INSTITUIÇÃO DE ENSINO – DAMÁSIO – UNIFAVIP

CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE DAS EMPRESAS PÚBLICAS

GISNEI JAEGER SCHEFFER - RA

181099155

Três Cachoeiras
2018
 GISNEI JAEGER SCHEFFER

CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE DAS EMPRESAS PÚBLICAS

Trabalho apresentado à disciplina Temas

Tecnológicos em Humanidades, como
requisito ao Projeto Interdisciplinar, do
Curso Curso Superior de Tecnologia em
Serviços Jurídicos e Notariais

ORIENTADORA: MARIA CAUDORO

Três Cachoeiras
2018
 CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE DAS EMPRESAS PÚBLICAS

RESUMO: O presente trabalho traz em seu bojo considerações acerca das Empresas
Públicas, conforme previsto no Decreto Lei n. 200/67 em seu art. 5º, inciso II. Tal
pesquisa será desenvolvida através de uma pesquisa bibliográfica com o objetivo de
controlar e entender os recursos das empresas públicas. Relatando as dificuldades e as
conveniências do negócio, focando nos aspectos interno e externos.

Palavras-chave: Aspectos internos. Aspectos externos. Atividade econômica. Constituição

Federal. Empresa pública.
1. INTRODUÇÃO

As Empresas Públicas e as Sociedades de Economia Mista também são

denominadas Empresas Estatais. São entidades portadoras de personalidade jurídica de direito
privado, possuem patrimônio próprio e capital unicamente público, tendo sua origem federal,
distrital, estadual ou municipal. Como por exemplos: Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), e Caixa Econômica
Federal (CEF).
2. DESENVOLVIMENTO

As Empresas Públicas estão previstas no art. 5º, II do Decreto Lei n. 200/67,

possuem personalidade jurídica de direito privado, e tem patrimônio próprio e capital tão-
somente público, podendo ser federal, distrital, estadual ou municipal.
São criadas através de procedimento diferente da simples criação por lei, uma vez
que necessitam de uma autorização legislativa. Através da lei específica são determinadas três
fases: a) a promulgação de lei autorizadora, b) a expedição de decreto pelo Poder Executivo
regulamentando a lei, e c) o registro dos atos constitutivos em cartório e na Junta comercial.
Diferentemente das autarquias que são criadas diretamente por leis, as Empresas
públicas somente adquirem a personalidade jurídica com o registro de sua constituição do
cartório adequado, de acordo como preceitua o art. 45 do Código Civil:
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as
alterações por que passar o ato constitutivo.

A existência legal das pessoas jurídicas de direito privado começam com a inscrição do
ato constitutivo no respectivo registro, podendo por algumas vezes necessitar de outorga do Poder
Executivo, e sendo que todas as suas alterações (do ato constitutivo) devem ser averbadas no registro
competente.
Todo o capital das empresas públicas são capital público, não é permitido o uso de
dinheiro privado nesse tipo de empresa. Porém sua forma de organização é totalmente livre.
Esse é o formato de concepção cominado pela natureza privada das empresas públicas.
De igual maneira, para a extinção de qualquer empresa pública é exigido o mesmo procedimento, qual
seja, lei permitindo, decreto regulamentador da extinção e da baixa dos atos constitutivos no registro
adequado.
O artigo 5º do Decreto Lei n. 200/67 aduz que a composição organizacional das empresas
públicas podem seguir os moldes de sociedade anônima (S/A), ou limitada (LTDA) assim como
permitidos no Direito Empresarial.
A Justiça Federal é quem tem competência para dirimir os conflitos de interesses da
União, de entidade autárquica ou de empresa pública federal, conforme explicita o art. 109 da
Constituição Federal de 1988. Nas varas especializadas das Fazendas Públicas da justiça comum
estadual são julgados os fatos referente as empresas públicas distritais, estaduais ou municipais.
As funções principais das Empresas Públicas são prestação de serviços públicos e o
exercício de atividades econômicas.
 3. METODOLOGIA

Um dos tipos de pesquisa a ser utilizado, será o bibliográfico, sendo que Motta
(2012, p. 73) a define: "A pesquisa bibliográfica decorre de fontes secundárias: livros,
revistas, jornais, monografias, teses, dissertações, relatórios de pesquisa, etc."
Quanto à pesquisa será exploratória, restringindo a definir objetivos e buscar mais
informações sobre determinado assunto de estudo. (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007).
Assim como será utilizada a pesquisa documental, de acordo com Fonseca:

“A pesquisa documental trilha os mesmos caminhos da pesquisa bibliográfica, não

sendo fácil por vezes distingui-las. A pesquisa bibliográfica utiliza fontes
constituídas por material já elaborado, constituindo basicamente por livros e artigos
científicos, localizados em bibliotecas. A pesquisa documental recorre a fontes mais
diversificadas e dispersas, sem tratamento analítico, tais como: tabelas estatísticas,
jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais, cartas, filmes, fotografias, pinturas,
tapeçarias, relatório de empresas, vídeos de programa de televisão, etc. (2002, p.32).

