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MINORIAS ÉTNICAS RELIGIOSAS E LINGÜÍSTICAS

Gilson Leite / Oni Fadaká (1)


Ogã Alabê D’Ogum da Casa Fanti-Ashanti / São Luís-MA

Introdução

A última década do século XX tornou-se palco das atenções


mundiais, voltadas aos problemas críticos vivenciados pelo mundo, conferindo
visibilidade pela ONU quando convocou as diversas conferências, a saber:
Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 1992); Direitos Humanos (Viena,
1993); População e Desenvolvimento (Cairo 1994); Desenvolvimento Social
(Copenhague 1995); Mulher Desenvolvimento e Paz (Beijing, 1995); Habitação
(Istambul, 1996).
À nível mundial se avalia como positivo, o peso dessas conferencias
no sentido da visibilidade internacional das questões emergencialmente
levantadas, as recomendações e proposições encaminhadas às nações para as
referidas minimizações e equacionamentos.
Dentro do contexto da próxima conferencia mundial de combate ao
“Racismo, Discriminação, Xenofobia e outras formas de intolerância”. A
discussão sobre “minorias étnicas religiosas e lingüísticas” merece reflexões
articuladas mundialmente considerando a conjuntura internacional e nacional
dos povos vulneráveis as ações de intolerâncias racistas, discriminatórias e
xenófobas comungadas com a focalização de estratégias práticas voltadas a
concretização de atitudes a serem recomendadas no arcabouço desse processo
que se constituirá desde agora com seus múltiplos desdobramentos e que se
estenderão até e depois da África do Sul em 2001.

Sobre a questão das terminologias identificatórias “minorias étnicas”

Ao longo da existência humana as palavras e seus códigos nas mais


diferentes experiências culturais dos povos e suas sociedades, estabeleceram
conceitos emblemáticos, forjaram perfis identificatórios a partir das
intencionalidades, portanto construtoras de imagens.
As sistematizações antropológicas voltadas para a construção de
categorias
(1) demédio
Professor nível conceito
de ética eecidadania
classificações objetivando o mapeamento dos povos e
Militante do Grupo Consciência Negra do Maranhão / GRUCON/MA
suas
Atua experiências
na área de educaçãolevaram a étnico
e reconstrução elaboração decrianças
cultural com códigos lingüísticos
e adolescentes através do que muito das
vezes não traduziram a real natureza e todo conjunto de valores presentes nas
projeto Zambelê / GRUCON-MA.
Coordenação do EMCAB / Encontro Maranhense de Cultos Afro-Brasileiros
individualidades dos sujeitos e suas totalidades coletivas. Diante das
considerações e por questões de entendimento diferenciado, gostaria de colocar
que não me sinto à vontade para trabalhar a terminologia “minorias étnicas”,
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por discordar da mesma, por entender que a referida terminologia propicia um


entendimento pouco edificante ao se referenciar as populações étnicas em
situações de risco. Alem de estar conjugada com a negação da cultura do
racismo que tenta disfarçar a sua natureza perversa, usando determinados
termos que escamoteiam, ou melhor, promovem uma conferencia invisível a
este enquanto valor e ação disfarçando ou mesmo maquiando a sua real
estampa.
Segundo Frederico W. Nietzche “as palavras sempre foram
inventadas pelas classes superiores e, assim não indicam um significado, mas
impõem uma interpretação”, ou seja, a linguagem cria referências e referenciais
constroem identidades e memória histórica baseada em toda uma
intencionalidade (a verdade expressiva) que da vida e sustenta os códigos
lingüísticos.
Ao usarmos determinadas terminologias sem a devida criticidade do
impacto que estas vão exercer frente ao imaginário social e na totalidade do
inconsciente coletivo corremos o risco de fortalecer idéias ou reproduzir valores
que venham postular superioridade de um grupo étnico sobre os demais. Por
isso me disponho a tentar contribuir na reflexão proposta usando as
terminologias “etnias subjugadas”, “etnias subalternizadas” ou “povos
vulneráveis” às ações racistas, discriminatórias, xenófobas e outras formas
conexas, objetivando ensaiar outras linguagens que possam mesmo num estado
subalternizado em que se encontram todos os povos que não fazem parte do
padrão estético branco ocidental e cristão de desenvolvimento, conferir
autoridade junto a estes povos e ao conjunto do imaginário social.

