanças no
hábito alimentar à medida que o indivíduo entende o porquê de fazê-lo. Estratégia para promoção da saúde.
HISTÓRICO:
Década de 40: início do interesse pela EN no Brasil, em busca de melhorias na alimentação. Pilar dos
programas governamentais de proteção ao trabalhador. Objetivava impulsionar mudanças nas condições
alimentares dos trabalhadores.
Década de 50 e 60: EN ligada à soja na alimentação. Início do curso de Educação Alimentar no SESI.
Década de 70: ENDEF (Estudo Nacional de Despesas Familiares) – pesquisa domiciliar com abrangência
nacional pelo IBGE, cujo foco era analisar a situação nutricional. Realizava-se grande detalhamento de
consumo alimentar e inclusão de medidas antropométricas.
Década de 70 e 80: EN foi considerada prática domesticadora, reprovada por todos. Ficou ausente dos
programas de Saúde Pública por duas décadas.
Década de 90: educação nutricional passa a ser vista como estratégia para melhorar a qualidade de vida e
diminuir os riscos de doenças. Consequências – serviços que contam com nutricionistas para fim de
reeducação alimentar extremamente procurados.
POLÍTICAS PÚBLICAS: Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) – garantia da qualidade dos alimentos
colocados para consumo no país, promoção de práticas alimentares saudáveis e prevenção e controle de distúrbios
nutricionais. Programa Fome Zero – garantir o direito a alimentos básicos, com ajuda financeira às famílias mais
pobres, criação de restaurantes populares, instrução sobre hábitos alimentares, distribuição de vitaminas e
suplementos.
OBJETIVOS DA EAN: incorporação e prática de uma boa e desejável alimentação, não apenas a melhoria de
conhecimento sobre alimentação e nutrição. O indivíduo deve reconhecer a importância da mudança e querer fazê-
la.
FATORES LIMITANTES DA EN: hábitos, tabus, grupos, poder aquisitivo, religião e nível educacional.
DESAFIOS NO PROCESSO EDUCATIVO: fazer com que as pessoas coloquem em prática o que aprenderam. É preciso
traduzir conhecimentos em ação. A educação tem que ser libertadora e conscientizadora.
ENSINO-APRENDIZAGEM
O quê? (Conteúdos) Como? (Método) Por quê? (Objetivo) A quem? (Alvo) Que resultados? (Avaliação)
TIPOS DE APRENDIZAGEM:
1) Aprendizagem motora/motriz: hábitos que incluem habilidades motoras, verbais e gráficas.
2) Aprendizagem cognitiva: aquisição de informações e conhecimentos.
3) Aprendizagem afetiva/emocional: sentimentos e emoções.
CAMPOS E TIPOS DE APRENDIZAGEM:
1) Psicomotor: habilidades físicas e mentais – aprendizagem motora.
2) Cognitivo: conhecimentos, informações ou capacidades intelectuais – aprendizagem conceitual.
3) Afetivo: sentimentos, emoções, gostos ou atitudes – aprendizagem apreciativa.
MOTIVAR: predispor o indivíduo para certo comportamento desejável naquele momento.
a. Motivos ativam o organismo;
b. Motivos dirigem o comportamento para um objetivo;
c. Motivos selecionam e acentuam a resposta correta.
PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: procedimentos e técnicas destinadas à aprendizagem, constando de uma
sequência de ações que visam à troca de conhecimento. Interação – transformação em ambos.
APRENDIZAGEM: apropriação ativa da experiência; é gradual; necessita de disposição, interesse, motivação ou
necessidades; não é hereditária; processo pessoal; maior caráter integrativo que cumulativo; qualquer idade.
a. Estímulo: mensagem.
b. Reposta: comportamento motivado pelo estímulo – deverá ser recompensadora.
c. Hábito: relação estável entre um estímulo e a resposta.
ASPECTOS RELEVANTES NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM: existência de diferenças individuais, motivação
pelo assunto abordado e concentração dos educandos. Importância do diálogo.
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NAS DIFERENTES FASES
NUTRIÇÃO: um dos principais determinantes da saúde e do bem estar do ser humano. Importância no rápido
crescimento corporal e à formação os principais hábitos alimentares.
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR: 6 meses a 2 anos – formação dos hábitos alimentares, introdução de novos
alimentos.
PRÉ-ESCOLAR: 2 a 6 anos – vínculo entre crianças e alimentos e formação da opinião sobre os estes. Importante
estimular o consumo de alimentação variada e sozinha, fazer as refeições em local adequado e junto com os demais
familiares. Incentivar a variedade e não desistir na primeira tentativa. Aspecto visual da alimentação é muito
importante – não chantagear ou premiar para a criança se alimentar.
ESCOLAR: 7 a 10 anos – exigências nutricionais altas, uma vez que o trato gastrointestinal está mais desenvolvido. O
metabolismo é mais intenso, alto gasto energético, propriedades sensoriais dos alimentos definem o padrão
alimentar. O horário escolar, tipo de alimento disponível, alimentação da família, dos amigos e propagandas
influenciam na alimentação.
ESTRATÉGIAS: trabalhos conjuntos com a mídia para divulgação; aumentar a oferta e promover o consumo de
frutas, legumes e verduras; restringir a oferta e venda de alimentos processados; desenvolver refeições saudáveis na
escola; monitorar o EN das crianças; desenvolver um programa contínuo de promoção de hábitos alimentares
saudáveis.
ADOLESCÊNCIA: 10 a 19 anos – profundas transformações nos indivíduos, mudanças biológicas, psicológicas,
cognitivas e sociais interferem no comportamento alimentar. É um grupo de risco nutricional, devido aos hábitos
irregulares.
FATORES QUE INFLUENCIAM:
a. Externos: família, amigos, normas, valores sociais e culturais, mídia...
b. Internos: psicológico, imagem corporal, valores e experiências pessoais, autoestima...
INTERVENÇÕES DA EN: deve levar em conta características específicas do grupo, envolver ambiente familiar e definir
a metodologia que melhor atende ao grupo.
a. Pré-escolar: atividades educativas com exploração dos sentidos juntamente aos pais e familiares.
b. Escolar e adolescentes: atividades reflexivas sobre a alimentação e a influencia dos fatores externos nas
escolhas. Atividades artísticas.
EN NA ESCOLA DE 1º GRAU: as responsabilidades educativas do nutricionista devem ser objeto de atenção especial.
É importante ser aplicada, pois é um direito de todo ser humano.
A EN deve começar o mais cedo possível, transmitindo conhecimentos corretos, estimulando a formação de atitudes
positivas, contribuindo para a formação de um comportamento alimentar saudável e adequado.