Além disso também será buscado artigos na internet para compor o

conhecimento.
4. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS (ECT)

Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) ou, simplesmente, Correios, é uma empresa
pública federal responsável pelo cumprimento do sistema de envio e entrega de
correspondências no Brasil.

Os Correios tiveram sua origem no Brasil em 25 de janeiro de 1663, com a criação do Correio-
Mor no Rio de Janeiro, embora a capital da colônia fosse então Salvador. Em 1931 o decreto
20.859, de 26 de dezembro de 1931, funde a Diretoria Geral dos Correios com a Repartição
Geral dos Telégrafos e cria o Departamento dos Correios e Telégrafos. A ECT foi criada a 20 de
março de 1969, como empresa pública vinculada ao Ministério das Comunicações mediante a
transformação da autarquia federal que era, então, Departamento de Correios e Telégrafos
(DCT). A mudança não representou apenas uma troca de sigla, foi seguida por uma
transformação profunda no modelo de gestão do setor postal brasileiro, tornando-o mais
eficiente.

Nos anos que se seguiram, vários serviços foram sendo incorporados ao portfólio da empresa.
Além dos tradicionais serviços de cartas, malotes, selos e telegramas, entre os novos serviços
podem ser destacados os pertencentes à família SEDEX, serviço de encomendas expressas. Ao
todo são mais de cem produtos e serviços oferecidos pela maior empregadora do Brasil (no
início de 2008 com mais de 109 mil empregados próprios, além dos terceirizados), sendo a única
empresa a estar presente em todos os municípios do país, com uma ampla rede de unidades
próprias e franqueadas.

Durante a década de 1990, discutiu-se a possibilidade de uma modernização da empresa. A

proposta do novo sistema postal estava baseada no aumento da oferta de serviços, na
modernização tecnológica e na consolidação e ampliação do papel social dos Correios como
administradora de serviços públicos. Para isso, o Ministério das Comunicações do Governo do
Presidente Fernando Henrique Cardoso desenvolveu um projeto para o setor postal brasileiro
que foi implantado a partir de 1997, denominado Reforma Estrutural do Setor Postal Brasileiro
(RESP). As diretrizes acionadas na elaboração da reestruturação postal envolviam os seguintes
aspectos:

Reforma Regulamentar do Setor Postal: definição de um novo modelo de exploração dos

serviços postais no Brasil;

Reforma comercial e organizacional da ECT: modernização da empresa, (...) preparando-a para

operar em um novo contexto regulamentar a ser implantado no setor;

Serviços Financeiros Postais: prestação de serviços financeiros básicos à parcela da sociedade

recentemente não atendida pela rede bancária, isto é, a população rural e a população urbana
de baixa renda.

As propostas foram apresentadas na Nova Lei Postal, que tramitou, sem ser aprovada, até o
início de 2003, quando foi arquivada. Durante os anos 2000, outra vez os Correios foram alvo de
propostas de mudanças e modernização, retomando alguns aspectos, que foram planejados na
década de 1990. A empresa, ao longo dos anos 2000, esteve no epicentro do escândalo do
"Mensalão" e apresentou problemas operacionais que foram noticiados como a "crise dos
Correios". Apesar disso, a estatal foi palco de diversas inovações em seus processos gerenciais
e comerciais.
5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS (CANVAS E ANALISE SWOT)

CANVAS – Para as Agências dos Correios o CANVAS é uma ferramenta muito importante para todos
os seguimentos de suas demandas, como mostra a imagem abaixo:

Parcerias - O bloco descreve a rede de fornecedores e parceiros que fazem o modelo de negócio
funcionar.

Atividades Necessárias - Apresenta as coisas mais importantes que uma empresa deve fazer para seu
modelo de negócio funcionar.

Proposições de Valor - Descreve o pacote de produtos e serviços que criam valor para um segmento de
clientes específico.

Relacionamento com Clientes - Propõe os tipos de relacionamentos que uma empresa estabelece com
segmentos específicos de clientes.

Seguimento de Clientes - Define os diferentes grupos de pessoas ou organizações que uma empresa
pretende alcançar e servir.

Recursos-chave - Descreve os ativos mais importantes necessários para fazer o modelo de negócio
funcionar.
Canais - Diz como uma empresa se comunica e alcança seus segmentos de clientes para oferecer uma
Proposta de Valor.

Custos - A Estrutura descreve todos os custos incorridos para operar um modelo de negócio.

Fontes de Receita - O bloco representa o dinheiro que uma empresa gera a partir de cada Segmento de
Clientes (custos devem ser subtraídos das receitas para criar lucros).

SWOT - Prevê Plano Estratégico de Tecnologia da Informação (PETI) e foi elaborado para o ciclo
2015-2016, com base nos princípios da Governança de TI, para guiar as ações da TI, de forma
planejada e alinhada às estratégias da empresa e corresponder às suas necessidades tecnológicas.
Utilizou-se a metodologia Balanced Scorecard na construção dos objetivos estratégicos de TI e para
metas e ações e aplicou-se a análise SWOT, considerando os fatores internos, com a identificação das
forças e fraquezas da TIC percebidas pelas áreas funcionais dos Correios.