O Século XX e a Formação do Mundo Globalizado

O Século XX foi marcado por diversos fatos históricos que abalaram o


conjunto das nações do mundo: Como as grandes guerras mundiais, a ascensão
do nazi-facismo, a perseguição dos judeus, a guerra do Vietnã, as rebeliões
juvenis da década de 60, a ida do homem a lua, as revoluções científicas e
tecnológicas que possibilitaram muitas transformações. No centro desse
contexto o mundo presenciou a construção do socialismo real, fato este que
trouxe avanços às sociedades que postularam esse tipo de Regime Político. No
entanto a burocracia, o “centralismo democrático” na gestão do Poder, a
minimização econômica no tocante aos equacionamentos dos problemas sociais
conjugados com certa indiferença e/ou desprezo a cerca das questões das
liberdades individuais, das identidades nacionais, étnico-raciais e culturais, das
autonomias dos povos e suas fronteiras, como o respeito às expressões
religiosas e lingüísticas vieram instaurar uma crise generalizada, ocasionando a
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queda dos regimes comunistas no Leste Europeu e a desintegração da União


Soviética.
O referido fato provocou a imigração em massa das populações desses
paises para os paises ricos, em busca de empregos e oportunidades.
Situação idêntica se repetiu numa outra conjuntura provocada pela
pauperização cada vez maior dos paises pobres localizados nos continentes
periféricos do globo como América Latina, África e Ásia, historicamente
exploradas desde o período do colonialismo pelos paises ricos do Norte,
contribuiu também para a imigração principalmente de jovens em grandes
escalas para os países do 1° mundo em busca também de emprego e novas
oportunidades: moradia, melhores condições de vida, assistência médica,
odontológica e acesso a educação.
Por outro lado no bloco capitalista, as mudanças e as transformações do
capital advindas do seu atual estágio de superestrutura, vêm provocando
alterações nas relações de mercado principalmente no tocante aos paises dos
eixos Norte/Sul, na determinação das condições de empregabilidade (baseada
na alta especialização para pequenos setores da população, ficando grandes
parcelas alijadas do mercado), na mundialização da economia dominante
competitiva, visivelmente entre EUA, Japão e Alemanha convergindo para uma
nova revolução tecnológica baseada na cibernética, na robótica e na
constituição da sociedade de automação.
Todo esse contexto se traduz no reordenamento mundial da economia e
no desenho de uma nova geo-política aonde os paises ricos se fortalecem e se
fecham e os paises periféricos se enfraquecem.

A Globalização e as Etnias Subalternizadas

Pontuações como estas desenham a nova cara da modernidade articulada


mundialmente sob a égide da globalização que vem provocando alterações no
cotidiano sócio-político das sociedades humanas. Alterações estas conduzidas
por ditames autoritários que não levam em consideração as fronteiras já que um
dos seus pilares é a quebra de barreiras nacionais à expansão comercial e do
sistema produtivo em escala planetária, como também não respeitam as
especificidades peculiares de cada povo e suas particularidades culturais e
religiosas, dentro de um contexto nivelado por um único prisma estético.
No desenrolar de seu processo a globalização vem aniquilando as
expressões culturais regionais e nacionais em nome de uma homogeneização da
aldeia global, provocando com isso a partir da destruição de identidades
culturais coletivas, desequilíbrios psicológicos e comportamentais dos sujeitos
em escalas expressivas de manifestações contribuindo assim para multiplicação
de patologias sociais como a violência em diferentes níveis.
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O vivenciamento de toda essa turbulência social por experiências


múltiplas em diferentes partes do planeta (1°, 2° e 3° mundo, bloco capitalista e
paises do antigo Leste Europeu) traduz os reflexos de um mundo que se
apresenta a cada dia mais complexo, multifacetado, tecido por velocidades
constantes de transformações e violências que vieram se acumulando ao longo
dos séculos demarcando a vida dos povos e etnias subalternizadas por um
padrão estético dominante (branco – ocidental – cristão) que nega a expressão
dos diferentes sejam eles nos campos étnico, cultural, sexual, religioso ou
mesmo lingüístico, impossibilitando a plenitude do existir num meio social
programado e organizado para não aceitar o que foge desse padrão.
O nível dessa violência é traduzido a nível simbólico (perseguição e
agressões aos símbolos e signos culturais e religiosos) a nível físico (eliminação
física através do etnocídio e da limpeza étnica) e ao nível das relações sociais
(intolerâncias, competições, animosidades, xenofobias discriminações...). E a
mesma está no seu atual estágio de desenvolvimento comungado com a
competição de territórios, aonde foi se desenvolvendo todo um conceito dos que
podem participar considerando o seu estágio civilizatório avançado do grande
banquete da modernidade com suas tecnologias em contra posição dos que não
podem nem mesmo admirar as vitrines do sonho global, por serem atrasados e
primitivos para um mundo demasiadamente evoluído.

