Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Quando os atos e os discursos casam perfeitamente e são orientados para a agressão aos
direitos de setores marginalizados como faz a trupe neo-fascista de Bolsonaro com as políticas
afirmativas de direito étnicos-raciais, seja negando a necessidade das políticas de inclusão
social dos negros, dos índios, dos homossexuais e das mulheres e ou ainda desrespeitando as
reservas indígenas e quilombolas numa cruzada de uma pseuda soberania nacional versus
política de preservação ambiental, parece não haver dúvida de que os interesses entre o
tirano e o povo são diametralmente contrários.
Não há como negar a postura racista de Bolsonaro que fez questão de dá esse tom ainda
durante a companha presidencial de 2018 quando revelou todo seu preconceito em diversos
momentos, mas um fortemente registrado quando em uma palestra comparou os
quilombolas à animais de corte(pesado por arroba ) e que alguns “não serviam sequer para
reprodução”. Palavras de Bolsonaro, candidato a presidência da república.
A despeito do evento em que Bolsonaro agrediu os negros Quilombolas ele nunca se retratou
da sua postura e muito menos diminuiu sua carga de manifestação racista.
A pauta do momento, como não poderia deixar de ser, é a o resultado devastador da sua
política ao meio ambiente e as populações nativas, principalmente aos povos indígenas.
Bolsonaro mais uma vez é coerente com seu discurso anti-preservação do meio ambiente, de
ataque aos direitos ao território dos povos indígenas e de uma aliança com madeireiros
grileiros e garimpeiros clandestinos. Após incentivar madeireiros, grileiros e garimpeiros
invadirem territórios indígenas e atearem fogo na floresta revelando a todo instante o seu
desprezo aos povos nativos, Bolsonaro reafirma com ênfase seu compromisso com o assalto
às terras indígenas e à floresta como fez essa semana em um discurso aos garimpeiros de Serra
Pelada: “ não é sobre os índios ou a porra das Árvores é pelo minério!” disse Bolsonaro aos
berros. Desta forma, ele deixa claro que não tem compromisso com a preservação ambiental e
de quebra revela todo seu desprezo aos povos indígenas.
A posição do governo Bolsonaro e de a sua trupe circense do terror está clara para o mundo
civilizado quanto ao meio ambiente e aos povos indígenas, mais claro também está o motivo
dele colocar ao seu lado uma indiazinha hi-tech, a youtuber Ysani Kalapalo que se auto define
como “tribal urbana”. Ysani apareceu com Bolsonaro na abertura da Assembleia geral da ONU
(Organização das Nações Unidas) e não mais deixou de fazer aparições públicas com chefe do
executivo numa clara demonstração de que a estratégia utilizadas com os negros durante a
campanha eleitoral se repete novamente no governo, agora com os índios.
Os capítulos seguintes desse enredo parece também que não se altera, Bolsonaro continuará
atacando a floresta da Amazônia, os índios e suas lideranças numa tentativa de desqualifica-los
como tem feito nos seus pronunciamentos a respeito do líder planetário indígena Raoni
alegando a defesa de uma soberania que ele já entregou aos Estados Unidos da América por
puro amor (“I love you Trump” declarou-se Bolsonaro a Trump em encontro recente nos EUA)
e de quebra botando a culpa na PORRA das arvores!