Utilizou-se também, como código, as indicações sobre Planejamento Estratégico da Secretaria de

Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. No
exemplo corporativo para a governança e gestão de TI, o PETI está alinhado ao Framework COB/T,
que visa atingir os objetivos dos Correios por meio da TIC e manter o equilíbrio entre a prática de
benefícios, a otimização dos níveis de risco e a utilização dos recursos.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Existem atualmente dois tipos de empresas públicas, quais sejam as que exploram
as atividades econômicas e as que prestam serviços públicos. As primeiras seguem um regime
jurídico semelhante aos das empresas privadas. Por conseguinte a segunda, pelo fato de
desenvolver atividades competentes do Estado, suportarão uma autoridade maior dos
princípios e normas de Direito Público. E por fim, pode concluir que seus regimes jurídicos
não são semelhantes.
7. REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da república federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal,

2014. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>.
Acesso em: 19 abr. 2018.

_____. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código civil. Brasília, DF: Senado Federal,
2014. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm>. Acesso
em: 19 abr. 2018.

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia
científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

DIREITO, Passei, disponível em:

<https://www.passeidireto.com/arquivo/16772614/empresas-publicas>. Acesso em: 19
abr. 2018.

EMPRESAS Públicas e Sociedades de Economia Mista. Disponível em:

<http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,empresas-publicas-e-sociedades-de-economia-
mista,45026.html>. Acesso em: 19 abr. 2018.

MOTTA, Alexandre de Medeiros. Metodologia da pesquisa jurídica: o que é importante

saber para elaborar a monografia jurídica e o artigo científico?. Tubarão: Copiart, 2012.

QUAL o conceito e a finalidade de empresa pública e sociedade de economia mista?

Disponível em: < https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1042265/qual-o-conceito-e-a-finalidade-
de-empresa-publica-e-sociedade-de-economia-mista>. Acesso em: 19 abr. 2018.

CONSTRUINDO O CANVAS PARA APLICATIVOS

Disponível em: <https://agencia.yesbr.com.br/hospedagem-de-sites/canvas-para-aplicativos/>.
Acesso em: 28 mai.2018.

PLANO ESTRATEGICO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

https://www.correios.com.br/sobre-os-correios/a-empresa/publicacoes/relatorios/relatorios-de-
administracao/pdf/RelatorioAdministracao_2014.pdf>. Acesso em: 28 mai. 2018.

EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS (ECT)

Disponívelem<:https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_Brasileira_de_Correios_e_Tel%C3%A
9grafos>. Acesso em: 28 mai. 2018.
Segunda Etapa | Projeto

Enunciado

Em continuidade ao desenvolvimento do projeto de pesquisa, seguem as próximas etapas a

serem desenvolvidas. Até o momento vocês estruturaram o Título, Capa, Folha de Rosto,
Introdução, Metodologia e Referencial Teórico. Nesta segunda fase vocês irão coletar as
informações da empresa/instituição escolhida, analisar o modelo de negócios e sua posição
estratégica no mercado.

Todas as orientações sobre as etapas estão no material anexo e serão discutidos em nossos
fóruns avaliativos.

Os conteúdos deverão ser formatados em continuidade ao que já foi desenvolvido, e no

término desta etapa o projeto deverá conter:

• Capa

• Folha de Rosto

• Título

• Introdução

• Referencial Teórico

• Metodologia

• Caracterização da Empresa

• Análise e Discussão dos Resultados (CANVAS e Analise SWOT)

Data de Entrega

28/05/2018
Boa tarde, CANVAS, é uma ferramenta criada pelo Alexander Osterwalder, com o intuito de
melhorar o visamento do empreendedor sobre os negócios de sua empresa, o que só era
possível entender através de muitas folhas a serem lidas, muitas pesquisas a serem realizadas o
que resultavam muitas vezes em desmotivação por parte do empreendedor, passou a ser visto
de uma forna mais motivadora. O CANVAS permitiu aos empreendedores iniciantes ver sua
empresa de uma forma mais clara e ajudou -os a ter uma visão mais abrangente sobre negócios.
O CANVAS com certeza é muito efetivo, pois permite enxergar os pontos fracos e fortes,
negativos e positivos e a entender qual o caminho a percorrer, tudo de uma maneira mais clara,
e pode se tornar funcional, basta o empreendedor coloca-lo em prática.

SWOT - Acredito que o quadrante que mais impacto causa nos resultados da empresa, seja o de
AMEAÇAS, são fatores externos que acabam por impactar o negócio, que muitas vezes fazem a
empresa passar por períodos mais difíceis, o que muitas vezes desmotiva o empreendedor ou, o
mesmo não possui recursos financeiros para "bancar" o período de dificuldades, o que acaba por
extinguir o negócio.