Racismos e Intolerâncias

Entrelaçado por diversos fatores, o referido quadro vem trazendo


atenuantes comprometedores, principalmente por se constituir num fenômeno
de ação impaquitante sobre o racismo, contribuindo na potencialização deste e
ao mesmo tempo lançando mão de seu suporte ideológico e operando
mecanismos de exclusão e marginalização para eliminar e espalhar terror entre
as populações classificadas de desnecessárias já que estas postulam outra
estética que não cabe num mundo globalizado onde suas expressões estão cada
vez menos toleradas, suas tradições e cosmologias desritmadas ao compasso da
modernidade que não consegue conceber desenvolvimento sustentável tradição
cultural e religiosa num mundo cada vez mais e somente mais voltado para o
lucro e a acumulação aonde o homem, o ser antropológico e toda a sua
dimensão existencial deixaram de ser a base de uma sociedade humana para dar
lugar ao capital e a exclusão, a configuração desse contexto assemelha-se a um
grande vulcão, que está calado por um longo período, sendo que por dentro vem
acumulando forças para uma grande erupção somatizando a dor das feridas, o
ranço, as intolerâncias, os traumas não resolvidos a dor física e subjetiva
daqueles que vivenciaram a perseguição e o desmantelamento de suas culturas e
religiões, pois não foram considerados as suas peculiaridades e em nome de
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uma “boa causa”, por um lado o expansionismo e a colonização por outro a


formação do socialismo real que não respeitaram sues símbolos, signos e
códigos culturais, passaram o “rolo compressor” naquilo que esta classificado
de atraso e alienação sendo considerado de mais importante o
“desenvolvimento” e acumulação agregado por trás de uma lógica perversa que
veio se chamar Estado-Nação.
No atual estágio da modernidade o racismo associado a crise econômica,
a xenofobia é fundamentado numa cultura ultra-nacionalista vem dando
visibilidade a essa violência acumulada historicamente, provocando
manifestações em todo mundo, pequenos atos de racismo tem tornando-se cada
vez mais comuns, formando um panorama de pequenas explosões que
sinalizam um quadro alarmante, que vem tomando proporções preocupantes
para a comunidade internacional.

A Internacionalização dos Conflitos Étnicos e Religiosos

Essas pequenas explosões revelam a ação organizada de grupos de


extrema direita como os Neo-Nazistas atuantes na Europa, EUA, América
Latina, África e Ásia. As visibilidades dessas ações passaram a ser banalizadas
nos noticiários locais. “Dos rotineiros espancamentos de africanos e asiáticos,
os netos de Hitler passaram para ações mais ousadas como ataques aos abrigos
de refugiados do terceiro mundo, que se beneficiavam das leis alemãs de asilo –
as mais liberais da Europa. A ofensiva xenófoba vem crescendo na mesma
proporção da escalada da violência, encontrando conexão com os partidos de
extrema direita” que se fortalecem a cada eleição nas últimas décadas do século.
Evidenciados por um discurso que prega o ódio aos imigrantes,
transformados em culpados pela falta de trabalho e pela deteriorização dos
serviços sociais, esses partidos associados aos grupos neonazistas estimulam e
pratica a violência contra estrangeiros (não importa de onde venha)
apedrejamento, afogamentos, atentados terroristas até aprovação de leis
restritivas ao ingresso destes nos territórios do 1° mundo.
Em todo território Europeu os Neo-Nazistas estão presentes. Na Itália eles
são reconhecidos como Naziskins, na Inglaterra se misturam aos Hooligans, que
infernizam as arquibancadas de futebol, na Espanha usam os hinos e saudações
do Franquismo, sendo que na Alemanha é o local aonde eles mais se proliferam
numa velocidade estonteante articulando conexões com outras forças de igual
pensamento em outras partes do mundo como é o caso das Nações Arianas
(Aryan Nations). “O Nações pretende criar um Estado Nacional para abrigar
os brancos reunindo representantes da temível Ku Klux Klan, Skinheads e
Milícias, é considerado um dos mais perigosos movimentos atualmente nos
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Estados Unidos”. Além das Nações Arianas, a Resistência Ariana Branca


liderada pelo ex-cavaleiro da Ku Klux Klan Tom Metzger está se associando a
movimentos armados como a Milícia de Michigan. Além disso, vem
organizando toda uma mobilização classificada de nacionalista, visando
angariar fundos objetivando financiar a repatriações de negros para a África.
O ressurgimento das cinzas de organizações terroristas que se auto-
definem de cristãos como a Ku Klux Klan, extrapolam na atual conjuntura os
limites de sua atuação, objetivando uma militância não somente na América do
Norte e sim uma atuação internacionalizada estendida pelo Dragão Imperial dos
cavaleiros brancos, uma das mais extremistas facções da Ku Klux Klan, através
de intercâmbios com outros grupos terroristas, racistas de outras partes do
globo.
Os focos desse fenômeno na América Latina estão chegando
sorrateiramente em diversos países como no Brasil, Argentina, Peru, Chile e
Colômbia.
Na Espanha a perseguição aos ciganos já virou escândalo Nacional.
Nos paises do Antigo Leste Europeu, como é o caso da Polônia,
República Tcheca, Eslováquia e Antiga união Soviética os alvos também são os
ciganos e judeus associados aos conflitos envolvendo muçulmanos (semitas e
xiitas), as Igrejas Ortodoxa, Católicas e Protestantes (Luteranos e Lituanos)
juntamente com os Ucranianos Católicos de rito oriental.
Somente este ano, foram registrados pela comunidade judaica 200
(duzentos) incidentes anti-semitas ocorridos em diversos paises, como Reino
Unido, Canadá, EUA, Alemanha, Rússia, Itália, Espanha e Cisjordânia. Destes
incidentes 93 (noventa e três) sinagogas foram vandalizadas e cemitérios judeus
profanados com pichações de suásticas Nazistas e slogans anti-semitas nas
paredes e alguns incendiados, além de distribuição de panfletos incitando os
muçulmanos a matar judeus, revelando níveis elevadíssimos de perseguição e
intolerância nunca vistos antes desde a “Noite dos Cristais” – manifestações de
ódio contra judeus orquestrados pelo regime Nazista na noite de 09 para 10 de
novembro de 1938.
Todos esses focos de intolerâncias generalizadas em todo o mundo
entrelaçadas pelo racismo, xenofobia, discriminação e outras formas conexas,
constituem traços marcantes do final do Século XX, percebidos desde a queda
dos regimes comunistas nos paises do Leste, a desintegração da União Soviética
que deixaram grandes vazios ideológicos, sendo este preenchido por partidos
tradicionais de direita em movimentos ultranacionalistas. Patrocinadores de
agressões públicas contra turcos estudantes africanos e asiáticos, trabalhadores
moçambicanos ou refugiados políticos Latino-Americanos.
Levantamentos feitos por cientistas sociais em vários paises da Europa,
Estados Unidos, Ásia e América Latina comprovam a base social dessa fúria
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que a cada dia atinge projeções impressionantes. No qual são jovens que
sustentam a base dos movimentos de extrema direita, em sua maioria homens,
brancos, sem qualificação profissional, muitos deles desempregados e sem
perspectivas.
Diante desse perfil, associado às crises econômicas comungadas com os
efeitos nocivos da globalização não é difícil perceber a repetição de cenas que
ocasionaram grandes temores para a humanidade, sendo estas reordenadas para
uma justificativa de pregação antiestrangeira como fez o Nazismo nos anos 30 e
40, materializado no inconsciente coletivo e sendo os culpados, pela ótica do
cidadão comum que tanto procura descarregar sue ódio no passado aos judeus e
comunistas; hoje, os imigrantes, as etnias lingüísticas e religiosas
subalternizadas ou grupos que tomam uma outra orientação sexual fora do vies
tradicional. Por se traduzirem em força competitiva de emprego e alimento
dentro de um mesmo território.
Segundo o professor Stuart Hall em seu artigo que trata da questão da
identidade cultural, fala que: O efeito desastroso da dominação Européia no
Século XIX se estende até nossos dias como anteriormente nos referimos. As
regiões tornaram-se miseráveis com problemas de dependência econômica,
desempregos, fome, secas, guerras civis, ditaduras financiadas e sustentadas
pelos paises ricos, etc. Paralelamente a miséria, como fruto da globalização,
constantemente as pessoas dessas regiões conhecida como Terceiro Mundo,
recebem através das TV’s, jornais e revistas, injeções cavalares do ideal tipo de
vida capitalista (prosperidade, trabalho, lazer, riqueza, consumo) de seus primos
ricos, paises do 1° Mundo. As conseqüências se manifestam da seguinte forma
um grande número de pessoas mais pobre do globo tomou literalmente a
“mensagem” do consumismo global e moveram-se em direção aos lugares de
onde vêm “os bens” e onde as chances de sobrevivência são maiores. Na era das
comunicações globais, o ocidente é apenas uma passagem aérea de ida. (HALL
1995:65).
Na dinâmica de um movimento contrário, após séculos e séculos de
exploração colonial, sem tirar as garras, os paises ricos se fecham esquecendo
que o acumulo de suas riquezas é resultado de um modelo de desenvolvimento
que beneficiou um grupo pequeno de nações em detrimento de uma grande
maioria “depenada” de seus recursos, onde seus filhos agora marcham na busca
de resgatar o que historicamente foi sucateado além da história, suas riquezas.

As Religiões de Matriz Africana no Brasil Frente ao Contexto da Nova


Ordem Mundial
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O atual contexto internacional emerge de um longo período de


fermentação de intolerâncias, perseguições e elevados níveis de racismo
brutalmente desencadeado contra diversos povos e etnias vulneráveis. Estes
racismos visivelmente se mostram articulados e armados contra as sociedades
multi-étnicas e multi-culturais.
Paises como o Brasil na realidade Latino Americana, que já lidera o
maior número de simpatizantes e atuantes neonazistas de norte a sul do país,
necessitará perceber a gravidade desse contexto que se desenha a nível
planetário, procurando encontrar soluções que venham coibir tal prática em solo
brasileiro.
Este momento extremamente tenso para o Brasil surge com o
questionamento sobre a enorme diversidade pluri-cultural de suas populações e
de suas condições frente ao processo de massificação e homogeneização
advindas da globalização.
Momento este recheado de preocupação e temor, haja vista ser
histórico, segundo Roger Garraudy no seu livro Por um diálogo das
Civilizações, “a guerra cultural praticada contra o negro, que ainda nos dias
atuais, permanece, renascendo de mil formas”. “Por guerra cultural
entendemos aquela feita de palavras, preconceitos, símbolos, insinuações,
discriminações, humilhações. Enquanto as armas materiais amedrontam os
corpos e às vezes as ferem e matam. As armas culturais penetram no próprio
cerne social em que os corpos se movem, ferem as mentes e as idéias, se
transmitem quase que automaticamente por gerações e envenenam o
relacionamento humano de forma duradoura”. (Silva)

Os questionamentos levantados tendo em vista as preocupações num


processo de intolerância religiosa, xenofobia, discriminações raciais e outras
formas conexas são implícitas, haja vista ser a comunidade negra associada aos
judeus, nordestinos e homossexuais. Uma das maiores vitima desse processo,
considerando nesse particular, ser o Brasil a segunda maior nação do mundo,
após a Nigéria em população afro-descendente.
Diante do contexto, as preocupações se direcionam para a
necessidade da preservação dos nossos costumes, principalmente os de origem
religiosa frente ao fenômeno da globalização, bem como as condições atuais,
os aspectos sociais, políticos e econômicos aos quais estão inseridos os afro-
descendentes no Brasil.
Aspectos diversos estes que vem ao longo dos séculos nos
fragmentando enquanto povo, sejam descendentes diretos e indiretos de
africanos, vem a propósito, abrir uma ampla reflexão sobre os atuais problemas,
pois emerge um chamamento quanto ao contexto social ao qual está sendo
lançado o sentido religioso, em virtude de práticas abusivas e deturpadas que
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muitas vezes se estruturam enquanto argumentos contrários a nós, pois captados


de forma maliciosa por setores inimigos que incitam a discriminação e a
intolerância religiosa, tornam-se referencias fortíssimas para a cultura do
racismo.
Ao nível de Brasil o conjunto dessas intolerâncias visivelmente
articuladas através da violência física (eliminação de pessoas – negro,
nordestino, judeu, homossexual...) e violência simbólica (perseguições e
agressões a símbolos, signos e patrimônios culturais, materiais e imateriais)
encontram conexão com uma ação que se estabelece ao nível de mundo, tendo
alguns setores chaves como os seus maiores interlocutores.
À nível social no tocante a perseguição étnica, discriminação racial
e xenofobia iremos perceber a visibilidades dos SKINHEADS, originários de
uma dissidência do movimento PUNK nos anos 80. A partir de 1984 espalham-
se por várias capitais brasileiras.
No final da década divergências ideológicas fragmentaram os
SKINS numa série de grupos. Surgiram então os carecas do Brasil. Depois
vieram os carecas do ABC e os carecas de Cristo que pregam a religião e a
nacionalização da violência. Além destes, temos o WHITE POWER (poder
branco), a facção brasileira ultranazista que veio dos SKINS e que mantêm
intercâmbio com grupos semelhantes na Europa, Estados Unidos e América
Latina.
Ao nível das relações religiosas no contexto social brasileiro, vamos
perceber outros interlocutores que de um modo geral atuam na mesma
freqüência dos primeiros, desenvolvendo um clima desrespeitoso, de
incitamento ao ódio, de intolerâncias às cosmologias dos povos que estão fora
do padrão estético cristão especificamente às religiões de matriz africana
sempre associada ao satanismo e a cultos demoníacos. Sendo eles as Igrejas
cristãs em suas variadas confissões: Católica, Pentecostais, Igreja Universal do
Reino de Deus e a Igreja Deus é Amor.
Historicamente as religiões de matriz africana advinda das junções
de várias cosmologias africanas em território brasileiro, sempre sofreram
discriminações e perseguições de toda a ordem, até mesmo a policial. Sempre
classificadas de primitivas e atrasadas, resultante de uma elaboração grosseira e
mal feita atoladas no universo do barbarismo sem limites.
Mesmo tendo sido cessada as investidas policiais, a perseguição
continua no nível ideológico, sendo assumida por interlocutores de poderosos
impérios de mídia através de jornais e Tv’s onde é criado todo um conceito de
imagens fraudulentas que operam mensagens racistas e mentirosas sobre as
religiões de base africana junto ao imaginário social, toda essa sofisticação
ideológica consegue respostas desejáveis nos extratos mais empobrecidos da
população atingindo o ápice da visibilidade com os ataques promovidos pelas
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Igrejas Protestantes e Igrejas Eletrônicas, nas suas pregações estrondosas em


praça pública usando a imagem de Jesus Cristo como um poderoso produto a
ser comercializado e prescrito como possibilidade de exorcizar aqueles que
vivem nas trevas – os adeptos das religiões afro-descendentes, classificados em
todos os momentos sejam nos jornais e tv’s, jornais, em praças públicas ou
mesmo no púlpito das suas igrejas em pregações inflamadas, de cultuadores do
satanás, adoradores de diabo, homossexuais indecentes, pervertidos, prostitutas,
imorais, viciados em drogas.
Além de toda essa violência verbal, construtora de imagens e
referenciais negativos acertando em cheio a nossa dignidade enquanto sujeitos e
coletivamente enquanto povo, provocando baixa-estima, insegurança e
intolerância no meio social, estamos vivendo a violenta profanação dos nossos
espaços sagrados a onde grupos de protestantes sob a alegação de expulsar o
demônio, estão invadindo terreiros e quebrando tudo o que encontram pela
frente, em nome de Jesus Cristo. Em outros espaços de comunidade-terreiro de
igual valor religioso, estão sofrendo ameaças de apedrejamento, invasão e
promessas de cultos relâmpagos nas portas de entrada.
Toda essa configuração de incontáveis violências revela as
intolerâncias historicamente verificadas Contra as tradições afro–descendentes
nas suas mais variadas experiências como a capoeira, o samba, o candomblé, o
tambor de Mina, e o bumba boi de matraca e zabumba no Maranhão.
Verificações estas que traduzem o perfil de uma sociedade autoritária e perversa
que não respeita as expressões dos diferentes, a onde a liberdade de culto e o
livre exercício da fé é negado as populações afro-descendentes, dadas as
condições desfavoráveis.

A comunidade-terrreiro e os descompassos com a modernidade

Considerando o contexto atual vivenciado pelo mundo, a onde os


reflexos das intolerâncias, injustiças e perseguições refletem na vida daqueles
mais vulneráveis os males da modernidade. A comunidade-terreiro nas suas
variadas expressões de norte a sul do país (tambor de Mina no Maranhão e Pará,
Xangôs do Recife, candomblés na Bahia, umbandas no Rio de janeiro e São
Paulo, batuques no Rio Grande do Sul...) vive as agruras de um ingrato
momento que se estreita cada vez mais contra nós se bifurcando em várias vias
que se entrelaçam e deságuam como rios no mesmo estuário, ou seja, o modelo
de desenvolvimento adotado no mundo capitalista afeta muitos aspectos da
comunidade afro-descendente desde o período da colonização quando fomos
relegados a não condição de humanos; homens e mulheres cidadãos – que por
direito teriam as reparações sociais, que contribuíram em práticas efetivas de
superação de exclusões haja vista toda a acumulação de riquezas conseguida
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pelo primeiro mundo em virtude de séculos de pilhagens sobre suas colônias


historicamente exploradas.
De lá para cá a situação dos descendentes de africanos é de completa
marginalização sócio-econômica: fome e analfabetismo, favelas palafitas,
doenças, desemprego, violência policial. Uma situação igual ou pouco melhor
que a do africano escravizado no século XIX. Do cativeiro até os dias atuais
persiste um racismo contra os afro-descendentes de forma a entravar seu
progresso dentro da sociedade.
Comungada com essa radiografia social vivenciada pelas populações
negras em conexão direta com a realidade cotidiana das comunidades-terreiros,
vamos perceber que além das estruturas econômicas e políticas estarem
articulando mecanismos de eliminação física das populações (negras, indígenas,
mestiças, de rua e velhos...). Já consideradas desnecessárias, não necessitando
assim recorrer a pena de morte, porque outros instrumentos no atual estágio da
globalização já a garantem na prática. As mesmas políticas no compasso da
modernidade vão em nome de um suposto desenvolvimento empurrando as
religiões de matriz africana para o isolamento e a extinção já que a base dessas
religiões, se processa na territorialidade e na especialidade da natureza (mato,
rio, pedras, folhas, mar, mangue e vento...) e seus ecossistemas que hoje estão
totalmente comprometidos e ameaçados de todas as formas, resultado das
políticas desenvolvimentistas irresponsáveis dos governos e a falta de
consciência de preservação dos povos, uma situação que está levando o mundo
para a catástrofe final, causada pela exploração irracional dos recursos naturais
em troca de lucro sem limites e da ganância desenfreada de uma minoria que
está tornando o nosso meio ambiente insuportável.
O conjunto desses problemas vai possibilitando o enfraquecimento do
AXÉ – a concentração total de forças que vai se constituir na força originária de
todas as forças, ou seja, como a nossa dinâmica se processa na soma equilibrada
de energias plurais advindas da natureza em toda a sua complexidade, e sendo
esta ameaçada de existir plenamente, já que a especulação imobiliária nos
últimos quarenta anos vem aterrando mangues e desfazendo áreas de florestas,
objetivando a construção de grandes impérios imobiliários aonde mares, rios e
seus mananciais com todos os seus berçários de reprodução da vida aquática,
vem sofrendo as agressões dos esgotos domésticos, hospitalares, industriais e
toda a sorte dos acidentes marítimos que vão poluído as águas com
derramamento de óleo. Sem falar na grande concentração de lixo de toda
espécie nas encostas das “reservas”.
Todo esse contexto configura-se em uma forma de agressão ao
homem de maneira geral e em particular, é uma violação dos bens simbólicos,
do acervo material e imaterial criando condições desfavoráveis a coletivadade
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religiosa afro-descendente no seu processo de afirmação e no exercício da sua


cidadania religiosa.
As evidências em questão nos levam a crer que corremos o risco de
desaparecer junto com a natureza, pois as cosmologias das religiões de matriz
africana são concebidas num principio tridimensioanal simbiótico entre
homem-natureza-fé, atuando de forma cíclica, a partir de um rigoroso código de
conduta:
... para cada ser nascido uma árvore deve ser plantada...
... Tirar uma folha de uma planta sem necessidade é o mesmo que
matar uma pessoa...
... A força de toda a natureza está dentro de mim e assim como eu
tenho a natureza, a natureza tem a mim...
... A floresta é um santuário sagrado, por isso não se entra ali sem lhe
pedir permissão...
Dentro desse contexto, o ser humano é percebido, não como aquele
que está acima da natureza, mas como aquele que faz parte e expressa as
divindades naturais numa comunhão integrada com o universo, sendo a
natureza a força contida em sua essência.
“O exercício da fé no contexto dessa religiosidade exige uma relação
direta e estreita com o meio ambiente natural, já que essa crença privilegia o
culto as forças da natureza, os antepassados, a vida e as relações interpessoais
como sendo formas naturais de preservar um estilo de pensar, ser e estar no
mundo.
Essas forças naturais são vivenciadas de acordo com o modelo mítico
ou arquétipo, o qual comporta uma enorme variedade de expressões, enquanto a
cidade fragmenta e produz o anonimato, os terreiros promovem uma visão
solidária e integradora dos seres humanos entre si e com a natureza. Nesse
contexto as águas estão associadas a feminilidade e as divindades Nanâ,
Iemanjá, Oxum, Ewa, o fogo expressão de força viril, está ligado a Exu e
Xangô; o ar (vento), corresponde como fertilidade e transformação, é associado
a Oxalá e Iansã; a terra (matas, floresta, caminhos, estradas), a capacidade de
sobrevivência e preservação animal e vegetal, bem como a transformação destes
em favor do homem é remetida a Ogum, Oxossi, Ossaim e Obaluaiê”. (Barros e
Teixeira, 1989)
Enfim, aos olhos afro-descendentes a natureza como um todo,
inclusive a existência do próprio homem é concebida com uma carga muito
forte de sacralidade, quanto a espacialidade e a territorialidade habitada por
forças e divindades naturais.

Problemas graves
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Problemas resultantes de todas as formas de desequilíbrios


provocados no decorrer no século XX foram refletidos na vida diária do povo
de santo, que se vê a cada dia que passa obrigada a deslocar-se para fora dos
limites da cidade, a procura de locais e de espécies vegetais indispensáveis as
suas práticas religiosas, haja vista que os “espaços de mato” estão cada vez
mais escassos e agredidos por desmatamentos, queimadas, lixeiras e no dizer do
povo de santo “sem folhas não há Orixá” ou ainda, não há Vodum, Orixá,
Inkice, Caboclo sem terra, mato, rio, mar, pedra, arvores... Porque o nosso axé
vem da força vital que é a natureza...
Essa situação onera a vida material dos adeptos e favorece a
implantação de um sistema paralelo – o comércio para a aquisição de bens
(plantas) que antes estavam a disposição em áreas verdes. Na maioria das vezes,
interfere também na vida espiritual dos participantes, ocasionando adiamento, e
as vezes até a eliminação de certos itens rituais.

Proposições

Diante de todas as prerrogativas elucidadas nesse trabalho, torna-se


imperioso o reconhecimento da importância da cultura religiosas de base
africana, objetivando com isso o resgate, a preservação, a guarda e a defesa de
todo o patrimônio cultural afro-descendente nos seus aspectos matérias e
imateriais, principalmente na focalização de proposições que defendam a
preservação dos territórios patrimoniais negros no resguardo de seus
conhecimentos milenares nas diversas áreas do conhecimento. Assim como de
todas as áreas ambientais de suma importância para a humanidade de uma
forma em geral e principalmente para os adeptos das religiões de base africana,
a onde preservar o que nos sobra ainda de natureza, é a mesma coisa que
preservar as força do Vodum, do Orixá, do Inkice, do Caboclo, ou seja,
preservar a natureza com todas essas forças é suplicar para que a força de Deus
todo poderoso (Olorum) nunca se afaste de nós, pois os orixás, Voduns, Inkices
e Caboclos são transmutações da força de Deus para todos os seus filhos.

Propostas

1. Assegurar o desenvolvimento de programas que assegurem a igualdade de


oportunidades e tratamentos nas políticas culturais da União, dos Estados e
Municípios, tanto no que se refere ao fomento à produção cultural, quanto à
preservação da memória de modo a dar visibilidade aos símbolos e
manifestações culturais do povo afro-descendente brasileiro.
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2. Promover mapeamentos e condições que assegurem o tombamento de casas


religiosas tradicionais de base africana a partir de critérios estabelecidos pela
comunidade, objetivando a guarda e proteção da territorialidade cultural e
religiosa afro-descendente.

3. Promover ampliação da proporção geográfica das casas tradicionais de base


africana, visando melhores condições físicas de desenvolvimento e resguardo
de todo o potencial patrimonial das tradições afro-descendentes.

4. Assegurar a inclusão no plano de direitos humanos, a proposição de


legislação que defina e puna a intolerância étnico-religiosa, assim como os
preconceitos e esteriotipos que estigmatizam as religiões de base africana de
modo a dar cumprimento ao preceito constitucional que assegure o livre
exercício da fé da coletividade afro-descendente.

5. Promover políticas que assegurem o estabelecimento de reservas ambientais


segundo os padrões estéticos originários das cosmovisões africanas,
objetivando a guarda e proteção de seus ecossistemas, como patrimônios
inalienáveis e de importância vital para a sociedade como um todo e
principalmente para as religiões de matriz africana, garantindo desenvolvimento
de plantio de árvores sagradas e ervas de uso medicinal litúrgico.

6. Estruturar e organizar herbários etnobotânicos em consonância com as casas


tradicionais das religiões de base africana, objetivando a produção de folhas e
ervas sagradas para fins litúrgicos e terapêuticos.

7. Assegurar a construção de escolas e bibliotecas, possibilitando melhores


condições de desenvolvimento e aprendizagem dos conhecimentos milenares
dos povos africanos resguardados nos territórios das casas religiosas
tradicionais de base africana.

8. Promover a inclusão dos assuntos afro-descendentes nos currículos escolares


em todos os níveis da aprendizagem escolar e a formação de recursos humanos
que consigam desenvolver os referidos assuntos.

9. Retirar o conteúdo ensino religioso da grade curricular de ensino,


transferindo a tarefa de desenvolver a referida área de conhecimento para as
religiões de uma forma em geral, tendo em vista os seus públicos específicos.
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